Uma Viagem...uma Nova Vida.... escrita por my world


Capítulo 7
Capítulo 7- Doente?




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Acordei com o meu pai aos gritos comigo e com uma dor de garganta infernal.

– Acordaste, até que enfim!- disse-me ele.

– Sim...- tentei falar mas a garganta doía demais e estava rouca.

–Anda, eu levo-te para o teu quarto..- o meu pai ficou preocupado- eu sabia que ias ficar doente...

– Mas pai...

– Shhh, descansa. Vou avisar que hoje não vou trabalhar.

– Desculpe, a porta estava aberta e e entrei...que se passa?- era Max que também se tinha preocupado ao me ver naquele estado.

– Acordou doente, e eu tenho de ficar com ela..- explicou o meu pai.

– Não precisa...se ela aceitar eu cuido dela. Já é praticamente uma amiga e hoje eu e os rapazes estamos de folga.- Max era mesmo boa pessoa.

– Não te importas mesmo rapaz? Se não eu fico..

– Não, claro que não...vá lá.

– Posso só falar contigo ali?- disse-lhe o meu pai apontando para o corredor.

Apercebi-me de que estavam a falar algo sério pela cara do Max, o meu pai estava de costas por isso não deu para perceber do que falavam. Mas a minha cabeça ardia por isso nada era mais importante do que eu me curar.

– MAX?...- gritei com algum esforço.

– Diz pequena.

– Tenho fome, mas doi-me a garganta...

– Espera aqui, eu vou chamar o Tom. Ele cozinha bem essas coisas meio liquidas, pode ser princesa?

– Sim...mas não demores por favor- pedi.

Ele saiu a correr. Passados alguns segundos o meu organismo pediu para vomitar e eu corri imediatamente para a casa-de-banho. Depois, quando finalmente parei, olhei-me ao espelho, estava toda suada e a minha roupa parecia acabada de sair de um tanque...não tive muito mais tempo para me observar pois tive de vomitar outra vez. Desta vez Max chegou, e segurou-me o cabelo enquanto o fazia.

– Estás melhor?-perguntou-me

– Sim, acho que sim...- respondi meio sem forças....

– Queres mudar de roupa? Assim não estás muito bem- disse olhando seriamente para mim.

– Pode ser.

– Fica aqui, toma banho se quiseres..mas...seca-te bem! Eu já te trago algo confortável.

Sem força para responder fiz um gesto afirmativo com a cabeça e fechei a porta, entrei para o chuveiro e tomei banho. Quando saí apercebi-me que Max já lá estivera. Tinha um pijama e a roupa interior em cima duma espécie de banco. Vesti-me e saí ainda com o cabelo molhado.

– NA NA NA NA - disse-me Max empurrando-me novamente para dentro- senta-te aí, eu seco-te o cabelo.

Ele tratava de mim como se eu fosse a irmã mais nova dele, e pela primeira vez olhei para as horas. Era hora do almoço.

– O Tom?- perguntei...

– Está a cozinhar, já te vem ver- respondeu-me apontado com a cabeça para o chão (a cozinha era na divisão de baixo).

Não fiz mais perguntas, tinha fome, dores e estava sem força.

– Toma, se tomares isto vais-te sentir melhor.- disse Max estendendo-me uma caixa de medicamentos - Eu tomo isto quando adoeço, é muito bom.

Fiz o que ele mandou e deitei-me na cama. Ele sentou-se á secretária e eu pude observar a sua excelente forma fisica. Ele era um rapaz lindo e uma excelente pessoa. Perguntava-me o que ele fazia sozinho...Mas no meio dos pensamentos ele virou-se para mim e vendo que eu o observava lançou-me um sorriso maravilhoso e perguntou:

– Que foi?

– Nada...

– Porque será que não acredito pequena? Podes falar.

– Nada mesmo. És bonito só isso e eu ainda não te tinha visto direito..- falei bonito com uma voz triste.

– Obrigado, mas porquê essa vozinha?

– Por estar doente não?...

– Não, eu vi aí tristeza...

Graças a deus! Tom chegou, salvou-me de um questionário a que eu acabaria por responder que me odiava.

– Então Sarah? Como te sentes?- perguntou-me.

– Continuamos isto depois- alertou-me Max, ao levantar-se e sair da porta. - Tom, alguma coisa estou lá em baixo a comer alguma coisa.

– Sinto-me melhor, obrigado Tom.- respondi

– Isso vai passar. Mas estás com uma carinha...toma, se comeres isto vais-te sentir melhor. Costumo cozinhar esta sopa para o Nathan quando ele está mais ou menos como tu, é raro, mas acontece-lhe.- disse esticando-me um prato.

– OBrigado. Nathan? Não diria que ele fica assim...- disse começando a comer.

– Sim, já ficamos todos doentes...- ele riu-se, pensando em algo.

– Porque me chamas apenas Sarah? - perguntei.

