A Story Of Youth - Young. escrita por Wicked


Capítulo 1
Bran.


Notas iniciais do capítulo

Leiam e divirtam-se.



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Forget about everything and runaway.



O sol já se punha ao horizonte quando Brandon e James voltavam para os terrenos da Mansão Talleyrand suados por causa do seu jogo de futebol de fim de tarde.

As férias já haviam começado a mais ou menos um mês e eles estavam confinados a fazer companhia a sua avó viúva até semana que vem, porém, Brandon já estava acostumado com a rotina de sair para os jardins e jogar algo com seu primo e de vez em quando, tentar escapar para a cidade mais próxima.

Ao entrarem na grande Mansão, que assemelhava-se a um castelo, James despediu-se avisando que iria arrumar-se para o jantar. A menção de comida fez Brandon lembra-se de que sentia fome, então, resolveu passar na cozinha antes de ir para o seu quarto.


– Olá Estee – Brandon comprimentou a governanta que estava saindo da cozinha.

– Sr. Brandon, é melhor você ir logo se arrumar – ela dizia com um sotaque francês carregado – sua avó irá fazer um anúncio importante a vocês no jantar.

– Só irei pegar um copo d’água na cozinha – mentiu, sabia como a mulher iria reclamar se soubesse que iria tentar pegar algum doce poucos minutos antes do jantar.


Saiu de lá antes que a governanta pudesse falar algo que fizesse que ele perdesse a chance de experimentar a sobremesa antes de ser servida. Ao chegar à cozinha inalou os diversos odores de temperos e comida sendo feito lá, foi em direção ao Chef Louie que preparava algo enquanto gritava alguma ordem para os outros cozinheiros.


– Olá Chef! – Brandon exclamou indo até a mesa de metal que havia por lá – alguma sobremesa pronta para hoje?

– Sr. Talleyrand, sinto-lhe informar que ainda está sendo feita – ele respondeu concentrado de mais em qualquer coisa que estivesse cozinhando.


Brandon bufou e deu as costas, foi até geladeira, onde teve que contentar-se com um pedaço de torta que havia sobrado do almoço e saiu da cozinha para seguir ao seu quarto. Onde, quando chegou, arrancou suas roupas e foi direto para o banho, estava curioso com o que sua avó iria anunciar e sentia que não ia ser algo bom.


(...)


Ao chegar à sala de jantar, encontrou seus primos já a mesa, James estava sentado na primeira cadeira ao lado esquerdo da mesa, enquanto sua prima, Alysanne, do lado direito na segunda cadeira. Brandon sentou-se na cadeira vaga ao lado da prima, antes de sentar depositou um beijo afetivo no topo da cabeça dela.


– Você deveria ter ido conosco – falou para a garota ao seu lado – você mal saiu daqui nessas férias.

– E ficar fazendo que enquanto vocês jogavam e davam em cima das garotas da cidade – a morena de olhos verdes riu – a Biblioteca aqui é grande e arejada, os jardins são compridos e frescos e o bosque é tão bom quanto algum parque – falou apoiando o queixo na mão – fiquei muito bem hoje.

– Só não queremos que fique sozinha, Alys – James falou terno e a lançando um olhar preocupado.

– Nenhum de nós quer isso, querido James – uma voz propagou-se pelo lugar.


Acabara de entrar no recinto a Duquesa Georgina Talleyrand, a senhora já tinha uma idade avançada e seus cabelos que antes eram castanhos, a maior parte estava grisalha, a pele já sofrera pelo tempo a deixando com marcas e rugas, porém a Duquesa ainda tinha uma postura majestosa em si e ainda tinha sua beleza. Ela sentou-se na cadeira da ponta da mesa, entre James e Brandon, e o jantar começara a ser servido.

O jantar seguiu praticamente em silêncio, apenas algumas conversas surgiam, mas morriam rapidamente, esse era o efeito da Duquesa. A sobremesa já havia chegado à mesa quando a Duquesa Avó resolveu falar.


– Bom, como vocês sabem, o avô de vocês está morto – começou repousando a taça de vinho ao seu lado – e vocês são os herdeiros da família agora e estão com idade o suficiente para saber o que isso significa.


