Tobi S Girl escrita por Kitsune


Capítulo 1
Eu.


Notas iniciais do capítulo

Yooo minna! Espero que gostem! Por favor deixem reviews! Isso me inspira a continuar ♥ :)



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“A mulher é forte em todos os aspectos, mais ainda quando se finge de fraca.”

João Paulo Diniz

Sabe de uma coisa?

Não?

Então descubra sozinho, pois esse é o melhor jeito de você continuar se lembrando.

Meu nome é Kin, tenho 16 anos, meus cabelos são ruivos e meus olhos... bem... eu nunca os vi então não posse dizer a vocês que cor eles são, eu uso uma faixa ao redor de meus olhos, por que? Por que eu sou cega, e é também por esse motivo que minha vida está sempre de cabeça para baixo.

Nunca tive pais ou familiares, fico sozinha a maior parte do tempo, para falar a verdade, o tempo todo. Nunca tive amigos ou alguém próximo de mim para que eu pudesse desabafar ou somente para ter um ombro amigo para chorar. Sempre fui humilhada e oprimida na escola ninja, todos sempre diziam “Olha lá! Aquela garota é cega, como ela pode se tornar uma ninja?” e começavam a rir.

Bem, como vocês puderam perceber, minha vida é uma droga (Isso para não ter que usar outras palavras), isso tudo começou a ficar pior, á algumas dias atrás, quando uma nova garota chegou na cidade e resolveu fazer de minha vida ainda pior. Ela se orgulhava de transformar minha vida em um inferno, o por quê? Eu acho que nunca saberei, porque agora ela está morta.

-Flash Back ON-

Estava frio naquela noite e eu acordara suando frio com um pesadelo que havia tido, levantei-me e fui em direção á cozinha buscar algo para retirar a angustia e a fome que haviam tomado conta de mim.

- Droga – murmurei para mim mesma vendo que não havia nada para comer, muito menos para beber.

Sem muitas opções, saí para ir á um mercadinho que não ficava muito longe dali. Desde pequena estava acostumada a andar sozinha e nunca tivera medo de absolutamente nada. Não possuo nenhuma lembrança antes dos meus 5 anos de idade, mas isso não chegava a me incomodar, não muito. As pessoas da vila da folha me olhavam com desgosto, algumas até mesmo faziam apostas de quanto tempo eu iria durar em uma missão de verdade. Nunca cheguei a ir em uma. Motivo? Eu não tinha time. O por quê? Eu não entendo muito bem a cabeça das pessoas dessa vila e digamos que nem elas entendem muito bem a minha, além de não quererem uma “cega” na equipe, os senseis também não faziam esforço para me colocar em uma.

Estava quase chegando ao mercadinho quando senti a presença dela atrás de mim, me virei lentamente para lhe dizer que não estava a fim de aturá-la no meio da noite e pediria que ela me esperasse chegar ao colégio em algumas horas.

Assustei-me com o fato de sua presença estar um pouco mais diferente do que o habitual e por reflexo, dei um passo para trás.

- Mellody? – indaguei com medo da resposta.

Ela não respondeu, mas deduzi que aquela não era Mellody, a mesma não possuía um ar assassino como aquela coisa em minha frente.

- Mellody? – custei a chamar, mesmo sabendo que não obteria resposta alguma.

Depois, senti uma pontada em meu abdômen, o sangue escorria lentamente por meu corpo. Recuei um passo para trás sentindo muita dor. Senti o cheiro de lágrimas, a criatura estava chorando? Impossível, devia ser apenas meu desespero tomando conta de meus sentidos. A criatura investiu mais uma vez em minha direção e por pouco não consegui desviar.

- Desculpa- pronunciou a criatura com a voz de Mellody. – Eu... Eu... n-

Ela soltou um grito estridente tão alto, que os vidros do mercadinho começaram a quebrar, causando um grande estrondo. Minhas mãos congelaram e percebi que não estava lutando com um humano, não... Não era nem mesmo um jutsu ou uma criatura qualquer. Pela primeira vez, senti medo... Medo de morrer.

Tudo ficou escuro e apenas acordei após ouvir um grito.

- O que você fez?! – gritou desesperado.

Percebi vários olhares vindos em minha direção, mas não entendia o por que, somente após perceber o cheiro de sangue ao meu redor, deduzi. Infelizmente. Eu a havia matado. Percebi o movimento de muitos ninjas chegando ali, provavelmente atraídos pelo grito da horrenda criatura. Levantei-me para explicar o que havia acontecido, mas fui impedida por um ninja que colocou uma kunai em meu pescoço.

- O que aconteceu aqui?! – gritou, apertando a kunai.

- Ela a matou sem piedade! – gritou outro.

