– O que o garotinho deseja?

– Não sou mais um garotinho, sei bem o que quero.

– Certo, certo. Então...

Suspirei.

– Me diga uma coisa tio, você ainda fabrica armas?

Sua face nunca esteve tão pálida, e eu nunca estive tão certo que ficaria com Taemin.

XXX

– Thunder o que... o que você disse? - Ele me disse colocando o livro que estava lendo em cima da mesa prestando mais atenção em minhas palavras.

– Eu perguntei se o senhor ainda fabrica armas.

– Mas... para que você está me perguntando isso? - Seu volume de voz ia aumentando.

– Me responda.

– Não.

Sabia que seria inútil ele me dizer de primeira, mas não importa, sabia que ele ainda fazia aquele tipo de coisa.

– Eu preciso de uma.

– Você ficou louco? Você só tem 18 anos e está querendo ter uma coisa perigosa dessas?

– Não precisa se preocupar, não será eu que vou usá-la. - Por mais que Taemin tenha me pedido para fazer isso, sei que não seria capaz de matar uma pessoa.

– Thund...

– Você vai fazer uma pra mim.

– E que voz de autoritário é essa agora? Se eu não quiser te fazer eu não vou fazer.

– Não se esqueça de que eu ainda tenho provas suas e posso muito bem entregá-las a polícia quando eu quiser.

Eu não estava brincando. Queria o corpo de Taemin no meu novamente, me sentir protegido nos seus braços como da última vez, e não me importava mais se era errado ou certo, eu iria tê-lo pra mim.

– Eu não fiz nada, já te disse que aquilo foi um acidente.

– Ah então acidentalmente você encheu a cara e atirou na minha tia?

– EU ESTAVA BÊBADO THUNDER!

– Ah poxa, mas isso não me interessa, ainda tenho uma foto comprovando tudo. Quando eu era pequeno vocês não deveriam ter alimentado a minha fama de adorar tirar fotos de tudo e de todos. -É, nessa parte eu parecia o Jonghyun - O caso é simples, ou você me faz uma arma, ou eu conto tudo pra polícia.

Seu rosto mudou, fez aquela expressão que estava ameaçado, e ainda por seu sobrinho.

– ... De quantas você precisa?

– Uma. Já é o suficiente.

XXX

Joon P.O.V

Por quê sol? Por quê você faz isso com os meus olhos logo de manhã?

Levantei ainda um pouco embargado pelo sono, devo ter derrubado alguma coisa mas não me preocupei em voltar para ver o que era.

Parti para o banheiro e fiz minha higiene, voltando rapidamente ao quarto e me arrumando para mais uma semana agitada.

~ Le escola ~

Mal cheguei na escola e corri até a sala de música, estava louco para contar a novidade a aquele garoto e aos meus amigos. A novidade de que eu havia encontrado o amor da minha vida.

Bati na porta quatro vezes quando o bilhete a atravessou.

"Nossa, está agitado hoje?"

– Muito! Você tem um tempinho pra me ouvir?

"Sempre tenho."

Eu não sei o por quê mas eu travei, algo não me fez continuar a falar. Então, eu não queria contar a novidade á ele?

– Antes eu..., poderia te fazer uma pergunta?

"Sim."

– Posso paracer meio louco eu sei, mas, desde que nos conhecemos, da primeira vez que ouvi você cantando, eu senti uma coisa diferente. Depois, eu conheci um menino que me faz completamente feliz, eu sei que o amo, que o amo muito, mas por quê você continua quererendo invadir minha cabeça? - A resposta demorou um bocado para atravessar a porta, mas eu sabia que ele havia entendido que o amava... também. - Você consegue me entender?

"Difícil. Você não me ama Lee Joon, ama a minha voz. Ama o som produzido pela minha boca, ama quando conversa comigo por um simples papel. Mas eu aposto, que não sou eu que te faz suspirar todas as noites."

Ele estava certo, era sempre o Onew. Mas então por quê eu não consiguia dizer a ele?

" Então, o que você tinha para me contar?"

– ... Nada. Não era nada. Eu vou indo, tenho química agora na primeira aula e não posso faltar.

"Tudo bem, você volta para me ouvir cantar?"

Eu queria. Realmente queria.

– Eu não sei, se der tempo eu venho.

"Joonie... Todos os dias, só pra você. Não esqueça ta bom?"

– Eu não vou. Até mais.

Mesmo se eu quisesse, eu sabia que não esqueceria.

