Pov Terceira Pessoa

Um raio verde cruza o céu como que um aviso as pessoas que a maldição da morte havia sido lançada. Mas o que intrigava as pessoas é que mesmo a moradia dos Potter's tendo sido destruída ainda se ouvia o choro de uma criança e nenhum sinal da marca negra no céu.

Não demorou muito para um homem enorme que parecia um gigante com uma barba negra desgrenhada aparecesse em uma moto voadora enorme. Ele olha rapidamente em volta para ter certeza de que ninguém o estava o observando, deixando passar três vultos encapuzados, que se escondiam no meio das sombras que as árvores ao redor da casa proporcionavam.

O guarda-caça de Hogwarts, Rúbeo Hagrid entra na casa e cinco minutos depois sai com um embrulho que chorava nos braços, e os olhos vermelhos evidenciando que havia chorado, provavelmente por causa dos outros Potter's que viviam dentro da casa e que nesse momento já não havia nada a se fazer.

Logo, homem e criança foram embora, deslizando pelo céu. E só nesse momento um dos vultos que esteve parado observando tudo deixou algumas lagrimas caírem. De perto se percebia que era uma mulher e pelo cabelo que flutuava na noite sem vento se tratava de uma veela. Ela tinha longos cabelos negros como a noite e levemente ondulados e olhos de um azul esverdeado belíssimo.

Ao notar a tristeza da mulher os outros dois vultos que estavam de mãos dadas com ela e que sem sombra de duvida eram seus filhos pela semelhança apertaram as mãos dela ao mesmo tempo.

A veela engoliu em seco e se negou a permitir que nem mais uma lagrima escapasse pela perca do amado.

Perca não. Um tempo, pois ela sabia das providencias que ele tinha tomado. Demoraria,... Mas eles voltariam a se ver. Porém nesse momento precisava executar o plano B que ele lhe mandara, mesmo odiando isso e seus filhos sabiam o que seria necessário fazer, eles nem tinha dois anos e já estavam prontos para enfrentar o seu destino.

Era de se espantar que eles fossem tão maduros, que tivessem força para comandar um exercito para a batalha sem nem hesitar. Um dia algum dos Comensais da Morte os perguntou o porque de eles sempre parecerem tão decididos e destemidos, e eles responderam olhando para o Comensal com tanto desprezo e superioridade que ele chegou a se encolher e simplesmente disseram:

"Nós somos filhos do maior bruxo de todos os tempos, por que não seriamos assim?"

Mais tarde eles pediram aos pais que caso houvesse alguma coisa os dois ficariam juntos. E eles prometeram.

Mas a promessa não iria poder ser comprida, afinal a filha que estava a direita da veela, iria se disfarçar e ir para uma família trouxa, para depois servir de espiã em Hogwarts sendo amiga do Potter e trazendo informações preciosas. Mas para isso ela teria que mudar não por dentro afinal por dentro ela era a perfeita sonserina, e mesmo que parte do plano fosse botá-la em outra casa ela continuaria tendo o coração verde e prata.

Não, o que precisava mudar era o exterior, afinal ela era muito parecida com o pai e qualquer um que já o tenha visto faria a associação rápida, os mesmos cabelos negros que a mãe mas só, o resto era o pai, os olhos cor grafite, o porte que fazia a pessoa pensar que ela era da nobreza entre outros era o que mais destacava-se, além de ser a copia exata do gêmeo, com exceção dos olhos que eram azul esverdeado como a mãe.

O menino precisava ir para os padrinhos os únicos que sabiam a existência deles, lá ele seria treinado para ser o grande bruxo das trevas que o seu pai queria que ele fosse.

– Mãe, nós voltaremos a nos ver não é mesmo? - perguntou a garotinha - Eu não quero ficar com aqueles trouxas imundos para sempre, provavelmente vou me trancar na biblioteca de Hogwarts assim que chegar lá para evitar a convivência.

Os outros dois riram suavemente da reação da garota.

– Eu vou lutar até o fim das minhas forças minha cobrinha para nós nos reencontrarmos. - disse a veela.

– E não se esqueça de que nós temos os pingentes. - falou o garotinho apontando para colar da garota a onde pendia um pingente de cobra engolindo o próprio rabo. Eles serviam para comunicação.

– Tudo bem. - disse a garota com um suspiro - Mas quando chegar à hora por favor me reconheça... - nos olhos dela tinha uma coisa que raramente se via e quando se via era só perante o irmão o único que a conhecia verdadeiramente: medo, medo de perder quem ela mais amava.

O garotinho soltou a mão da mãe e deu um abraço na irmã.

– Não se esqueça de quem você é e nos voltaremos a você.

A ouvir essas palavras a garota se encheu de coragem e bebeu a poção que estava segurando, a mudança foi quase imediata, os cabelos levemente ondulados e negros ficaram castanhos e cheios, os olhos grafite mudaram para um marrom lamacento e os dentes da frente se tornaram um pouco maiores.

– Adeus Liam - ela sussurrou quando percebeu que a mãe tinha aparatado com eles numa rua trouxa.

– Adeus Hermione - disse vendo a irmã entrar na casa.