A Story Of Youth - Young. escrita por Wicked


Capítulo 2
Violet.


Notas iniciais do capítulo

caso queiram saber mais sobre a personagem e os que estão por vir: a-story-of-youth.tumblr.com
Divirtam-se (:



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I'm just trying read the signals I'm receivin.

Violet estava entediada deitada em sua cama escutando todas as músicas depressivas que ela havia achado em seu computador, suas férias já haviam começado a um mês e a coisa mais interessante que fizera foi ir ao Baile da Companhia de Ballet de Toulouse.

“Que fantásticas minhas férias estão sendo”, pensou com ironia olhando para sua janela. Toulouse estava ensolarada e uma brisa leve entrava esvoaçando as cortinas, Violet respirou fundo antes de levantar-se, arrancar o seu pijama de girafinhas e ir ao seu banheiro tomar um banho.

Colocou em sua cabeça que se ficasse deitada escutando músicas que serviam de trilha sonora para adolescentes que cortam os pulsos, segundo a mesma, não aconteceria nada de emocionante em suas miseráveis férias.

Saiu de seu banho e foi direto em seu closet para escolher algo para vestir, pegou um vestido, seus saltos pretos e uma bolsa, colocou seus pertences e saiu mundo a fora, ou melhor, Toulouse a fora.

(...)

Visitadas todas as lojas das ruas e com, no mínimo, duas sacolas de cada, Violet resolveu ir à cafeteria que ficava próximo de lá e que costumava ir. Ao chegar, resolveu sentar em uma das mesinhas de ferro fora do estabelecimento, depositou suas comprar no chão ao sentar-se e imediatamente um garçom viera atendê-la.

- Eu vou querer um pedaço de torta de maçã e um chá gelado – ela falou sem se quer olhar no rosto do homem ou no cardápio enquanto tirava seu iPhone da bolsa.

Ficara jogando Temple Run até cansar-se de tentar bater o último recorde deixado, abandonou o eletrônico em cima da mesa e passou a observar as pessoas andando na rua. Bastou-se a limitar a sorrir quando vira um casal de velhinhos passando ou um grupo de criancinhas correndo pelo parque, ao passar um grupo de meninas, Violet fez uma careta, segurando um comentário maldoso, ao sentir o cheiro de Chanel falsificado e ao mau gosto pelas roupas escolhidas.

“Urgh, além de tudo tem vozes de gralhas”, pensou quando uma delas soltou um gritinho e as outras explodiram em risadinhas olhando para um ponto. Curiosa como era, Violet inclinou-se para o lado para saber qual era o motivo dos cochichos e olhares sedutores, ou era o que elas pensavam.

Não pode deixar de sorrir, e não era porque o seu pedido finalmente tinha chegado, saído de uma limusine preta encontrava-se um loiro alto e de um belo porte irritado olhando para o ser celular. Violet teve que segurar-se para não rir, lá estava Thomas, com aquela carranca no rosto.

Pegou imediatamente o seu celular e procurou o nome dele na lista de contatos, clicou em “Dial” e repousou o aparelho em seu ouvido o esperando atender. Observou ele pegar o celular e olhar o visor, sorriu ao ver que ele não havia rejeitado a chamada.

- Hey Vi – ele exclamou.

- Sinto que você está seduzindo um grupo de meninas enquanto você faz essa pose enquanto fala comigo – ela riu ao ver a cara de confuso dele – que foi loiro? Estou certa?

- Como você sabe disso? – ele indagou, ela viu que ele olhava ao redor procurando por ela.

- Quer torta, loiro? – Violet finalmente deu atenção a sua torta, cortou um pequeno pedaço colocando depois em sua boca – a de maçã é particularmente boa – comentou depois de engolir o pedaço.

- Cafétéria Toulouse? – ele indagou tentando falar o francês corretamente a fazendo rir – ou sei lá como isso pronuncia-se.

- Isso mesmo, estou lhe esperando – falou abocanhando mais um pedaço de torta – cuidado com essas meninas, elas podem te seqüestrar e levar para casa!

Ele soltou uma sonora risada antes de encerrar a chamada, Violet tomava um pouco de seu chá gelado enquanto o observava se aproximar. Ele sentou-se a sua frente e teve que segurar da cara que aquelas meninas fizeram.

- Dia de compras? – Thomas comentou ao observar as sacolas no chão.

- Dia de tédio – Violet respondeu simplesmente comendo sua torta – o que você está fazendo aqui?

- Se eu falasse que é para te visitar você acreditaria? – ele indagou depois de fazer o seu pedido,

- Não – ela respondeu usando um tom de óbvio – você não faz isso nem para a sua namorada!

