– Você pensa que mudar para Los Angeles é bom? Na verdade, eu estou voltando para lá quando o filme acabar e você tem carreira de estúdio aqui em Londres.

– É... Eu estava pensando nisto. Acho que vou cancelar a turnê do semestre que vem e vou dar um tempo para música, Beck. Vou fazer o que eu realmente amo: atuar e dirigir filmes.

Beck sorriu. – Posso falar com o Dan para você se quiser, ele pode conseguir uma vaga de participação em alguma cena final deste filme e logo depois você está participando de um como personagem principal.

– É... – Ela riu e o abraçou. – Depende de quantos homens votarem ‘positivo’ para eu mostrar os meus peitos em algum website de famosos.

Beck revirou os olhos. – Eles sempre votam.

Os dois pararam em uma lanchonete em alguma esquina e Beck comprou uma raspadinha de morango para Jade. Ela disse que era tão gelada e doce como sangue de zumbi. Beck riu e os dois continuaram a caminhar pela calçada, observando a noite escura.

– Jade... Aquilo, de hoje mais cedo, foi por que você não acredita em casamentos? – Ele perguntou, quebrando o silêncio.

– Acredito que sim. – Ela suspirou, olhando para o céu estrelado. – Eu também acredito que você irá cometer um grande erro se casando comigo. Afinal, olhe para mim, Beck... Você aguentaria ficar com uma pessoa assim pelo resto da sua vida?

– Meu Deus, Jade, foram tantos anos e você ainda não percebeu? É claro que eu te amo, garota. Eu olho para você e vejo todo o meu mundo da maneira mais perfeita que poderia existir. Não há dúvidas com isto. Eu quero você para sempre. – Ele se aproximou dela e a beijou na bochecha. – Eu te amo.

Era em momentos assim que ela não poderia deixar de sorrir daquela maneira verdadeira que Beck adorava.

– Você pode mudar de ideia conforme o tempo passa, não é?

Ele fez uma careta pensativa e olhou para ela, brincalhão. – Hmmm... Pode até ser. – Jade bateu no ombro dele, com raiva. Beck sorriu. – Mas qualquer momento que eu tiver ao seu lado vai valer a pena.

– Aaah, deixe de ser uma seiva... Oliver. Você é mais romântico do que a sua filha, e ela acredita em castelo e em príncipes bonitos!

– É claro que sim, eu sou um príncipe bonito! – Ele brincou outra vez e Jade revirou os olhos. – Como não acreditar em mim?

– Não é nem um pouco convencido, não é?

Ele a puxou para mais perto, com um braço cercando sua cintura. – Um convencido que te ama.

– Não sei o que dizer sobre isto, Beck. Eu acho que estou sendo uma pessoa de muita sorte, tendo um Senhor Convencido como você, em minha vida. – Ela foi sarcástica. Era impressionante o quanto ele a amava. Era anormal, até.

Beck a puxou para um beijo e Jade parou de caminhar, correspondendo o beijo para ele. Felizmente, Beck tinha mãos hábeis e distraiu Jade tanto, que foi capaz de tirar novamente uma caixinha de veludo do bolso de trás. Continuaram se beijando até que se separaram por falta de ar.

– Não tenha dúvidas quanto a isto. – Ele murmurou para Jade, e se ajoelhou no chão pela segunda vez no mesmo dia.

Ela sorriu, tendo em conta que um dos motivos deles estarem juntos até hoje era que Beck Oliver não desistia das coisas facilmente.

– Jade, antes de mais alguma coisa eu quero te dizer que se for preciso, eu vou me ajoelhar e te perguntar isto mais mil vezes... Até os fins dos tempos. Porque eu te amo. Muito. – Ele a beijou na mão. – E eu não me importo em fazer papel de mulher ao te dizer que desde a primeira vez que te vi, sempre imaginei como seria este dia.

– Pergunta logo, seu idiota! – Ela pediu irritada. Ele teve que balançar a cabeça e rir, tem coisas que nunca vão mudar...

