-Eu te amo mais!- Niall falou e me abraçou de lado.

-Olha o pôr do sol!- falei apontando para o sol que se punha atrás das montanhas cobertas de tulipas.

-Prefiro olhar pra você- ele falou e eu peixei.

Continuamos lá, abraçados, até o fim do pôr do sol.

-Está com frio?- ele perguntou.

-Não- eu falei tentando despistar os meus pelos que estavam arrepiados.

-Eu sei que está- ele falou e me abraçou mais forte- Vamos para o carro? Lá está mais quente.

-Vamos- falei me levantando.

Pegamos a cesta e a toalha e fomos de mãos dadas até o carro.

Fomos conversando descontraidamente o caminho todo, até em casa. Não sei qual dia tinha sido melhor: ontem ou hoje.

-Chegamos- Niall falou e estacionou em frente ao dormitório.

-Tchau, Nialler- falei, mas ele me interrompeu.

-Calma, você acha que eu vou te deixar ir assim tão fácil? Eu vou te levar até o seu quarto- ele falou e eu ri. Entramos juntos no dormitório, e ele ficou segurando a minha mão o tempo todo.

-Quer entrar?- falei quando chegamos na porta do quarto.

-Sim, mas só um pouquinho- ele falou e entramos.

Nos beijamos mais umas 3 vezes e ele falou:

-Desculpa por não poder te beijar em publico- ele disse quando nos afastamos.

-E por quê você não pode?- perguntei.

-O nosso empresário não deixa...- ele falou triste mas logo mudou de expressão- só quando nós estivermos namorando oficialmente.

Ai meu Deus! Isso quer dizer que um dia ele vai me pedir em namoro!

-Agora eu tenho que ir- ele falou.

-Fica mais um pouquinho?- falei fazendo beicinho.

-Não posso- ele disse parecendo realmente triste- eu e os meninos temos um photoshoot agora.

-Posso pelo ou menos ganhar um beijo de boa noite?- perguntei fazendo cara de cachorrinho abandonado e ele me prendeu contra a parede, me beijando. Ele parecia bem mais relaxado agora.

-Boa noite, princesa.

-Boa noite, príncipe- falei e ele me deu um selinho demorado e foi embora.

Nossa, o meu dia foi mais que perfeito! Será que a Paçoca vai demorar muito pra chegar? Eu preciso contar pra alguém. Já sei, vou ligar pra moça do telemarketing.

Ana’s POV:

Eles me deixaram na porta da casa da Lou e foram embora pro encontro. Que fofos!

Não tinha ninguém em casa, além da empregada que estava me esperando para poder ir embora, e é claro, a Lux.

-Oi Aninha! A Lux está no quarto- ela disse- até mais- e saiu afobada.

-Tchau Dona Benta- falei e entrei.

Fui para o “meu” quarto e deixei minha bolsa encima da cama.

-Aninha!- Luxy gritou e pediu colo.

-Oi amor!- falei sorrindo. Eu amava ela, era a criança mais fofa do mundo- Está com fome?

-To. Quero morango.

-Vamos lá embaixo comer, então- falei, peguei-a no colo e desci as escadas.

Coloquei os morangos em um pratinho, sentei-a na cadeira e ela mesma pegava e colocava na boca.

-Totoso- ela disse toda melecada de morango e eu ri.

Ela terminou de comer e eu fui dar um banho nela.

Esfreguei gentilmente o sabão na pele lisinha dela e fiquei lembrando do meu primeiro dia de trabalho, quando o Harry estava aqui. Sorri instantaneamente quando lembrei do nosso quase beijo, que foi interrompido por Lou.

Terminei de dar banho na Lux e coloquei uma fantasia de princesa nela.

-Vamos na sala de música, Luxy?- falei me abaixando pra ficar de sua altura.

-Você vai cantar pra mim?- ela perguntou sorrindo.

-Vou!

-Ebaaaa!

Peguei a mãozinha dela e a guiei até a sala de música.

Abri a porta e fiquei emocionada ao ver o grande piano preto que se encontrava no centro do cômodo.

