Nii-san escrita por Gabriella Usagi


Capítulo 6
Capítulo 6 - Memórias


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pela paciência de quem viu a história até aqui, acredito que estamos quase no meio (se assim Madara-san me permitir né hahaha), bom divertimento...



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Fazia horas que Madara tentava ganhar o jogo de baralho, já havia tentado de tudo, espiar descaradamente, marcar as cartas, choramingar, esconder cartas, fazer caretas, segurar amuletos, etc. Até que teve a brilhante ideia de usar chackra para virar um espelho atrás de Itachi.

– Eu sei o que está fazendo, seu trapaceiro de merda. – disse Itachi sem mudar de expressão e encarando o próprio baralho.

– Não tô trapaceando! Nem tô me mexendo! – resmungou Madara quebrando a corrente de chackra.

– Cala a boca e joga logo. – murmurou o mais velho.

– Amanhã eu e a Toph vamos dar um passeio, tá a fim de ir?

– Não existe encontro à três Madara... – articulou Itachi enquanto pensava o quanto Toph Bei Fong iria se arrepender ao sair com seu irmão irritante.

– Nii-chan... você... falou sério mesmo hoje de manhã? – perguntou Madara com a voz baixa e sua cara de curiosidade habitual.

– Sobre você ser burro e irritante? Sim. – disse o mais velho com um meio sorriso no rosto.

– NÃÃÃO! Sobre... an... Sobre você cuidar de mim, ninguém nunca quis ficar comigo desde que eu me conheço por gente. Eles têm medo de seja lá o que eu possa fazer. – pela primeira vez Itachi sentiu sinceridade no que o irmão dizia e olhou para ele com carinho a fim de responder, porém ao abrir a boca para falar o Quarto Hokage abriu a porta rapidamente como se lá dentro estivesse havendo um incêndio.

– Bom dia... Hokage-sama. – Itachi levantou-se rapidamente, quase que numa continência militar, com o rosto sério habitual imaginando o porquê daquela visita.

Madara levantou-se também, mas seu semblante era uma mistura de raiva e medo, pois ele sabia que uma visita destas aconteceria mais cedo ou mais tarde.

– Itachi-san, poderia me dar licença? Eu gostaria de falar com seu irmão. – disse Minato surpreso ao ver que estava tudo bem embora ainda fluísse pelo quarto uma grande quantidade de chackra.

– Com todo respeito Hokage-sama, não. – Itachi pôs-se na frente do irmão menor. – Não até que eu saiba o que vocês pretendem com ele.

Minato conhecia os procedimentos para com Madara, seus deveres de sigilo, porém assim como seu próprio filho um dia iria sofrer com as leis de Konoha, sabia o que Itachi estava sentindo.

– Madara-san estará em boas mãos. – foi a única coisa que o homem loiro conseguiu pronunciar ainda assim sem convicção, pois sabia que aquilo era incerto.

– Não. – Itachi respondeu com um tom sério e ameaçador. – Ninguém vai tirá-lo daqui.

– Isto é uma ordem, retire-se do quarto. – respondeu Minato à altura da ameaça do Uchiha.

– Não. – Itachi tomou posição – Ele não é um brinquedo de guerra, é uma pessoa.

– Você entende o tamanho da briga que está comprando, moleque? – questionou o Hokage tomando posição para lutar.

– É exatamente do meu tamanho. Não tenho medo de você, nem de qualquer outro jounin ou anbu de merda que vocês mandarem nos caçar. – o olhar do Rapaz tornou-se vermelho e incrivelmente ameaçador. – Ou conversamos todos juntos... ou nós vamos conversar em cima das ruínas da cidade.

Madara calmamente abraçou o irmão pelas costas desconcentrando sua posição e disse enquanto saía do quarto:

– Vamos Hokage-sama, não quero machucar ninguém...

Minato, surpreso pela rendição, voltou a atenção para o rapaz mais velho:

– Esteja no meu escritório em meia hora.

A voz de Madara ecoava na cabeça de Itachi ainda incrédulo com o que havia acabado de acontecer, seu irmãozinho estava indo diretamente para a toca dos leões e ele nada poderia fazer. Sentiu duas lágrimas quentes escorrendo pelo rosto, enxugou-as rispidamente e recusou-se a aceitar aquela situação, seja lá o que o Hokage estivesse planejando, Itachi sabia que ele lhe daria condições para abrir uma brecha e resgatar o irmão. Saiu do quarto, dirigiu-se até onde Sasuke estava brincando, deu-lhe um beijo na cabeça e disse:

– Se algo der errado, cuida da okaasan para mim.

O bebê gorducho sem entender nada, mas contente pelo carinho, estendeu os bracinhos e abraçou o mais velho.

– Tachiii. – disse o pequeno.

Com esta lembrança em mente, Itachi saiu pelos fundos para não ser visto pela mãe, dirigindo-se rapidamente ao escritório do Hokage.






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