Never Forget You escrita por KaahEvans


Capítulo 15
Conexão


Notas iniciais do capítulo

Oi minhas lindjas, como estão? Demorei, né? HAHA' Culpa de vocês que não comentam U_U
Bom, eu gostei desse capítulo e espero que vocês gostem também :)
Boa leitura!



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O som da chuva batendo na janela era reconfortante e ao mesmo tempo perturbador. Era um alivio pelo menos ouvir algo que não fosse o som falso de meu coração batendo, mas ao mesmo tempo, o som estava me irritando.

Não é que eu não gostasse da chuva, na verdade, a chuva sempre foi um evento fascinante para mim. Era incrível sentir o mistério que cada uma daquelas pequenas gotas que caiam do céu trazia.

Eu passei minha vida humana praticamente inteira em um lugar onde só nevava. Nevava vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana e doze meses por ano. Tudo bem, eu posso estar exagerando, mas a neve realmente me sufocava. Era por isso que eu amava tanto o sol e também era por isso que eu quase gostava da chuva.

- Que saco essa chuva. – Edward reclamou. Ergui uma sobrancelha para ele. Ele amava a chuva tanto quanto eu amava o sol. Se eu não soubesse melhor, pensaria que ele estava lendo minha mente. – O som está perturbando meus pensamentos. – ele explicou ao notar meu olhar cético.

- Comigo está acontecendo o contrário. – falei.

Já estava amanhecendo. Eu não teria notado isso se eu fosse humana, devia ser quase 6 da manhã, mas estava tão escuro que um humano não diferenciaria essa hora para meia noite se olhasse simplesmente para a claridade, ou a falta dela.

O clima tinha melhorado bastante entre eu e Edward. A tensão que girava entre nós depois que terminei de contar minha história não havia desaparecido, e toda vez que eu olhava nos olhos de Edward, eu sentia que nunca desapareceria completamente.

A dor que eu via nos olhos dele me fazia sentir dor, mais do que eu já sentia. E o pior de tudo era saber que toda essa dor era por minha culpa. Eu era companheira dele, eu devia fazer de tudo para deixá-lo feliz, mas não. Eu era a única que tinha trazido dor e tristeza para a vida dele. Eu tinha que ter a história de vida mais trágica do mundo!

- Ei, o que foi? – Edward perguntou enquanto passava um dos braços por minha cintura e usou a mão livre para erguer meu queixo para que eu pudesse encontrar seus olhos. – Por que esse olhar triste... de novo?

Encontrei os olhos dele e vi aquilo que eu mais temia. A mesma dor de algumas horas atrás estampada em seus olhos de topázio. Minha dor se intensificou, eu precisava fazer algo para tirar toda essa angustia dele. Eu precisava, mas eu não tinha ideia do que fazer.

- Eu odeio isso!  - falei sem desviar meus olhos dos dele. Ele franziu a testa em confusão, mas não perguntou nada. Eu continuei. – Odeio o que eu estou fazendo com você!

Lágrimas de frustração desceram por minhas bochechas.

- Do que você ta falando? – Edward apertou os olhos ao pronunciar as palavras.

- Eu estou falando que eu estou farta! Todo lugar que eu vou, todas as pessoas que conheço... Não consigo deixar ninguém feliz! Só levo infelicidade pra todo mundo, Edward. – balancei minha cabeça de um lado para o outro. Fechei meus olhos com força e deixei que as lágrimas caíssem. Não fiz nenhum movimento para limpá-las. Chorar era raro para mim, e toda vez que acontecia era como se uma tonelada fosse tirada de meus ombros.

- Eu odeio isso também! – abri meus olhos e o olhei espantada. Ele concordava com isso? Então, ele se sentia infeliz ao meu lado e só agora, horas depois de prometer que nunca mais ia me deixar ele percebeu o quão quebrada eu era? – Eu odeio ter que olhar pra você e...

Ele fechou os olhos com força e fechou as mãos em punhos. E então ele se virou e saiu do próprio quarto batendo a porta com força.

Abri minha boca em choque. Ele estava mesmo indo embora? Mesmo depois de tudo que me disse essa noite? Meu coração doía, mas eu não ficaria ali parada vendo-o se afastar de mim. Caminhei a passos largos e pesados para fora do quarto, tranquei o maxilar devido à súbita raiva que me dominou naquele momento.

