Hannah Montana e Eu (Miley To Go) escrita por Noiva do Niall


Capítulo 2
Introdução.




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Certo, pode ser meio estranho começar assim, mas penso muito nas minhas mãos. Nasci canhota. Meu pai também é canhoto, mas ele tem certeza absoluta que sou destra. Acho que é porque sempre disse que os canhotos “precisam aprender o mundo de trás para frente” , e sei que de vez em quando ele tinha dificuldades para encontrar uma guitarra para canhotos... Seja qual for o motivo, desde que comecei a escrever, ele me fez usar minha mão direita. Deu certo. Para todo o resto sou canhota, mas escrevo com a minha mãe direita. Então, se não gostar da minha caligrafia... pode reclamar com meu pai.

Só para confundir ainda mais meu lado canhoto, encontrei um livro sobre caligrafia e comecei a aprender a escrever os caracteres chineses. Com a mão direita. Dentro de um avião. Estava em um jatinho, indo de Los Angeles a Nova York. O voo foi turbulento, a tinta vazou pelo menos duas vezes, e eu consegui espalha lá em cima de mim, do papel, dos assentos do avião e, quando tentei limpar a sujeira no banheiro, minha mãe começou a me dar bronca por sujar tudo com tinta, mas eu estava interessadíssima.

A palavra caligrafia vem do grego e quer dizer “escrever bonito”. Podem acreditar que, se os gregos vissem o que eu estava fazendo, inventariam uma nova palavra para a caligrafia. Mas fiquei obcecada logo de cara. Desenhei os caracteres que significavam “amor” , “sorte” , “vida” e “conhecimento” diversas vezes, primeiro devagar e com cuidado, como uma criança no jardim de infância aprendendo a escrever, depois mais rápido e melhor.

Que bom que o avião não era equipado para a escrita no espaço, ou eu provavelmente teria convencido o piloto a tentar escrever o símbolo para “arrase” . Deve haver um caractere chinês para isso, não ?


Sete passatempos com os quais fiquei obcecada por cinco segundos:

1 -Caligrafia.

2 -Moldura.

3 -Tricô ( por dois segundos).

4 -Scrapbooking.

5 -Leitura da biografia de Einstein.

6 -Ser bióloga marinha.

7 -Alta-costura.

Algumas pessoas acreditam que a caligrafia revela todos os segredos – que os traços tortos, arredondados e pontos de uma lista de afazeres escrita rapidamente ou de um bilhete passado na escola mostram tudo o que se pode saber sobre uma pessoa. É uma ideia bacana, mas acredito que a única coisa que as pessoas podem falar sobre mim, vendo minha caligrafia, é que devo estar escrevendo com a mão errada. Faço quase todo o resto – penteio meu cabelo, abro as portas, seguro o garfo e puxo as rédeas de meus cavalos – com a mão esquerda. E meu pai tem razão: acho que o mundo parece meio de trás para frente de vez em quando, mesmo quando tento manter tudo na direção certa.

Talvez, por sempre ter pensado nelas, costumo ser superprotetora com minhas mãos. Eu sei, eu sei: esquisito*. Mas into que minhas mãos são importantes. Minha energia vem delas. Tudo que faço sai delas.

Minha mão direita é para arte. Eu a uso para tocar violão e escrever. A esquerda é para cuidar. Para pentear o cabelo da minha irmãzinha. Para ficar de mãos dadas com os amigos. Para confortar Sofie, minha cadelinha, quando nos deitamos para dormir. (E de vez em quando, para dar um tapinha na cabeça do meu irmão Braison quando ele esta me atazanando. Eu sei... mas todo mundo tem seus limites!)

Deixo minhas duas mãos passearem livremente sobre o piano, procuando as notas certas. Minhas mãos guiam meus pensamentos quando escrevo em meu diário. Passam pela Bíblia, procurando a verdade. O ritmo de uma nova musica surge enquanto tamborilo os dedos em cima da mesa. Sinto as coisas em tempos difíceis. Quero que tudo que faço seja artístico e repleto de amor. Quem sou eu, o que digo e toda a esperança e a alegria que espalho – tudo vem de minhas mãos.

Sou destra ? Sou canhota ? Nenhum dos dois. Sou cantora ou atriz ? Uma pessoa publica ou desconhecida ? Por que não posso ser todas essas coisas ? Apareço na televisão. Estou escrevendo um livro. Mas também adoro ficar em casa com a família. E sinto-me sozinha – de maneira positiva – dentro da minha mente. Sou a pessoa que você conhece da televisão, das fotos, até mesmo deste livro ? Ou será que todos somos mais complexos e mais difíceis de definir? Quem eu sou para saber?

A maioria das pessoas me conhece como Hannah Montana, mas Hannah é uma personagem da TV. Ela é ficção. Claro, dei muito de mim a ela. Tentei fazer com que ganhasse vida. Mas isso não a torna real, e não faz com que ela seja eu. Este é meu próprio livro – a primeira chance de contar historia com as minhas palavras. Mas, para contá-la, preciso falar da Hannah. E não tem problema. Porque acredito que é por isso que as pessoas se identificam com Hannah Montana e Miley Stewart – meu alter ego na TV. Todos temos várias facetas. Quem somos, e quem podemos ser se seguirmos nossos sonhos.

Parece que estou sempre respondendo a perguntas sobre mim. Participo de entrevistas na TV, no rádio e para revistas: converso com paparazzi e desconhecidos na rua. Sempre falo para as pessoas( e até agora sempre foi verdade) que a turnê esta indo muito bem, que os shows são divertidos, e tenho muito orgulho de meu disco. Mas ninguém me pergunta: “Ei, como você se sente em relação as suas mãos? Como elas estão relacionadas com a sua arte? O que elas significam para você?”. Este livro é o lugar em que posso explicar, brincar, fazer piada e explorar o que é de fato importante para mim. Quero responder as perguntas que nunca me fazem . Quero baixar a guarda, falar sobre o que a música representa para mim, e desejo mostrar que minha vida não é só alegria e diversão. Já me magoei e me machuquei. Já me senti pressionada, indesejada, triste, entediada e sozinha. E á senti grande alegria e gratidão. Quero mostrar quem eu realmente sou – não a menina brilhante, certinha e retocada com Photoshop que aparece nas capas das revistas, mas, sim, uma filha do meio nascida e Nashville, que adora Marilyn Monroe e detesta legumes, e que sempre teve ideias esquisitas sobre as próprias mãos.

Quando comecei a escrever este livro tinha 15 anos, e terminei com 16. Sou muito nova para estar escrevendo sobre a minha vida. Mas sou considerada bem jovem para muitas coisas que faço e das quais gosto. Não há nada de errado em ser jovem, s pessoas jovens têm muita energia! Temos muito o que dizer. Nunca sofri de escassez de pensamentos, ideias ou opiniões. Sei que ainda estou perto do começo da minha vida. Tenho percorrido uma jornada incrível, e as coisa têm caminhado rápido demais. Então quero demarcar um ponto bem aqui, antes de a imagem começar a sumir enquanto sigo em frente. Espero que você possa relaxar e aproveitar a carona** ficar comigo por um tempo.



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Notas finais do capítulo

Desculpa gente, não consegui por as fotos do capitulo :(



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