Recolhendo Os Pedaços Do Coração. escrita por ScissorsandCoffee, BeckandJade FC


Capítulo 11
Debates & Amor. - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Olá, como estão suas doces?
Oh Deus, eu sei que eu devo desculpas. Demorei muito, mas eu posso explicar :
1 - Provas, e isso resultou em 9 dias de estudos sem pausas. 2 - Eu comecei a ler Lolita de Vladimir Nabokov e me apaixonei. Não paro de ler *-*. 3 - Criei um blog e vcs podem o ver aqui : http://badeforever.blogspot.com.br/
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Mas aqui, está. Dedicado especialmente a linda e feiosa da Miss Grey.
Boa Leitura ♥.



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Um livro caiu no chão, aberto. Jade se apoiou em uma das prateleiras de madeira, o corpo de Beck se apoiava sobre o seu. – Eu não acredito que você fez isso. – Ele disse a beijando rapidamente nos lábios. Ela estremeceu.

– Eu não acredito que você foi embora. – Ele fez novamente, e sorriu ao ver os calafrios na nuca dela.

– Eu não posso ainda acreditar que você teve Liz sem mim. – Ele continuou, a cada frase a beijando mais. – E eu ainda não posso acreditar que você foi embora. – Jade mordeu os lábios quando ele direcionou seus beijos ao seu pescoço.

Ele sussurrou entre os beijos. – Muito menos posso acreditar que eu consegui achar você.

– Beck... – Ela murmurou e então parou, não conseguindo continuar a frase. Estava afundando em seus pensamentos. Como ele poderia a enlouquecer daquela maneira? -... Você não me vê há dois anos, já tem uma namorada e eu escondi uma filha sua... Não faz sentido me beijar deste jeito.

Ele riu, olhando fixamente para os olhos azuis dela. – Eu sei. Também não acho que o que eu faço tem sentido, mas eu te amo e não aguento ficar longe de você... Depois de tanto tempo. – Ele voltou sua atenção ao pescoço dela, deixando marcas que futuramente estariam roxas naquela pele.

– Beck, eu não posso correr o risco do Jonas ver isso- Ele a interrompeu. Um olhar bravo nos seus olhos castanhos. Jade sabia que era culpada.

– Por que não termina com aquele idiota?

– Ele não é um idiota. – Ela escondeu seu medo com uma careta malvada e a voz fria.

Beck revirou os olhos, se afastando dela. – Você tem certeza de que não o ama?

– Eu não o amo. De maneira alguma, não.

– Então por que não o deixa?

– Eu não posso fazer isso com Liz. – Ela suplicou.

– Já imaginou que ela poderia ser mais feliz com o pai verdadeiro dela, do que com um canalha que trai a própria mãe? – Ele levantou uma sobrancelha. Ela revirou os olhos.

– Mas ela o conhece desde que nasceu. Ele é o pai dela. Liz acha isso. – Jade suspirou, se afastando dele. Indo para o outro lado do escritório vazio. – Acha que eu posso estragar a vida dela?

– Você já está estragando, permitindo ele ser o pai dela!

– Você não precisa dar opinião sobre isso. Eu já escolhi. – O tom dela foi tão frio.Isso cortou o coração dele.

– Eu sou o pai dela. – Mesmo assim, Beck continuava como um muro. – Não acha que eu tenho direito de escolher também?

Jade olhou para o lado, onde o barulho de uma voz sonhadora e suave os interrompeu. Ouve-se também batidas pequenas na porta de madeira fechada. Jade a destrancou e sorriu ao ver sua filha já acordada, vindo em sua direção.

– Mamãe! – Liz riu enquanto foi pega no colo por Jade. Beck olhou para a pequena, seus olhos a seguiam como um imã.

– Lizzie. – Ela olhou para Beck, que ainda fitava Liz sem parar. – E-eu...

Ele entendeu o olhar dela, ele o conhecia. Ela queria um tempo para pensar. Beck achou melhor ir para o seu apartamento, mas não queria se distanciar dela.

Nem de sua filha.

– Posso segurá-la um pouco? – Ele perguntou. Jade assentiu brevemente e o entregou Liz. A pequena sorriu ao sentir o toque dele, Beck a abraçou e Liz começou a pegar no queixo dele, enquanto sorria.

– Liz é uma mandíbula, você tem uma também. Não aborreça Beck com isso.

– Ela não está me aborrecendo.