Parei na porta da sala de aula e levantei minha cabeça, óbviamente assim que meus amigos vissem meu rosto deprimido iriam ficar me atormentando até eu dizer o que havia acontecido, e eu não queria falar sobre aquilo agora.

Adentrei a sala e me sentei no mesmo lugar, claro, que não demorou para o bando se alojar nos mesmos lugares com de costume.

– CONTA TUDO AGORA! - Gritou G.O.

– Meu Deus gente contar o quê????

– Ah não se faça de desentendido, conta. - Key fez uma voz irônica e não sei porque tive a impressão que ele já sabia sobre mim e o Onew.

– Wan... eu to namorando com o Onew? Era isso?

– OH MY GODY, e eu achando que o único casal novo aqui era o Jonghyun com o Minho! - Mir disse contente.

– ELES ESTÃO NAMORANDO?

– Ei, a gente ta aqui! - Minho riu abraçado com o dino o que fez com que todos nós soltássemos risadas altas também.

– Pois é, engraçada essa vida. - Seungho disse se colocando ao lado de G.O. - Inclusive, G.O, eu posso falar com você?

– Claro, já volto pessoal. - Os dois se retiraram da "roda".

– Ihh, o que que tem aqueles dois? - Key disse tentando ouvir a conversa. - Nunca tivemos segredos entre nós.

– Tá com ciúmes é Key? - Taemin adentrou a sala de aula com Thunder, que estavam sorridentes apesar de tudo.

– Ai menino vai ver se eu to na esquina vai.

Rimos pois percebemos que ele ficou irritado de verdade, mas a professora entrou na sala de aula gritando para nos sentarmos nos lugares certos. Depois que some três dias, a família acha o corpo no mato ai pergunta: Por quê você fez isso com ela, Por quê?

Mas fazer o quê, obedecemos e resolvemos prestar atenção na aula. Bom, pelomenos eu né, pois eu percebi que Taemin e Thunder não paravam de trocar bilhetinhos. Será que apenas Jonghyun e Minho, eu e Onew havíamos formado um casal?

XXX

Onew P.O.V

Alguém por favor dá um tiro nessa professora? A culpa não é minha se eu não sabia que tinha trabalho para ser entregado hoje, um ser humano não pode esquecer as coisas uma vez na vida não?

Agora estou aqui, em plena última aula ouvindo bronca da professora na frente de todo mundo, já não basta eu ser zuado por ser eu mesmo, vou ser ainda por apenas concordar com tudo o que ela diz.

Ainda estava ouvindo reclamações daquela velha chata, quando vi na porta da sala de aula o Joon se aproximando, droga, tudo bem que era lindo ele vir me buscar todo dia para irmos embora juntos, mas logo hoje quando estava pegando esse mico?

– E eu espero que isso não se repita entendeu? - Eu apenas assenti com a cabeça e a professora se retirou do meu lado, pegando suas coisas e se retirando da sala de aula. - Estão dispensados.

Não demorou para aquela sala se tornar um zoológico quando a professora saiu, eu apenas peguei minhas coisas e o Joon entrou na sala de aula se colocando ao meu lado.

– O que aconteceu?

– Um ser humano não pode mais esquecer de fazer um trabalho Joon, é isso o que aconteceu. - Estava quase chorando de raiva e isso me irritava ainda mais, por parecer um bebê chorão na frente do meu namorado. - Vamos embora antes que começem com as zuações.

Peguei Joonie pelo pulso e estávamos nos retirando da sala de aula, quando Daehyun entrou na minha frente lentamente mas não deixando eu sair.

– Admito que fiquei impressionado pelo fato de você não ter feito o trabalho, já que é tão "certinho".

Daehyun era simplesmente um cara ridículo, só de pensar que eu era apaixonado por ele me dava ânsia. Não conseguia esconder o fato que tinha medo dele, e ódio.

– Você poderia nos dar licença?

– Humm... eu não sei se eu quero.

– Mas você vai. - Lee Joon entrou na minha frente e imediatamente agarrei novamente seu pulso. Não, confusão agora não.

– Joonie para...

– Me solta Onew.

– É Onew solta ele, vamos ver se ele é capaz de fazer alguma coisa. - Ameaçou. Quando olhei ao redor, todos haviam parado para observar o que estava acontecendo.

– Joon vamos embora, por favor vamos embora.

– Tá bom, vamos. - Joon pegou na minha mão mas novamente Daehyun se colocou na frente, eu odiava o fato de que ele amava colocar lenha no fogo.

