Capítulo 7: Confusão.

Taemin P.O.V

Ele tinha que cair. Incrível como ele tem a habilidade de tropeçar numa área plana.

– D-desculpa Tae... - Ele disse com as mãos apoiadas sobre o chão frio.

Inútil.

– Shh, cala a boca animal. Anda me dá sua mão e levanta daí.

Thunder corou e me entregou sua mão timidamente, eu o levantei largando imediatamente aquela mão quente, assustado com o fato de que uma corrente elétrica percorreu o meu corpo ao tocá-la. DAFUCK?

Ajudei ele a se levantar e decidi que chega de espionagem por hoje. Não vi o que havia acontecido lá dentro, mas com certeza Joon já havia escutado o grito esganiçado dessa coisa, então ou a gente ia embora ou a gente ficava, o Joon sairia e eu teria que inventar uma desculpa muito tosca. Eu, sinceramente, prefiro ir embora.

– Vem Thunder, vamos embora.

– Mas Tae, você não...

– Vamos embora Raiozinho desgovernado.

Dei uma pequena risada pelo apelido direcionado ao que significava seu nome. Eu não conseguia ficar com raiva desse idiota, acho que era pelo fato de ele me ajudar tanto mesmo com atitudes "erradas", como ele dizia.

Saímos de lá e aproveitei para convidá-lo para almoçar em casa, que aceitou com um tom corado em seu rosto. Esse garoto anda corando demais ultimamente.

XXX

Joon. P.O.V

Onew saiu de meu colo assustado e eu coloquei rapidamente minha camisa indo em direção a porta.

– Mas o que está aconte... MÃE?!

– Oi? - Ela disse um pouco surpresa ao me ver espantado pela sua presença, mas não era normal ela chegar a esse horário.

– Foi a senhora que gritou?

– Gritar? Quem gritou?

– Se eu soubesse eu não teria te perguntado né mãe?

Olhei para trás e vi que Onew estava procurando sua camisa, não podia deixá-la entrar e ver a gente naquele estado, naquela bagunça que fizemos sem perceber.

– Ham... Joon, você não vai me deixar entrar?

– Ah... Claro mãe!

– Então sai da frente.

– Ai mãe a senhora é muito grossa, poderia ser mais delicada de vez em quando sabia? Porque eu...

Comecei um breve discurso para manter minha mãe na porta, olhei para trás disfarçadamente e Jinki ainda procurava loucamente sua camiseta.

XXX

Onew P.O.V

Cadê. A droga. Da Minha. Camisa???!!!Mas aonde raios o Joon foi jogar ela? E jura que a mãe dela tinha que chegar logo agora?

Vi Joon tentando enrolar a mãe dela na porta, e realmente ela tinha motivos de estar querendo trancá-lo no zoológico. Finalmente consegui encontrá-la, estava jogada do outro lado da sala. Como eu pude ser tão cego a esse ponto? Acho que deveria ser o desespero naquela hora.

Me abaixei e fui engatinhando até o outro lado, com cuidado para não ser visto. Assim que tirei minha camiseta do chão e me levantei, a mãe do Joon o empurrou de uma forma brutal (que meu Deus com certeza a força que meu Joonie tem não foi puxado dela), que caiu no chão. Assim que ela adentrou a casa observou a sala bagunçada, com vários pertences e almofadas jogados por toda a parte, e logo, virou o rosto e se surpreendeu comigo sem camisa tampando o peitoral com a mesma.

– O... o que está acontecendo aqui?

XXX

Joon P.O.V

É, ferrou.

– Ah... Oi? - Onew disse com os olhos arregalados tentando esconder algumas marcas no corpo, tanto de cicatrizes, como de chupões.

– O que está acontecendo aqui? - Minha mãe alterou seu tom de voz fazendo aquela pergunta pela segunda vez. Ela não era boba, minha mãe não se enganava fácil , para o meu azar.

Vi que Onew não se mexia, logo me levantei do chão e entrei na sua frente, falando qualquer desculpa esfarrapada.