- Zooey não é minha namorada...

- Vocês estão no caminho – Violet revirou os olhos sem paciência.

Ele ficou em silêncio e Violet resolveu não puxar assunto, não gostava na namorada dele e fazia questão de demonstrar isso, e ele não ligava para isso. Ele não ligava para nada, na verdade. Violet se perguntava se havia algo na vida dele importante o bastante para ele se importar.

Enquanto divagava o pedido de Thomas havia chegado, ele apenas pedira café expresso, sem nada para acompanhá-lo.

- Então o que faz aqui, loiro? – perguntou incomodada com o silêncio.

- Hum – ele fez uma pausa – negócios do meu pai – pareceu feliz com sua resposta – depois que eu visse iria te ligar para ver se você gostaria de fazer algo aí...

- Você teve a chance de me encontrar e aproveitar a minha maravilhosa presença antes – Violet riu.

Eles passaram a tarde conversando que mal perceberam a noite caindo, infelizmente, a conversa deles foi interrompida violentamente pelo som do celular de Thomas, ele olhou para o visor e retirou-se da mesa. Violet estava acostumada com aquilo que nem se que se importava mais, então, resolveu terminar de comer sua maravilhosa torta, ao terminar Thomas voltou para a mesa.

- Vi, terei que sair, preciso resolver os negócios e já está anoitecendo e...

- Ótimo – ela exclamou levantando-se – eu vou com você e depois vamos ao cinema ou invadimos alguma festa...

- Mas você está com compras – ele falou desconfortavelmente.

- A gente deixa com o porteiro do meu prédio – ela deu de ombros pegando algumas compras e dando para ele e depois pegou outras – vamos?

Thomas parecia ciente de eu Violet iria persistir até ele ceder a sua vontade, por isso acabou concordando, mas a loira percebeu que ele estava relutante a isso. Pararam em frente ao prédio e ela saiu com as suas compras e deixou com o porteiro suas compras e mandou para que ele deixasse em seu apartamento.

Ao voltar ao carro Thomas estava com cenho franzido e silencioso, como se algo o incomodasse, e não importava quantas palhaçadas que Violet fazia ele ainda mantinha o semblante pensativo. A garota resolveu desistir e observar a paisagem lá fora, percebeu que se afastaram do centro e estavam indo para algum lugar que ela desconhecia, se afastaram muito do centro e agora entravam no submundo de Tolouse.

- Thomas, onde estamos? – ela perguntou desconfortável, não gostava do aspecto daqueles bares, letreiros, pubs e boates de lá, muito menos das pessoas na rua, havia perdido as contas de quantas prostitutas havia visto.

- Não é importante isso – ele respondeu se mexendo desconfortavelmente – mas prometo a você que não vou demorar muito por aqui.

- Ah sim – ela concordou mexendo desconfortavelmente no banco.

Eles continuaram o caminham e não demoraram muito para parar em frente a uma boate, o lugar parecia ter um toque refinado para o lugar onde estava e retro, havia algo burlesco no ar entretanto Violet não queria ficar ali.

- Você fica aqui, ok? – Thomas falou, porém Violet sabia que aquilo não era um pedido e sim uma ordem disfarçada.

- Você está louco, loiro? – ela exclamou deixando soltar uma risada nervosa – só porque você quer eu vou ficar aqui – ela abriu a porta da limousine e saiu – vamos, eu vou com você.

- Não acho que você queria ir – ele falou saindo do automóvel – fique aqui como o Xavier, não vou demorar Vi e...

- Que bom que você concorda comigo, loiro – ela posicionou-se ao lado dele e seu o braço para ele – agora vamos para onde raios você vai e sairemos logo daqui, ok? Ok.

Violet escutou Thomas bufando e resmungando, claro que ela nunca falaria que ele estava certo em ela ficar no carro mas ela não confiava em Xavier, estava com medo de que o motorista careca e vendesse para o primeiro mendigo que passasse por cinco centavos. “E eu, com certeza, tenho um valor maior que isso”, pensou.

Eles entraram no estabelecimento, Violet fez questão de não encostar um dedo naquele lugar, ao contrário do que ela pensava aquilo não era uma boate e sim um bar, suspirou aliviada, realmente não sabia o que pensar sobre o que Thomoas estaria fazendo em uma boate em um lugar como aquele. Eles atravessaram o lugar, que tinha meia dúzia de pessoas, e foram para os fundos, atravessaram a cozinha até chegar em frente a uma porta com dois seguranças altos e musculosos, um era careca com uma tatuagem de cobra e o outro tinha a aparência de um latino tão grande e alto quanto o outro.

