Era manhã de sábado e eu fui me sentar na escada da varanda para esperar Dhovanni chegar, eu precisava falar com ele, ele precisava saber o que estava acontecendo, pois andei bloqueando minha mente para ele parar de ler, era ruim saber que ele podia ler tudo, pensei e sorri.

Olhei para o céu e vi que ia chover. O dia estava cinza e fresco, nada que pudesse intimidar o cantarolar dos pássaros. Um vento sutil acariciava minhas bochechas coradas, pequenos sons do silêncio deixam todo aquele momento ainda mais encantador. O cinza misterioso do céu me traz uma leve melancolia, que torna meu olhar pesado e vago, como o olhar de quem espera, de quem espera que esse olhar perdido seja encontrado.

Dhovanni estacionou sua moto no jardim de casa me deu um beijo então se sentou ao meu lado.

– Aconteceu alguma coisa anjo? – Falou ele preocupado.

– Aconteceu sim, bem meus amigos estão lá dentro comendo o bolo que minha mãe fez para comemorar aceita? – Falei sorrindo.

– Comemorar, comemorar o que? Sério estou confuso. - Disse ele ficando mais preocupado.

– Vou liberar minha mente, pois bem quero que sinta tudo que há dentro de mim, ok vamos lá. – Falei liberando todos meus pensamentos. Ele tocou minha mão então seus olhos azuis brilharam e ficaram sérios.

– Sinto emoções, sinto amor, sinto lembranças, sinto uma vida. – Dhovanni disse, e pela primeira vez eu pude velo emocionado, sequei a lagrima que caiu com esforço de seus olhos, aquele coração valente dificilmente chorava, então ele falou.

– Você está grávida, nosso filho, ai minha nossa, é, é o que sua mãe disse? – Perguntou ele um pouco confuso.

– “Primeiro ela quis me matar depois me abraçou como nunca antes e depois falou um monte na minha cabeça de que, “você não me apresentou ele” vocês vão ter que se casar” “ele trabalha?” “quando foi isso que eu não vi” e etc. – Falei tentando imitar os gestos de minha mãe.

– Neste caso vou lá dentro conversar com ela, mais antes tenho

que fazer algo – Disse ele me levantando e se ajoelhando em minha frente.

– Casa comigo Srta. Borghini? – Disse ele segurando minha mão.

– Sim mil vezes sim, mas me promete que nosso filho terá que saber de tudo principalmente quem ele é e quem somos e principalmente se for menino vai se chamar Luidi, pode ser? – Falei sorrindo.

– Prometo minha linda. – Disse ele me pegando no colo.

– Hmmmmmmmm, que lindinhos. – Meus amigos falaram em coral em frente à porta.

– Vai ser um casamento duplo eu e Pierre e vocês dois, vai ser demais, quero um vestido bem longo e etc. – Disse Catherine batendo palminhas.

– Antes vamos fazer nossa viagem a Londres, e eu e Manddy queremos ser padrinhos da Angelina, pois tenho certeza que vai ser uma menina. – Disse Scott.

– Eu e Pierre também seremos padrinhos Scott seu metido. - Disse Catherine.

– Angelina, ok se for menina vai ser Angelina, e sim serão todos padrinhos. – Falei por fim dando um beijo inesquecível em Dhovanni.

Ficamos todos ali conversando e rindo, minha mãe se entendeu com Dhovanni e todos estavam felizes por mim, até Scott que finalmente tinha se conformado, bom minha vida estava apenas começando, o começo da minha vida com Dhovanni e nosso filho, uma vida inteira ao lado da quem eu amava tudo nos seus eixos e tudo em seus conformes, era uma nova Nina ali, uma Nina que encontrou quem amava.

Com esforço me libertei da carga de meus instintos, conquistei à liberdade de minha alma, tijolo por tijolo construí o meu templo interior, deixando entrar só o amor e a verdade.

talisRo �3= ��= mo preferir. – Falou Dhovanni com um dos braços em volta de mim.

– É lindo não? Sei que não posso entrar por ser um visionário, mais me contento. – Scott riu.

– Se entrar ai vai ser guinchado. – Falou Dhovanni.

Ficamos ali por alguns segundos até alguém vir até nós, era Victor totalmente desolado e triste. Vi Dhovanni fazer uma cara feia.

– Desculpe por tudo aquilo, eu estava bêbado e sendo influenciado por minha mãe e minha irmã, elas me controlavam, bem vim apenas para pedir desculpas e dizer que estou voltando para o Canadá, e desculpe mais uma vez por minha família, sem falar mais nada Victor entrou em seu carro e seguiu estrada a fora.

– Cretino, ainda vem pedir desculpas. – Falou Dhovanni.

– Que bom que foi embora. – Disse Scott dessa vez.

Dei algumas gargalhas , depois os homens que estavam conosco lá no parque vieram nos agradecer por ter banido umas das piores mentalistas já existidas na face da terra, depois conheci todo o prédio, era fascinante e a cara do meu pai, eu me sentia dentro de um jogo de xadrez , era tudo muito organizado e a decoração xadrez e de madeira dava um toque especial, depois Dhovanni me levou até um salão onde varias pessoas me esperavam , fiz um juramento e me apresentei, eu sabia que eu estava assumindo uma grande responsabilidade, mas eu não podia negar quem eu era, foi tudo feito por meu pai, alguém tinha que cuidar daquilo, era um pedaço do meu pai vivo ali e agora era meu, eu não podia estar mais feliz naquele momento, mais dentro de mim algo ainda estava apagado, a morte de Ana e tudo mais que aconteceu.

Semanas se passaram minha irmã voltou para a Austrália, tive que explicar para minha mãe por dias a mesma coisa do porque que Dhovanni e outros homens entraram em minha casa e saíram com um livro na mão naquela noite, tive que inventar uma boa desculpa, depois teve a missa de sétimo dia de Ana, a vó de Ana estava desconsolada Cath, Manddy e eu conseguimos animá-la e quase sempre íamos visitá-la, Manddy finalmente tinha se ajuizado conseguiu um emprego, e depois apareceu para mim para Cath e para Scott com passagens para nossa viagem para Londres, íamos levar uma foto de Ana para ser jogada do alto da ponte de lá, uma forma de dizer que nosso sonho foi realizado e que só faltava ela ali, depois voltamos até Paris e Cath foi pedida em casamento por Pierre foi tudo tão lindo quando ele ajoelhou em baixo do Arco do Triunfo parando o transito para fazer o pedido, Scott ainda tinha ciúmes de mim mais parecia conformado, ele estava feliz demais com a conquista de sua própria casa de shows, as coisas finalmente estavam dando certo, mas eu devia ficar alerta coisas ruins sempre podem acontecer.