– Ué, agora você obedece esse fracassado do Onew? Ah por favor, ele é o que seu afinal? Não não, pergunta melhor, quem você pensa que é?

–Lee Joon, namorado dele.

A sala inteira começou a cochichar algo como "Eu não acredito", tudo o que consegui fazer foi arregalar os olhos e esperar pelo pior, nunca desejei tanto que aquela velha lazarenta voltasse e acabasse com aquilo.

Daehyun riu alto e voltou a enfrentá-lo.

– Ah eu não acredito, sabia que Onew não era forte o suficiente para se defender sozinho, que cena mais ridícula.

– E olha que engraçado, essa cena ridícula como você mesmo disse, está sendo causada por você. - Joon retrucava, não importava, ele não iria querer perder.

Daehyun empurrou Joon fortemente de um jeito que ele largasse minhas mãos e acertasse as costas no chão frio, afastando algumas carteiras para trás.

– PARA, PARA COM ISSO DAEHYUN!

– Ah você decidiu defender o namoradinho agora?
Daehyun partiu para cima de mim com a intenção de me derrubar também, porém antes de conseguir fazer tal ato, Joon se colocou na minhha frente segurando os braços do outro.

– Você não ouse encostar um dedo nele.

Joonie seu um soco em sua bochecha fazendo com que ele se apoiasse na lousa, e antes de ele se recuperar do golpe ganhado, joon o puxou pela camiseta dando outro em seu olho.

– Para Joon, para agora com isso! - Fui até meu Joonie que estava com os olhos repletos de ódio, entrando em sua frente e colocando uma mão em seu rosto e a outra em sua camisa. - Por favor vamos embora, para.

Joon revirou os olhos e pegou em meus ombros, pegando também sua mochila jogada no chão, se retirando da sala de aula.

– ISSO NÃO ACABOU OTÁRIO! - Daehyun era mesmo um armador de confusões profissional.

Eu puxei Joonie para aquela praça, atirando minha mochila em uma árvore próxima de onde havíamos parado.

– VOCÊ FICOU LOUCO!? - Me virei para ele o encarando.

– VOCÊ DEVIA TER DEIXADO EU ACABAR COM A RAÇA DAQUELE IDIOTA ! ALIÁS QUEM ERA ELE??? - Joon gritou. Eu odeio quando ele grita. Eu sei que eu gritei também mas ele me dá medo quando fica assim.

– Era o Daehyun...- Abaixei o tom de voz pra ver se ele se acalmava, e pra ver se eu me acalmava também.

– Vocês se conhecem ?

– Ele... - Não podia deixar que Joon soubesse que ele foi meu primeiro namorado. Ele ia voltar lá e socar Daehyun até a morte. - Ele me atormenta desde a terceira série.

– Por que não me contou sobre ele?

– Achei que não fosse importante.

– Pra mim, tudo sobre você é importante. Vem vamos embora, a gente precisa descansar dessa bagunça toda.
Pegou minha mão e, assim que estávamos saindo da pracinha o pessoal nos alcançou. Vieram correndo em nossa direção, e quando eu digo correndo não é "correndo" de andando rápido, é "correndo" de correndo mesmo.

Eu e Joon ficamos no mesmo lugar esperando eles chegarem, e o primeiro á chegar foi Mir.

– HÁ, GANHEEEEEEI ! - Mir gritou e logo em seguida começou a dançar algo muito estranho fazendo com que quase automaticamente, todos rissem.
Key chegou andando divamente.

– Animais.... - Suspirou - Bem vocês sairam tão depressa que nem deu pra falar com vocês dois, francamente. Tenho Ó-T-I-M-A-S notícias!

– Devem ser boas mesmo . - Joon disse tentando desfarçar o clima tenso que havíamos arrumado - Fala logo gazela saltitante.

–Minha mãe linda poderosa e gostosa do jeito que é, conseguiu passagens pra Paris... E TÁ-DÁ! Eu posso levar quem eu quiser, então eu estou intimando vocês à irem comigo.

–Você quis dizer convidando. - Corrigi.

–Não minha bixa linda, eu estou INTIMANDO, e se vocês não forem comigo à Parrí - Disse com sotaque francês - Eu faço um croassaint de vocês! É logo no início das férias. E aí, vamos? - Os olhinhos dele brilhavam. Pensei em recusar, mas aí lembrei de que não gostaria que fizessem um croassaint de mim.