Bran conteve o suspiro frustrado, sabia como os discursos de sua avó eram longos e a maior parte insignificantes para o seu futuro, apenas endireitou-se na cadeira e prestou atenção no que na amada mãe de seu pai tinha a dizer.


– Como o legado Talleyrand é muito importante e é bem mais que apenas títulos e terras, achei melhor não colocar em risco tudo construído e conquistado por causa de vocês – ela continuou – a juventude hoje está praticamente perdida, porém, creio que há jovens bons e sábios o bastante, espero que vocês sejam parte nesta pequena porcentagem.

– Fale logo o que você pretende fazer – Alysanne disse um pouco sem paciência – vovó – acrescentou rapidamente em um tom dócil.


Bran olhou para a menina ao lado, talvez, ao mesmo tempo em que os outros presentes o fizeram, arqueou a sobrancelha para prima questionando silenciosamente sua sanidade. Ninguém atrevia-se a interromper a Duquesa.


– Irei arranjar um casamento para todos vocês, alguém bom o bastante para carregar o nome Talleyrand – a velha falou com um sorriso malicioso no rosto – creio que será mais difícil a você querida – dirigiu-se a Alysanne que estava chocada de mais para indagar algo – afinal, será difícil achar alguém significante que aceite o seu baixo nascimento – a mulher fingiu-se pesarosa – creio que para James não será nenhum problemas, vi que várias jovens encantam-se com você – sorriu terna para o neto – oh, doce Bran, apesar do infortúnio que seu pai cometeu, você é um Talleyrand e tão charmoso, sei que você também não será um problema.


O silêncio reinou novamente no local, lá estavam os grandes herdeiros Talleyrand, tentando digerir a informação jogada em suas vidas.


– A senhora está querendo nos dizer que iremos nos casar – Bran foi o primeiro a proferir algo – neste momento?

– Não neste momento querido – sua avó soltou um risinho – ainda estou avaliando os pretendentes e seus dotes – ela parecia estar se divertindo com isso – provavelmente, isso estará resolvido no ano que se formarem.

– Mas nós somos muito novos para um casamento, não acha? – James falou, Brandon percebeu que ele havia ponderado suas palavras.

– Oh querido, nunca se é jovem de mais para casar – ela riu – em pensar que séculos atrás vocês já estariam casados e me dando bisnetos – exclamou – Alysanne, acho que você gostaria de saber que, apesar de suas condições, você conseguiu um número considerável de pretendentes, fiquei surpresa com isso sim...


Aquilo pareceu ser a gota d’água para sua prima, percebeu. A garota apertava o guardanapo no colo desde que avó começara a falar, e a cada palavra torcia mais ainda o objeto e sua mão, Brand se perguntava se Alys estava imaginando que em suas mãos era o pescoço da avó.


– Como você pode? – Alysanne exclamou – você está praticamente nos vendendo – os olhos de Alysanne ferviam-se de raiva – não estamos mais no século dezoito onde as pessoas se casavam por aparência, não vou me casar com um desconhecido!

– Quem falou em desconhecidos, querida? – a senhora Georgina matinha a calma e o tom divertido na voz – a maioria de seus pretendentes são amigos de Jaime – riu consigo – aliás, bom trabalho por apresentar a sua prima a eles.


Bran direcionou o seu olhar para o primo que parecia tão em choque com a informação, o encarou questionando-o se ele realmente tinha feito isso, porém havia um traço de arrependimento nos olhos azuis de Jaime, enquanto, os olhos de Alysanne eram cada vez mais tomados por uma fúria cega.

Assustou-se ao ouvir o banque e os tinir de vidros se batendo levemente entre eles e entre os talheres, Alysanne olhou mais um olhar frio a avó e ao primo, batendo a porta atrás de si ao sair. Ambos, Bran e Jaime, fizeram a menção de levantar-se e ir atrás dela.


– Vocês vão fica aqui – o tom divertido saiu da avó e em seu lugar veio o tom autoritário – se Alysanne quer interpretar a rebelde sem causa da família, deixe a que sofra as consequências – bebericou um pouco do vinho – sozinha.


Jaime olhou para ele a procura de alguma resposta ou ajuda, mas Bran não sabia se podia fazer isso agora, não quando James parecia saber de tudo e não ter avisado nada.


(...)


