Ink - Nerds, Quandrinhos E Explosões... escrita por Bentancourt Valdez


Capítulo 2
Looner, editora famosa e o começo da história... 2


Notas iniciais do capítulo

Hum... Eu acho que tinha esquecido de comentar no capítulo passado, mas esta temporada ainda não tem um número determinado de episódios ainda.
No meu perfil tem o endereço do meu blog, e caso alguém tenha lido alguma coisa da Ink por lá, deve ter notado que os dois primeiros episódios estão com o nome um tanto quanto diferente, isso é devido ao Nyah não deixar colocar um título tão longo, o que vai me fazer reescrever a maior parte dos títulos.
E por falta de atenção, ontem esqueci de dar as boas vindas...
Logo...
Bem vindos á primeira tempora da de Ink- NERDS, quandrinhos e explosões.



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(Atravessando a rua...)


"Cara, nunca pensei que um dia assim pudesse acontecer, nem mesmo comigo, mas enfim, desci aquele monte de degraus de volta, e começei a travessia daquela movimentada rua do centro. Era um caos em plena hora do rush – Ironia mode on… -, e eu estava começando a ficar zangado. Enfim, alguns carros iam e vinham, naquela rotina infinita das pessoas que tem emprego e uma vida para cuidar, diferente de mim…
Mas quando eu estava quase entrando na editora (se é que aquio podia ser chamado assim.), veio a sensação mais estranha e desagradável de toda a minha vida. Sabe quando você sente aquele arrepio na espinha? Mas aquele arrepio que faz você se congelar inteiro, tipo, de ficar paralisado e tudo! Foi um desse mesmo. Eu quase rolei no asfalto, bem embaixo das rodas de um carro que por sorte tinha acabado de parar, e foi aí que eu me dei conta, que não era só o carro que tinha parado, todo mundo na rua estava como que brincando de estátua."

– Hum... Bizarrices...

Cheguei na frente de uma mulher que estava passando, e bem na cara de pau mesmo, eu perguntei:
– Oi?
E na frente de mais um:
– Alô?
Mas ninguém se mexia.
– É alguma brincadeira nova? Tipo “Dia do Estátua Coletivo”?

Mas novamente ninguém respondia, então minha cabeça começou a funcionar tão alto que a lembrança veio como som de engrenagens sem graxa: “Espera! A última vez que vi algo assim foi num jogo de video game… E não significava coisas muito boas. Das duas uma, ou eu devo estar ficando louco, ou algo deve estar acontecendo, e com certeza se eu contar para alguém, vou parar num manicômio…”, então, como num passe de mágica, ouvi aquela voz, arrastada, soturna e sombria que depois de um tempo aprendi a reconhecer e a nunca mais esquecer.

– Não. Está tudo bem caro amigo, você não precisa se preocupar, está apenas tendo um sonho acordado.
E da mesma maneira que apareceu, do nada desapareceu, como num sopro de vento. E tudo voltou a se mexer normalmente, se é que dava para chamar aquilo de normal… Atravessei a rua e fui parar na frente daquele prédio da editora de quadrinhos, Ink. Cheguei ao balcão da recepção e perguntei para a secretária, uma senhora de aparência inocente e amável, sobre a vaga de office boy. No que ela me respondeu:
– Olhe querido, você vai ter de seguir até o fim do corredor e entrar pela porta, aí falar com a secretária de recursos humanos okay?
– Hum… Okay, e obrigado senhora. – Eu disse, no que ela respondeu com um amável sorriso.
E do nada caiu uma chuva de confete, música boa começou a tocar, as pessoas começaram a dançar ao meu redor e dançarinas de cancan apareceram do nada, me agarraram pelos ombros e me levaram dançando até o fim do corredor. Minha opinião sobre duas coisas estava mudando; Ou minha cabeça estava completamente despregada do corpo e eu estava realmente ficando meio piradão, ou aquela editora não era um lugar assim tão ruim para se trabalhar… Até que aquela porta foi aberta, a música parou de tocar, as dançarinas sumiram como num passe de mágica, e eu só vi aquela secretária gorda me olhando com cara de quem se perguntava o que eu estava fazendo ali…
– O que você quer?
Eu realmente tinha de estar ficando louco, até por que, a afirmação que eu tinha feito no episódio anterior não tinha como ser tão literal… Tinha?
– Eh… Como você veio para cá tão rápido?
– Do quê você está falando? – Ela perguntou com aquele tom de voz indiscutível de alguém que ia te dar um soco a qualquer momento.
– Não… É que… Você… Ah, quer saber… Esqueçe! Vim aqui para saber como faço para pegar a vaga de office boy.
– Hum… Suba pelo elevador até o 3° andar e vá até a sala no fim do corredor, bata na porta e peça para falar com o senhor Torrez. Ele vai te dar a papelada para você assinar e começar a trabalhar. Agora suma da minha frente que eu ainda tenho de pintar minhas unhas…
– Ah… okay então. Eh… Obrigado, eu acho… Quase não estava conseguindo acreditar… Depois de algumas boas horas só me ferrando, subindo escadas feito um condenado, encarando a secretária gorda (DUAS VEZES) e ainda por cima entrando num prédio que mais parece um ninho de ratos (MAS QUE PELO MENOS TINHA UM ELEVADOR!!!), começo a me dar bem do nada? Dançarinas de cancan? Música e dança? Um emprego? Eu morri e estou no paraíso não?
Mas enfim, era quase como um sonho. Cheguei até o terceiro andar, bati na porta, abri-a e fui logo recebido pelo homem que só poderia ser o senhor Torrez.
– Você deve ser o senhor…?
– Ah sim… Onde estão as minhas maneiras? Meu nome é Adrian Turner, eu vim aqui para…
– Ocupar a vaga de office boy. Eu já sabia disso. E você está aqui bem na hora. – Ele completou a minha frase por mim.
– Mas… Como assim bem na hora? Eu acho que estou umas quatro horas atrasado…
– Não importa, o que importa é que você chegou, nós estavamos te esperando, e você chegou no tempo previsto. mas há um pequeno detalhe, este não é necessariamente um emprego de office boy, mas sim um emprego de “secretário”. Mais esdrúxulamente falando, você será um faz-tudo. Desde café até desenhar quadrinhos. Você desenha bem?
– Opa! Espera um pouco. É um pouco de informação demais para um cérebro só. Como assim um emprego de faz-tudo? Desenhar também? Mas… E quanto ao pagamento?
– (risos) Fique tranquilo, é um emprego de dois turnos, então você vai ganhar um salário bem razoável. mas se você quiser, e souber desenhar bem, quem sabe você não pode até publicar alguma história? Enfim, depois de muita burocracia, detalhes que ficaram zumbindo em sua cabeça durante horas e horas depois, Adrian conseguiu terminar seu primeiro dia de trabalho sem nenhum contratempo. Mas quando saiu da editora e tomou o rumo de casa, ainda sentiu por um breve momento aquele mesmo calafrio de horas antes, sem nem imaginar o que o observava de longe…


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Notas finais do capítulo

Double session!!!
Quem gosta da Ink fica feliz...
DOIS CAPÍTULOS NO MESMO DIA!
Terceiro capítulo logo em seguida!



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