Eu estava com raiva de Edward por me deixar desse jeito. Eu sempre fui independente, nunca precisei de ninguém. Eu me afastava ao máximo das pessoas desde que me livrei de James. Sempre me senti insegura ao deixar alguém entrar na minha vida, porque eu sempre soube o que aconteceria no final. Eu sabia que no final eu ficaria sozinha, porque eu nunca fui boa o suficiente.

Desci até o andar de baixo e parei ao pé da escada, próxima ao piano. Estaquei no lugar completamente espantada com o que eu estava vendo. Eu jamais imaginei que veria a cena que se desenrolava a minha frente, mas eu estava vendo. A raiva subitamente foi substituída por preocupação. Franzi a testa dando uns passos lentos em direção a ele.

Edward estava sentado no banquinho e seu corpo estava inclinado contra seu piano preto. Suas costas curvadas tremiam e um ruído estranho se fazia ouvir ali. Demorou menos de um segundo para que eu percebesse o que estava acontecendo. Edward estava chorando.

Aquilo era totalmente diferente de tudo o que eu já tinha visto na vida. Eu viajei para tantos lugares, conheci tantas pessoas de tantas culturas diferentes e nada me impressionou mais que aquilo.

Eu sempre pensei em vampiros como seres sem sentimentos, sempre pensei que vampiros não sentissem as coisas de forma tão intensa como os humanos. Eu pensei que isso só acontecia comigo! Mas eu estava errada, e a prova estava bem a minha frente. Porque, afinal, como um ser sem sentimentos poderia sentir uma dor que não era sua?

Sentei-me no banco ao lado de Edward e ergui minha mão para acariciar os cabelos dele. Ele parecia relaxar um pouco com o meu toque, mas mesmo assim não levantou a cabeça para me olhar. Eu supus que ele estava com vergonha de seu estado.

- Edward? – o chamei e parei por um segundo a caricia que eu estava fazendo em seu cabelo. – Edward, olhe pra mim.

Ele levantou os olhos dessa vez.

Os olhos dourados de meu Edward brilhavam, mas não era o brilho que eu estava acostumada. Nos olhos dele sempre havia alegria, felicidade e amor, mas agora eu só podia ver o brilho das lágrimas presas em seus olhos. Lágrimas que jamais cairiam.

- Me perdoa. – sussurrei. Novas lágrimas se juntaram em meus olhos, eu não queria que elas caíssem, mas não consegui impedi-las.

Edward estendeu a mão e a passou em minhas bochechas enxugando as lágrimas, mas quanto mais ele as secava, mais lágrimas caiam. Ele aproximou seu rosto do meu e beijou minhas lágrimas de veneno. Sorri carinhosamente para ele. Mas então, lembrei-me do porque de estarmos nessa posição.

- O que você estava dizendo mesmo? Lá no quarto... – perguntei me lembrando exatamente das palavras que ele pronunciou.

“Eu odeio olhar pra você e...” uma dor já conhecida se fez presente conforme eu pensava no que ele queria dizer.

- Ah, você adora estragar o clima. – ele estalou a língua bem humorado. Continuei encarando-o para que ele soubesse que eu não estava brincando.

Ele se sentou ereto no banco do piano e respirou fundo. Eu sabia que ele não queria voltar ao assunto, e na verdade, eu também não. Mas eu precisava ouvir o que ele pensava, o que ele sentia. E mesmo sem dizer nada, eu sabia que ele também precisava colocar isso pra fora.

- Eu... Eu odeio isso. – ele começou inseguro. – Eu odeio ter que olhar pra você e... E ver tanta dor em seus olhos, Bella. Isso me machuca!

Senti a sinceridade de cada palavra como se ela tivesse se materializado. A forma que ele disse aquelas palavras não deixava espaço para qualquer duvida. Ele continuou:

- Eu odeio o que ele fez com você! – sua voz era feroz agora, e mesmo assim ainda soava como veludo. – Odeio que você tenha que sofrer pela crueldade de um monstro. Quando te conheci prometi a mim mesmo que não deixaria nada acontecer com você. Nada! E então, você é vitima de uma das maiores atrocidades que alguém poderia cometer. Talvez se tivéssemos escutado, se tivéssemos procurado mais, isso não teria acontecido... Eu...

Edward começou a falar comigo, mas agora ele parecia divagar para si mesmo. Eu estava confusa, o que ele falava não tinha muito sentido. Pelo menos para mim, pois ele parecia bem certo do que dizia.

