Capítulo 6: Confiança.

Taemin P.O.V.

Estava levando Thunder para casa de carro com a minha mãe, quando vejo um certo "casal" se beijando no balanço de uma praça próxima a escola.

– Thunder me dá meu celular! - Pedi rapidamente.

– Pra quê?

– Só.Me.Dá.

Ele me entregou o celular um pouco assustado, aproveitei que minha mãe parou no semáforo para tirar uma foto.

– Taemin o que você... ? - Thunder não conseguiu falar nada quando percebeu também quem era o casal naquele balanço.

– Ele vai pagar. Vai pagar por ter escolhido ele e não a mim.

XXX

Jonn P.O.V.

– Obrigado por ter me trazer em casa Joon...

Eram 20:40. Tínhamos ido ao cinema e aquela praça onde aconteceu o melhor beijo da minha vida... Realmente, quem chinga o Onew com certeza nunca quis conhecê-lo um segundo se quer. Eu desejava que aquele dia nunca acabasse, mas era hora de ir embora.

– Estamos a quatro quarterões da sua casa Onew, está me agradecendo agora?

– Desculpa.

– Ei, eu não estou brigando com você! - Gargalhei um pouco.

– Você me assustou! Não faça essa cara de mau.

– Essa cara de mau é de família acostume-se.

– Ahh.. ok.

– Haha, eu adorei passar essa tarde com você Jinki! - Disse puxando ele pela mão e o rodando, meio que brincando com ele. Não havia ninguém na rua, então não teria problemas ou comentários maldosos sobre nossa "amizade".

– Eu também Joonie! - Ele respondeu sorrindo enquanto eu brincava com seus dedos. - Joon, está tudo bem?

– Está. - Fiquei um pouco sério. Fazia 3 meses que havíamos nos conhecido, mas eu não queria sair de perto dele, não queria que aquele dia acabasse, não queria soltar de sua mão.

– Joonie...

– O que foi Onew? - Dei um sorriso meigo.

– Obrigado por ser meu amigo.

– Acho que eu que tenho que agradecer.

– Não solta da minha mão não? Muitas pessoas já a soltaram e eu me machuquei.

Não me contive e me aproximei, toquei uma de minhas mãos em seu queixo levantando sua cabeça baixa, enquanto a outra ainda segurava sua mão.

– Tão lindo... - sussurrei. - Tão lindo para ser magoado desse jeito.

– Eu não sou tudo isso que você diz.

– Você é lindo Onew, tem um coração bom, é puro...

– E gay?

– Desde quando a opção sexual de uma pessoa define a personalidade dela?

– Acho que foram muitas humilhações para eu perceber que as vezes uma coisa tem haver com a outra.

– Me escuta Onew. Eu não quero nunca mais que você se rebaixe desse jeito, não quero que você fique achando que não é bom o suficiente, porque pra mim você é.

Uma lágrima caiu por cima daquela pele macia, a qual meus dedos tocavam. Logo, eu senti seu corpo se chocando contra o meu, em um abraço forte, aconchegante, cuidadoso.

– Obrigado Joon! Por favor nunca mais saia do meu lado... nunca mais. Não me chame de idiota por eu ter te conhecido em 3 meses e já querer você tão próximo, só não saia.

– Eu não vou. - Eu disse retribuindo o abraço. - Dubu.

– É o que? - Logo, ele mudou aquela expressão triste para uma de confusão, se retirando do abraço e me encarando. Não me contive e começei a rir.

– Ah que foi? Você não gostou?

– Dubu? De onde você tirou isso? - Ele começou a rir também.

– Ah só achei bonitinho, combina com você. É fofo, sem contar que sua pele é macia igual tofu.

– Eu cuido bem da minha pele. - Disse jogando os cabelos de forma divônica.

– Tá bom então "Hyuna". (diva please), Agora vamos, já está tarde e seu pai... seu pai né?

– É, meu pai. - Ele riu.

– Então, ele vai ficar preocupado.

Ainda sem soltar de sua mão, fomos caminhando até sua casa, e chegamos logo.

