Blood Promise Por Dimitri Belikov escrita por Jullys13


Capítulo 2
Capítulo 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/258363/chapter/2

Chegar na Sibéria me trouxe a mente várias lembranças, sabores e cheiros, mas não com o saudosismo de antes. Agora eu sentia algo diferente, não havia amor, saudades e nem mesmo beleza em mim.
Fomos direto para Novosibirsk, que não era tão grande quando São Petersburgo ou Moscou, mas era tão bonita quanto, com sua infra-estrutura moderna, arranha-céus e teatros. Ficava as margens do Rio Ob, um dos principais rios da Sibéria ocidental, na Russia, e o quarto mais longo do país.
Era a terceira maior cidade da Russia, trazendo muitos viajantes e forte concentração comercial, o que a tornava um bom lugar para caça.
O clima da região é subpolar, com temperaturas muito baixas no inverno e não muito elevadas no verão, não ultrapassando os 15 ºC.
Paramos em frente a um dos munumentos da cidade, o Memorial, com placas de granito, onde estão inscritos os nomes das cerca de 30 000 pessoas que morreram na Guerra Patriótica, em 1965.
A noite era dia pra mim, alias sempre foi, já que guardões trocavam o dia pela noite para defender seus protegidos, mas agora eu ouvia com clareza o silencio da noite.
Eu ovia as risadas dos desavisados que insistiam em andar pelas ruas sem perceber o perigo. Eu sentia o cheiro de seus corpos, transpirando excitados, distraidos por coisas banais.
Eu queria caçar, mas fui orientado a seguir para longe da cidade, nas redondezas, para ver Galina, que me aguaradava ansiosa e também porque diziam ter caçadores de Strigois na cidade.
Eu duvidava que eles seriam pario para mim, nunca foram enquanto eu ainda era um guardão, agora então eram inuteis, mas resolvi não contrariar, ainda.

