Our Dark Paradise escrita por tory m


Capítulo 1
Prólogo - Our Dark Paradise


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! (:
Ok, não é bem um cap, apenas um prólogo.
Um trailer, tipo no cinema, sabe? *não boba, ninguém conhece cinema aqui...* ~anyway
É minha primeira fic de MCR.
Eu já escrevo a um tempo, mas era só coautoria, então, essa é a minha primeira mesmo. Obrigada a @izabella_mcr que me incentivou a postar! ~thanks o/
Bem, espero que gostem!
Posso esperar reviews lindos de vocês? *~*
ENJOY KILLJOYS!



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OUR DARK PARADISE


Por todos aqueles anos, desde aquele verão em que os conheci, até frio inverno que nos separou, durante as primaveras em que ficamos juntos e os outonos bêbados e tristes que enfrentamos. Por todas as brigas, encontros e reconciliações; indo do céu ao inferno, em meio a uma temporada na terra. Nós todos sabiam que o que construímos era o paraíso que merecíamos, o nosso paraíso.



“When the lights go out

Will you take me with you?”


(.....)




Sentei-me, e sendo levada pelas pequenas ondas que repentinamente passaram a me embalar naquele arquipélago de olhares metediços, eu vi sutis e aveludados orbes caírem sobre os meus. Com as pálpebras bem abertas, curiosas e instigantes, parecendo querer me dizer ‘Oi’.





Por três segundos tentei encontrar uma cor para eles, mas feito um gato de rua, eles correram, fugindo do alcance do meu lento reflexo, escondendo-se por debaixo dos fios negros e ligeiramente compridos dos cabelos de seu dono, encolhido sobre os papéis coloridos espalhados em sua mesa.




(....)




Não olhei, nem mesmo fiz questão de prestar atenção na figura do professor ao meu lado, resmungando irritado algo para o tal Way de olhos felinos.



(….)



“Through six years down in crowded rooms

And highways I call home”





(....)





– ‘Cause the hardest part of this, is leaving you…



– Já acabou? – meu coração galopou em meu peito. Tão dispersa e envolvida no que estava escrevendo que mal percebi que cantarolava em sussurros baixinhos os versos daquela música. Girei o corpo, me deparando com uma cabeleira aloirada – delicadamente selvagem, eu diria – adornando o rosto de um garoto alto que me oferecia um sorriso, como a muito não faziam. Vendo toda a minha ‘não-ação’ ele tropeçou uma palavra ou outra, abobado. – Er, bem, eu tava aqui atrás e... ouvi você cantar. Bela letra.



– O-Obrigada. – Não queria prosseguir com mais inteiração, não gostava de longas conversas. Ele insistiu.



– Sabe, eu tenho um amigo que também escreve. – Eu apenas sorri, desconfortável. – Oh, desculpe. Prazer, sou Ray. – Continuei o encarando, ainda procurando algo o que dizer. – Ray Toro... E você é... ?



– Prazer… ãh… Helena, Helena Luver. – Devíamos estender as mãos para o outro, mas aquela minha barreira gelada impedia quaisquer contato que fosse.



– Ray, que diabos aconteceu para você dem- – Ele parou, eu parei. Aquele mesmo brilho de novo, pronto para afrontar minha proteção e me fazer ir e voltar ao nada e do nada. Mais uma vez, o Way de olhos felinos.





(.....)




“Is something I can't know till now

Till you picked me off the ground

With brick in hand, your lip gloss smile

Your scraped up knees”



(....)





– Eu... eu sei como é se sentir fora do próprio eixo. – Sem cerimonias sentei-me ao lado dele. Gerard suspirou, passando as mãos nos cabelos compridos e suados, grudados em seu rosto. O vento quente de Setembro balançou nossas roupas e também as folhas do grande jardim da casa dos Iero. – Sei como você se sente... – O olhei, e o vi encarar o nada.



– Não, você não sabe. Ninguém sabe. – Podia sentir estacas pontiagudas e afiadas naquelas palavras. Meu corpo gelou, sentido toda a distancia que ele fazia questão de ter dos outros, a mesma distancia que eu criara.




Esquentadinho...” – Penei, revirando os olhos, impaciente com a brincadeira de ‘Serei o menininho revoltado enquanto não me trazerem para o chão.’. Contei até quatro e agarrei seu pulso suspendendo a manga da blusa de Frank que ele vestia. Levei bruscamente o tecido até seu cotovelo, segurando firme o braço de Gerard que tentou se afastar.



– Você ‘tá vendo isso aqui? Acha que é o único no mundo que fez isso? – Seus olhos estavam sobre os meus, extasiados e arregalados. Fixos. Em seu braço, cicatrizes rosadas de alguns cortes, não muito recentes ou altas, mas estavam ali. – Pensa que só você tem problemas? HEIN? – Elevei a voz, soltando seu braço. Ergui minha própria blusa e mostrei minha pele. Haviam alguma cicatrizes a mais que em seu braço avermelhado, a maioria altas e avermelhadas. “Semana passada... lembrarei dela por um bom tempo...”



– He-Helena... – Ele me olhou nos olhos. “Ah, não, obrigada. Não quero sua pena.”



– Saiu do seu mundinho Gerard? – O soltei bruscamente, me levantando de seu lado empurrando os braços quentes dele para longe de mim. Caminhei a passos pesados até a porta dos fundos da casa dos Iero e me choquei com Frank, que saia para a varanda – provavelmente por ter escutado os gritos.




– Hell, o que foi? O que hou- – O interrompi. As mãos pequenas dele tentaram alcaçar as minhas, mas eu me remexi frente a seu corpo e sai de perto. Não despejaria a raiva nele.



– VÁ LÁ E PERGUNTE PARA A LADY “SOU-A-ÚNICA-SOFREDORA"! DÊ UMA BOA NOITE A ELA POR MIM! QUEM SABE ELA PERCEBA QUE NÃO É SÓ ELA QUE CHORA NESSA VIDA!! – Como eu queria parti em treze pedacinhos aquele nariz arrebitado dele.”







(.....)



“And if you stay I would even wait all night

Or until my heart explodes

How long?

Until we find our way in the dark and out of harm

You can run away with me

Anytime you want”

Era só aqui que nós queríamos... Fugir, ou ao menos tentar nos esconder daquele monstro, daquela fera... Nos esconder dos medos e das inseguranças. Fugir, e fingir que éramos fortes. Fortes o bastante para estarmos no paraíso...




(....)





“– Eu figiria para qualquer lugar com você...”




CONTINUA



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