A Story Of Youth - Young. escrita por Wicked


Capítulo 3
Audrey.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora.
Agora vamos para o capitulo da lovely Audrey:
http://a-story-of-youth.tumblr.com/post/29373872850/audrey-duval



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Little thing must go according to plan.



Audrey estava parada em cima de um banquinho tendo as mudanças finais de seu longo vestido feitas enquanto era observada por sua mãe do outro lado da sala. Como odiava aquilo, não se importava com evento beneficiente de sua mãe ou o fato de que seria apresentada para a elite parisiense naquela noite.

“Seria pedir de mais uma viagem pra Disneyland em vez disso”, pensou com desprezo enquanto olhava seu reflexo em um Marchesa rosa, no qual o tom, segundo a sua mãe, combinava perfeitamente com o sua pele e realçava o loiro de seus cabelos.


– Olha como você está maravilhosa filha – sua mãe colocou-se ao seu lado e observava ambas pelo reflexo – só terão olhos para você!

– Ótimo mãe – Audrey forçou um sorriso – agora, posso tirar isso e ir embora daqui? – cruzou os braços bufando, sabendo que aquilo tiraria a paciência de sua mãe rapidamente.

– O que falamos sobre esse tipo de comportamento, Audrey? – sua mãe massageou as têmporas.

– Posso me retirar por obséquio? – Audrey deu um doce falso sorriso enquanto dirigia-se para trás do biombo.


Audrey pode sentir-se livre ao retirar o vestido, toda aquela renda, babados e tecidos nobres rosas a sufocava, foi um alívio poder vestir sua calça jeans e a blusa dos Beatles junto com suas sapatilhas. Sim, apesar de tudo, gostava tanto de sapatilhas quanto de seus Converses.

Falou para sua mãe que esperaria no carro enquanto ela resolvia algo com a costureira. Abriu a porta da limousine e ficou lá pensando em quanto era injusto aquela festa, nenhum de seus amigos ia... NENHUM! Eles nem se quer foram convidados, nem mesmo Lola, Violet ou Patrick que moravam por lá e faziam de uma parte muito bem elitizada, mas segundo sua mãe ia ser um evento bem reservado.

“Com ninguém que eu conheça” pensou mal humorada, olhando para as pessoas, que andavam pela rua, felizes com suas vidinhas alheia ao drama de sua vida. Sua mãe entrou no carro e falou para seguir até o prédio.


(...)


Audrey trancou-se em seu quarto, sem menos sem importa com as reclamações seguintes de sua mãe, ligou a música bem alto antes de jogar-se em sua cama. Audrey gostava muito de seu quarto, a varanda dela dava para uma bela vista da Torre Eiffel, de algum jeito isso fez lembrar que ela estava com fome.

Saiu do quarto tentando fazer o mínimo de barulho, não queria chamar atenção de sua mãe e foi em direção a cozinha, pediu para a sua governanta que lhe prepara-se algo para comer, alguns biscoitos e milkshake e voltou ao seu quarto.


– Filha – sua mãe apareceu e parecia estar apressada para ir a algum lugar – seu pai precisa de mim na reunião que ele terá essa tarde, você poderia passar na loja para pegar seu vestido, querida?

– Sem problemas mãe – respondeu sem algum sinal de ânimo em sua voz.

– Obrigada querida – a mulher depositou um beijo em sua testa e saiu.


Audrey deu de ombros e seguiu para o seu quarto fechando a porta atrás de si, pegou seu notebook e começou a fuçar suas redes sociais e ver seus emails, recebeu um email de sua amiga, Aly, que parecia estar divertindo-se bastante com os primos na Califórnia e que apesar de tudo gostaria de ir para a festa dela.

Sua governanta apareceu com uma bandeja de biscoitos recém saídos do forno e um copo de milkshake de baunilha, Audrey achou uma boa oportunidade responder o email em sua varanda enquanto deliciava-se com biscoitos e uma bela vista parisiense.


“Aly sua vaca,

Desde quando você virou uma rebelde a ponto de fugir do país? Aliás, da próxima vez que fizer isso me avise com ANTECEDENCIA, assim eu posso ir com você... Mesmo que eu tenha que aguentar o traste de seu primo para isso... E SÓ DEUS SABE O QUANTO ELE É CHATO!

Sim, nem me fale desta festa que minha mãe me arranjou, gostaria de ter você aqui, mas acho que minha mãe não lhe convidaria... Ainda mais agora que você é uma Talleyrand fugitiva, rsrs. Acredita que nem o Pat foi convidado? Ele seria o meu par, então não seria estranho e não precisaria fingir para um mauricinho qualquer que minha mãe tenha arranjado.

Acho que isso, te conto como foi a festa. Tente arranjar algum bronzeado quando voltar daí, ok?

