A Arma De Esther escrita por AnaTheresaC


Capítulo 50
Capítulo 50 - A Chave


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Eu nem vos tinha contado que já recebi as notas! Preparem-se, porque, numa escala de 0 a 20, tive 19 a História, 15 a Inglês e 14 a Português! E olhem que a média a Português foi 8,8! Ah, e também já me candidatei à faculdade! Agora só em setembro é que recebo notícias.
Em relação ao capítulo, eu encontrei uma música muito linda, e um cover ainda melhor! Come and Get It, da Selena Gomez, mas o cover é de Sam Tsui & Kurt Schneider http://www.youtube.com/watch?v=Zmlrj5ni25c
Boa leitura, ao som de música!



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Capítulo 50 – A chave

-Ele está acorrentado e enfraquecido com verbena e wolfsbane – informou Kol, antes de abrir o trinco da porta. Olhou para Teresa seriamente e perguntou: - Tens a certeza que queres fazer isto?

-Sim, tenho – disse ela e espreitou pela pequena janela de grades da porta. Klaus estava com o rosto baixo, parecia que estava a dormir. – Ele está a dormir?

-Sim, está – assegurou Kol. – Queres que entre contigo?

-Não – determinou. – Apenas fica aqui, caso alguma coisa de inesperado aconteça.

-Está bem – concordou o Original. – Boa sorte.

Abriu a porta para Teresa e encostou-a assim que ela adentrou na divisão.

Nos primeiros momentos, Teresa esqueceu-se de como se respirava. Então puxou um bom bocado de ar pela boca, olhando para Klaus ainda sem saber o que saber. Ele parecia tão cansado e inumano. Aquele não era, definitivamente, o Klaus que ela conhecia. O seu cabelo tinha crescido e estava desgrenhado, estava também mais magro. Mas como é que isso era possível se ele era um vampiro?!

-K-Klaus – gaguejou ela e a cabeça do híbrido moveu-se devagar.

Teresa deu um passo na sua direção e ergueu o seu rosto para o ver melhor. O olhar azul esverdeado também não era mais o mesmo. Ele estava vazio.

No início, Teresa teve a certeza que ele não a reconheceu, mas com o tempo isso foi acontecendo. Klaus começou a remexer-se, nervoso e desejoso de fugir dali.

-Não vai adiantar – disse ela e ele parou de se debater das correntes. Desviou o rosto para o lado, não querendo encará-la.

-Vai embora.

Teresa suspirou alto, com medo de se aproximar daquele ser frio e magoado que ali estava. Ela estava a ver aquele resquício de humanidade que ele tinha, tal como Liliana também tinha visto, mas era algo que estava demasiado magoado e triste.

Então Teresa percebeu o motivo por que ele não ligava de novo a sua humanidade: ele não conseguiria aguentar a dor que tinha por a ter mordido. Era demasiado para ele. Por incrível que parecesse, o facto de magoar uma humana magoava o híbrido de mil anos.

As lágrimas apareceram nos olhos de Teresa, com pena de Klaus. Tinha muita pena por vê-lo finalmente magoado, triste, desolado, sem qualquer humanidade mas com ela tão iminente ao mesmo tempo. Aquilo devia de o estar a matar por dentro: a humanidade queria aparecer, mas ele puxava-a sempre para as profundezas do seu ser.

-Eu perdoo-te.

Klaus olhou para ela, incrédulo.

-Tu o quê?

-Não foi culpa tua, Klaus – justificou ela, colocando o rosto magro entre as suas mãos. – Tu estavas assustado com tudo o que Esther estava a fazer. Ela estava finalmente a aproximar-se de nós e tu tiveste que desligar e tomar uma decisão! Não te culpo, Niklaus.

Ela usou o seu nome antigo de propósito, sabendo que iria mexer com a sua humanidade.

-O que estás a fazer aqui?

-Estou aqui para te trazer de volta. Para trazer o Klaus que eu conheço de volta. Este não és tu – respondeu. A barba por fazer picava nas suas mãos suaves, mas ela pouco ligou. – Por favor, volta. Volta para mim. Eu perdoo-te por tudo o que me fizeste.

-Eu… não posso – fechou os olhos e suspirou alto, sentindo-se o homem mais derrotado à face da Terra.