- Eu também vi, Mellody pediu por misericórdia! – emanou outro.

O ódio tomou conta de mim. Eu estava me defendendo e... Como eles puderam mentir de tal forma? O pingo de respeito que tinha por aqueles ninjas se desvaneceu. Empurrei a kunai para o lado e me pronunciei pela primeira vez em minha defesa.

- Eu não...- tentei falar, mas algo me impediu, um sentimento desconhecido por mim.

Eles começaram a murmurar coisas que para um ninja normal, eram apenas murmúrios, já para mim, eram palavras claras que não faziam muito sentido, mas conseguia escutá-las com precisão e conhecimento.

-Como pode?!– berrou uma mulher com a voz de choro, que logo reconheci por ser a mãe de Mellody – Minha filha! Sua assassina!

Eu me virei na direção da criatura e assustei-me com o fato daquela coisa horrenda não estar deitada ali, mas sim a Mellody que eu conhecia. Alguns ninjas vieram me atacar e desviei rapidamente para o lado, coloquei a mão ensanguentada por cima de meu abdômen, procurando pelo machucado, mas ele não estava mais lá.

Comecei a correr para a floresta em busca de algum lugar calmo para que eu pudesse raciocinar o que exatamente havia acontecido.

-Flash Back Off-

Em outras palavras, havia me tornado uma ninja renegada, digamos assim. Haviam se passado uns 3 ou 4 dias desde o acontecimento. Com certeza alguém já havia espalhado rumores, mentiras e outras coisas sobre mim. Estremeci ao perceber que não havia outro lugar para eu ir, havia perdido tudo o que eu tinha.

Andava sem rumo pela floresta, não havia comido nada desde minha fuga, senti-a me fraca e machucada por dentro. Desabei no chão e percebi que havia estragado a vida de uma família. Durante esses 4 dias, eu havia treinado mais do que eu devia e isso estava levando meu corpo a ficar frágil.

Levantei-me e subi em uma árvore, após pegar uma maçã, desci e abri um sorriso. Enquanto comia a maçã, eu caminhava em direção ao barulho de um rio, que por meus cálculos, estaria a mais ou menos 2 km de distância. Eu precisava tomar um banho urgente, não aguentava mais o cheiro de sangue predominando o meu corpo. Eu estava usando um top negro e uma legging branca e por cima da mesma eu usava uma saia preta.

Estava andando em direção ao rio a algumas horas, o cheiro d’água ficava mais forte a cada passo meu, comecei a correr o mais rápido de podia em direção à água.

Ao chegar a margem do rio, senti um cheiro adocicado. “Pirulito?” - pensei.

Senti uma presença fraca e percebi alguma coisa deitada à margem do rio, ela estava ofegando e com um cheiro de sangue sufocante. Aproximei-me e agachei-me ao lado dela, com a mão toquei-lhe o rosto, percebi que a presença usava uma mascara, da qual o cheiro vinha. Respirei fundo e minha mão começou a brilhar, ela possuía um brilho azul. O cheiro de sangue foi diminuindo e abri um pequeno sorriso.

Corri rapidamente de volta as macieiras e peguei algumas maçãs para dar ao ser quando o mesmo acordasse. Voltei e deixei as maçãs ao seu lado, imaginando como seria a face daquele ser que aos meus olhos parecia tão frágil, mas que sua aura me dizia o contrário.

Vendo que minhas roupas também precisavam ser lavadas, mandei um foda-se e pulei no rio sem retirá-las. Eu nadava calmamente de um lado para o outro tentando me distrair, adorava sentir a sensação da água gelada em contato com minha pele e isso me relaxava. Mergulhei bem fundo e fiz alguns movimentos com a mão, logo fiz uma lança de chakra e peguei alguns peixes. Subi até a margem oposta da qual o ser se encontrava e fiz uma fogueira com a lança ainda em minhas mãos, joguei os peixes na fogueira e deitei-me esperando o calor do fogo me envolver.

Assim que os peixes ficaram no ponto, caminhei pela água (por cima dela, para ser mais exata) e sentei-me ao lado do ser, ele possuía uma máscara laranja com apenas um buraco para o olho. Continuei o observando com um sorriso estampado no rosto. Ele começou a se mexer e acabou colocando a cabeça em meu colo, me assustei um pouco com o movimento dele, mas logo comecei a fazer carinho no cabelo do mesmo, ele começou a ronronar como se fosse um gatinho e acabei dando uma risada.

Ele circulou minha cintura com as duas mãos e ainda com a cabeça em meu colo me apertou um pouquinho. Decidi que passaria a noite daquela maneira e acabei dormindo nos braços daquele misterioso ser.


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Notas finais do capítulo

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