–Eu vou, você vem Dubu? - Joonie olhou pra mim com os olhinhos brilhando também. Me digam: É ou não é irrestível ?

–DUBU? - Todos perguntaram e riram.

– É o Joonie Hyung me deu esse apelido. Ele diz que a minha pele é macia... Mas voltando ao assunto, eu vou sim.

– Pelo amor de Deus Joon, olha o apelido que você põe no menino. - Key ria tanto que me deixei contagiar pela risada dele. Eles BRINCAVAM comigo, não me maltratavam como os outros faziam. Foi com o tempo que passei a perceber que eram amigos de verdade. - Que bom que você vai Onew. Precisa mesmo esfriar um pouquinho essa cabecinha cheia de problemas, e aproveitando que vamos à Parrí eu vou dar uma ajeitadinha no seu visual.

–N-n-não p-precisa Key. - Gaguejei, nunca havia me preocupado em mudá-lo.
–Claro que precisa! Você é lindo Onew...

–Não sou - O cortei

– ...Precisa ressaltar essa sua beleza angelical que você tem. -Ele continuou mesmo assim.

Pensei um pouco. Acho que seria bom mesmo eu dar um tempo dessa cidade sabe? Esfriar minha cabeça, como o próprio Key disse. E bem, se Joon gostasse dessa ideia de dar uma "ressaltada na minha beleza angelical" de Key, eu faria sem problema algum. Eu faria tudo por ele,Tudo.

–T-tudo bem então. - Fiquei meio receoso em aceitar, mas porque não? Ele só ia mudar algumas coisas não é ?

–Beleza. - Ele bateu palminhas - Alguém aqui vai querer "dar pra trás" e virar croassaint ? - Indagou.

–Não. - Todos respoderam em coro.
Depois disso, todos nós fomos embora. Todos vírgula, porque o Joonie veio pra minha casa, já que da última vez que eu fui pra casa dele, não deu muito certo. Na minha casa era mais seguro. "AISH ONEW! PARA DE PENSAR NISSO. VOCÊS NÃO VÃO FAZER ISSO NEM TÃO CEDO!"

Mal entramos e eu ja senti dois braços me abraçando por trás o que me fez sorrir involuntariamente. Com ele é assim, mal chega perto de mim, e meus lábios já se curvam em um sorriso quase que instantaneamente. Como alguém meche tanto comigo ?

Logo senti sua boca quente descer para o meu pescoço, trilhando assim beijinhos, me arrepiando. Ele fechou a porta com os pés enquanto eu me virava para o seu rosto, jogando a mochila no chão e começando um beijo de tirar o folêgo. Sua língua passou por meus lábios pedindo para adentrar em minha boca, cedi. Com ele sempre seria assim. Ele pediria, eu cederia, porque eu sinto que os pedidos dele nunca seriam maus pra mim , a ponto de eu não querer realizá-los. Ele se importa comigo. Eu sei que se importa.

Suas mãos foram para a minha cintura, e as minhas logo trataram de subir para o seu pescoço,fazendo ali carícias. Senti que sua pele se arrepiava com os meus toques, e eu gostava disso. Cada vez mais.

Só que quando beijo estava ficando MUITO quente, eu me toquei que a Hyurin estava em casa. Me separei - com muita dificuldade - do meu Joonie e quando recuperei o ar, disse :

–Aqui não. A Hyurin esta em casa esqueceu ?

Tentar dizer algo coerente enquanto se observa um Deus grego, com os cabelos bagunçados, os lábios vermelhos e entreabertos procurando ar, queridos leitores, não é NADA fácil.

–Tudo bem, a gente pode subir para o seu quarto não pode?
Foi aí que eu percebi, eu queria muito ser do Joon por inteiro. Mas não estava pronto. Porque assim que ele me perguntou isso , um medo súbito passou por mim. E depois de muito pensar, disse:

– Joon... Subir a gente pode mas ... E-eu...

Ele me cortou. Mas me cortou com um selinho carinhoso.

–Eu ainda não estou pronto também. - Finalizou sorrindo.

–Obrigado. - Sorri de volta o abraçando. - E também, muito obrigado pelo o que você fez hoje.

É, definitivamente, eu sou o cara mais feliz do mundo.

XXX

Key P.O.V

Estava hiper feliz em saber que todos iam a Paris comigo, mas algo me incomodava, e eu iria tirar aquilo a limpo.

