You make my heart race! escrita por Nandychan


Capítulo 26
Namorados.


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa a pressa, amanhã vai ter capítulo novo e eu explico tudo :S Por favor, continuem me apoiando e desculpem pelo atraso!



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POV: Louis

                Minhas mãos suadas percorriam o corpo de Harry de forma desesperada. Eu precisava sentir cada pedaço dele. Naquele momento, minhas mãos moviam-se em seu peitoral, onde eu podia sentir seus músculos saltados pela pressão aumentada. Minha respiração já se tornara ofegante e eu não conseguia mais pensar com lógica, meus pensamentos estavam longe enquanto eu explorava o corpo do homem que eu amava.

                Pude sentir sua língua transpassar meu pescoço, gerando um pequeno arrepio em minha pele. Era impossível não me manifestar a cada pequeno gesto que Harry fazia. Seus dedos faziam pressão em minhas costas e geravam uma certa dor, era como se ele estivesse deixando bem claro que eu era dele e nada, nem ninguém, poderia nos separar naquele momento.

                Eu com certeza não queria que nada nos separasse.

                A voz de Harry no meu ouvido era doce e fraca, como de uma criança com sono, mas fala coisas que nenhuma criança falaria. Ele podia me tirar do sério com apenas algumas palavras. Em contrapostos, seu corpo suado estava tão junto ao meu que eu nem conseguia distinguir onde terminava o meu e começava o dele. Harry finalmente tinha conseguido me ter por completo.

                Mas e quanto a mim? Eu estava entregue por completo?

                O medo que eu tinha adquirido no começo foi aumentando muito com o decorrer do ato. Eu não sabia se estava pronto para me entregar completamente a Harry. Falando em corpo, obviamente eu esta pronto, afinal Harry conseguira me dar mais prazer em uma noite do que eu tinha tido com todas as minhas namoradas. Isso porque eu o amava? Talvez...

                O problema era quando eu pensava nos meus sentimentos. Eu amava ele? Eu realmente sabia o que eu estava sentindo? O que meus pais iriam falar sobre isso? Pelo visto, eu seria para sempre o filho vergonhoso.

                Eu não queria pensar nesse momento,  apenas curtir tudo que Harry me proporcionava, mas minha mente estava tão sobrecarregada que já era um trabalho quase impossível manter-me são e não chorar.

                Harry estava comigo, os lençóis desarrumados da cama de Liam eram prova disso, mas mesmo assim eu não conseguia sentir que estava com ele. Não fisicamente. Mas e quem disse que era o físico que importava?

                Eu queria ser de Harry, apenas dele, mas não conseguia admitir isso.

                Ou eu não podia admitir isso?

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POV: Niall

                Enfim eu estava voltando ao dormitório. Depois de uma boa hora na cantina da escola e com a barriga inteiramente cheia, eu estava preparado para voltar a rotina de estudos. Claro que eu tentei me apressar bastante, pois tinha deixado Zayn e Liam sozinhos no dormitório e tive medo que minha ausência pudesse ativar algo em Zayn que ele guardava especialmente para Liam.

                Ao chegar ao hall do dormitório, notei o primeiro erro, a porta estava trancada. E agora? Por que eles tinham se trancado dentro do dormitório?

                Meu coração começou a acelerar aos poucos. Amaldiçoei-me por não ter levado a minha chave, mas eu não podia adivinhar que isso ia acontecer, pois Liam e Zayn não deveriam ter saído e me deixado sozinho do lado de fora. Agora, minha sorte seria encontrar Louis ou Harry por aí.

                Fui em direção ao elevador o mais rápido que pude, Louis e Harry provavelmente ainda estariam no terraço se ainda não tinham voltado ao dormitório. Ressenti um pouco ao notar que eu ia atrapalhar um momento dos dois, mas era algo que eu precisava fazer.                     

                Não ia deixar que Zayn e Liam ficassem trancados por muito tempo.

                O elevador pareceu não vir nunca. Apertei o botão com cada vez mais força, mas, aparentemente, isso não serviu para muita coisa, além de aumentar minha frustração. O elevador estava parado no terraço, pois alguém o tinha mantido lá com a porta aberta. Provavelmente Louis e Harry não queriam que alguém fosse lá para incomodá-los, mas fazer isso era exagero!

                Como a paciência é uma virtude que não está presente na família Horan, fui em direção a escada. Nem que eu precisasse subir aquela escada de joelhos, mas eu ia arranjar um jeito de conseguir entrar naquele dormitório.