– É... Mãe, bateram no Onew na escola e eu só o trouxe pra cá para cuidar de seus machucados, mais nada.

– E precisava ter feito essa bagunça? - Estávamos tão perto, tão perto a ponto de nos tornarmos um do outro, mas como qualquer filme enrolativo, sempre acontecia alguma coisa. - Tudo bem, me desculpem, mas se era isso por quê estava saindo de casa Joon?

– Estava indo comprar alguma pomada, não achei nenhuma aqui.

– Ok. - Minha mãe se aproximou de Onew e tocou em seus ombros, dizendo com um tom mais calmo em sua voz. - Me desculpe querido, vou deixar você então nas mãos de meu filho, está com fome?

– N...não obrigado. - Ele sorriu aliviado e viu que não precisava de preocupação em frente a ela. - Obrigado mesmo.

Ela se afastou e disse enquanto pegava as almofadas do chão.

– Eu pego a pomada Joon. Francamente, você não sabe procurar nada! Leva o Onew para o seu quarto e cuide dele lá, quando eu achar eu levo.

– Pode deixar mãe.

Sorri malicioso para o Onew que corou um pouquinho. Ele devia estar impressionado por eu conseguir fazer um olhar desses numa situação que achamos "perigosa", mas acho que era isso que estava me animando, o perigo, pelo jeito esse ano não vai ser tão tedioso como pensei que seria.

– Eu vou fazer o almoço, e esse mocinho vai comer querendo ou não. - Minha mãe sorriu de um jeito gentil, mas eu percebi algo no olhar dela quando me fitou. É, como eu havia dito ela não era boba.

– Vem Onew.