A sala tinha as paredes brancas e o chão era de mármore. Em volta do piano tinha 3 pufes pretos e, encostados nas paredes, estavam os outros instrumentos.

-Luxy, senta no pufe do meu lado- falei e ela se sentou rapidamente.

Comecei a tocar e cantar “All About You”, do Mcfly. É uma das minhas músicas preferidas.

Depois toquei “I Wish”, que traduzia mais ou menos, o que eu estava passando no momento: o Harry e a Cher, o Lou ainda gostando da Eleanor e eu FOREVER ALONE.

Olhei para o pufe e vi que a Lux estava dormindo. Ela parecia um anjinho, que amor!

Fiquei passando os dedos nas teclas do piano aleatoriamente e essas notas começaram a fazer surgir uma melodia já conhecida.

“Look After You”, do The Fray, era a musica que eu estava tocando e que, logo depois, comecei a cantar. (Eu AMO essa música, principalmente na versão que o Louis canta).

If I don't say this now I will surely break
As I'm leaving the one I want to take
Forgive the urgency but hurry up and wait
My heart has started to separate

Oh, oh, oh
Oh, oh, oh
Be my baby
Oh, oh, oh

Oh, oh, oh
Oh, oh, oh
Be my baby
I'll look after you

There now, steady love, so few come and don't go
Will you won't you, be the one I always know
When I'm losing my control, the city spins around
You're the only one who knows, you slow it down

Oh, oh, oh
Oh, oh, oh
Be my baby
Oh, oh, oh

Oh, oh, oh
Oh, oh, oh
Be my baby
I'll look after you

If ever there was a doubt
My love she leans into me
This most assuredly counts
She says most assuredly

Oh, oh, oh
Oh, oh, oh
Be my baby
I'll look after you, after you

Oh, oh, oh
Oh, oh, oh
Be my baby

It's always have and never hold
You've begun to feel like home
What's mine is yours to leave or take
What's mine is yours to make your own

Oh, oh, oh
Oh, oh, oh
Be my baby
Oh, oh, oh

-Você toca muito bem, Aninha- ouvi uma voz atrás de mim e pulei da cadeira de susto- desculpa, eu... eu não queria te assustar.

-Á quanto tempo você está aí, Louis?- perguntei ROXAA de vergonha.

-Á tempo suficiente de ouvir você cantar perfeitamente uma das minhas músicas preferidas- ele falou sorrindo.

-Ai, que vergonha!- falei cobrindo meu rosto com as mãos.

-Você tem vergonha de mim?- ele falou fingindo estar magoado e eu ri.

-Tenho Lou. E você ainda chega em silencio, do nada- falei rindo.

-Você tem vergonha de mim, mas fica tocando 5679 músicas pra Lux, é isso?

-Eu não sei se você percebeu Lou, mas a Lux é um bebê!- falei ainda rindo. Sabe aquela sensação de ter uma escola de samba dançando dentro da sua barriga? Não? Nem eu, mas a sensação que eu estava sentindo era mais ou menos essa.

-Não justifica- ele disse se aproximando- toca uma música pra mim, por favorzinho?

-Depende- falei.

-De quê?

-Só se eu escolher a música- disse e ele me olhou desconfiado- juro que não vai ser música zoada.

-Então tá.

Comecei a dedilhar o teclado, no ritmo de Stereo Hearts.

My heart's a stereo
It beats for you, so listen close
Hear my thoughts in every note

Make me your radio
And turn me up when you feel low
This melody was meant for you
Just sing along to my stereo- ele começou a cantar comigo.

Dizem que quando uma pessoa pede pra você ouvir uma música, aquela música é tudo que a pessoa quer te falar mas não tem coragem. Vai ver o meu inconsciente sabia disso.

-Sua voz é linda- ele disse muito perto do meu ouvido, me causando vários arrepios.

-Ahm.. brigada- falei sem olhá-lo nos olhos.

-Sabe em que eu estava pensando esses dias?- ele perguntou retoricamente- ainda bem que os seus amigos deixaram vocês sozinhas lá nas Olimpíadas.