– Você me liga quando chegar em casa? Só pra eu saber se você chegou bem.

– Ligo sim Onew. - Eu disse retirando o papel do meu bolso com seu número que ele havia me dado durante o passeio como gesto de afirmação.

– Tá.

Olhei para os dois lados e notei que não havia ninguém, então subi um degrau daquela calçada e dei um pequeno beijo em sua bochecha num gesto de carinho.

– Boa noite, dubu. - Sorri.

– Boa noite Joonie. - Ele sorriu mais ainda e corou.

Lentamente soltei de sua mão e fui andando até chegar em casa, precisava de um banho e uma ótima noite de sono, afinal, amanhã o dia seria longo como os outros. Estava abrindo a porta de casa quando meu celular vibrou, era uma mensagem.

" Obrigado por ter sido o motivo do meu sorriso hoje Joonie, pela sua compania. Não vou esperar você ligar pois já estou capotando de sono aqui keke. Mas amanhã nos vemos certo?

Tenha uma ótima noite. Beijos, seu dubu."

"Seu dubu"?. É, eu tinha criado o apelido, então ele era meu por direito.

XXX

Mir P.O.V.

Me levantei da pior insônia que tive na minha vida. Engraçado, eu só tenho insônia quando eu acho que tem algo errado...

Me arrumei, tomei café, e fui para a escola.

~~~~~Le escola~~~~~

– JOON! - Gritei quando o avistei perto da entrada da escola.

– Bom dia Mir!

– Úúúh, tem alguém de bom humor aqui.

– É, é só que a minha mãe ta bem melhor.

– Ah entendo! Ih olha lá é o Onew!

Acenamos freneticamente até ele nos ver e vir até a gente.

– Bom dia meninos! - Ele nos cumprimentou.

– Bom dia! - Respondemos em coro.

Dali em diante a gente foi conversando até a sala de Onew, e até que o garoto é realmente muito legal. Estávamos indo para a nossa sala quando senti um pouco de sede.

– Joon vai indo na frente, eu vou beber água.

– Ok.

Ele foi até a sala e eu fui até o bebedouro. Quando cheguei lá, ouvi uma voz extremamente infantil me chamar:

– Mir!

Virei, e vi que era Taemin.

– Oi Tae pode falar.

– Eu só queria saber por quê o Joon não foi jogar videogame lá em casa. Ele foi na sua?

– Não. A mãe dele tava doente então ele ficou cuidando dela.

– Doente? Nossa então será que aquele amigo que ele tava ontem foi uma compania pra comprar algum remédio?

– Que amigo? - Joguei o copo em que estava tomando a água no lixo e comecei a prestar atenção nas palavras do pequeno.

– Bom, ontem eu estava levando o Thunder pra casa e eu vi ele e um amigo se beijando na pracinha aqui perto da escola. Não me recordo o nome dele é On...Onchiu?

Paralisei. Como assim beijando? O Joon não mentiria pra mim, e muito menos me abandonaria por qualquer garoto novo que ele conhecesse.

– Onew você quis dizer?

– Sim Sim! Ele mesmo.

– Não não, Taemin. O Joon não faria isso comigo faria? E outra, não acredito em você, todo mundo aqui ta careca de saber que você morre de ciúmes do Joon, então não rola.

– Ah é? Quem é nessa foto então?

Realmente, era Joon naquela foto e ele estava beijando o Onew num balanço. Sim, ele fez. Mentiu pra mim.

XXX

Joon P.O.V.

Mir estava demorando. Pra quem foi só beber água parecia que tinha se afogado no galão.

Estava pensando em como foi aquele beijo, não foi uma coisa tão profunda, mas foi o bastante para prender completamente a minha atenção.

– BOM DIIAAA!!! - Santo Cristo, o Jonghyun já acorda assim?

– Ai Jonghyun que susto viado!

– Mas você anda tomando muito susto hein? Outro viado.

– Deixa ele, ele está no "Onew world". - Key disse fazendo um sinal de arco-íris nas mãos.

– Key... Eu preciso falar com você. - Disse baixo.

– Por quê você não fala comigo? - Jong diz indignado.