- Edward – ele parou sua divagação e manteve sua atenção em mim. – você não poderia ter feito nada, afinal, não nos conhecíamos naquela época. – uma emoção desconhecida por mim brilhou em seus olhos com minhas ultimas palavras. – E você não poderia me procurar... Você nem sabia que eu existia naquela época.

Agora outra emoção tomou conta de Edward e essa eu pude reconhecer. Cada poro de seu corpo exalava determinação, ele abriu a boca e pronunciou as palavras.

- Bella, eu tenho algo para te contar... É sobre sua mã...

- CHEGAMOS! – uma voz de sinos o interrompeu.

Edward tombou a cabeça para trás, fechou os olhos e bufou de irritação.

Logo atrás de Alice estavam Jasper, Rosalie e Emmett. Carlisle e Esme estavam longe de minhas vistas. Respirei e percebi que não havia nenhum sinal do cheiro deles por perto. Perguntei-me onde eles poderiam estar, mas minha atenção se voltou para Rosalie que encarava Edward com uma expressão mortal.

- O que aconteceu? – sua voz emitia toda raiva que sua expressão mostrava. Franzi a testa por um segundo me perguntando o motivo da repentina raiva de Rosalie. Um vampiro poderia ser bipolar?

- Não aconteceu nada que te interesse! – Edward rebateu chateado. Ele parecia sério sobre o que ele queria me contar e seja o que fosse eu sabia que ele tinha perdido a coragem no segundo que Alice anunciou sua chegada. Mas eu faria ele me contar, de um jeito ou de outro ele me contaria.

- Como não? Por que ela está chorando? – a voz de Rosalie aumentou algumas oitavas. E só depois de suas palavras eu percebi que havia algumas lágrimas de veneno molhando minhas bochechas. Passei a mão limpando-as, e agradeci internamente por só corar quando eu quisesse.

Jasper me ofereceu um sorriso e uma onda de calma varreu meu constrangimento para longe, dei-lhe um sorriso de agradecimento. A calma que Jasper emitiu não pareceu fazer efeito em Rosalie, pois ela continuava a encarar Edward com uma expressão assassina.

Eu não sabia quando a super proteção de Rosalie para comigo começou, afinal quando eu cheguei aqui ela parecia indiferente a mim, mas de alguma forma, eu gostava da sua super proteção. Não era uma coisa forçada, era natural para ela. E por mais que eu não fosse admitir isso em voz alta, eu me sentia segura perto dela.

- Rosalie, não...

- Edward não fez nada demais se é o que quer saber. – sorri tranquilizando-a. – Estávamos apenas conversando.

Ela olhou cuidadosamente para Edward, analisando-o. Depois de uns segundos, percebendo que não obteria a resposta que queria, Rosalie suspirou. Ela caminhou em minha direção e me deu um abraço apertado.

A abracei de volta e sorri.

 Era estranho conhecê-la há tão pouco tempo e me sentir assim, eu sabia que esse sentimento estranho que eu nutria por Rosalie não era porque ela é irmã de Edward. Eu também não a via como uma amiga, era apenas estranho. Desde o dia que tive minha crise emocional essa semana e o único ombro que eu tinha para chorar era Rosalie, eu senti algo. Quando ela falava, eu sentia que já tinha escutado aquela voz antes, quando ela me abraçava e eu sentia o cheiro dela de perto, eu sentia que já havia sentido aquele cheiro antes, mas não era nada perto do que eu já havia sentido. E eu me lembraria disso, é claro que eu lembraria.

Nós só tínhamos... Uma conexão.

- Senti sua falta. – ela disse e se afastou do abraço para olhar meu rosto.

- Eu também senti. – sorri largamente.

Olhei para seu rosto e procurei no fundo da minha mente por um rosto semelhante, mas eu não encontrei. Eu sentia que estava lá, mas eu só encontraria em uma parte de minhas lembranças que eu não me arriscava a pensar por muito tempo.

- Vamos pessoal. – Alice falou com sua voz estridente. – Hora de nos arrumarmos para a escola! – ela cantarolou.

Emmett gemeu e se jogou no sofá branco da sala. Eu podia jurar que a casa inteira tremeu com aquilo.

- Eu tenho uma ótima idéia. Por que todos nós não faltamos aula hoje, hein? – Emmett sugeriu dando um sorriso bobo.