-Por quê?- perguntei curiosa. Ele falava olhando no fundo dos meus olhos, me prendendo no seu olhar penetrante.

-Porque se eles as tivessem levado pra casa, nós não teríamos conhecidos vocês- ele disse e eu corei  e comecei a olhar pra baixo- ei... Aninha, olha pra mim.

Ele tocou gentilmente meu queixo e me fez encará-lo de novo.

-Louis, porque você está fazendo isso se ainda gosta da Eleanor?- perguntei sentindo as lagrimas se formarem em meus olhos.

-Aninha, não chora. Eu gosto dela, mas eu sinto uma coisa totalmente diferente por uma outra pessoa. É muito mais forte...

-E por quê você não vai procurar essa pessoa?- desculpa, mas eu sou lerda mesmo.

-Foi isso que eu vim fazer- ele disse sorrindo de lado, fazendo com que até a Emengarda engravidasse dentro de mim- mas essa pessoa é muito lerda pra perceber que ELA é o motivo de eu estar aqui.

-Eu.. eu- esqueci como se respira, esqueci como se anda, esqueci como se fala. Esqueci TUDO- eu sou o motivo, quero dizer, a pessoa?- sussurrei tão baixo que achei que ele não fosse escutar.

-Você não é só o motivo de eu estar aqui...- ele respirou fundo e continuou- você também é o motivo do meu sorriso, da minha distração diária, das minhas noites mal dormidas...

Senti minhas pernas fraquejarem e meu coração disparou.

Ele foi chegando cada vez mais perto. Me abraçou pela cintura e me puxou pra perto de seu corpo. Uma de suas mãos subiu para o meu rosto e ficou acariciando gentilmente minha bochecha, e a outra continuou me apertando na cintura.

-Eu não sei o que é isso que eu estou sentindo. Mas é a melhor coisa que eu já senti na vida- ele falou olhando nos meus olhos e de repente ele ficou tenso- você não vai falar nada?

-É bom saber que eu sou correspondida- falei sorrindo e quando terminei de falar, ele selou nossos lábios.

Primeiro foi só um simples selinho, delicado e demorado. Ele separou nossos lábios, olhou pra mim, sorriu lindamente e me beijou de novo. Dessa vez foi mais intenso. Ele pediu passagem para a língua e eu logo concedi. Nossas bocas se moviam em uma harmonia perfeita, e eu não pude conter um sorriso durante o beijo.

Uma de minhas mãos estava na sua nuca, enrolando alguns fios de cabelo em meus dedos, e a outra estava aberta em seu peitoral musculoso, sentindo as batidas de seu coração que estavam tão fortes e rápidas quanto as batidas do meu.

Mas como tudo que é bom dura pouco, meus pulmões clamaram por ar e eu tive que finalizar o beijo.

-Hoje é o melhor dia da minha vida- falei sem pensar. Quando percebi o que tinha falado, escondi meu rosto em seu peito.

-Não precisa ficar com vergonha, pequena- ele falou e beijou o topo da minha cabeça- eu quero te mostrar o Louis Tomlinson de verdade, não o Louis da One Direction. Mas pra isso acontecer eu preciso que sua vergonha de mim vá embora- ele falou rindo.

-Você já me mostrou, Louis. À 3 meses atrás eu te amava, mas era um amor de fã. O Louis por quem eu estou apaixonada de verdade é apenas o Louis, o garoto lindo que está parado na minha frente, falando coisas lindas pra mim e me deixando sem-graça.

Ele deu uma risada deliciosa e me perguntou brincalhão:

-Então quer dizer que eu sou lindo? E que eu estou te deixando sem-graça?

-Besta.

-Linda.

-Chato.

-Perfeita.

Fiquei roxa de vergonha e ele me beijou delicadamente.

-Você fica linda com vergonha, mas eu prefiro você olhando pra mim, nos meus olhos- ele falou me dando vários selinhos.

-Desculpa- falei.

-Quê? Pelo quê?

-Por ter apertado a sua bunda anteontem- falei rindo e ele riu também.

-Você mereceu essa honra- ele disse rindo.