O peguei pela mão e subimos para o meu quarto.

~~~ No quarto~~~

–Quase! - Eu disse deitando de costas em minha cama.

– Nisso que dá você ficar me agarrando no meio da sala, eu quase morri sabia? - Ele disse vestindo a camisa.

– Eu te agarrei?! Mas foi você que falou "Deve". - Zombei, com um pouco do tom de voz do Key.

– Eu não falo desse jeito! - Jogou meu travesseiro em meu rosto.

– Vem cá. - Falei colocando o travesseiro de lado e o puxando pela mão.

– Eu não sei... ficar perto de você é meio perigoso.

– Bobo. - Eu disse rindo. Ele veio finalmente e se deitou ao meu lado na cama, colocando sua cabeça em meu peito.

– Seu bobo. - Disse corando de leve e apertando minha camisa como sinônimo que ele estava protegido comigo.

– Só meu. - O abracei.

– Eu não sou SÓ seu. A gente nem tá namorando ainda.

É impressão a minha ou isso foi uma indireta?

– Aiiinda. - Respondi sorrindo o apertando contra meu corpo.

– Tá esperando o que para me pedir então?

Me assustei com essa atitude de Jinki, parece que eu realmente passei a ele algum sentimento de força de vontade.

– Onew... eu nunca namorei...

– Nem eu...

– Eu não sei como agir... Você sabe... como um namorado.

– Piorou eu.

Tá, essas não eram as respostas que eu esperava.

– Nossa primeira relação vai ser com pessoas totalmente inexperientes?

– É, acho que vai dar certo. - Ele sorriu com um sentido de deboche, mas vi que Onew realmente queria namorar comigo.

– Tudo bem então... Lee Jinki, razão do meu viver e do meu respirar - Deus do céu de onde eu tirei isso? Enfim, pelo menos ele sorriu. - Você aceita ser meu namorado?

– É claro que aceito bobo!- Selamos nossos lábios e ficamos um bom tempo assim até o ar mandar um recado dizendo que estava partindo. Só estava preocupado com a reação de todos, não estava preparado, e muito menos para a expressão de meu pai. Mas agora pelomenos eu sabia, que iria passar isso tudo com a pessoa que eu amava.

– Já vou avisando, eu sou chato. - Disse rindo.

– Isso não importa, o que importa é que agora eu sou seu, inteiramente seu.

Vi o olhar de Onew mudar para mim, ah... finalmente, aquele olhar que eu queria.

XXX

Taemin P.O.V

Era sábado, estava nublado. Eu me encontro em um lugar cheio de pessoas diferentes e desconhecidas. Como... como eu pude perdê-la assim? Foi em um piscar de olhos e a minha esperança se foi com ela... Agora, estou sozinho, com medo de que um raio acerte minha cabeça repleta de medo. Preciso de alguém para afagar as mágoas da perda dela...

– Thunder? - Disse ao celular com um tom de choro, desesperado.

– Tae, o que houve?

–EU PERDI MINHA MÃE NO SHOPPING!!

– Taemin que idade você tem?

– Thundeeeeer - Fiz um tom manhoso. - Eu preciso dela!

– Taemin vai andando pra casa ué!

– Eu tenho medo que ela fique aqui me procurando nessa noite chuvosa, no escuro...

– Taemin... SÃO DUAS DA TARDE!

– O que que eu faço?! - Dei alguns pulinhos de ansiedade.

– Você já tentou ligar pra ela?

– Não... Eu liguei direto pra você.

– Ai Shisus abençoa essa alma. Eu tô ai perto, manda uma mensagem pra sua mãe avisando que você vai voltar pra casa comigo.

– Você... você vai vir me buscar? - Abaixei meu tom de voz corando um pouco.

– Você prefere ficar ai? No escuro, na chuva, sem a sua mãe? - Notei a voz irônica e dramática que ele fez.

– Não... Quando você vai vir? - Fiz manha.-

– Eu já to indo Tae.

– Tá bom. Beijo, vem logo!

– Eu ja falei que to indo moleque. Se cuida, beijos.

Bom, agora é só esperar e... MÃE!

XXX

Minho P.O.V

Estava observando Jonghyun dançar algum jogo de dança que ele trouxe até minha casa. Eu não estava afim de me mexer hoje,sábado nublado tira as minhas energias. Mas era melhor fazer um esforcinho do que ver o Jjong magoado.

– Nossa que energia! - Comentei rindo.

Logo depois, ele se sentou ao meu lado no sofá fazendo um biquinho raivoso, era óbvio que estava chateado com algo.

– Que foi Dino? - Perguntei ficando sério com um tom preocupado.

– Não me chama assim se não você só vai piorar meu humor.

– A Krystal te deu um pé na bunda?

– Na verdade não, eu e ela conversamos e decidimos que o namoro não estava chegando a lugar nenhum.

– O que houve então? - Me virei de frente para ele disfarçando o sorriso de alívio que havia se formado em meu rosto.

– Ninguém confia em mim... - Me respondeu fazendo um tom triste.

– Huuumm... Ah é porque você é um fofoqueiro.

– Pô Minho até você ?! Isso magoa sabia?

Aproximei minha mão direita em seus cabelos e fiz um carinho.

– Desculpa Dino.

Vi ele corar um pouquinho e ao mesmo tempo também senti meu rosto esquentar. Não queria que aquele sentimento por ele voltasse, não para ser magoado de novo por uma garota.

– Min... Você está gostando de alguém?

– Jjong, por quê você me perguntou isso tão de repente? Não estávamos falando disso.