Jasper revirou os olhos, mas não falou nada. Eu ri da cara que Emmett fazia. Somente ele tinha a capacidade de me fazer rir até mesmo sem dizer uma palavra.

Virei-me para subir as escadas para o andar de cima, antes que eu pudesse dar um passo Emmett estava ao meu lado e passou um dos braços ao redor de minha cintura. Dei-lhe um sorriso e ele beijou minha bochecha.

- Como vai, Belly? – ele perguntou usando o novo apelido, aquele que só ele tinha permissão de usar.

- Estou ótima! – não era completamente verdade, mas eu não diria a família Cullen sobre o meu passado, pelo menos não agora.

Ao pensar nisso me dei conta de que provavelmente Alice tinha visto toda minha conversa com Edward. Olhei para trás, mas Alice não estava lá. Ela provavelmente havia subido enquanto eu falava com Emmett.

- Então... – Emmett continuou. Subimos as escadas enquanto ele falava. – Você e Edward ficaram a noite inteira em casa, sozinhos...

Mesmo estando de costas a Edward, eu sabia que Edward tinha virado a cabeça em nossa direção, e mesmo sem estar vendo-o eu tinha certeza que Edward estava fulminando Emmett com os olhos. Eu não lia mentes, mas eu sabia onde Emmett queria chegar. Sufoquei uma risada imaginando o que ele estava pensando. Ah, se ele soubesse como essa noite foi tensa...

- Claro que ficamos sozinhos. Com quem mais poderíamos ficar? – perguntei no tom mais inocente que consegui. Em menos de um segundo Edward estava do meu outro lado, ele pegou minha mão e a apertou com força.

- Não é com quem vocês estavam, mas sim o que estavam fazendo. – apertei meus lábios evitando que uma risada escapasse de meus lábios. Pois, apesar de o que Emmett estava sugerindo fosse bastante engraçado aos meus ouvidos, o tom dele era extremamente sério.

Edward exalou exasperado. Ele estava irritado.

- Emmett, pode parar! – Edward falou comprimindo os lábios.

Paramos em frente ao quarto de Edward. Emmett tirou a mão de minha cintura e as ergueu como em sinal de rendição.

- Eu só estou fazendo meu papel Edward! – Emmett piscou. Por um segundo eu pensei que o papel que Emmett se referia era tipo o de um irmão mais velho, mas ao olhar para seus olhos e depois para os olhos de Edward eu percebi que era algo mais além.

- Emmett. – Rosalie o chamou do quarto, ele foi até ela.

Entrei no quarto de Edward e comecei a rir pela conversa estranha. Edward ainda parecia um pouco chateado, imaginei que fosse pelo tipo de pensamentos que Emmett estava tendo. Mas alguns segundos depois ele não aguentou e riu também. 

--

Desci do carro e tirei meus óculos escuros. Edward deu a volta pelo volvo e segurou minha mão. Ele se inclinou um pouco e me deu um demorado beijo na bochecha, depois seus lábios foram direto para os meus e ele me beijou com paixão. Ele me prensou contra o volvo e continuou a mover seus lábios contra os meus, só paramos quando Emmett passou por nós e agarrou a gola da camisa de Edward, fazendo-o se afastar de mim.

Eu ri e olhei ao redor para saber se alguém tinha visto nosso showzinho. Todos os estudantes da escola estavam no estacionamento e todos no estacionamento estavam olhando para nós. Eu realmente não me importava com atenção excessiva, mas o exibicionismo de Edward me irritou.

Edward segurou minha cintura e ficamos encostados no volvo esperando o sinal tocar. Edward olhou diretamente para Mike e sorriu presunçosamente. Entendi imediatamente porque ele fez aquilo.

Dei uma cotovelada nele e sussurrei um “idiota” sob minha respiração. Ele somente riu e beijou minha bochecha de novo. Alice sorriu para nós e abraçou a cintura de Jasper. Emmett e Rosalie só nos olhavam com expressões estranhas. Eles dois pareciam pais presenciando um amasso da filha adolescente com o namorado no sofá da sala.

- Ei, Bella. – todos os Cullen miraram seus olhos na pequena garota que tinha parado timidamente a minha frente.