-Aninha?- ouvi a voz do Tom lá embaixo.

-Aqui encima!- gritei.

Peguei a Lux que dormia no pufe e a levei pro quarto, e Louis foi atrás.

-Oi Aninha! Oi Louis!- Tom falou sorrindo e entrou no quarto.

Beijou a testa da Luxy e falou pra mim:

-Muito obrigado, Aninha! Se você quiser ir embora, já pode ir. Mas se quiser dormir aqui, fique à vontade.

-Brigada Tom, mas eu preciso voltar pra casa. Tenho aula bem cedo amanhã- falei.

-Certo. Quer que eu te leve?- ele perguntou.

-Pode deixar, Tom. Eu levo ela- Louis disse me abraçando de lado.

-Ok, até mais, gente- Tom disse.

Peguei minha bolsa e fomos pro carro do Louis.

Ele abriu a porta para que eu entrasse. Um verdadeiro cavalheiro.

-Obrigada- falei tímida.

Ele deu a volta no carro e entrou.

-Você é uma princesa, merece ser tratada como uma- ele disse e me deu um beijo na bochecha.

Louis ligou o rádio e estava passando Wild Ones. Cantamos muito e rimos. Depois começou a cantar One Thing e eu sorri. Louis desligou o rádio e eu gritei:

-LOUIS! PORQUE VOCÊ DESLIGOU?

-É esquisito ouvir a própria voz no rádio.

-Liga de novo!- falei “brava” e ele riu.

-Você que manda- e ligou o rádio.

Eu cantei animadamente mas parei, quando vi que ele cantava olhando pra mim e sorrindo.

-Para de olhar pra mim- falei morrendo de vergonha- mentira, não para não- falei e ele riu.

-Você é tão extrovertida que é até estranho quando você fica com vergonha- eu ri com isso.

Cantamos mais algumas músicas e conversamos sobre coisas aleatórias.

-Chegamos- ele disse com um sorriso triste.

-Me leva até  meu quarto?- perguntei fazendo beicinho.

-É claro que eu levo, baixinha!

Descemos do carro e ele pegou minha mão.

-Lou, e se algum papparazzi nos ver desse jeito?- perguntei receosa.

-Por mim não tem problema- ele disse dando de ombros.

-Mas eles já sabem sobre o seu término de namoro com a Eleanor?

-Sobre o término sim, sobre o motivo do término não, ninguém sabe ainda.

Chegamos no quarto e ele não soltou a minha mão hora nenhuma.

-Eu te convidaria pra entrar, mas é bem possível que a Cams esteja pelada no quarto- falei e ele riu.

-Tudo bem, eu tenho que ir agora, de qualquer jeito- ele disse.

-Até depois, então- falei e já estava abrindo a porta quando ele segurou meu pulso e me puxou para si.

-Não está esquecendo de nada não, pequena?- ele falou bem perto do meu rosto.

-Acho que não- fiz cara de desentendida e ele riu.

Me encarou por uns 10 segundos, colocou alguns fios teimosos atrás da minha orelha e me beijou delicadamente, como se tivesse beijando um algodão doce que poderia se desmanchar facilmente.

-Boa noite, pequena- ele falou.

-Boa noite, gigante- falei e nós rimos. Dei um selinho rápido nele antes de entrar no quarto.

-ANAAAA!!!- Cams gritou e pulou em mim assim que eu fechei a porta. Ela estava vestida, só pra deixar claro.

-CAAAMSS! Hoje eu estava na casa da Lux, aí, aí, aí BUUUM!- falei meio gaguejando.

-MENTIRA QUE VOCÊ FICOU COM O LOUIS!- Cams berrou e eu tampei a boca dela. É, a gente é esquipática, mas nos entendemos assim.

-Tá, agora me conta como foi com o Niall- falei quando paramos de gritar.

Cams me contou todos os detalhes do encontro com o Niall: eles são tão fofos juntos.

E quando ela acabou de falar, eu também contei tudo que aconteceu entre mim e o Louis.

Nós tomamos banho, colocamos o pijama e fomos dormir pensando nos nossos (nossos?) homens.