De volta ao Rio! Os meninos já estavam no hotel de copa nos esperando. Foi tão bom quando eu cheguei e encontrei todos eles, na escuridão da madrugada como sempre. Já eram 02:00 da manhã, a cara de cansaço deles dava pra ser notada claramente. Nossa, ontem foi um dia tão corrido pra eles... Eles tinham que descansar!

-Oi de novo. –Meu olho estava molhado de felicidade e meu sorriso era de orelha a orelha. Abracei um por um dos meninos. Eles subiram, a Ana colocou um filme que ela trouxe de casa, e todos se acomodaram rápido, era tão bom ter aqueles garotos como amigos.

O Liam só mexia no computador, ele falava com a Danielle pela WebCam, eu podia ver lágrimas de saudades. O Harry já tinha dormido na metade do filme. Louis estava com o iPad o tempo todo, acho que falava com a Eleanor também. Zayn já tinha ido pro quarto dormir. Eu, Niall e Ana estávamos bem concentrados no filme. Posso falar? Eles eram tão perfeitos juntos, todos eles, e quem diria, One Direction acolhidos no meu hotel? Vou agradeçer a Deus por isso. 

Foi tão divertida aquela noite, eram umas das ultimas noite que eu iria ter com a minha irmã, claro por que depois eu iria pra Londres, hospedar no hotel até as férias acabarem. Eu fui dar uma ultima olhada pra noite do Brasil na varanda.

-A vista é tão linda né? –Niall chegou do meu lado, encostou na grade e começou a observar a noite calada do rio, assim como eu.

-Sim, eu queria dar uma ultima olhada pra noite daqui antes de ir.

-Você vai gostar de Londres.

-Tomara... E estou com medo, sabe, e se eu não conseguir acompanhar o desempenho escolar de lá, tenho medo disso, mas vou fazer de tudo pra me esforçar.

-É, e Bru... Você...

-Niall, está começando a chover.

-Vamos subir pra laje do hotel?

-Tá louco? Não rola tá frio, a chuva vai ficar forte...

-Shhh, vem comigo. –Ele me puxou, abrimos a porta com cuidado, pra que ninguém acordasse, já deveriam ser umas quatro da manha, a ideia era louca, mas eu estava gostando daquilo.

Subimos vários lances de escadas e até que em fim chegamos. Estava frio demais, porém o suor das escadas tinha me esquentado durante um bom tempo.

-Bru, aquele dia foi um tormento, foi bom, mas não ficou nada confirmado e foi tudo muito rápido, então, esquece que eu te pedi em namoro.

-O que? –Eu estava bem confusa, será que... –Niall?

-E vamos começar de novo. –Ele olhou nos meus olhos, a garoa foi aumentando, e nós já estávamos bem molhados. –Quer ser minha Princesa? Pra sempre?

Eu olhei bem fundo nos olhos dele, as gotas do meu cabelo se igualavam com as lágrimas, eu não tinha ar, eu não sabia o que pensar ou o que dizer, eu já sabia a resposta mas fiquei filmando aquele momento com os meus olhos pra nunca esquecer, quem diria... -Niall, é claro que quero!

-Posso te chamar de minha... Minha batata?

-É CLARO QUE PODE NINI. –Eu passei os meus braços envolta do pescoço dele e o beijei sem duvidas. E pra minha surpresa ele me agarrou pela cintura e me levantou, deixando os meus pés desencostados do chão. Nós estávamos com as roupas encharcadas e as gotas de chuva escorriam em nós, mas eu não estava nem ai, eu estava com ele. O que mais importava?

 Era manhã do mesmo dia. E foi a melhor noite. Eu e o Nini dormimos juntinhos, como namorados dessa vez, não teve nada, ainda, claro o Niall não é disso. Mas foi muito bom, o voo deles ia ser de tarde então pedimos pizza e depois os meninos foram pro hotel deles arrumar tudo. Já o meu voo ia ser mais a noite. A gente combinou de quando chegar lá, ligar.

Despedir da Ana foi ruim demais, porque ela é uma amiga pra vida toda, minha irmã! Literalmente. Mas era por uma boa causa, e eu prometi voltar todos feriados e férias. Eu só cheguei em Londres na Sexta-Feira, fiquei indignada com tudo, tão perfeito. Como tantas pessoas podem gostar tanto do Brasil se os outros países são muito mais perfeitos? Entrei em um táxi e fui pro hotel, a melhor parte é que eu sou maior de idade. Então, Bruna, se prepara pra se virar. Eu peguei o telefone e liguei primeiro pra minha mãe, o taxista me olhava com cara de desentendido. Disse pra minha mãe que estava tudo bem e que eu já estava a caminho do hotel pra ela. Em seguida liguei pro Niall, e quem disse que ele me deixou ir para o hotel? Ele insistiu pra caramba pra seguir pra casa dele. Então eu fui, super cansada da viajem. Assim como ele. Já disse que amei estar de volta em London? Aliás, já disse que eu já conhecia London?

-Oi Nini. –Eu soltei as malas e corri pra porta da casa dele, estava louca pra abraça-lo e beija-lo de novo. 

-Você não vai para hotel de maneira alguma!

-Que isso? Vai me sequestrar agora? –Eu ri.

-Se for preciso, sim! Quem disse que você precisa de hotel? Olha aqui. –Ele apontou pra porta da casa dele. –Você pode ficar aqui, enquanto sua aula não começa.

-Niall tá louco?

-Vem logo!

-Niall me solta! –Eu não conseguia parar de rir. –Ele me colocou pendurada no seu ombro, daquele mesmo jeito que se pega saco de fazenda, mesmo com vários fotógrafos ali –Niall, estão tirando foto da minha bunda! -Ele foi até o táxi e pegou as minhas malas ignorando completamente os flashes, quando ele fechou a porta da casa, só fez o numero dois com os dedos e fez como “sim senhor” pra imprensa. Aposto que no fandom só vai ter isso daqui a pouco.

Eu fiquei observando a casa dele e fiquei impressionada com a organização. Era tudo tão limpinho. E assim como umas fotos que ele postou no twitter alguns (muitos) meses atrás, as paredes eram cheias de méritos da 1D, é, eu não sei exatamente como fala essas coisas, é como várias premiações da One Direction em quadrados e colados na parede. A casa dele era assim como eu imaginava. Perfeita. Eu acho que eu era a pessoa mais feliz naquele mundo.

-Niall, me belisca?

-OMG, porque?

-Porque, eu acho que eu estou sonhando, não é possível que eu estou na sua casa! Niall... –Uma lágrima caiu, de novo! Lágrimas era uma coisa que eu não conseguia controlar.

-Hey, você está aqui sim. E eu já disse pra não chorar se não eu não aguento e choro junto Bru... –Eu tive que rir. Ele era perfeito demais.

-Tá bom, olha. –Passei os dedos sobre meus olhos limpando as lagrimas. –Ninguém está chorando aqui, viu? –Eu sorri.

-Eu te amo.

-Eu também te amo.