One Direction - Dare To Dream escrita por Bruna Horstymos


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

~Boa Leitura~



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-EU TE DEIXO TRÊS DIAS LONGE E VOCÊ FAZ ISSO COMIGO?

Eu sabia! Tava bom e fácil demais pra ser verdade. -Mãe... 

-Isso não é pra você! Você tem só 16 anos e ele tem quantos? 20 ou 19?

-“Isso” tem nome mãe! E eu amo “isso” assim como você ama meu pai.

-NÃO FALA ISSO! VOCÊ NÃO SABE DO QUE ESTÁ FALANDO.

-Mãe, vem cá, olha aqui. –Eu soltei as malas, puxei as mãos dela e levei até o meu quarto. –Tá vendo essas fotos aqui na parede? É esse loirinho mesmo! É ele o das fotos se você não percebeu.

-TÁ VENDO VOCÊ ESTÁ ILUDIDA!

-Mãe, olha, daqui a pouco ele está voltando pra Londres e eu queria...

-O QUE? Ele ainda mora em Londres??? Você perdeu a noção de vida??? Você está proibida de sair desse quarto, você está proibida de trocar um caractérie com esse rapaz, muito menos ver ele..

-ISSO JÁ É IMPOSSIVEL, VOCÊ JÁ CONSEGUIU ACABAR COM TUDO ME PEDINDO PRA VOLTAR! VOCÊ NUNCA TEVE SONHO OU NUNCA FOI F...

-ÓTIMO. E você só sai quando eu mandar. Ah e me dá o computador, o celular e tira essas fotos da parede e me entrega tudo que eu vou queimar isso tudo, agora!

-O QUE? QUEIMAR? MÃE QUE EXAGEIRO, AI JÁ É MALUQUISSE NÃO ACHA? VÁI QUERER ARRANCAR A TV DAQUI TAMBÉM?

-Se eu pudesse!  

Ela falava segurando a porta, pronta pra fecha-la. Minha sorte era que a Ana ia avisar o Niall de tudo isso, porque meus contatos com ele, já era, até meus posters! A lágrima escorria no meu rosto enquanto eu puxava cada foto da minha parede, me partia o coração arrancar aquelas lembranças lindas do rosto dele, e pensar que ele nem sabia ainda que eu já estava em casa. E enquanto eu dava uma ultima olhada praqueles sorrisos, as minhas lágrimas não paravam de escorrer sobre o meu rosto. Peguei o MEU iPhone e o MEU notebook e entreguei junto com os posters. Ela fechou a porta com toda a força.

No quarto o meu único amigo no qual eu apoiaria a cabeça naquele momento, era o travesseiro, o rolo de papel também me ajudou pra caramba. Eu queria a Ana, a Ana e o Niall. A janela do meu quarto era bem de frente com a janela de um moço que tocava violão. De vez em quando, eu adorava ouvir as músicas dele, mas mais uma vez por acaso do destino, ele tocava uma musica brasileira, “Dias De Luta, Dias De Gloria” do Charlie Brown. As drogas das músicas calmas sempre danavam a tocar nos momentos tristes. Era uma versão calma, que me fazia lembrar o Niall e todos os curtos momentos que passei com ele no Rio. Eu só respirei fundo e parei pra ouvir.

“Hoje estou feliz porque sonhei com você

e amanhã posso chorar por não poder te ver mais

o teu sorriso vale mais que um diamante se você vier comigo ai nós vamos adiante.

Com a cabeça erguida e mantendo a fé em Deus.

Seu dia mais feliz vai ser o mesmo que o meu.

A vida me ensinou a nunca desistir, nem ganhar nem perder, mas procurar evoluir.

Podem me tirar tudo o que tenho

Só não podem me tirar as coisas boas que eu já fiz pra quem eu amo”

As palavras encaram perfeitamente no que eu sentia. Eu apertei os olhos, mas mesmo assim as lagrimas caíram dos meus olhos.

“Histórias, nossas histórias

Dias de luta, dias de glória.

Histórias, nossas histórias,

dias de luta dias glória”

A música foi passando e o sono foi me dominando cada vez mais. Quando eu acordei o céu já estava escuro, eu não tinha noção de horas. Só se eu ligasse a TV, eu tinha esperanças de que a One Direction podia aparecer ali, dando uma entrevista ou só exibindo um show mesmo. Mas nada. Eu não tinha nada de sono, aquela porta fechada estava me sufocando, então eu pensei em pegar um livro pra ler, mas quando eu abri o guarda-roupas, me deparei com a última revista que os meninos apareceram na capa. Eu peguei a revista, e claro, a única coisa que eu sabia fazer era chorar. Eu ficava olhando aquele sorriso e aqueles olhos mais lindos. Era muito pra mim. Eu guardei a revista rápido, eu queria evitar ter saudades dele. O que estava parecendo impossível, olhei pra cama e o adredom me chamava mais uma vez.

Acordei com café e bolachas do meu lado e com a TV desligada. Eu não tive fome, nem encostei naquilo. Eu abri a porta do meu quarto e deixei bem claro pra minha mãe que eu iria ao banheiro. Escovei os dentes, e tomei um banho que me relaxou mais do que dormir. Tentei ficar o máximo de tempo no banheiro, que era o único lugar diferente que eu podia ir. Quando eu resolvi sair, ouvi a música dos meninos da televisão da sala, mas minha mãe desligou assim que percebeu que eu abri a porta. Eu corri pro meu quarto ainda de toalha e tranquei a porta antes que minha mãe impedisse de alguma coisa, sentei na cama e do controle eu passava todos os canais com muita rapidez.

-Achei!

-Bruna, abre essa porta!

Ignorei completamente, ela não podia fazer nada mesmo. Ele estava lindo, aqueles olhos azuis olhavam pra câmera, e a impressão era que ele olhava pra mim. Impressionante como eu fiquei egoísta depois de conhecer o Niall, se isso não estivesse acontecido, eu ia reparar um por um, mas só ele me concentrava a atenção agora. Era um programa brasileiro. Com certeza do Rio. Passava todas as quartas de manhã. A música tinha parado, e todos eles se sentaram pra dar uma entrevista, a voz deles eram “cobertas” por uma voz brasileira de um homem que traduzia tudo o que eles falavam. Depois de muito tempo falando, algumas palavras me chamaram a atenção.

-Niall, o que você tem a dizer sobre a garota da praia?

-Eu faria tudo pra ter ela de volta. Mesmo com ninguém nos aceitando.

-O que aconteceu que nunca mais tivemos noticias de vocês juntos? Falta de tempo?

-Quem me dera se fosse só falta de tempo.”

-Niall, não chora, por favor, não em frente a câmera! –Eu disse em frente a tv. Eu pude ver que ele abaixou a cabeça, apertou os olhos. Como eu queria abraçar ele nesse momento.

-É que é tudo muito difícil para todos aceitarem, não digo das fãs, até porque ela é uma. Eu falo porque ela é uma brasileira... É tudo muito complicado, ela é menor de idade aqui, ela tem escola e uma vida aqui no Brasil, são muitas coisas impedindo, seria muito legal se ela aceitasse namorar nosso amigo, mas estamos tentando ajudar Niall da maneira que podemos.”

O Liam tinha passado o braço por trás do Nini e tinha falado isso. E meu nariz já estava vermelho, e os meus olhos, cheios de lágrimas. Da garagem da minha casa eu ouvi o carro da minha mãe sair, assim que todos concordaram com a opinião do Liam. Eu sabia que essas palavras iam passar por um ouvido da minha mãe e sair pelo outro, como um vento. Eu só desliguei a TV e fiz o que eu sabia fazer de melhor. Juntei minhas duas mãos, fechei os olhos e comecei a rezar em voz alta. Pedi a Deus pra que acalmasse o Niall, e o protegesse do jeito que eu queria proteger, mas não podia, pedi a Deus pra que ele encontrasse alguém que o faria feliz do jeito que eu queria faze-lo. Pedi pra que ele evitasse chorar por mim. Sem querer eu abri os olhos no meio da oração e minha mãe estava encostada na parede me olhando rezar.

-Como você chegou? Em nem ouvi o barulho do carro.

-É porque ele tá de fora, junto com a Ana, -Ela mostrou uma passagem pra Londres na sua mão -Só esperando pra você voltar pro Rio, e de lá seguir com “Os Meninos” só que o avião deles não é o mesmo, você vai num voo normal, mas vai ser na mesma hora, bom eu tentei, ah essas coisas você vê na hora!–Ela disse fazendo aspas com os dedos no ar em “os meninos”. -E é bom pra você também fechar o último ano escolar em Londres, por isso te coloquei em um colégio interno. E de lá você já presta vestibular o que é muito importante para o currículo.

-Mãe? Jura? –Às drogas das lágrimas não se conteram mais uma vez. –Poxa, obrigada mãe, muito muito obrigada  –Eu dei um abraço forte e comecei a chorar mais ainda, só que dessa vez era de felicidade. 

-E eu não posso ir com você, eu tenho muitas coisas aqui, não tem como deixar tudo, mas isso não é tão difícil pra você, você sempre quis isso. Agora arruma as coisas se não você vai se atrasar pro voo.

-Mas como assim, porque você resolveu do nada? 

-Depois dessa entrevista, eu vi que você era importante pra ele e ele pra você e a Ana me convenceu de que era bom pra você... E você sempre disse que a 1D era sua vida, eu sempre te levei pra esses "Encontro de Directioner"... Ah filha, foi impulso que fiquei daquele jeito. Impulso de mãe. Agora me dá um abraço que minha filhinha vai se mudar pra bem longe de mim e eu vou sentir muito sua falta... É minha filhinha está crescendo...  –Minha mãe meio que se tocou, mas mesmo assim me ajudou a arrumar as malas. Eu ia sair com meus parentes pra deixar a saudade ocupada durante um bom tempo, que pra eles eu ia só pra estudar fora, e ía esperar até pegar a estrada com a Ana novamente. Aquele sim, era o dia mais feliz da minha vida. 


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Notas finais do capítulo

~Espero que gostem, comentem falando o que estão achando~



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