-Sim, tu podes! Não me deves nada, Klaus. Absolutamente nada. Eu estou na Faculdade, no próximo semestre vou para o segundo ano. Sou a melhor aluna, tenho um emprego part-time, amigos que gostam realmente de mim e uma casa linda, num lugar que eu adoro. Podes voltar, Klaus, não te vou cobrar nada nem atirar-te à cara o que aconteceu á seis meses atrás.

-Seis meses… - murmurou ele, percebendo que só agora é que tinha finalmente uma verdadeira noção do tempo.

Teresa sentiu uma leve pontada nas suas costas por estar dobrada á algum tempo, então ergueu-se devagar e Klaus abriu os seus olhos, fixando o olhar no par de globos oculares verdes esmeralda. Engoliu em seco quando sentiu a sua humanidade querer vir ao de cima e tomar conta do seu corpo, mais forte do que nunca. Baixou o olhar, tentando controlar aquela batalha que se defrontava dentro de si. Mas então percebeu que algo não estava bem. Teresa estava… inchada. Demasiado. Aquela barriga sobressaía por cima do seu vestido cinzento-escuro de algodão. Apurando a audição, notou no batimento rápido de um coração mais pequeno. Ele batia dentro dela.

Olhando para Teresa com a traição no olhar, perguntou:

-Estás grávida?

Teresa arregalou os olhos e colocou uma mão no seu ventre num gesto protetor.

-S-Sim.

-E tu ainda queres que eu ligue a minha humanidade – disse ele, com desprezo. – Tu seguiste em frente. Casa bonita, han? Com quem lá dentro?

-Ninguém – murmurou ela. – Eu não sei bem de quem ele é.

-Oh, então andaste a divertir-te, não foi? – ele já não conseguia esconder o seu ciúme.

Do outro lado da porta, Liliana mordeu o lábio inferior com força e agarrou a mão de Kol com força. Ambos notaram o que estava a acontecer: Klaus estava a demonstrar emoção.

-Não me tomes por vadia – Teresa foi fria, tentando esconder a sua dor por saber o que Klaus estava a pensar dela. – Uma das hipóteses és tu.

Klaus deu uma gargalhada demoníaca que fez gelar casa osso de Teresa. O bebé deu um pontapé na sua barriga, notando o estado nervoso da mãe.

-Mas quem és tu? Definitivamente, não és a Teresa! Ela jamais daria o golpe do baú, porque é demasiado esperta para saber que eu não posso ter filhos! – continuou a gargalhar alto, mas Teresa desferiu um estalo na cara, fazendo-o virar o rosto e calar-se imediatamente.

Liliana e Kol arfaram de surpresa. Teresa estava com a respiração acelerada e superficial, tal era a sua raiva e dor. As lágrimas escorriam pelo seu rosto e já não sabia se era de tristeza ou de raiva. Klaus olhou para ela, mais frio do que nunca. Ergueu o queixo, mostrando a sua superioridade. O seu olhar voltou a ficar vazio, à exceção do puro desprezo e raiva.

-Finalmente revelaste a tua pura personalidade.

-Seu grandessíssimo…

Ela gritou, ao sentir algo dentro dela rasgar-se. Ajoelhou-se devido à dor e Kol entrou na divisão, seguido de Liliana.

-Teresa! – exclamou ele, tentando levantá-la.

-Não está na hora! – gritou ela e fechou os olhos com força, tentando controlar a dor.

E aquele foi o derradeiro momento: o medo de a perder era demasiado grande, todas as emoções, especialmente o amor que tinha por ela, assolaram-no, querendo abatê-lo, mas com Teresa ali em pura agonia, tudo aquilo foi desviado para o seu único motivo que era mantê-la viva.

-Deixem-me ajudar – pediu ele, quando Kol ergueu Teresa do chão, aconchegando-a nos seus braços e trazendo-a contra o seu peito. Kol e Liliana pararam bruscamente e desviaram os seus olhares para ele, sem querendo acreditar que ele tinha ligado a sua humanidade.

©AnaTheresaC


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam do capítulo?
O título "A Chave", não sei se perceberam, mas era a chave para a humanidade Klaus. Claro que não era por violência, mas sim por amor que se iria trazer Klaus de volta. E não era através de palavras bonitas que isso iria acontecer, mas sim um momento trágico que iria colocar todos os seus sentimentos de volta, incluindo o medo.
PASSÁMOS DO 300 COMENTÁRIOS! Muito obrigada! Para o mês que vem a fanfic vai fazer aniversário! 1 ano, a minha bebé! Pronto, a nossa bebé! kkkk
XOXO



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