– Porque você é um fofoqueiro! - Respondi como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

– Depois da escola eu passo na sua casa e a gente conversa. - Key diz revirando os olhos.

Mir voltou pouco antes do professor de física chegar. Assim que ele se sentou na minha frente me jogou um bilhete:

"Depois da escola na minha casa. Quero conversar com você."

Respondi em seguida com cuidado para o professor não pegar o papel amassado.

"Não dá"

Logo, outro bilhete chegou.

"Por quê? Sua mãe não está melhor ou você vai se encontrar com o Onew de novo?"

Fiquei sem reação. Como ele sabia? Eu sabia que não deveria ter mentido pra ele, por mais pequena que fosse a invenção. Decidi ignorar e começar a fazer a lição.

– Jonghyun me empresta a borracha? - Pedi com carinho.

– Não. Você não confia em mim, pede pro Key.

Pronto. Ele tá magoado. Agora ele vai ficar sem falar comigo por duas semanas igual da última vez.

– Ah tá bom. Key me empresta a borracha?

– Claro, tó tigrão. - Disse me entregando.

– Obrigado.

Vi Jonghyun me lançar um olhar mortal, mas eu decidi me divertir também.

Que nada, Mir iria brigar feio comigo, tenho certeza que não seria pelo Onew e sim porque eu havia mentido pra ele.

As aulas demoraram uma vida pra passar, uma mais chata do que a outra, com pensamentos mais chatos ainda atormentando minha cabeça.

Estava guardando minhas coisas, quando Seungho me tocou de leve nas costas.

– Joon...

– O que houve? - Me virei para ele fechando a mochila.

– O G.O não veio hoje?

– Hm, eu não vi ele não. Parece que alguém da família dele ta doente.

É, eu presto atenção na conversa dos outros.

– Quem?

– Homem eu não sei.

– Ah tudo bem. Topa sair pra beber alguma coisa?

– Nem, vou passar um pouco na casa do Mir.

– Ta bom então. A gente se fala.

Seungho fez um gesto de "Tchau" com as mãos e se retirou, ele bem que poderia ter esperado já que sai da sala de aula logo em seguida.

Antes de eu ir embora, passei na sala de música, e como esperado, ele já estava lá.

– Oi?

Logo um bilhete atravessou a porta.

"Qual será o pedido de hoje? kekeke"

– Sinceramente, eu preciso desabafar com você, porque hoje já vou fazer isso com duas pessoas.

"O que houve Joonie?"

Ele me lembrava tanto alguém.

– Eu também não sei. Estou apaixonado por alguém que deveria ser errado, menti para o meu melhor amigo... estou meio confuso, com medo sabe?

"Eu entendo você, mas por quê acha que a pessoa a qual você ama é a errada?"

– Não é isso, é que... ele é um menino. Isso não é errado? E ainda são dois.

"Dois? Não é muito para um coração só?"

– Conheça uma k-band chamada Super Junior que você vai ver que não tenho culpa. - Ouvi uma risada abafada por detrás da porta. Eu estava mesmo apaixonado por um menino que eu nem conhecia, mas que amava de alguma forma. Onew, ele, Onew, ele .... ARGH! - Ei... você já pode cantar agora.

"Como quiser."

– Antes me responda! Alguma pessoa já te ouviu cantar também?

"Foi como eu disse, todos os dias, só pra você."

Logo em seguida, um som de piano ecoôu aquela sala, e depois a voz que eu tanto amava ouvir.

Não fiquei ali por muito tempo, infelizmente tinha que ir discutir com meu melhor amigo. Me despedi do menino e fui até a casa de Mir. Fui recebido por sua mãe que mandou eu subir até o quarto dele já que estava lá.

– Mir? - Eu disse o chamando baixinho abrindo a porta.

– Pode entrar Joon. - Ele me respondeu com uma voz misteriosa sentado em uma cadeira perto de sua mesa. Vish, já vi que isso vai ser igual Sherlock Holmes.