- Oi Angela! – a cumprimentei animadamente e sorri largamente para ela. Ela olhou os Cullen pelo canto do olho e eu pude perceber que ela havia se arrependido de ter vindo falar comigo. Pela sua linguagem corporal eu supus que ela queria correr dali. Eu não a culpava, os Cullen eram meio esquisitos até para vampiros. Comprimi um sorriso. – Oh, conhece os Cullen e os Hale, certo?

- Oi. – ela sussurrou. O tom de voz dela denunciava o medo natural que todo ser humano sentia perto de vampiros.

- Vou pegar meu livro de trigonometria no armário... Vem comigo Angela? – me soltei do abraço de Edward enquanto falava. Ele fez um movimento sugerindo que ia junto, mas lhe lancei um olhar para ele continuar onde estava e voltei-me para Angela.

- Claro. – ela sorriu agradecida e acenou uma despedida aos Cullen. Alice e Emmett acenaram de volta e Edward deu-lhe um sorriso amigável. Bom.

- Então, você e Edward, hein? – Angela sorriu conspiratória.

- Pois é. Foi tão repentino. – sorri largamente.

- Não quero ser enxerida, mas como aconteceu? – ela corou um pouco, mas continuou sorrindo.

- Não está sendo enxerida. – eu ri. – Bom, foi só... – eu não sabia como explicar nosso relacionamento. Era algo tão... Indescritível.

- Eu entendo. – ela falou baixinho soltando uma risada. Balancei a cabeça e a olhei.

- Não entende, não. Nem eu entendo. Foi só... foi só olhar pra ele e eu já soube que era pra ser. Eu não esperava encontrar nada aqui em Forks e de repente... eu encontrei tudo!

Um sorriso bobo enfeitou meu rosto e eu sabia que estava parecendo uma idiota, mas naquele momento não me importei. Angela suspirou com um olhar pensativo. 

O sinal tocou e me despedi de Angela. Entrei na minha aula de trigonometria e me sentei em meu lugar ao lado de Jessica. Ela estava sorrindo de orelha a orelha antes que eu me sentasse, eu sentia o que estava por vir.

- Ah, Bella. Senti sua falta. – sorri docemente para ela. – Você nos abandonou, os pobres humanos depois que começou a andar com o Edward. Vocês estão namorando ou o que?

Revirei os olhou rápido demais para seus olhos humanos notarem e sorri tanto quanto ela.

Senti sua falta também Gossip Girl.

- É. Nós estamos namorando. – soava tão estranho dizer isso em voz alta. Edward era muito mais do que isso para mim.

- Ai meu Deus! – sua voz nasal gritante atraiu todos os olhares da sala de aula. Franzi o cenho. – Então, vocês estão juntos? Juntos mesmo? Você gosta dele?

- Eu não estaria com ele se não gostasse. – continuei sorrindo e falando num tom de doçura falsa, mas a Gossip Girl já estava acabando com a minha paciência.

- E ele gosta de você? – a voz dela era empolgada e feliz, mas eu podia sentir a falsidade e a inveja por debaixo da fachada de amiguinha.

- Pergunte a ele. – sorri ainda mais quando a vi trincar os dentes.

Felizmente o professor entrou na sala e pediu silêncio. Jessica virou pra frente e não disse mais nada depois disso. 

Não tive mais nenhuma aula com Jessica e apenas uma com Angela, mas não sentávamos perto uma da outra. A hora passou rápida e quando menos percebi já era hora do intervalo.

Conforme eu passava pelo corredor ouvi a maioria dos alunos comentando sobre um novo membro na escola que havia chegado hoje. Estranho.

“Ele é lindo!”

“Ele é tão perfeito que nem parece humano!”

“Eu o ouvi falando na aula de espanhol, e meu Deus, que sotaque!”

“Ele é tipo uma versão estrangeira de Edward Cullen.”

Eu ri com esse ultimo comentário. Quem no mundo poderia ser tão perfeito a ponto de ser comparado com Edward?

Entrei no refeitório e logo localizei os Cullen sentados na mesa deles, a mais afastada do refeitório. Sentei-me entre Edward e Jasper.

- Eu peguei sua comida. – Edward falou ironicamente. Sorri divertida.

- Ah, obrigada! – peguei uma fatia de pizza que estava na bandeja e enfiei inteira na boca. Mastiguei bem devagar sentindo o alimento humano na minha boca e depois engoli fazendo um som de satisfação.

Olhei para os cinco vampiros na mesa. Todos me olhavam com expressões chocadas e enojadas. Eu ri ainda mais.

- