–Em que droga eu fui me meter - pensei comigo mesma. 

Estava ficando quente na estrada, e eu estava caminhando há muitas horas, e para me ajudar a seguir em frente, uma garrafa de água pela metade. Deviam ser onze da manhã e eu estava concentrada na estrada.

Quando por um milagre divino ou acaso, encontrei um carro parado á uns 20 metros de onde eu estava, mais detalhadamente, era um Chevette 1975 vermelho-sangue.

O carro estava lá parado, de portas abertas e aparentemente "abandonado" ali no meio do nada. Cheguei perto para investigar, chave na ignição e tanque cheio. Não havia movimento na estrada fazia um tempo, e nem o dono do carro estava a vista, eu era a unica pessoa viva naquela estrada.

Já estava com problemas, então não tinha problema de eu me enrascar em mais uma coisa. Entrei no carro, já tinha tido alguma experiência atrás do volante do carro do Cody e uma vez na Picape de Carrie (que era mais "pesada" do que o Chevy e o Chevette).

Liguei o carro e em instantes já estava há alguns quilômetros de onde o carro se encontrava sozinho, não tinha rádio e então fui até Missouri seguindo todas as placas atenciosamente, consegui abastecer de graça no Posto Mc'Allister entre Missouri e LA. Tudo estava correndo bem e eu estava bolando um plano de como eu iria sobreviver na cidade quando lá chegasse.

Ouvi dizer que algumas meninas que iam até lá, começavam a trabalhar como garçonetes, ou até dançarinas de Night-Clubs. Como eu não queria ser uma vagabunda que fazia strip-tease para caminhoneiros e idiotas tarados, decidi que quando chegasse, ia procurar emprego em alguma lanchonete ou restaurante. Poderia me encaixar na sociedade sem problemas, e Louisiana já estava fora de meus conceitos.

Enfim, com muito esforço e exaustão cheguei á Los Angeles viva e inteira.

A cidade era linda e parecia que lá eu daria certo, era tudo tão grande e todos viviam a sua própria vida. 
Provavelmente passaria despercebida aos olhos das outras pessoas.

Mas como eu disse... PROVAVELMENTE...