– O que foi?

Coloquei minha mochila em cima de sua cama e me sentei.

– Jura que você precisava ter mentido pra mim?

– Mir eu não queria te magoar.

– AH PALMAS PRA VOCÊ! Olha o quanto eu tô feliz, olha meu sorriso.

– Mir escuta, eu não queria te ver triste por eu ter saido com o Onew!

– Joon, eu sou o seu melhor amigo?

– O quê? É claro que sim você sabe disso!

– Eu prefiria ter me magoado no começo do que você ter mentido pra mim.

– Sabia que você está fazendo uma tempestade num copo d'água? Nem foi uma mentira tão grande assim.

– É Joon mas você só anda dando atenção pra ele...

Vi Mir se entristecer e abaixar a cabeça. Entendi o que ele sentia agora, por mais que não tivesse sido uma mentira tão monstruosa o quanto ele demonstrava ser, ele só necessitava de atenção. Devia mesmo ter contato tudo a ele.

– Tudo bem, Mir olha pra mim.

– O que foi? - Mir disse me encarando novamente, ele era fofo, mas me assustava quando estava nervoso.

– Maknae... eu amo o Onew.

– Ta í?

– Não pequeno você não entendeu. Eu AMO o Onew, não igual eu amo vocês.

– Joon o que você está insinuando? - Ele realmente me pareceu com a cabeça nas nuvens.

– Eu o amo, começei a me preocupar com ele acima do normal, queria estar com ele todos os dias naquela praça e só ficava pensando se ele estava bem. Não há outra saída ou outra conclusão a chegar. - Mir me encarou com os olhos um pouco arregalados, mas não podia parar agora.- Me desculpe se te ignorei desse jeito que está dizendo, nem ter vindo te visitar quando estava doente. Não foi minha intenção, eu não tinha percebido, realmente peço desculpas.

Mir se levantou de sua cadeira e se aproximou, colando nossos corpos em um abraço confortável.

– Por quê não me contou antes?

Eu fiquei um pouco receoso na respota.

– Porque fiquei com medo de você me julgar.

– Joon, eu sou seu melhor amigo, achou mesmo que eu faria isso?

– Eu não sei Mir, só tive medo.

O que eu estava fazendo? Estava me colocando de joelhos para o meu melhor amigo para ele afagar os meus sentimentos. Eu ainda não acreditava que era gay, nunca havia sentido atração por algum menino antes, mas pensando bem nem por meninas.

– Você quer ajuda?

Me afastei do abraço com uma expressão confusa, jamais imaginária que ele dissesse isso.

– O quê? - O fitei.

– Eu disse que estaria com você.

– Mas pra quê exatamente você está me oferencendo ajuda?

– Você mesmo disse Joon, você o ama, e eu estarei aqui pra qualquer coisa.

Eu entendi aquilo como um "Se quiser, eu tranco ele dentro do seu guarda-roupa", por isso decidi deixar guardada a ajuda dele pra mais tarde.

– Tudo bem, obrigado Mir.

– Ok, quer comer alguma coisa?

– Não tudo bem, eu vou indo.

– Vai se encontrar com ele de novo?

– Não, hoje eu só estou necessitando de cama mesmo.

Soltamos uma pequena risada e Mir assentiu com a cabeça.

Me retirei de sua casa e fui andando calmamente até a minha, aliviado por aquilo ter acabado bem. Quando dobrei a esquina, avistei um ser de mechas coloridas e calça colada batendo e gritando loucamente na minha porta. É, era Key.

– JOON ABRE A MERDA DESSA PORTA! OU VOCÊ ABRE OU EU VOU ARROMBAR! E PRA COMPLETAR AINDA TRITURO SEUS PEDAÇOS E DOU PRO MEU CACHORRO BRINCAR!

– Daria madeira pro seu cachorro? - Brinquei.

Key olhou assustado para o lado e por um momento temi em perder a vida.

– Joon você disse que precisava falar comigo, me faz cansar meu corpo lindo e maravilhoso para vir até aqui, gritar igual pintinhos quando vão perder a mãe na ceia de natal, pra você não estar???!!!