– Não estou, mamãe. – A pequena se defendeu e Beck pareceu impressionado : o jeito em que ela sorria, a maneira em que falava ou olhava as coisas... Ela era exatamente a cópia de Jade.

Agora ele tinha duas garotas perfeitas.

–-

Enquanto a pequena Elizabeth descobria a funcionalidade do Livro para Colorir no meio da sala, Jade e Beck discutiam escondidos pela cozinha.

– E desde o mal entendido da festa, não nos falamos mais. Até então virarmos... Namorados. – Beck mordeu os lábios quando Jade terminou de falar sobre aqueles dois últimos anos insuportáveis.

– Eu não quero você com ele. – E ele foi frio mais uma vez, olhando uma foto da Jade e do infeliz sorrindo e de mãos dadas, na frente de um estúdio.

– Eu não tenho escolha! – Ela sussurrou. – Nem você! Eu preciso deixar Liz com o Jonas, ela pensa que ele é o pai dela. O que aconteceria se eu levasse para longe dele? O que aconteceria com a gente?

– Eu poderia me aproximar dela, assim isso não seria uma experiência tão ruim.

– Beck não!

– Por que não? Você não me ama mais?

– É claro que eu te amo. – Ela olhou para ele. Jade suspirou, cansada de brigar. – Eu não posso fazer isso com ela. E minha carreira? Como ficaria?

– Jade, você parece tão boba!

Ela arregalou os olhos. – Está me chamando de idiota?

– Não! – Ele gritou com ela. – Do mesmo jeito em que conseguiu um contrato aqui, consegue em qualquer outro lugar do mundo. Podemos esperar minhas gravações acabarem e voltamos para Los Angeles, juntos, com Liz.

– Beck... – Jade mordeu os lábios, segurando as lágrimas. – Não. Você nem a conhece.

– Ela é minha filha. – Ele levantou uma sobrancelha. – O que quer dizer com isso?

– E se você não aguentasse ser pai? E se tomasse o tempo que precisa em sua carreira? Eu não quero ir por minha mãe, Chris, Liz... É grande a mudança e os riscos? Beck, e se você me abandonasse?

– Eu... – Ele se levantou da cadeira e foi até ela, pegando em sua mão. – Não te abandonaria – Beck selou um pequeno beijo nos seus lábios. – O que te faz pensar isso?

– As responsabilidades. Você vai ser um pai?

– E você uma mãe. – Ele brincou, beijando os lábios dela. – Como isso é possível?

Jade ficou séria, não por raiva dele e de sua patética piada sobre a frieza dela, mas por pensamentos afundando sua mente. Jade suspirou e passou a mão no cabelo macio dele.

– Eu vou falar com você depois. – Ela queria deitar e se esconder, ela não queria que a vissem chorar, doía até segurar as lágrimas.

– M-Mas... – Beck olhou confuso para ela, ele ainda não queria ir.

– Beck vai embora. – Jade suspirou, também não querendo se distanciar dele. – Jonas estará chegando em breve. E Cat deve estar preocupada e o melhor agora é você ir. Eu te ligo amanhã.

Ele foi puxado por Jade mais uma vez, passaram pela cozinha e agora seguiam a direção da porta da frente.

– E... Liz?

– Ela... – Jade olhou para o chão. Não sabia o que aconteceria no futuro, e por enquanto não queria que Liz fizesse laços afetivos com o Beck. – Depois.

Aqueles dois corações doeram.

E então ela o empurrou para a porta, o permitindo dar um beijo rápido e forçado, assim a fechou logo em seguida. Jade olhou para os seus pés e abafou um grito com a mão.

Jade conseguiu segurar suas lágrimas ao perceber que Liz estava ali, embora ainda não prestava atenção a nada ao seu redor. Ela sorriu grandiosamente e foi até a filha, tentando descobrir o que ela fazia.

Jade não conseguia acreditar no que havia acontecido nessas últimas horas.

5 horas mais tarde.

A neblina e o frio marcaram a janela brilhante. Jade abriu a persiana e seus olhos se arregalaram em alegria, ao ver que estava acontecendo um de seus climas favoritos.

Chuva.

Os pingos começaram a se formar mais ainda, pela partida de um trovão. Logo, a chuva começou a escorrer pelas janelas e Jade apenas observou como sua respiração embaçava o vidro.

Ela queria ele de novo.