Assim que sai do banho peguei meu celular em cima da cama e disquei o número de Seungho, querendo mais do que nunca que ele atendesse.

~~~~~~~.~~~~~~

– Alô?– Aquela voz grossa e um pouco embargada de sono atendeu o celular.

– Oi Seungho, aqui é o Key, me desculpe eu te acordei?

– Não Key fica tranquilo, o que houve?

– Hyung, o que você estava conversando com o G.O hoje?

– Ai Key seu curioso, eu não acredito que você me ligou só pra isso.

Me senti um ridículo, realmente, quem ligaria para alguém e na maior cara de pau perguntaria o que estava conversando com outra pessoa?

– Não não é isso é que... nunca escondemos nada de nenhum de nós e eu só fiquei meio preocupado.

– Ah ta.– Ouvi alguns risos do outro lado da linha. – Então tá bom.

– Você, não vai me contar mesmo?

– Por quê você se importa?

Tinha que tomar cuidado do jeito que me expressaria a ele, não estava com ciúmes dele, e sim... de G.O.

– Não, eu não me importo, esqueçe. - Sabia que ele não me diria, então, eu descubriria sozinho. - Pode voltar a dormir, se está tudo bem não tem porque eu me preocupar. Tchauzinho!

– Tchau, beijos.

~~~~~~~.~~~~~~

Aish, por quê eu tinha que voltar a pensar nele?

XXX

Taemin P.O.V

Nunca um abraço foi tão acolhedor.

Acho que nenhum dos meninos perceberam que eu trouxe o Thunder para a minha casa, e no momento, isso estava bom.

– Eu adoro ficar assim com você sabia? - Aquela voz e respiração colada em meu pescoço me fazendo arrepiar e sorrir, eu também adorava.

No momento, estávamos deitados sobre a minha cama, abraçados, sem nenhuma maldade ou malícia no olhar, só carinho e necessidade de se estar perto.

– Quem não adoraria?

– Ah seu metido! - Ele me deu um pequeno tapa no meu braço e sorriu.

– Ei isso dói! - Sorri de volta o abraçando mais forte, recebendo beijinhos em minha testa.

Eu não podia estar em perfeito juízo, eu me sentia tão bem ao lado de Thunder, tão protegido. Mas eu não queria, queria o Joon e alimentar meu orgulho, esse é e sempre foi meu plano.

– Então, você vai a París com os meninos?

– Sim, quero mesmo esfriar um pouco a cabeça, e você?

– Desde que eu tenha que ficar no mesmo quarto de hotel que você eu vou.

– Seu safado! Só por isso?

Ele sorriu largamente se separando um pouco do abraço, colocando um braço em cima de sua testa.

– Não, eu só... acho que seria sem graça você ficar no quarto com outra pessoa.

Seu pensamento ficou longe, eu sabia que ele estava pensando em Joon, pensando o que aconteceria se eu ficasse no mesmo quarto que ele.
O que o deixava parecendo um idiota, isso não iria acontecer de um dia para o outro.

– HU-hum... eu vou ficar com você. - Aish, isso me deixou fofo, não gostava nem um pouco disso. - Thun, diz aquilo pra mim de novo?

– Você anda bem carente sabia?

– Cala a boca.

– haha, está bem meu pequeno, eu te amo.

Sorri e me coloquei em cima de Thunder, beijando devagar sua bochecha, a lateral de seu rosto, e o dando pequenos selinhos.

– Ama mesmo?

– Uhum.

– mesmo mesmo?

– Sim... - Ele fez um ar de desconfiança.

– Mesmo mesmo mesmo?

– Aish Taemin!

Gargalhei um pouco e ele me beijou, fazendo com que o meu mundo quebrado desaparessece novamente.

XXX

Joon P.O.V

Haviam se passado 3 meses. Desde que as últimas confusões ocorreram, desde que os casais inesperados se formaram, desde que eu e Onew estávamos mais feliz do que nunca. E também que meus pais não sabiam disso ainda. Quando perguntaram o que era aquele anel no meu dedo, simplemente disse que havia o achado bonito e comprado um pra mim.

Era domingo, estava em casa ajudando minha mãe a arrumar a casa, quando parei próximo ao calendário. Era a última semana de aula para as férias, hoje já era primeiro de Julho.

Isso significava que...

Flah Back Mode On~

–Minha mãe linda poderosa e gostosa do jeito que é, conseguiu passagens pra Paris... E TÁ-DÁ! Eu posso levar quem eu quiser, então eu estou intimando vocês à irem comigo.

–Você quis dizer convidando. - Corrigi.