Beijos da mina mais linda que você conhece,

Audrey Pikachu”


Apertou o “send” e desta vez deixou-se levar por pensamentos enquanto tomava um gole do milkshake preparado para ela. Foi tirada de seus devaneios quando o seu celular tocou, viu o visor o nome: Alex.


– Fala coisa que me ama – disse ao atender.

– Vai fazer o que hoje de noite coisuda? – ela pode escutar a voz grossa do amigo.

– Tenho um evento para ir - ela respondeu desanimada – se bem que – ela sorriu maliciosa – você tem um terno certo? Lembro que você já trabalhou de garçom de gente rica uma vez – ela riu.

– Gente rica como você, né? – ela podia ver o sorriso irônico no rosto dele – mas sim, tenho, por que?

– Encontre-me em frente ao meu prédio às nove – ela disse – não se atrase e vista o terno.


Desligou sem se quer esperar uma resposta de seu amigo, estava feliz de ter achado uma maneira de irritar a sua mãe, seria uma pequena vingança por não ter chamado um de seus amigos e Alex seria perfeito.

Audrey havia acontecido Alex a um ano atrás em um desses eventos, só que naquele dia, ela era a convidada e ele o garçom, eles começaram a conversar quando Audrey invadiu a cozinha e ele disse que ela não podia ficar lá, a partir dali começaram a sair e conversar pelo twitter, facebook, sms e emails. Audrey chegou a ficar com Alex na noite de ano novo, mas os dois acharam melhor ficar somente na amizade.

Claro, que sua mãe achava um absurdo alguém do patamar como os Duval ter como amizade alguém de tão baixa renda como Alex, mas Audrey não dava a mínima, o que importava é que ele era uma ótima pessoa para conversar com um ótimo gosto musical e isso bastava.

Audrey terminou seus biscoitos e resolveu fazer o que sua mãe pediu e depois ir ao salão de beleza para se arrumar.


(...)


Foi até a loja que fora mais cedo para poder pegar o vestido que havia experimentado mais cedo, enquanto esperava seus olhos encontraram-se com um, que havia chamado muito mais atenção do que o rosa que usaria.


– Por favor – ela pediu quando a atendente voltou com o vestido que sua mãe escolhera – daria para trocar este vestido por aquele – ela apontou para o preto com swaroviski por ele todo.

– Sua mãe deixou bem claro que era esse – a mulher respondeu.

– Bom, acontece que ela mudou de ideia – ela sorriu de lado – não gostaria que eu ligasse para ela porque você não está acreditando nas palavras da filha dela, certo?

– Bom, saiba que não haverá reembolso do dinheiro – a mulher pegou vestido da arara e colocou na capa nele e entregou para a loira.

– Não há problema – ela sorriu – tenha um boa noite...


(...)


Audrey esperava em frente a portaria do prédio, estava atrasada, era para estar na festa às oito e meia, já eram nove e onze, estava com o vestido preto e um Converse cano médio preto. Clichê. Ela sabia, mas era com diziam, se era clichê é porque deu certo.

Viu o carro de Alex chegar, um Mustange, Audrey achava, não tinha certeza não entendia nada sobre carros, mas podia dizer que aquele não era um dos últimos modelos daquele ano.


– Uau, se apagarem a luz naquela festa com certeza não será um problema te achar – Alex brincou.

– Calado Alex – ela entrou no carro – agora vamos logo, não queremos nos atrasar.

– Sim princesa – ele riu com a careta que ela fez e seguiu para o endereço que ela havia falado.


Quando chegaram no local, pode ver alguns olhares surpresos dos convidados que ainda estavam do lado de fora, Audrey apenas mandou um beijo na direção deles antes de entrar e seguir para onde era indicado.

Teve que ameaçar a organizadora dos eventos para colocá-la como a última e falar que não era mais preciso a presença de Arthur Sobrenome-Importante, ou qualquer que seja o nome dele.


– O show vai começar – ela anunciou para Alex quando eles dirigiam-se para descer a escadaria.

– Espero que saiba que está fazendo – ele falou mexendo desconfortavelmente em sua gravata.

– Vai por mim, tudo está de acordo com o plano – ela sorriu marota.


O olhar de espanto que sua mãe lançara quando a viu fora impagável, as expressões de desaprovação e choque das mais velhas, ainda mais quando a oradora disse: “Audrey gostaria de conhecer as mais diversas culturas, inclusive todos os homens que fazem parte delas”. A loira não pode deixar de rir ao ouvir aquelas palavras, sabia que escutaria muito quando voltasse para casa, mas ali, naquele momento, sua mãe não faria uma cena.

Ao menos teria algo de empolgante para relatar sobre a sua festa.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado (:



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