Quando o jantar finalmente acabou, Bran seguiu para o seu quarto com James ao lado, enquanto sua avó seguiu para o escritório que antes era de seu avô. Subiram as escadas em silêncio, até que tomou coragem para perguntar o que lhe afligia.


– Você sabia do plano da vovó? – encarou o primo – você a ajudou a achar alguém para a Alys?

– Eu nunca – a raiva parecia tomar o seu primo – ajudei em nada – ele suspirou e passou as mãos nervosamente nos cabelos negros – eu nem fazia ideia de que a vovó estava tentando achar um marido para Alys ou uma esposa para nós – ele pausou – talvez, os amigos de quem ela falara tenha visto uma foto minha com ela e por algum motivo que desconheço tenham a achado atraente.

– Sei que Alys é nossa prima – Bran riu, acreditava no primo – mas ela é sim uma garota muito bonita e que atrai olhares, sinto-lhe informar isso Jaime – não pode deixar de perceber que aquilo incomodara e desagradara o primo – não se preocupe, ela sempre será sua prima.


Jaime apenas sorriu fraco, o que de fato era de se estranhar, já que ele costumava rir das piadas que Bran fazia, porém, resolveu deixar passar essa observação. Ficaram em silêncio, por conta do lugar ser grande, tinham um longo caminho a percorrer até chegar ao primeiro quarto, enquanto andava uma ideia surgia na mente de Bran.


– Dude – ele exclamou ao parar, finalmente, em frente ao seu quarto – fale para Alys arrumar a mala e depois vá arrumar a sua – sorriu – e fale para ela para nos encontrar na Biblioteca.

– O que você está pensando em fazer? – James sussurrou de volta – pra onde vamos fugir? Para nossa casa? Sabe que nossos pais nos mandariam de volta para cá nos fazendo pedir desculpas para a vovó.

– Não vamos para a nossa casa – respondeu revirando os olhos – confie em mim, agora vá fazer o que pedi.

– Espero que saiba que está fazendo cara – falou ao dar as costas para lhe fazer o que era pedido.


(...)


Eram quase três horas da manhã quando Brandon conseguiu chegar em terras inglesas, isso significava que para chegar em sua casa faltavam, mais ou menos, duas horas e meia para chegarem em sua casa e provavelmente dez horas até chegarem em Londres.


– Brandon, você acha mesmo que isso vai dar certo – Alysanne estava no banco de trás – digo, ela vai ligar para os nossos pais e tudo isso será em vão.

– Quando ela der conta de nossa falta vamos estar longe, sobrevoando o Atlântico – respondeu a prima a observando pelo retrovisor – pensei que você ia gostar da ideia de fugirmos para Califórnia.

– E eu estou adorando isso – ela riu – mas estou preocupada com vocês.

– Com a gente? – desta vez foi Jaime que respondeu, virou-se para a prima sorrindo – não deveria estar preocupada, nada vai acontecer.


Brandon observou pelo retrovisor o pequeno sorriso que Alysanne se formar e o jeito que eles se olhavam, achava isso muito estranho. Alys nunca havia olhado para ele desse jeito, não estava com ciúmes de Jaime, estava preocupado com o que isso poderia significar.

Até chegarem à casa de Brandon, pararam nos postos que haviam para abastecer o Camaro que havia pegado “emprestado” da garagem e comprar algo para comerem, a casa parada eles faziam, revesavam em que iria dirigir. Fizeram isso o caminho todo e apenas demoraram-se quando chegaram em suas casas, tiveram maior problema na casa de James, onde os pais estavam arrumando-se para o trabalho, mas não reparam no Camaro com o filho e sobrinho.

Ficaram aliviados quando chegaram ao Aeroporto de Londres, compraram as suas passagens para o próximo vôo para o “Golden State”. Ao se acomodarem da área da primeira classe os três puderam descansar finalmente, sem antes, Brandon receber uma mensagem de seu pai dizendo:

“Onde vocês estão?”

Brandon apenas desligou seu celular, não respondendo a mensagem de seu pai, sabia que se falasse algo, dariam um jeito de impedirem que o vôo partisse, quando chegasse aos Estados Unidos falaria com os seus pais e tios, talvez.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Caso queiram saber mais sobre a fic, vão ao link que eu deixei na página do perfil.
Xx.



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