Quando chegamos avistei um enorme labirinto de arbustos com belos detalhes, uma imagem curiosa e engraçada ao mesmo tempo. Me sentia uma criança diante de um desafio. Não pude deixar de rir brevemente com aquilo.
Enquanto entravamos pelos corredores de folhagens, haviam pequenos pátios, decorados com fontes ou estátuas e em toda parte havia flores e  mais flores. O ar estava pesado com o seu cheiro, e eu percebi que alguém teria passado por muitos problemas para encontrar flores que se abrissem a noite.
Reconheci entre os adores, que se tornavam insuportaveis pra mim agora com meus seintidos aumentados, um aroma adocicado, certamente o jasmim, com suas flores brancas subindo pelas estátuas do labirinto.
Andamos pela grama seca e grossa do grande jardim que cercava casa que era enorme vista do lado de fora.
Entramos por uma sala grande, que parecia ser o salão principal da propriedade, a entrada tinha um enorme teto arqueado com um elaborado lustre. Portas duplas ornamentadas estavam a nossa frente, junto com vitrais.
Mais a frente estava um Strigoi e perto dele havia um painel fixado na parede com botões e luzes piscando. Um moderno sistema de segurança entre todo o encanto deste mundo antigo.
Subimos um lance de escadas e avistei elaboradas portas francesas. Através do
vidro, haviam prateleiras que iam até o topo das paredes. Uma enorme biblioteca se estendia sem fim, para longe de vista, com uma grande janela, emoldurada com pesadas cortinas de cetim da cor de sangue.
Lá estava Galina, numa cadeira perto da lareira do lado mais distante do aposento, com um livro no colo. Ela ainda era incrivelmente bonita, de um jeito duro e terrível. O corpo dela era similar ao de Rose, mas não tão bela.
Abri um grande sorriso quando ela se virou para mim.
“Dimitri Belikov, não acredito que você está realmente aqui. Pensei que Nathan estivesse enganado quando disse que tinha uma boa suspresa para mim. Me admiro que ele tenha conseguido capturar você, sei exatamente o quão bom você é, fui eu que o ensinei”, ela disse, pedindo para que os outros nos deixassem a sós.
Nathan, meu “criador”, olhou desconfiado, não gostando nada de ser dispensado, quando achava que merecia a maior das recompensas por me trazer até aqui, mas mesmo assim, ele não contrariou a ordem de Galina.
Ela era realmente a lider, embora não parecesse estar entre os Strigois a muito tempo, mas certamente era muito poderosa entre eles.
Conversamos por algum tempo, sobre nosso nada esperado encontro e os ataques às famílias reais, que estavam sendo organizados por ela, o que me deixou surpreso e dispertou uma breve cobiça em mim.
Eu deveria estar ao lado dela, e não Nathan, e ela sabia disso.
Ele era despreparado e descontrolado, muito diferente de mim, mas isso não seria um problema, não por muito tempo e Galinda sabia disso, ela me queria a seu lado. Comigo, seus planos seriam realizados, e ela teria ainda mais poder.
Ela me deu alguma orientação, quanto ao lugar e como as coisas funcionavam. Tinhamos empregados humanos que estavam ali por vontade própria, por ansiar a imortalidade, o poder, a força. Eles não eram comida, eles nos ajudavam durante o dia, na guarda, na quebra da proteção magica em volta dos Morois, as awards.
Tinhamos alguns prisioneiros também, Morois importantes, com influencia e dinheiro, o que permitia todo aquele luxo e conforto ao meu redor. Trocamos mais algumas palavras e então ela me liberou, para que eu pudesse conhecer os arredores e caçar.
A casa era uma fortaleza, mas sem lembrar em nada uma prisão. Os corredores tinham aparencia industrial e eram decorados com um tapete de pelúcia era coberto por um padrão dourado corrido que se estendia de ambos os lados. Pinturas que pareciam antigas pontilhavam as paredes, mostrando pessoas de eras atrás em roupas elaboradas. O lugar todo era iluminado por candelabros que estavam espaçados ao longo do teto a cada 2 metros ou algo assim. Os cristais em forma de lágrima pegavam a luz com suas facetas, espalhando pequenos borrões de arco-íris nas paredes.
Tudo era muito elegante, a casa parecia ter quatro andares, com muitos quartos, com portas duplas com trancas com teclados numéricos e elas pesada e pareciam ser feitas de aço. Tudo isso para evitar a fuga dos prisioneiros.
As suítes tinham camas enormes e estavam cobertas edredons de cetim marfim muito macios, uma antessala com TV grande de plasma, sofás de couro com móveis de madeira preta. Havia mesas, escrivaninhas, cômoda, refrigeradores abastecidos com água, suco, frutas e algumas guloseimas. Não deixava nada a desejar, com salgadinhos, nozes e bolachas. Tudo lembrava um hotel de luxo, pronto para servir seus hospedes.
Os banheiros eram do mesmo estilo que o resto do quarto, com chuveiros e jacuzzis feitas de mármore preto. Pequenos sabonetes e xampus se alinhavam no balcão. Um enorme espelho acima da pia, com material diferente, uma espécie de metal refletor do que vidro.
Os quartos eram aconchegantes, porém não havia nada neles que pudesse virar uma arma ou permitir uma fuga.
Não havia vidro nas mesas. As prateleiras estavam presas cheias de livros. As garrafas no refrigerador eram de plástico. As janelas eram escuras, de um preto quase sólido, tornando quase impossível de se ver através delas e estavam perfeitamente colocadas na parede. Não havia painéis.
Após observar tudo com olhos atentos, fui para a cidade a procura de presas. Era assim que eu me sentia, presa e predador e eu era o predador é claro.
Passamos longos dias nessa rotina, andando pela noite e bebendo o sangue de garotas tolas. Algumas vezes elas me lembravam de Rose, mas logo eu afastava aqueles pensamentos, mas sabia que uma hora ou outra eu teria de lidar com eles.
Os Morois da realeza faziam parte dos planos de Galinda, e com eles, a princesa Dragomir.  Rose certamente estaria com ela, por causa de sua ligação. Ela era uma shadow-kissed. Lissa fez isso acontecer, quando trouxe Rose de volta a vida com sua magia, após um grave acidente de carro e sendo assim, eu teria que encontrá-la mais cedo ou mais tarde. O que eu não imaginava é que ela viria até mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!