Vocês se lembram de Lyric e Melody? Pesos dentro de um aquário? Bem, um dos meus peixes morreu. Tenho certeza de que foi Melody. Fiquei triste. Eu sei... é estranho ficar tão abalada com um bichinho que não se pode nem acariciar, mas eu gostava dos peixes. Então, minha mãe me deu outro. Deveria ter lhe dado o nome de Dissonância. Ele logo comeu Lyric*. A partit daí, passei a não gostar de peixes. Já estava cansada de ver os mais fortes acabando com os mais fracos.

Meus peixinhos lindos haviam morrido, mas tinham me ensinado algo duradouro. Desde aquele momento, sempre que quero escrever uma canção, digo a mim mesma: Pense além do aquário. É um lembrete para que eu me esforce, para que não fique presa – para não ver o mundo lá fora através de uma parede de vidro.

Bottom of the ocean [No fundo do oceano] começou como uma canção inspirada em Lyric e Melody. Mas, quando comecei a escrever, passou a ser muito mais do que algo sobre meus peixes bobos*. Tinha a ver com sonhos, namorados, a perda de um parente e relacionamentos abusivos. Fala a respeito de, se esxistir alguém a quem ame, mas que não pode amar mais, voc~e precisa reunir esses sentimentos, separa-lós e coloca-l´s no fundo do mar. Esconda-os ali, com cuidado e respeito, em um lugar one não possam ser encontrados. Bottom of the ocean é uma canção de “adeus”, uma canção de amor. Ninguem jamais pensaria que tifvesse sido inspirada em peixes. Bem, exceto pela parte do “mar”.

Minhas amigas se tornaram minhas inimigas, até mesmo minha melhor amiga. Não fazia ideia de por que me detestavam ou o que poderia fazer para melhorar as coisas. Não me enquadrava em nenhum lugar. Para onde foi tudo? Todo o respeito, toda a amizade, todo o amor? Estava sem forças, perdida, meio que flutuando, e não havia fim a vista. Então, fiz aquilo que cantei em Bottom of the ocean. Coloquei todas as perdas, a do e o medo onde ninguém mais os encontraria novamente: no fundo do mar pessoal.

E, então, recebi o telefonema final sobre Hannah Montana.

Paz, chatas!