– Viu? Até você não confia em mim.

Jonghyun se levantou e eu fiquei um pouco impressionado por toda aquela carência. Ele ia em direção a porta quando eu rapidamente o agarrei pelo pulso impedindo-o de ir.

– Espera Jonghyun... eu conto.

Ele voltou a se sentar com uma carinha confusa, e eu afrouxei minha mão de seu pulso. Não queria contar que era tudo sobre ele o que eu havia passado, claro, não chegava perto de ser uma história como a de Onew, mas mesmo assim me machucou mais do que qualquer outra dor.

– Você vai... me contar?

– Sim, por quê? Eu confio em você Jjong. - Ele me deu um sorriso pequeno, tanto de vergonha como de agradecimento. Continuei. - Eu gostava de uma pessoa, mas a mesma começou a namorar com outra e eu decidi esquecer mesmo sabendo que não ia conseguir.

– Ah... nossa Minho eu sinto muito.- Ele não fazia idéia que a pessoa tratada era ele.

– Está tudo bem, pelo menos ele terminou o namoro.

– "Ele"? - Perguntou um pouco confuso me olhando fixamente.

– É, ele.

Pra quê ficar nervoso né? ... Mentira, eu estava tremendo mais do que o Joon quando ia tomar banho.

– Estou ainda apaixonado pelo mesmo garoto.- Completei

– Então você é gay?

Ele me perguntou da maneira mais gentil possível, mostrando que não se importava. Coloquei a mão esquerda sobre a cabeça e sorri timidamente.

– Eu acho que sim né...

– ... Eu também.

Arregalei um pouco os olhos e pensei que seria mentira, ele estava com uma garota a algum tempo atrás e nunca havia demonstrado um sentimento que fosse diferente.

– Mas você estava com a...

– Esse foi o motivo. Eu gosto de um garoto e ela aceitou isso numa boa... Acho que é porque ela gosta de yaoi...

Dei uma pequena risada baixa, e então decidi fazer aquela pergunta que me incomodava.

– Que garoto você gosta?

– Que garoto VOCÊ gosta? - Ele me repetiu me deixando em um completo Poker Face.

– Eu não vou dizer até você me contar.

– Eu não vou dizer até você me contar. - Riu.

– Quer parar de repetir o que eu digo?

– Quer parar de repetir o que eu digo?

–Ah é pra fazer piada agora? - Ri e comecei a me aproximar dele devagar, simbolizando com as mãos que faria cócegas nele.

– Min... não!

– Ué, você não repetiu minhas falas agora por quê? Ficou com medo? - Ri de um jeito maléfico, mas muito divertido.

– Min, da última vez que você fez isso... - Ele tentava se afastar aos poucos.

– Você riu até ficar sem respirar.

Fiz um ar provocativo indo para cima dele. Logo, só se ouvia gargalhadas gostosas invadirem aquela casa vazia.

– MINHO!... AI... PARA! EU TO FICANDO SEM AR....!

Seus olhos lacrimejavam de tanto rir. Foi quando eu percebi : Estávamos perto, perigosamente perto.

– Sabe Jonghyun... Eu adoro dinossauros. - Sussurrei baixinho tentando recuperar o fôlego perdido nas risadas.

– E eu adoro jogadores de basquete.- Sorriu largamente.

Eu nem jogava basquete, com certeza ele disse aquilo por causa de minha altura, mas deixei passar dessa vez.

Foi em um piscar de olhos, e ele agarrou minha nunca me puxando para um beijo. Na verdade, um selar, mas eu não queria sair dali... nunca mais. Pedi passagem com a língua e então de prontidão ele cedeu. Minha língua começou a massagear aqueles lábios carnudos e explorar cada parte de sua boca, a qual eu tanto desejei.

Seu beijo era doce, e o sabor da bala de menta antes deliciada, predominava em sua boca fazendo com que uma refrescância gostosa passasse por nossas línguas. Nossos movimentos se encaixavam perfeitamente, como se fossêmos um só, um quebra-cabeças resolvido.

Nossas pernas se entrelaçavam uma na outra fazendo uma fricção gostosa entre nossos quadris. Gemidos sôfregos nasciam em nossa garganta e morriam na boca um do outro. A falta de ar se fez presente e tivemos que nos separar.

– Então, toda aquela conversa, o garoto que você gostava...

– Como você é lerdo,Dino. Eu te amo. - Sorri pra ele que deixou uma lágrima cair, e sorriu de volta.

Ele quase pulou no meu pescoço, me abraçando muito forte. Senti meu pescoço molhado por suas lágrimas inesperadas.

– Você não faz idéia de como me fez feliz agora. - Voltou-se para o meu rosto passando a dar leves selares em minha pele. - Eu te amo, eu te amo, eu te amo.

Definitivamente, Choi Minho, agora é o cara mais feliz do mundo.

XXX

Thunder P.O.V

Fui buscar o Taemin no Shopping antes que ele continuasse a dar piti.Assim que parei em frente ao Shopping vi Taemin prender seus cabelos compridos e uma moça jovem ao seu lado.

– Thunder! - Ele gritou ao longe me avistando dentro do carro de meu pai (oremos a Shisus que ele não descubra que eu peguei) , e veio correndo em minha direção.

– Achou sua mãe? - Disse num tom óbvio ao vê-la ao seu lado.

– Engraçadinho. Pode nos dar uma carona?

– Vim aqui pra isso né? Entra ai.

