E O Avatar Resurge escrita por Nati


Capítulo 13
Capítulo 13 - Descanso interrompido


Notas iniciais do capítulo

Sorry peoples, eu demorei pra caramba... to sabendo. Mas aqui mais um capítulo e eu espero que o outro não demore tanto.



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  -Vamos descansar agora, finalmente. – coloquei as mãos atrás da cabeça.

  Masami veio até o meu lado e me abraçou.

  -E estamos sozinhos. – ele me beijou.

  -Sozinhos? Não, Meigh está aqui... – olhei a cozinha e Meigh tinha sumido. – Onde ela está?

  -Não faço idéia, ela deve ter percebido que precisávamos de um tempo a sós. – ele sorriu e me beijou.

  Me afastei dele sorrindo.

  -E eu acho que antes de mais nada eu quero ver como Ming e Lee estão. Tudo bem? – dei um selinho.

  Masami deu um suspiro derrotado e forçou um sorriso, dava pra ver bem que ele estava zangado.

  -Tá bom. – ele disse emburrado.

  Olhei pra ele e dei risada.

  -Vai ser rápido, eu prometo. E depois você pode me levar a um lugar romântico, o que acha?

  O rosto de Masami se iluminou e o sorriso mais lindo apareceu.

  -Está esperando o que? Vai logo ver a Ming! – ele foi me empurrando para a escada.

  Cheguei no quarto e bati na porta.

  -Quem é? – a voz de Ming ressoou na minha cabeça e eu sorri.

  -Ah Ming, sou eu, Nikki. – minha voz soou animada.

  Ouvi passos rápidos e o barulho de fechadura, quando a porta abriu Ming apareceu sorrindo e me abraçou com força.

  -Obrigada por me salvar Nikki, eu tive tanto medo. – a voz dela estava tremida.

  -Vai ficar tudo bem, Lee está com você? – olhei em seus olhos.

  -Está no banho.

  -Então vou indo, Masami está me esperando para um encontro romântico. – revirei os olhos e sorri.

  Ming deu um sorriso travesso e me puxou pra dentro do quarto.

  -Tira essa roupa, tenho uma coisa perfeita pra você! – a velha Ming voltou.

  Fiz o que ela pediu, fiquei só com a roupa de baixo. Me olhei no espelho e me decepcionei com o que vi. Haviam hematomas roxos nos braços, pernas e abdômen, meus cabelos estavam secos, despenteados e parecendo um ninho de cobras e as olheira estavam terríveis.

  -Ah. Eu estou horrível. – gemi.

  -Sim, está. Mas eu estou aqui e vou dar um jeito nisso. – ele pegou uma mecha do meu cabelo com as pontas dos dedos e fez cara de nojo.

  -Está tão ruim assim? – perguntei.

  -Está fabulosamente horrível, não se preocupe, vou te ajudar. – ela estava rindo.

  Depois de lavar, lavar de novo, e lavar mais uma vez o cabelo, Ming o secou e o prendeu meio solto na cabeça. Estava confortável. Deu um jeito nas olheiras que parecia que minha pele era feita de porcelana. Ming apareceu com um vestido curto na mão, era branco com detalhes dourados e verdes... Reino da Terra. Minhas botas de pele combinavam com o vestido então por mim tudo bem.

  -Prontinho! – ela me levou pra frente do espelho de novo.

  -Nossa... – meu queixo caiu. – Eu estou... Linda. – toquei o rosto.

  -Não! – ela gritou. – Não faça isso! Vai borrar a maquiagem, deixe que Masami faça isso por você. – ela deu um sorriso brincalhão.

  -Muito obrigada Ming, você é a melhor. – sorri.

  -Desse jeito fico com ciúmes. – Lee apareceu na porta do banheiro com uma toalha enrolada na cabeça e uma presa ao corpo.

  -Está ai a quanto tempo? – perguntei.

  -A um tempinho, não quis interrompê-las. – ela sorriu. – Encontro com Masami?

  -Pois é. – minhas bochechas queimaram.

  -Não importa, agora Nikki tem que sair daqui, Masami vai arrancar os cabelos se não for agora. – Ming me empurrou pra fora do quarto.

  -Mas por que? Não é um casamento! – me queixei.

  -Não importa! – ela repetiu. – Anda logo! Boa sorte! – ela se despediu sorrindo.

