Harry estava na porta de minha casa, com um saco de dormir. Estava estressada, mas consegui achar graça naquilo. Ele me disse:

–pensei que não ia chegar nunca, amor.

–Amor nada. Eu só iria chegar amanhã, se não fosse seu amigo idiota. – dei um chute nele para afastá-lo de meu caminho - Afinal de contas, por que você está aqui?

–não aguentei de saudades. Sua mãe pensou que eu era um mendigo e ameaçou me dar vassouradas. Ah, e o que houve com meu amigo que você estava falando?

Contei o que aconteceu para ele. Eu estava a fim de contar aquilo para alguém. Ali, na escada mesmo, em frente à porta. Havia uma brisa fria, mas o tempo estava abafado. Até pensei em convidar Harry para entrar, mas o mandei embora. A reação dele não foi as melhores, pois fazia algumas horas que estava ali.

[...]

Na manhã seguinte, não aguentei olhar na cara de Zayn no ônibus. Sentei em um banco vazio. Logo, o ônibus lotou. Sem opções, Louis acabou sentando ao meu lado. Mais um playboyzinho do grupo de Harry. Mas ele parecia diferente. Ao invés de simplesmente me lançar cantadas toscas, colocou seus fones de ouvido. Gostei disso. Prefiro assim. Mas por um minuto, ele resolveu tirar os fones para falar comigo.

–Harry está muito apaixonado por você, não é mesmo?

–Não me importa. Não quero nada com ele. – respondi.

Ele me ignorou. Talvez não estivesse interessado. Voltei a olhar pela janela. Vi Harry, Sophia e Melany passando a pé. Me passou um rápido pensamento que Stacy poderia namorar Harry, pensando que eu poderia ficar com ciúmes. Está enganada.

[...]

No recreio, Harry andou com seu grupinho, nem se lembrou de mim. Melhor assim. Ele está se desinteressando. Ainda bem. Fiquei sozinha perto de uma grande árvore ouvindo minha música favorita, Heart Vacancy do The Wanted. Posso ter esse jeito de revoltada, mas ás vezes músicas sentimentais são boas para mim. Estava quase acabando o intervalo quando recebi uma mensagem. Minha expressão mudou em uma boca retorcida de espanto...