Os dois entraram dentro do carro e cumprimentei minha Omma de consideração. Conversamos bastante pelo caminho todo, e os deixei na frente de casa.

– Omma vai indo, eu quero conversar um pouco com o Thunder.

O-oh! Alerta! Alerta!. Já sabia do que se tratava, e minha vontade era acelerar com o carro e deixar ele ali.

– Tudo bem filho, até... que horas você vai chegar?

– Não sei. Se eu não chegar hoje, eu fiquei na casa dele mesmo ok?

– Tudo bem. Até mais Thunder, Obrigada!

– Que isso, de nada, boa noite Omma!

Seria legal se eu estivesse apaixonado por ela e não pelo seu filho. Ó Deus o que acabei de dizer?

Taemin se sentou no banco da frente ao meu lado no carro e fechou a porta, então, perguntei docemente.

– Onde quer ir?

– Pode ser para a sua casa? Preciso conversar com você. - Respondeu sério e com o olhar distante.

O Taemin sombrio voltara. Aquele Tae doce que estava com sua mãe, não existia mais a partir dali.

XXX

Joon P.O.V

Estava em frente a casa de Onew já que havia trazido ele de volta. Tínhamos passado o sábado todo naquela pracinha perto da escola, como se isso fosse alguma novidade.Depois que ele saiu da minha casa ,ontem, resolvi fazer uma surpresinha pra ele.

– Então é isso...

– Eu nem acredito que estamos namorando sabia? - Disse rindo pegando em suas mãos.

– Eu também não. - Retribuio docemente meu sorriso e me deu um selar rápido.

– Ah! Isso me lembra que...

No mesmo instante retirei uma caixinha de meu bolso e a abri, vi os pequenos olhos de Jinki brilharem ao ver o par de alianças douradas com o símbolo do infinito em prata que havia lá dentro.

– Joonie Hyung...

– É só pra oficializar.Depois que você saiu de casa,eu comprei.

Peguei a aliança dele e me aproximei de leve, levantando seu dedo do meio e arrastando o anel pela a sua pele gelada e macia.

– Eu te amo Joonie.

Ele me abraçou envolvendo seus braços em minha nuca e seu rosto em meu pescoço, e eu apoiei minhas mãos em sua cintura.

– Eu te amo mais Dubu.

Nos afastamos do abraço devagar e nos beijamos, até que Onew disse em meio a respiração abafada:

– Agora só falta uma coisa não é?

– Nossos pais? - Falei com um ar preocupado.

– Depois resolvemos isso certo? - Ele notou meu ar diferente e sorriu, jogando qualquer preocupação minha, no lixo.

– Tudo bem.

Nos beijamos pela última vez e Jinki entrou em casa, com aquele sorriso que eu tanto amava, aquela voz que eu tanto admirava.

XXX

Onew P.O.V

Entrei em casa sorrindo mais do que nunca, sem palavras pelo o que havia acabado de acontecer. Avistei meu pai lendo uma revista qualquer no sofá, me sentei ao seu lado, peguei a revista de sua mão e apoiei minha cabeça em seu colo. Era raro achá-lo em casa, então tinha que aproveitar.

Suspirei feliz, levantei minha cabeça para encontrar o rosto de meu pai, o qual estava sorrindo.

– Anel novo? - Abaixei minha cabeça e sorri, assentindo com a cabeça. - Ele estava lá fora não estava?

– Estava.

Meu appa me deu um beijo no topo da cabeça e disse:

– Vai tomar um banho, eu vou cozinhar pra gente.

– Ué, cadê a Hyurin? - Disse olhando em volta para procurá-la.

– Eu dispensei ela hoje. Preciso de um pouco de tempo na cozinha, relaxa.

– Appa... - Fiz um tom manhoso.

– Tá Onew, eu faço frango.

– Obrigado Appa!

Sai do sofá e sai correndo em direção as escadas para tomar um banho.

Entrei em meu quarto tirando a blusa e a jogando na cama (que por incrível que pareça estava com cheirinho do Joonie). Fui tirando minhas pulseiras e as coloquei dentro de uma caixinha em forma de violão. Sorri lembrando que o Joon vai me procurar na segunda, não como seu namorado, mas como o garoto que canta pra ele por detrás daquela porta.

Suspirei um pouco decepcionado por ele não ter se tocado ainda, mas quem sabe não fosse melhor assim.

Tirei o meu anel e percebi algo brilhando dentro dele a sua volta, e com um sorriso de doer o maxilar, li aquela frase a qual sempre precisei.

"Eu te amo. Eu vou estar aqui, sempre. (Joonie)"

Uma lágrima rolou pelo meu rosto, eu era realmente fácil de chorar, me odiei um segundo por isso. Logo depois, fui até o banheiro, relaxar e me preparar para um domingo chato e uma semana cansativa.

XXX

Taemin P.O.V

Um vento frio nunca me fez tão bem.Estava na frente da janela do meu quarto. Minha cabeça estava cheia, algumas lágrimas caiam sobre meu rosto... aquilo não era um sentimento de culpa, era de raiva. A última coisa que gostaria de ter visto naquela noite enquanto voltava da casa de Thunder, era aquele casal que eu tanto desprezava, começarem um romance com alianças.

Sempre fui o garoto fofinho o qual o Joon dizia que prefiria, colocava ele em primeiro lugar em absolutamente tudo, e ele simplesmente me deixa de lado por aquele menino.

Estava tudo bem, eu cansei de ser um boneco nas mãos de outras pessoas, e principalmente nas mãos dele.