  Dei um sorriso, Ming era uma amiga e tanto. Desci as escadas da sala em pulos e parei na frente de Masami. Ele me olhou de um jeito engraçado.

  -Ming? – ele pegou minha mão e girou.

  -Ming. – afirmei sorrindo.

  -Ela fez um trabalho incrível. – a expressão era de surpresa.

  -Acho que devo dizer obrigada, mas você fica me olhando como se eu fosse uma estátua de museu... Isso é estranho. – queixei-me.

  -Me desculpa. – ele limpou a garganta e sorriu. – Você está linda!

  -Assim é melhor. – o beijei. – Vamos para onde?

  -Vou te levar ao meu esconderijo. – ele sorriu e me pegou no colo.

  -Que esconderijo? – perguntei quando chegávamos a porta.

  -Vai ver. – ele somente sorriu.

  Chegamos ao bosque do jardim, Masami me colocou no chão e com o pé direito desenho uma meia lua arrastando-o no chão, depois que fez isso uma parte da grama se desprendeu revelando um túnel. Masami começou a descer a escada e eu olhei pro meu vestido um pouco envergonhada.

  -Masami. – chamei. Ele me olhou confuso. – Posso descer primeiro?

  Ele me olhou de cima a baixo e as bochechas ficaram rosadas.

  -Ah, o vestido... Claro. – ele deu um sorriso disfarçado e me ajudou a descer.

  Cheguei no fim da escada e esperei ele descer. Masami chegou ao meu lado, tateou uma parede um uma luz se acendeu. O lugar não era muita coisa, tinha paredes solidas e forrada, o chão também era forrado com uma lona escura, pendurado nas paredes algumas fotos e manuscritos, no canto de uma parede uma pilha de livros e na outra um lixeiro com embalagens de comida. Era um lugar legal... mas não era romântico, não falei nada para Masami.

  -Venho pra cá quando estou nervoso, triste, ou só com vontade de ficar sozinho. – ele deu de ombros.

  -É um lugar legal. – respondi.

  Fui até uma parede e vi uma foto. Um homem brincando com um menininho pequeno, estavam dobrando terra. Olhei mais atentamente e reconheci o menino, era Masami.

  -Esse outro é seu pai? – perguntei.

  -Sim, isso foi um pouco antes de ele ir para a guerra, ele morreu em batalha. Me ensinou tudo que sei. – ele respondeu triste.

  -E você é um ótimo dobrador de terra, o melhor. – sorri caridosamente.

  Os olhos de Masami penetraram os meus, ele chegou mais perto até que nossos corpos se encontraram, meu rosto estava a centímetros do dele e eu o beijei. Sentia a respiração ofegante dele, Masami me segurou pela cintura e me ergueu, abracei sua cintura com as pernas e ele me apoiou em uma das paredes. Me senti estranha, como se estivesse esperando alguma coisa importante, muito importante acontecer. É isso que chamam de nervosismo da primeira vez? Não sei, mas eu não queria isso agora. Na verdade eu queria, mas não me sentia preparada.

  -Masami. – sussurrei.

  -O que? – ele parou e me olhou cauteloso.

  -Mitsue vai ficar preocupada. – respondi e parecia que meu rosto estava vermelho como brasa.

  -Tem razão. – ele me colocou no chão.

  Ficamos em silencio por alguns minutos e então eu decidi falar alguma coisa.

  -Vamos subir?

  -Claro. – ele deu um sorriso de canto. – Cavalheiros primeiro?

  -Sim. – sorri.

  Subimos e eu tampei o túnel.

  -Aposto que chego primeiro que você na mansão. – sorri.

  -Apostado! – Masami começou a correr.

  Dobrei o ar fazendo um globo de vento e saltei em cima, o globo andava mais rápido do que qualquer coisa que eu já tenha andado, passei rápido por Masami e até acenei tirando sarro. Cheguei primeiro na mansão e vi Ming e Lee com cara de enterro olhando um jornal, Meigh e Mitsue estavam ao lado delas tentando acalmá-las.

  -O que aconteceu? – perguntei assustada.

  -A Nação do Fogo foi atacada. Chang e corte foram capturados. – Meigh informou com pesar.

  Logo Masami chegou ofegante e se deparou com os mesmos rostos assustados.

  -O que houve? – ele perguntou.

  -Vamos a Nação do Fogo. – falei e me dirigi ao Appa.


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