- Resolveu trazer a namoradinha – o careca falou a Thomas com um sotaque carregado do leste europeu.

- Não é da sua conta – Thomas falou arrogantemente, Violet arqueou uma sobrancelha para ele indagando se realmente seguro dar respostas malcriadas aquele homem.

- Você está atrasado – o outro falou com um inglês precário.

- Se vocês me deixassem passar talvez eu não me atrasasse – ele lançou um sorriso sarcástico antes de passar por eles.

Violet apenas abriu seu sorriso mais simpático e ainda acenou para eles antes de entrar. Percebeu que o lugar era realmente bem maior do que ela se quer poderia imaginar, afinal, agora estavam em um ambiente totalmente, Violet sentia-se que estava dentro do Moulin Rouge, havia homens bêbados, dançarinas com lingeries, algumas andavam por aí sem, em vez de graçons haviam garçonetes com longos vestidos transparentes e com um dos seios amostra.

- Eeer, Thomas – ela o chamou olhando aquilo petrificada.

- Venha – ele a puxou e a sentou no canto mais afastado do bar – fique aqui e não saia daqui está me entendendo – ele falava sério, Violet apenas concordou sem falar nada – Meggie cuide dela pra mim – ele disse para uma mulher no bar.

- É uma novata? – a mulher a olhou de cima para baixo – acho que ela não combinará muito com aqui.

- Ela é uma amiga – ele respondeu seco – agora, fique de olho nela pra mim.

Ele se afastou e fundiu-se na multidão de bêbados e mulheres seminuas. Violet apenas olhava tudo acanhada, Meggie serviu a ela um copo com uma bebida transparente que ela não sabia o que ela, a morena de pele de azeviche deu uma pequena risada e falou que era água, a garota levou líquido a boca e percebeu que realmente era.

Até Thomas chegar Violet conversara com Meggie e ainda fez amizades com algumas das garotas que estavam servindo, chegou a perguntar se elas não ficavam incomodadas por estarem com um dos seios amostra, uma ruiva bem sarnenta apenas respondeu:

- Você não sabe de nada, loira – e saiu, com uma bandeja de prata com copos contendo liquidos coloridos e de cheiro forte, rindo.

Thomas finalmente voltou, parecia um pouco nervoso, pegou Violet pela mão e despediu-se de Meggie deixando cem euros na mesa, Violet não entendeu o porque disso, mas ela não estava entendendo nada também.

Fizeram o mesmo caminho de volta até chegarem na limousine preta,Thomas não falara nada, apenas olhava os estabelecimentos se afastando pela janela ignorando a existência da pequena loira ao seu lado. Enquanto isso, Violet estava louca para perguntar o que raios havia acontecido lá mas faltava-lhe coragem e a postura de Thomas dizia claramente que não gostaria de falar sobre isso.

Finalmente, Thomas virou-se pra ela, isso aconteceu somente quando Violet reconheceu o centro de Tolouse.

- Você tem que me prometer que não falará com ninguém sobre o que viu Violet – ele disse seriamente olhando no fundo dos olhos da loira.

- Eu prometo – ela disse firme – mas se você estiver com algum problema eu posso lhe ajudar eu – ele deu uma risadinha nasalada – sério Thomas, você não está sozinho, seus amigos e eu...

- Violet, não estou com problemas – ele disse simplesmente – eu fui resolver um assunto do meu pai, aquele estabelecimento é do meu pai – ela o olhou sem entender – você não sabe de nada Violet.

- Bom, se você me explicasse talvez eu saberia, não? – ela falou claramente ofendida.

- Quer saber, esquece Vi, não quero brigar com você – ele passou a mão nos cabelos – você só tem que me prometer que não irá falar pra ninguém sobre isso e nem tocar no assunto.

- Eu já disse que prometo – ela disse emburrada e cruzou os braços.

- Ótimo, agora eu vou lhe deixar em casa – ele disse inclinando-se para falar ao motorista aonde era para deixá-los.

- Você falou que nós iríamos ao cinema, loira – ela comentou na mesma posição emburrada.

- Cinema?

- É.

- Tem certeza?

- Sim – ela concordou – está passando um filme de terror mó da hora – ela exclamou alegre e direcionou-se ao motorista – Xavier, Cinéma Gaumont Wilson, s'il vous plaît.

Violet virou-se para Thomas e deu uma piscadela com o olho esquerdo, Thomas apenas revirou os olhos e riu, relaxando ao lado dela.

- Loiro – ela o chamou.

- Sim...

- Você que não sabe de nada – ela soltou uma risada.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado (;
Críticas, comentários, declarações, lamentos, qualquer coisa fico feliz em ler.



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