– Você aceitaria se casar com o idiota aqui?

Beck abriu a caixinha e revelou um anel lindo e Jade enlouqueceu mentalmente. Ela não teve tempo nem de ver o anel da outra vez. Tudo pareceu inacreditável. Até mesmo o som que saiu das suas palavras.

– Sim, eu quero!

O sorriso do Sr. Convencido não teve preço naquele momento. Beck colocou o anel no dedo dela e voltou a ficar em pé, dando-a outro beijo de imediato. Jade correspondeu com todo aquele amor que estava, até agora, se descongelando de seu coração.

Eles se separam por falta de ar. Beck a envolveu mais perto de si e ele jurou para si que não viveria sem esta mulher ao seu lado.

Continuaram a andar pela calçada que cercava o parque. Eram só eles, as luzes nos postes e o resto de escuridão.

– Eu amo você. – Beck disse outra vez, colocando a cabeça entre o pescoço e o ombro dela, sentindo o seu cheiro.

– Eu também te amo.

–-

As semanas haviam se passado bastante rápido. Os prazos para a entrega do filme em que Beck protagonizava foram ficando curtos e ele ia para as filmagens cedo e voltava tarde da noite, Jade começou a dedicar todo o seu tempo com a filha na tentativa de tirar Jonas de sua cabeça. Ela também pensou em Tori, e em como havia sido enganada por ele. O que a Vega sentiria ao saber disto?

Jade ainda não teve oportunidades para falar com Tori, já que Beck não queria mais tocar neste assunto e também não queria dar o novo número do celular de Tori para Jade. O que a deixou frustrada.

Eles começaram a brigar por isto.

– Você sabe que é ruim explicar por telefone, Jade! – Beck tentou a calma, fazendo-a compreender. Mas Jade levava tudo para o lado pessoal!

– É isto agora? Não quer que eu ligue para a Vega para descobrir o caso de vocês? Eu só fiquei sabendo que ela estava aqui por causa da Cat, Beck! Se fosse você nem teria me contado, não é? Esqueceu que eu sou sua noiva? – Ela mostrou o anel reluzente em seu dedo.

– Jade... – Ele estava perdendo a cabeça. – Eu trabalho com ela, você sabe. Eu planejei falar com ela quando tivermos algum tempo livre no set, mas as coisas andam tão apressadas que não tive oportunidades. Mas se você quiser ir lá por conta própria e a chamar para conversar...

A garota fechou os olhos e respirou fundo. – Tudo bem. Entendo. Eu só quero me livrar logo deste peso em meus ombros. Amanhã é um bom dia para ir?

Ele assentiu. – Deve ser. Você pode chamar Cat para saírem as três juntas.

– Meu Deus, Beck! – Ela revirou os olhos e fez careta. – Isto não é uma confraternização, homem.

Ele apenas sorriu e a puxou para um beijo.

– Não esqueça que eu quero você lindo no final de semana para o casamento da Chrissy. – Ela retornou a lembra-lo.

– Pode deixar, Jade. Eu não vou trabalhar até tarde no sábado. Está tudo certo. – Ele beijou a testa dela. Às vezes Jade era tão ‘mãe’ e cuidadosa com as coisas que até o surpreendia.

– Ótimo. Pois eu não quero decepcionar ela.

– Eu sei que não quer, sua garota dócil! – Ele brincou, tocando a ponta do nariz de Jade.

– Não fale isto só porque eu quero o bem da minha Chris, ela que me ajudou com um monte de coisas. Eu ainda sou de natureza má. É de genética! – Ela sorriu e se afastou de Beck, que ria.

– Tá certo então, eu sei que você puxou a genética do seu pai. – Ele brincou. – Eu espero que Liz não acabe como você.

Ela voltou para fitar ele com uma expressão cheia de raiva, Beck apenas riu. Sim, eles agora eram uma família.