Não fazia nem quatro horas que Beck havia saído de sua casa e ela não aguentava esperar até amanhã e ligar para ele, como combinado.

Ela queria o beijar e fazer coisas que sua mente a mandava.

Ela queria ele.

Não dava para aguentar.

Mas e Liz? E o que aconteceria se ela descobrisse o seu pai verdadeiro? E se não aceitasse Beck? Droga, isso nunca iria acontecer. E se sentisse saudades do estúpido do Jonas? Ou o que Jade faria se tivesse que ir para longe do Beck novamente, se ele não aguentasse cuidar de uma criança?

Isso tudo poderia acontecer se ela simplesmente falasse com ele de novo.

Mas ela queria tanto.

Que se dane os riscos, Jade pensou.

A morena correu para o sofá e procurou seu celular por meio das almofadas. Ela sorriu ansiosamente ao achá-lo, e não demorou muito para discar o número da Cat.

Jade queria que Cat a levasse até Beck, assim faria uma surpresa. Sim, surpresa não era o forte dela, mas aquele dia seria uma exceção.

Ring.

Ring.

Ring.

– JAAAAAAAAADIEEEEEEY! – Cat gritou, Jade afastou o celular da orelha com uma careta.

– Cat, oi. – Ela foi fria, impaciente. – É... Você está ocupada agora?

– Sim. – A ruiva pareceu viajar.

– O que você está fazendo? – A curiosidade invadiu a voz da Jade.

– Tomando chá com o Sr. Purple. – A ruiva riu e Jade revirou os olhos, um suspirou saiu de seus lábios. Ela nunca mudaria.

– Pode me levar onde o Beck está morando? – A mais alta insistiu com uma voz manhosa, e ela jurou para si mesma que não faria isso novamente. Mas lembrou-se logo em seguida, como uma desculpa esfarrapada, hoje era o dia da exceção.

– Sim, é claro! – Cat deu gritinhos. – Quando?

– Agora.

Assim a ruiva concordou e se despediu, Jade sorriu e desligou. Olhou para o relógio e correu para cima, hora de fazer o cabelo e maquiagem!

Ao descer novamente as escadas e olhar para si pela milésima vez, Jade sorriu e pegou seu celular, verificando a hora. Levou um susto ao ouvir a porta sendo aberta.

– Ei... – Ele parou. – Jade.

– Olá, Jonas. – Ela sorriu, tentando parecer normal.

– E... Você... Está linda. – Os olhos dele estavam vidrados nela.

– É... – Jade riu sem graça. – Eu estou indo... Para a casa da Chris.

Jonas entrelaçou as sobrancelhas. – E isso tudo apenas para encontrar a Chris?

– É, humor de mulher. – Jade foi até ele e o beijou nos lábios rapidamente, sentindo aquele gosto que a deixava enjoada. – Não me espere voltar, é noite de comprar e pijamas de meninas. Até logo.

A morena se virou e começou a andar até a porta. Oh Deus.

– E Liz? – Ela ouviu a voz de Jonas, aparentava preocupação.

– Está com a... Minha mãe. – Ela mentiu, na verdade, era Chris que estava cuidando de Liz agora. – Eu pego ela depois, beijos e tchau!

Jade rapidamente fechou a porta atrás de si, suspirando em alivio por suas mentiras. Bom, Beck havia voltado e isso fazia o coração dela sair do lugar... Mas de qualquer forma, iria continuar com aquele jogo de ódio e “amor” com o Jonas.

Tudo por Liz, Jade. Tudo por Liz.

Ela pensou.

Não demorou muito e ela avistou o carro da Cat chegando e logo estacionando na calçada, a frente de sua casa.

–-

– Obrigado, Cat. – Jade falou, já saindo do carro.

– ESPERA! – A ruiva gritou. Jade se assustou e olhou para ela confusa. – O que você veio fazer aqui?

– Ah.. – Jade respirou fundo. – Resolver algumas coisas com ele.

Um sorriso abriu-se no rosto da ruivinha. – E vocês vão voltar juntos e viverão felizes para sempre em um castelo açucarado com Liz sendo uma princesinha?

– O que? – Jade olhou para Cat como se ela fosse uma louca. Mas na verdade, ela era. – Não! Olha, obrigado. E eu te vejo mais tarde.

Jade saiu do carro e suspirou em alívio, logo seus pés a levaram para o interior dos apartamentos. Sempre buscando o número 112.