~~~~~~Flash Back mode On~~~~~~

– E então Thunder, você topa?

– Taemin você ficou maluco?!

– EU CANSEI THUNDER! CANSEI. - A paciência de Taemin nunca fora tão curta.

– Tae calma por favor...

– VAI, ME CHAMA DE MALUCO, ME CHAMA DO QUE VOCÊ QUISER! EU VOU ACABAR COM O ONEW E NÃO VAI SER VOCÊ QUE VAI ME IMPEDIR!

Lágrimas de ódio molhavam aquele rosto infantil, aquele rosto tão inundado de desgosto. O ódio é um sentimento forte, um amor não correspondido te faz perder a razão.

Thunder agarrou Taemin pela cintura e lhe depositou um beijo, um beijo calmo que fez toda aquela gritaria cessar, que fez com que... Taemin deixasse ser invadido pela língua do outro.

– Thun...

– Taemin, eu não vou lhe pedir para parar outra vez porque sei que você não vai, mas... não há necessidade de você querer ir tão longe. O Joon não te ama como você gostaria, mas eu sim.

Taemin por um momento ficou estático, não iria desistir da vingança que queria, mas por um momento decidiu pensar se era necessário fazer o que estava em sua mente.

Uma lágrima rolou pelo seu rosto, se sentindo rídiculo por querer tanto fazer uma coisa que sabia que seu melhor amigo não iria gostar.

– Você não me odeia? - Indagou o menor , com medo da resposta.

– Eu te amo. Se te odiasse não estaria te ajudando nisso tudo.

Taemin se aproximou mais uma vez e pegou em suas mãos, delicadamente, colando sua testa na dele de um jeito seguro. Não sabia se estava apaixonado por Thunder, mas mesmo se estivesse, não iria deixar acontecer.

– Você vai me abraçar quando tudo der errado?

– Pra sempre Tae, pra sempre.

~~~~~~~Flash Back Mode Off~~~~~~~

Definitivamente, aquele sentimento não podia existir.Não por ele.