– D-desculpa Key, eu precisei falar com o Mir... - Disse abaixando a cabeça.

– MARCOU AQUI COMIGO POR QUÊ ENTÃO?

– Você vai saber quando atravessarmos essa porta. Anda entra.

Peguei minhas chaves e decidi entrar com Key, já que os vizinhos nos olhavam como se fôssemos um casal brigando.

Assim que entramos, joguei minha mochila no chão e percebi que meus pais não estavam em casa. Ótimo, nada melhor do que conversar normal com um amigo sem me preocupar se meu pai está atrás da porta ouvindo tudo.

– Tudo bem, o que você queria me contar?

Key logo se sentou no sofá e ouviu cada palavra que saia da minha boca, até as que não eram necessárias. Era incrível como ele era carinhoso e engraçado ao mesmo tempo com toda aquela confusão entre minhas falas.

Expliquei tudo a ele, realmente para desabafos Key era o melhor, nem com Mir eu sentia tanta liberdade assim, vai ver que era por causa desse terrível medo de machucá-lo.

Desde aquela voz atrás da porta, até meu primeiro beijo com Onew, a história foi contada sem pulos.

– Nossa Joon, eu nem sei o que dizer. - Key estava meio sem reação, mas não era o que eu não esperava. - Você, ham, apaixonado por uma voz? Você... Gay?

É eu não podia usar a desculpa que não era agora.

– Inacreditável não é?

– Na verdade não, você nunca foi homem o suficiente pra mim mesmo. - Debochou.

– Ah, acho que é porque eu vivo do seu lado!

Key fez uma careta e logo rimos, me surpreendi pelo fato de que ele havia me abraçado, e sussurrou em meu ouvido:

– Eu estou aqui pra tudo tá tigrão? Qualquer coisinha você me chama que eu venho correndo. Mas é bom você estar aqui da próxima vez entendeu?

Soltei uma pequena gargalhada e fiz uma expressão boba no rosto, tantos abraços... Eu ia ficar carente desse jeito.

– Bom eu vou indo, o G.O me mandou buscar ele na biblioteca já que ele vive lá agora.

– Sabe o por quê dele não ter ido na escola hoje?

– Nem sei, mas não vou perder a chance de perguntar pode deixar.

– Tudo bem.

Acompanhei Key até a porta e quando a abri, Onew estava aproximando seu dedo da campainha.

– UI OI! - Onew pulou de susto quando a porta foi aberta e logo sorriu.

– Nossa que coênciedencia! Estávamos falando de você! - Key logo abraçou Jinki e eu suei frio ao pensar que aquela diva miserável pudesse contar tudo a ele.

– Sobre mim? - Meu dubu perguntou confuso. - O quê falavam?

– Ah é que...

– ATÉ AMANHÃ KEY! - Gritei desesperado quando notei que ele ia mesmo continuar a falar.

– Aish tá bom seu feio. Até amanhã Onew! - Key acenou enquanto se distanciava em passos longos.

– Até! - Jinki acenou de volta.

Fiquei surpreso pelo fato de que Onew estava na minha casa, como ele soube o endereço? Ah depois eu perguntava, estava muito feliz no momento.

– E então mocinho, o que deseja? - Disse de uma forma divertida.

– Ah... é só...

– Hãn.. ? - Me aproximei de leve. Onew era tão inocente, com certeza ele não sabia que só por aquele selar de lábios eu queria muito mais.

– Eu não tinha nada pra fazer, então decidi vir até aqui.

– Ah então você só quer me ver quando não tem outra opção?

– Joonie! Não é isso é que...

Grudei minha testa na dele de um jeito fofo e o parei no meio de suas falas.

– Eu sei seu bobo, só estou zuando você. - Sorri. Era tão bom estar junto dele, e eu queria sentir essa paz pra sempre.

– Aah...Joonie...tem gente olhando...

Olhei em volta e realmente algumas pessoas nos olhavam confusas, então achei melhor entrar com ele.

XXX

Thunder P.O.V.