–-

Ela tocou a campanhia, batendo o pé no chão, ansiosa. A cada segundo seu coração pulava mais. Ela precisava dele.

– Beck... Vamos Beck... – Ela sussurrou, nervosa. – Vamos.

Um sorriso automático venceu seu orgulho e abriu-se em seu rosto ao ver o moreno parado em frente a porta.

– Olá Jade... – Ele sorriu, seus olhos vagavam por ela. – E... O que você está fazendo aqui-

Ele foi interrompido por um beijo desesperado dela. Beck não hesitou em corresponder.

– Eu pensei que você não me quisesse mais! – Ele brincou rindo, assim que quebrou o beijo.

Ela sorriu enquanto olhava para o chão. – Não seja convencido, Oliver.

– E então... – Ele deu passagem para ela entrar. – Seja bem vinda.

Jade revirou os olhos e entrou. Ela olhou impressionada o lugar. E não era nada ruim...

Ela olhou para ele. – Eu adorei a decoração.

Jade poderia estar falando da maioria dos objetos que continham a cor preta ou escura, ou então o esforço do Beck para montar um apartamento onde tudo faça o lembrar dela.

– Obrigado. – Ele foi até ela e pegou em sua mão. – O que te traz aqui?

Jade levantou uma sobrancelha. – Não me quer por perto? – Ela tentava reprimir um riso.

– É claro que eu quero! – Ele praticamente gritou, a fazendo rir.

Jade passou a mão nos botões da camisa xadrez dele. Sempre o mesmo Beck. Automaticamente, ele a abraçou.

– Senti saudades. – Ela suspirou. Normalmente Jade não falaria algo assim, e ele brincaria com isso... Mas percebeu que não era uma boa hora.

– Eu também. – Ele beijou a testa dela. – Eu te amo.

– Vai me amar mesmo com Liz? – Ela escondeu o rosto em seu pescoço.

Aquilo parecia tão doloroso para Jade. Beck olhou para ela, apenas para ter certeza de que ela havia falado sério. – Por que ainda pergunta isso? É claro que eu te amo e amo Liz. O que te faz pensar ao contrário?

– Eu não quero falar sobre isso. – Ela resmungou. –... Me beije.

Beck fez o que ela tinha pedido. Obviamente por que era o que ele queria fazer toda a vez que a via. Jade passou os braços pelos ombros dele e conseguiu tocar naquele cabelo em que ela amava tanto, mesmo nunca admitindo e sempre dizendo que iria cortá-lo. Beck a segurou pela cintura, tentando se convencer de que realmente era ela em seus braços, e não mais uma ilusão.

– Não acredito que você está aqui. – Ele quebrou o beijo por falta de ar e escondeu seu rosto no cabelo dela.

Ela revirou os olhos e escondendo um sorriso, o beijou. – Agora acredita?

Ele riu. – Não tem como não acreditar.

Beck a segurou no colo, beijando seu pescoço e faltando concentração para andar através do corredor.

Não demorou muito, e logo depois de quebrarem um jarro que estava em cima de uma das estantes e quase caírem ao tentarem abrir uma porta, eles já se encontravam na cama com peças de roupas jogadas no chão frio.

Agora

Pov Jade

Acordei com o despertador barulhento, irritante. Abri meus olhos devagar, para eles não queimarem a luz do sol. Senti um cheiro tão delicioso, o perfume dele... Oh meu Deus! Beck! Ele está aqui realmente e nada foi um sonho!

Abri completamente os olhos e o encontrei olhando para mim. Do meu lado, deitado em uma cama que eu só sabia que era grande e confortável.

Me assustei um pouco, já que não imaginava ele estar acordado. Me sentei na cama, ainda olhando confusamente para ele.

– Bom dia. - Beck pareceu normal e beijou minha testa. Sorri um pouco e continuei o fitando. Ele tinha uma voz rouca sexy e a aparência dele de manhã parecia tão tentadora...

– Por que estava me olhando? - Eu perguntei.

– Só estava te observando dormir... - Ele olhou para as mãos. Parecia um pouco nervoso.

– Por que? E a quanto tempo você está fazendo isso? - Levantei uma sobrancelha, cruzando os braços por cima do lençol branco.

– Por que você é perfeitamente mais linda quando dorme. - Ele disse e eu revirei os olhos. - E eu te garanto, que não estou fazendo isso a mais de ... Hãn, 10 minutos.

