A Primeira Vista escrita por Luh Hyuuga


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Essa é minha primeira fic (mentira, é a primeira que eu posto), então peço que me deem um desconto. Dedico essa fic para uma colega minha, a "Eloíse" da história.



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Na primeira vez que o viu, ela soube que jamais o esqueceria.


Eloíse estava na escola, esperando que seu pai viesse. Inquieta, ela cansou de es-perar sentada e decidiu esperar do lado de fora, longe do barulho que as crianças fa-ziam e longe do calor sufocante da pequena e apertada área de espera.


Distraída, Eloíse não prestou atenção em nada e ninguém, até que seu olhar recaiu brevemente sobre um garoto com uniforme de outra escola, muito mais conhecida do que a sua, do outro lado da rua. Franziu o cenho, tentando recordar se já tinha visto o tal garoto alguma outra vez.


Desviou o olhar, temendo que o garoto percebesse que ela o observava. Não era uma garota atrevida, e tentava ao máximo possível não chamar a atenção, princi-palmente a dos garotos. Não era nenhuma beldade como as garotas populares de sua escola, mas se considerava bonita de seu modo, mas isso não mudava o fato de que o único tipo de relação que possuía com garotos era a amizade. E mesmo isso não era grande coisa.


Discretamente, voltou a olhar para o garoto, dessa vez fazendo uma avaliação com-pleta do que via. Os cabelos escuros, pele morena, olhos escuros e postura impar-cial. Segurança, era isso o que ele transmitia. Podia até não conhecer o garoto e nem saber seu nome, mas tinha certeza absoluta que de ele devia fazer parte do grupinho popular da escola Conexão - uma das escolas mais prestigiadas de sua ci-dade. Suspirou, desanimada.


Sentiu uma pontada no peito ao perceber que nunca poderia ter algum tipo de rela-ção com o objeto de seus pensamentos no momento. Surpresa, ofegou. Como as-sim, relacionamento? Não conhecia aquele garoto, e não era costume seu nutrir sentimentos por desconhecidos, não importava o quão bonitos eles fossem. Então, por que sentia que, desde que tinha o visto, estava trêmula, suas pernas mal susten-tando seu peso? Isso sem falar de seu coração... Quando fora a última vez em que seu coração acelerou por alguém do sexo oposto?


Confusa, Eloíse voltou a olhar para o garoto. Ele parecia tão sozinho ali, que foi difícil conter o impulso de ir ao seu encontro e reconfortá-lo, conversar com ele. O que se-rá que ele fazia ali? Ela sabia que a escola NEI não era muito conhecida - quantas ve-zes já não tinha ouvido as pessoas perguntarem o que era NEI e onde ficava? -, en-tão achava meio improvável que alguém como ele - muito acima de qualquer um ali, mesmo as duas escolas, tanto a dele como a dela, serem particular - pudesse ter algum relacionamento com os que estudavam ali. Teria vindo ver alguma menina?


Prendeu a respiração ao cogitar a possibilidade. Podia até não o conhecer, mas, pa-ra ela, era como se ele já o pertencesse. Não era uma menina ciumenta, mas não podia nem pensar em perde-lo para alguma daquelas garotas oferecidas que se achavam o máximo...


Eloíse respirou fundo algumas vezes, obrigando-se a voltar ao normal, tentando se convencer de algumas coisas: NÃO se importava com aquele garoto, NÃO estava sentindo ciúmes dele, NÃO queria saber o que ele estava fazendo ali e, mais impor-tante ainda, NÃO tinha cometido o erro de se apaixonar à primeira vista.


Sorriu, satisfeita, quando conseguiu mudar o foco de seus pensamentos para algo banal que havia acontecido na escola. Mas sua satisfação pessoal não durou muito.


Lucas, um menino que estudava junto com ela, saiu da escola. E qual não foi sua sur-presa quando ele se juntou ao menino com o uniforme do Conexão? Como alguém como o idiota, em sua opinião, do Lucas podia conhecer um menino como aquele, bonito, confiante de si mesmo, prepotente e - sim, ela tinha acabado de chegar a essa conclusão - arrogante como ele? Como um ser desastrado podia ser tão amigo daquele deus grego? Sim, vendo os dois conversando tão amigavelmente, ela só po-dia chegar a conclusão de que eram muito amigos.


Para sua infelicidade, seu pai finalmente chegou, e Eloíse teve de ir, mas não sem antes lançar mais um olhar para o garoto que, ela sabia, não sairia de seus pensa-mentos por muito tempo, dessa vez mais demorado. Não queria que aquela fosse a primeira e última vez em que o veria, mas Eloíse, em seus14 anos, já tinha apren-dido há muito tempo que a vida não é justa.


Alguns dias se passaram, e Eloíse não esquecia o garoto cujo nome ainda não sabia. Podia ter perguntado para o idiota do Lucas quem era o garoto, mas não achava legal falar com uma pessoa apenas por interesse. Não gostava de Lucas e certa-mente não iria começar a gostar dele só para que pudesse obter algumas infor-mações sobre o garoto que tinha conquistado seu coração em questão de segundos. E nem foi preciso.


Conversando com uma colega de classe e que era - veja a ironia do destino - prima do Lucas, Eloíse perguntou para essa colega, cujo nome era Luana, se ela tinha visto o menino que conversava com Lucas no tal dia. E qual não foi sua surpresa quando descobriu que o tal garoto era IRMÃO de sua colega?


O tal garoto se chamava Luã, tinha 17 anos - apesar de aparentar ter menos -, e pre-tendia vir estudar na mesma escola que a irmã no ano seguinte.


Choque, felicidade, receio, tristeza e mais outra emoções era o que Eloíse sentia quando recebeu a notícia. Sim, tinha desejado por ter rever o garoto, mas uma coisa é querer e outra acontecer. O que faria quando o visse de novo? Como seria ver ele todos os dias, rodeado por garotas, talvez algumas de sua sala - sim, na sala dela é que não faltava meninas populares e oferecidas - e com alguma ficante?


Mas, isso já é uma outra história, que será contado uma outra vez - ou não.


Afinal, apesar dos pesares, o sentimento que nutria pelo tal garoto - cuja nome agora já sabemos, e que é Luã - não passava de um sentimento platônico, e os amores platônicos, em sua maioria, não tem um final muito feliz.



Fim.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso. Espero que gostem e prometo que logo vais fics virão. Como toda escritóra, peço que deixem reviews, sejam eles críticas ou elogios.
Até a próxima, mina!