– Como assim?- ele pareceu confuso.

– Todos me chamam pequena, princesa, estrangeira e isso...mas tu é só Sarah...

– Oh, porque eu não sou muito ligado a esses nomes. Lá em casa quando falamos de ti chamo Sarinha... é...não sei bem o que é.

Ri-me com aquela frase dele.

– Obrigado.

– Exatamente pelo quê?- disse ele divertido

– Por tudo, acho...todos têm sido maravilhosos comigo.

– Isso é porque sabemos ver quando alguma rapariga está a aproximar-me para ser amiga e não para tentar algo connosco, ou ganhar fama.

– Jamais vos faria uma coisa dessas- disse entregando-lhe o prato.- És um optimo cozinheiro, já agora.

– Eu sei que não farias...quando me esforço sim. Precisas de mais alguma coisa?

– Sim...dormir.

– Então dorme, eu vou descer mas a porta do teu quarto vai ficar aberta. Alguma coisa chamas está bem?...Sarinha...

– Está bem boneco.- respondi com um sorriso

– Boneco? Deixa-te ficar boa que vais ver o boneco.- disse saindo da porta e libertando uma risada seca e divertida.

...

Mais uma vez estava eu sozinha. A minha mãe e a minha irmã mais uma vez não estavam em casa, isso começava a ser estranho. Olhei para o canto, tinha o caderno dos poemas em cima da mesinha de cabeceira, então comecei a escrever antes de me deitar...

Por vezes a vida sabe como nos ensinar

Se ontem estava em Portugal

Agora, tenho de outra vida começar


Sei que vai ser dificil..

Muitas vezes vou cair

Mas com a ajuda para me levantar

Vou saber sempre subir.


Confesso que tenho saudade

Mas agora é esta a minha realidade

E eu terei de saber governar

Com ou sem alguém para me ajudar.

Devo ter adormecido, pois não escrevi mais nada e quando acordei tinha o Tom e o Max ao meu lado, ambos a olhar para mim...

– Que foi?- perguntei...

– Não sabíamos que eras poetiza...- disse Tom mostrando o caderno

– E não sou...isso é um hobbie, nem tenho assim muito jeito...

–Não tens jeito? Adoro os teus poemas, e fiquei a saber que o meu timbre de voz é o que mais gostas..- disse Max convencido

– Correcção gostava! Agora adoro o de todos por igual..

– Isso assim não dá!- disse Tom.

– Vá, então porquê?- perguntei sorridente.

– Parece que vocês cuidaram bem da minha menina- a minha mãe entrava á porta. Depois olhando para mim continuou sem os deixar responder- Desculpa, devia ter vindo antes.

– Não tem mal..os meus anjos da guarda cuidaram de mim...pena que faltam 3.- disse divertida e apontando para Max e Tom com a cabeça.

– Já reparei que fizeram um optimo trabalho.- disse ela para eles os dois.

– A nossa obrigação enquanto amigos- disse Tom.

– Nem todos fariam isso, obrigado meninos.

– De nada. Bem, então já vamos indo...ela descansou todo o dia mas mesmo assim dormir um pouco mais vai fazer com que ela ganhe as forças todas.- Max era tão protector...

– Sim, e mais uma coisa, ela tinha dores de garganta por isso eu cozinhei uma sopa com tudo, desde vegetais a carne e isso. Sopa passada, claro. Está no forno.

– Obrigado meninos, não sei como vos agradecer.

– Não tem de agradecer! E a prepósito aquela caixa- disse Max apontando para a minha mesinha de cabeceira- é para ela tomar se tiver dores.

– Ainda mais essa...gastaram dinheiro!- reclamou a minha mãe.- O pai dela não vos deu dinheiro caso precizassem?

– Não é isso. Esta caixa era minha, tenho mais, não me vai fazer diferença - explicou-lhe Max

– Como queiram... obrigado. Bem filha, estou na cozinha...- disse a minha mãe descendo.

– E nós vamos indo pequena- disse-me Max.

– Mas antes...trouxe-te isto, não sei se gostas. Mas só para comer quando melhorares!- disse Tom, esticando-me uma caixa de bonbons


– Obrigado. - agradeci enquanto pegava nela.- Não era preciso...

– Era pois, é meu e do resto dos rapazes.-disse-me Tom.

– Agora, como não dá beijos no rosto, toma lá- disse Max beijando-me a mão.

E Tom repetiu o gesto, vi-os a ir embora e depois fiquei á espera que a minha mae me trouxesse mais da sopa de Tom, para depois deitar e dormir.

...

Quando terminei, pedi á minha mãe que saisse (com delicadeza claro) pois queria dormir. Ela não se importou e saiu.

– Boa noite princesa.- disse ao sair do quarto.

– Boa noite mãe.

Depois adormeci mas mesmo assim tive tempo de sentir o meu pai a cobrir-me a dizer o mesmo



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