Na última frase, Beck olhou para todos os lugares do quarto, menos para os meus olhos. Sinal de que não era a verdade. Suspirei com aquele friozinho íntimo na barriga, reprimindo um sorriso.

Eu estava me sentindo tão completa desde ontem. E só de olhar para ele eu já sentia um sorriso se enchendo em meu rosto. Simplesmente por não acreditar como ele ficou tão mais lindo... E perfeitamente do jeito dele. É claro, que algumas coisas mudaram, como : a atitude mais hesitante de um garoto, para um homem seguro e selvagem. Um James Dean só meu.

Sorri amplamente sem perceber, Beck notou. Estranho, eu pensei que ele também estava desligado do mundo, pensando em algo.

– Por que está sorrindo? - Ele pareceu alegre por minha mudança de humor.

– Por nada. - Apaguei o sorriso e me sentei mais perto dele, passando um braço por seu ombro. - É bom te ter de volta.

Usei meu tom normal. Mas, feliz.

– E é maravilhoso te der de volta. - Ele deu uma ênfase engraçada. Eu ri e bati no seu braço.

– Não seja uma seiva. - Resmunguei. Ele pareceu se aquietar, nos deitamos na cama e eu fiquei com minha cabeça em cima de seu peito – sentindo seu coração bater junto ao meu - , ficamos em um silencio confortável por minutos, horas, não sei.

Pensei em minha filha.

– Estou com saudades de Liz. - Falei em um tom de voz baixo.

– Eu também estou, Jade. - Ele suspirou tristemente. - Eu quero vê-la de novo.

Por mais que fosse o meu desejo há tempos, eu não queria mais que Beck e Liz se aproximassem por agora, eu precisava pensar. Olhe para mim, para minha vida! Eu não posso sair por ai tomando decisões que vem do meu coração, eu necessito escolher o melhor não só para mim, mas para Elizabeth também.

E o melhor agora, não é que Beck e ela comecem a se ver. Liz faz amizade forte com qualquer um que passa a visitá-la, e se isso acontecer com ele... - Eu não sei se quero contar ao Jonas tão cedo.

Senti medo. Eu realmente não o conhecia o suficiente para ter segurança nele.

– Beck... - Respirei fundo, com uma dor no meu coração. - E-Eu não quero que veja Lizzie por agora.

Eu estava recusando o amor da minha vida, pai de minha filha, vê-la! Eu sou um monstro.

– O que? - Ele se sentou na cama, me sentei também e o observei preocupado. - Por que não?

Ele parecia sentir... Raiva, dor.

– Porque... Se você começar a ver muitas vezes, ela vai começar a criar uma amizade com você... E eu não quero ter que cortá-la depois. - Expliquei sem jeito. Ele levantou uma sobrancelha em indignação.

– Mas por que você cortaria isso? - Ele começou a levantar o tom de voz. - Eu sou o pai dela!

– Eu sei, Beck... Mas... - Suspirei. - Eu preciso pensar! Você chegou ontem.

– Você foi embora seu dizer nada. - Ele debateu, irritado. Segurei a vontade de gritar e de me esconder, para chorar escondida. Era tão estressante ter isso tudo acontecendo ao meu redor... Era como se eu tivesse um amante, e minha filha fosse dele, e não do "pai" dela.

Mas era exatamente isso que estava acontecendo, na verdade, quase.

Eu mordi meus lábios e me levantei da cama, ignorando a respiração pesada de Beck ou então seus olhos sobre meu corpo e andei pelo interior do apartamento, procurando minhas roupas que foram jogadas pelo chão ontem a noite.

Eu iria pegar Liz, iria para casa e esperaria Jonas ir para a tal viagem. Assim, poderia tirar um tempo livre com Beck, Cat... E quem sabe, rever a Vega?

Quando acabei de me vestir, peguei minha bolsa e voltei para o quarto. Beck ainda estava na cama. Me esperando, com um sorriso bobo. Revirei os olhos e o beijei rapidamente.

– Eu estou indo para casa. Não sinta saudades tão cedo, eu te ligo.


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Notas finais do capítulo

O que acham deste? Especialmente vc, Miss Grey, hoho, e toda a atmosfera pesada do começo deste cap? Está a sua altura?
A-M-E-I incrivelmente muitoooo todos os reviews passado e meu sonho realizado de finalmente ter postado isso, haha. Eu apenas não os respondi por falta de tempo mesmo, mas assim que der. Logo estarão respondidos! ♥