–Não minha bixa linda, eu estou INTIMANDO, e se vocês não forem comigo à Parrí - Disse com sotaque francês - Eu faço um croassaint de vocês! É logo no início das férias. E aí, vamos?

Flah Back Mode Off~

Ai não. Só faltava uma semana até a viajem e eu não havia preparado quase nada, minha mãe já havia deixado eu ir, claro que só depois de eu ter dito que vai a banda toda.

– O que tanto olha no calendário querido? - Disse ela se colocando ao meu lado com um pano prestes a limpar o chão.

– Só falta uma semana para viajarmos, incrível né?

– Deu pra ver que está bastante ancioso.

– Sim, bastante.

Continuei limpando os enfeites em nosso balcão da sala, quando ouvi a campainha tocando.

– Ah, deve ser o Onew.

– De novo? Aquele menino anda vindo muito aqui ultimamente.

– Não enche.

Pisquei pra ela e fui em direção a porta, e não havia errado no meu palpite de quem era na mesma.

– Oie! - Onew disse contente, ele estava prestes a me dar um selinho quando eu o afastei rapidamente, fazendo com que ele mudasse de expressão. Sussurrei baixinho para ele dizendo que minha mãe estava em casa, e ele entendeu o recado de primeira. - Ah, me desculpe. - Sussurrou de volta.

– Anda, entra!

Falei normalmente abrindo espaço para ele entrar em casa. Havia convidado ele para o almoço, já que seria um em que meu pai não estava.

– Obrigado pelo convite.

Onew entrou e eu fechei a porta, me virando e percebendo que minha mãe estava vindo em nossa direção.

– Bem vindo querido!

– Olá! Obrigado pelo convite, fiquei bastante feliz. - Onew sorriu para ela e percebi que seus olhos brilharam.

– Uau, Joon quando você me disse que ele tinha um sorriso bonito eu não tinha acreditado! - Ela gargalhou um pouco abraçando Jinki, o fazendo corar um pouco. - Ops, agora que me coloquei de exemplo de má pessoa e disse que só reparei em você agora.

– Imagine, não precisa se preocupar.

– Mas realmente peguei interesse em querer conhecer o garoto a qual o Joon não para de falar.

– Mãe... - Aquilo estava me deixando meio sem graça.

– Tá entendi. Podem subir e deixar suas coisas lá em cima, vou arrumar a mesa para almoçarmos.

– Está bem. - Onew fez uma reverência e sorriu novamente, se virando imediatamente para mim.

– Vem, vamos deixar esse casaco lá em cima.
Subi com Onew e encostei minha porta, me virando rapidamente e o pegando pela cintura, antes que eu conseguisse selar nossos lábios, ele disse divertido:

– Você disse que quer esconder de seus pais e não para de falar de mim é?

– Cala a boca.

Ele gargalhou e agarrou minha nuca, me beijando intensamente, fazendo com que andássemos até minha cama e eu caisse sobre ele.

Já fazia um bom tempo em que queria transar com Onew, mas eu respeitava o tempo dele e sabia que ele não estava pronto. Mas era impossível não querer tocar aquela pele macia a qual meus dedos e minha boca imploravam apertar. Nos separamos por falta de ar, e nos deitamos um pouco.

– Sua mãe é bem legal, dá pra perceber que é uma boa pessoa. - Disse Onew se aconchegando no meu abraço.

– É, ela tem seus momentos.

– Não fala assim! Ela realmente parece ser legal.

– Aham, ta bom, vamos acreditar nas suas palavras então.

Sorrimos e Onew saiu de meus braços, se aproximando e me dando um selinho demorado, tão demorado, que quando notamos, minha mãe abriu a porta fazendo com que nós dois nos afastassemos de forma exagerada.

– Meninos eu já... atrapalhei alguma coisa?

Óbviamente ela tinha notado nossos lábios avermelhados e a cama bagunçada. Oh, droga, como eu tinha esquecido de trancar a porta? E agora eu tinha que inventar uma desculpa brega e observar o Onew mais paralisado do que eu quando ia tomar banho.

– Não - Falei nervoso - Está tudo pronto? - Não estava com paciência para inventar uma desculpa.

– S-sim.

Ela estava com os olhos em cima do Onew, o que me deu muita vontade de rir.

– Bom, nós já vamos descer.

Minha mãe se retirou do quarto e eu não aguentei, comecei a rir feito um louco pela cara assustada de Jinki.

– Você ficou doido!? Ela com certeza desconfiou!