                Os primeiros dois andares passaram rápidos e minha respiração começou a pesar, juntamente com minhas pernas que começaram a doer e meu psicológico que começou a mandar eu me exercitar com mais frequência.

                Quase passei sem percebe-lo.

                Meu mundo parou por um instante apenas. Como em câmera lenta, meu corpo começou a virar para trás pesarosamente, permitindo que meus pensamentos voassem a quilômetros dali, eram lágrimas?

                Ele estava sentado no chão, abraçando as pernas e a cabeça baixa encostando nos joelhos. O que ele estava fazendo aqui?

                - Liam? – minha voz era temerosa, eu não entendi o motivo dele estar aqui, pois ele deveria estar trancado no dormitório.

                - Niall? – Ele levantou o rosto assustado, ele não tinha notado que eu tinha passado por ele. Eu estava certo, eram lágrimas que desciam incessantemente por seus olhos inchados e vermelhos.

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POV: Louis

                Finalmente eu estava banhado. Harry já me esperava deitado na cama, vestindo apenas a calça de algodão do seu pijama. Ele já tinha limpado todo o andar superior do dormitório e ajeitado a cama de Liam. Nós deveríamos ter descido para nossa cama, mas os hormônios falaram bem mais alto.

                - Louis! – Harry chamou minha atenção, sem olhar para mim.

                Fui até onde ele estava deitado e sentei ao seu lado. Ele tinha um sorriso gigantesco estampado no rosto, como se estivesse revivendo cada momento que tínhamos acabado de viver. Sorri timidamente e olhei-o atentamente. Como era esperado, ele continuava perfeito.

                - Você acha que o céu existe? – A pergunta não fazia o menor sentido, mas resolvi não discutir. Balancei a cabeça de forma afirmativa e o olhei intrigado – Acho que eu já estou no céu.

                Eu até tentei, mas a gargalhada não ficou presa na minha garganta. Meu corpo se curvou em busca de ar e, mesmo assim, eu não conseguia parar de rir. Harry também estava rindo, mas não tanto quanto eu, tirando o fato de que ele ainda olhava para o teto.

                - Boo? – Harry me chamou novamente, após eu engasgar de tanto rir e limpar as lágrimas.

                - Se for pra falar outra dessas, espera eu recuperar o fôlego!

                - Não – Harry balançou a cabeça, pensativo. Odeio quando ele fica pensativo. – O que nós somos?

                Aquela pergunta não tinha resposta. Eu sabia disso por ter pensado nisso durante tanto tempo. Enfim Harry estava notando que o nosso relacionamento era incomum, como se fossemos estranhos um ao outro que só aproveita para dar uns beijinhos.

                - Eu que te pergunto – respirei fundo – O que nós somos?

                Harry virou a cabeça para mim lentamente, pude notar que seu olhar estava pesado, talvez de sono ou de cansaço. Ele parecia um pequeno anjo ali deitado, mesmo que naquela cabecinha estivesse passando uma confusão nada angelical.

                - Eu só sei o que eu queria que fôssemos, Boo. – Ele voltou a fitar o teto. – O resto é com você.

                - Harry, nós estamos juntos, não? – Eu sabia que aquela pergunta estava sendo feita tanto para mim quanto para ele, mas não pude deixar de perguntar. Eu queria saber a sua resposta, talvez isso ajudasse a me entender.

                - Eu estou com você Boo, eu te amo – ele riu do meu rosto que tinha se tornado vermelho instantaneamente. – E eu sei que você me ama também. Não estamos na mesma situação que Liam, nós sabemos o que queremos. O problema é se estamos aceitando isso...

                - Harry, eu...

                Minhas palavras foram interrompidas pelas mãos de Harry em meus lábios. Ele me puxou para a cama e me deitou em seu peito. Pude ouvir claramente a batida do seu coração se misturar a sua respiração pesada. Nem sei quanto tempo passei naquela posição, enquanto ele me fazia cafuné, mas sei que parecia um local que eu não queria sair nunca mais.

                Mais uma vez Harry estava certo. Para um mulherengo que não passava tanto tempo em um relacionamento, ele entendia melhor dos seus sentimentos do que qualquer um. Ele entendia até mesmo os meus sentimentos melhor do que eu.

                A única coisa que faltava no nosso relacionamento era eu


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