– Eu sabia! Sabia que deveria ter seguido ele!

Ai que bosta. Deixa eu explicar a situação: Taemin realmente havia ficado doido, me convenceu a seguir Onew pra todo o canto que ele vai, ele deve estar me confundindo com um espião ou coisa do tipo, porque tava querendo que eu vigiasse ele até dentro do banheiro.

– Tá Taemin, mas não precisava ter tacado mato na minha cara.

Se esconder atrás de uma moita na casa do vizinho do Joon não foi uma das piores idéias dele, já que pelomenos lá não tinha cocô de cachorro.

– Ele só pode estar querendo me provocar, será que sente falta da surra que levou da última vez?

– Taemin eu ainda não acredito nisso. Foi mesmo tão covarde a ponto de pagar uma gangue pra bater nele?

– Eu não ia sujar meu corpo maravilhoso com o sangue desse idiota ia? Ninguém mandou ele se colocar na frente do meu Joon.

Como eu estava apaixonado por um completo ridículo desses? Não, Tae não era esse tipo de menino, ele só tinha raiva do Onew por causa do Joon ... O homem que ele escolheu.

– Anda Thunder vem! - Ele foi me puxando aos poucos para a casa do Joon.

– Taemin o que você tá fazendo?

Eu e minha grande habilidade de tropeçar numa área plana.

– Quero ver direitinho o que vai acontecer lá dentro.

XXX

Joon P.O.V

Assim que fechei a porta, cheguei mais perto de Onew e colei meu nariz no dele, colando uma de minhas mãos em sua cintura.

– Posso? - Começei a ficar ofegante, queria muito tocá-lo. Aquele jeito inocente dele, me deixava ancioso de alguma forma.

– Deve. - Começei a roçar meus lábios nos dele, até ouvir o pedido sôfrego: - Vai logo Joonie...

Resolvi obedecer, colei nossos lábios, primeiro transmitindo o amor e carinho que sentia por ele, depois quando senti suas mãos passarem pela minha nuca acariciando-a naquele local que me dava arrepios, resolvi aprofundar o beijo.

Meio hesitante, pedi passagem com a língua, quase que automáticamente fazendo carinho em suas costas. Um segundo depois Onew permitiu que eu adentrasse sua boca com minha Língua, os carinhos em minha nuca iam ficando cada vez mais intensos e provocando cada vez mais arrepios. Nesse momento o mundo parou pra mim, só existia eu, o Onew, e como a boca dele se encaixava perfeitamente na minha.

Eu ia parar ali, porque se eu continuasse a gente ia parar no quarto. Mas, senti duas mãos delicadas indo pra barra da minha camisa, e a levantando devagar, fazendo com que quebrassemos o beijo apenas para retirá-la.

Após a minha camiseta ter ido parar em algum lugar daquela sala, fomos andando em direção ao sofá. Joguei longe algumas almofadas que se encontravam no caminho e me sentei, puxando ele para cima de mim, retirando também sua camisa, e fazendo com que ele se sentasse no meu colo colocando cada uma de suas pernas em um lado do meu corpo.

Lembramos que precisavamos respirar e quebramos o beijo. Quase que imediatamente, Onew foi pro meu pescoço, fazendo uma trilha de beijinhos até minha orelha. Quando chegou lá, mordeu o lóbulo da minha orelha e sussurrou rouco de um jeito provocante:

– Eu te quero Joonie.

Puxei Jinki e dessa vez quem começou a beijar o pescoço dele fui eu. Atacava cada parte daquela pele macia e lisa com a minha boca, cada parte que eu vi que necessitava de mim, que me chamava de um jeito único. Onew começou a soltar alguns gemidos que estavam me enlouquecendo, então decidi descer até seus mamilos.

Perdi a inocência, e cada toque meu fazia Onew revirar os olhos, ia retirar sua calça, quando ouvimos um grito lânguido do lado de fora da minha casa.

Só podia ser brincadeira.