– Você não tem idéia da cara que você fez!

– Aish. - Onew me encarou por um tempo mas começou a rir baixo também, contagiado pela minha risada. - Anda, vamos descer.

– Tá.

~Le Almoço~

O almoço estava bem animado, não paravamos de falar e comentar sobre nosso dia-a-dia. O que me deixou mais feliz foi perceber que minha mãe havia gostado dele, e que Onew estava realmente se divertindo, rindo e conversando como uma criança de sete anos de idade.

– Então, vocês se conheceram esse ano? - Minha mãe disse enquanto tentava recuperar o ar perdido pelas risadas da última coisa comentada.

– Sim, no primeiro dia de aula. - Onew disse ainda sorrindo, pegando uma maça pois já havia acabado de comer. E vou te dizer, que estômago esse menino tinha, onde que ia parar tanta comida - e principalmente tanto pedaço de frango - ?

E como ele continuava com esse corpo de dar inveja a muito menino?

– Ah então vocês são da mesma sala!?

– Não, o Onew é do 2 ano. - Respondi pegando mais um pedaço de frango, estava sobrando na história.

– Ah, nossa eu jurava que vocês tinham a mesma idade, se bem que você é mesmo um pouco menor que o Joon.

– É, eu sou um pouquinho baixinho mesmo.

– Você não precisa dizer isso perto do Jonghyun não se preocupe. - Todos nós rimos daquele meu comentário. Eu precisava dizer aquilo.

– Nossa, agora que eu percebi... - Minha mãe pegou a mão de Onew e observou sua aliança. - Joon o seu anel não é igual a esse?

Deveríamos ter tomado mais cuidado, esqueci de pedir para Onew retirar a aliança durante o almoço. Nos olhamos e rapidamente Onew inventou uma desculpa.

– É, eu vi que Joon havia comprado esse anel e achei bonito, então resolvi comprar um igual.

Ele não era bom em inventar desculpas.

– Entendo, me desculpem pelo comentário, mas assim vocês parecem um casal já de alianças e tudo mais.

Rimos nervosos e nos olhamos rapidamente, percebendo que Jinki havia corado um pouco em meio aquela situação.

– Obrigado pela comida, estava maravilhosa! - Onew agradeceu e se levantou, fazendo com que eu automaticamente me levantasse também.

– Você já vai? Pensei que quisesse assistir um filme ou...

– Combinei que sairia com meu pai hoje, vamos comprar uma cama nova pra mim, já que aquela minha de solteiro está um pouco pequena.

– Ah... Tudo bem.

Subi novamente com Onew para o quarto e dessa vez tranquei a porta, cruzei meus braços e fiquei observando ele pegar suas coisas encostado na mesma.

– Você tem mesmo que ir? - Fiz manha fazendo um biquinho entristecido.

– Tenho, eu tenho que escolher minhas coisas né? E além do mais faz um bom tempo que não saio com meu pai, assim, só eu e ele.

– Mas eu não quero que você vá.

– Deixa de ser criança Joon - Ele se aproximou de mim colocando uma mão em meu rosto - prometo que em breve eu venho e ficamos a tarde toda assistindo filmes, o que acha? - Sorriu.

– Não pode ser hoje?

– Joonie!

Sorri e o peguei pela cintura, o beijando carinhosamente.

– Tá bom, ta bom. A gente se vê amanhã, bom passeio.

– Eu te amo.

– Eu também te amo.

Nos beijamos mais uma vez e saímos do quarto, acompanhando-o até a porta e acenando pela última vez.

– Gostei dele, realmente muito simpático. - Fechei a porta e coloquei minhas mãos em meu bolso, tirando um pouco dos meus cabelos que acertavam meus olhos, prestando atenção nas palavras de minha mãe. - Tem muita sorte a pessoa que namorá-lo um dia.

Sorri. Ela havia notado, mas eu resolvi não puxar o assunto.

– Sim. - Levantei meu rosto ainda sorrindo em direção a ela. - Realmente essa pessoa tem muita sorte.

XXX

Key P.O.V

– Passaporte?

– Aqui.

– Roupas?

– Aqui.

– Absorventes?

– Aq... Ei o quê?

– Ah desculpa, essa lista é minha.

– Ah que bom porque isso eu não tenho aqui não.

Eu e minha mãe estávamos na minha casa arrumando tudo para a viajem, faltava ainda uma semana! Mas não, minha véia tinha que vir até aqui fazendo questão que queria me ajudar com tudo, pois no próximo final de semana ela não teria como vir.

– Ótimo! Está tudo pronto! - Ela disse enquanto fechava minha mala.

– Mãe se eu fosse a senhora não fechava ainda não, porque né, eu vou usar essas coisas durante a semana.

– Ah desculpe. Key! Olha o tanto de roupa aqui ainda! - Ela disse enquanto abria meu terceiro guarda-roupa. - Você vai precisar de mais duas malas sabia?

– Não mãe essas deixe ai, eu vou comprar mais em Paris, e bem melhores com certeza!

– Tem dinheiro pra isso?

Ela tinha que me lembrar disso.

– Só algumas econômias que eu guardo.

– Aish, já vi que vai sair bastante de bolso de mamãe.

– Não se esquece que eu te amo tá? - Pisquei os olhos divertido a fazendo rir.

– Certo, afinal vamos a Paris né? Somos obrigados a fazer comprar por lá.

Nisso eu tinha muita sorte. Minha mãe adorava comprar as coisas pra mim, dizia que tinha um gosto melhor do que o meu, sendo que nem tinhamos gostos diferentes. Então óbviamente eu deixava.

Meu celular vibrou em meu bolso me dando um pequeno susto, mas logo o peguei e fiquei um pouco nervoso ao ver quem era na chamada.

– Mãe eu volto já.

Fui até meu banheiro correndo, e finalmente atendi o celular.

~~~~~~~.~~~~~~~

– Alô?

– Oi Key, nossa que demora pra atender! Aconteceu alguma coisa?

– Não eu estou bem G.O, só não estava encontrando meu celular mesmo, desculpe a demora.

– Ah... ei cara, quero te pedir um favorzinho.

– Um favor?

– Sim, será que amanhã você não pode ir na biblioteca comigo depois da aula? Quero uma ajuda sua.

– Naquela biblioteca que você vivi enfiado todo dia?

– É.

É claro que eu iria, estava louco pra saber o que era o que ele tanto fazia lá.

– Tudo bem, vamos amanhã então.

– Obrigado Key! Sua ajuda vai ser especial pra mim.

Droga, bata mais devagar coração, agora não é hora de acelerar.

– Certo. Nos vemos amanhã então.

– Beijos!

– Beijos.

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Então eu iria finalmente descobrir o que tem de tão interessante lá, ou o que ele lia de tão interessante lá. Tão confuso.
Mas mesmo assim, mesmo se não fosse pra lá, algo dentro de mim me diz que eu aceitaria de qualquer jeito, para onde fosse, eu iria com ele.

– KEY CADÊ OS ABSORVENTES?

– MULHER EU JÁ NÃO DISSE QUE NÃO TENHO ISSO AQUI? ESSA LISTA É SUA!

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Thunder P.O.V

Estava em casa assistindo um filme qualquer que passava na televisão, quando meu celular tocou o famoso toquezinho de mensagem. Famoso porque eu nunca trocava né.

"Sinto sua falta. Me desculpe não podermos passar o dia juntos hoje, mas a minha mãe me obrigou a vir assistir essa peça chata com ela. A gente se vê amanhã não é? Beijos, Tae."

Ele bem que poderia ter colocado um "Eu te amo" no final da mensagem, mas sabia que ele não diria aquilo pra mim em hipótese alguma.

Estava lendo aquela mensagem pela oitava vez, quando ouvi a campainha ser tocada.

– EU ATENDO! - Gritei para a minha mãe não se preocupar em sair da cozinha.

Abri a porta rapidamente e o carteiro estava parado lá.

– O senhor é o ... Thunder?

– Sim sou eu.

– Isso aqui é pra você, poderia assinar aqui por favor?

Assinei aquele papel e peguei a encomenda, fechei a porta e subi até meu quarto.

Me sentei sobre a minha cama e abri devagar a embalagem média para ver o que era, e já estava realmente na hora de chegar.

– Finalmente.

Peguei naquele objeto da cor prata bastante caprichada, com algumas balas de metal dentro de um saquinho preso a embalagem.

Era realmente bonita, aquela arma pareceu mesmo ser bem decorada e feita com cuidado. Sabia que ele ainda era bom nisso.

Prestei mais atenção e notei que havia um papel grudado no saquinho de balas, e rapidamente o peguei.

"Está ai o seu pedido, espero que não me atrapalhe mais. Use-a com cuidado, e tenha cuidado. Choi Myung."

Certo. Pode ficar tranquilo titio, eu já consegui o que queria de você.

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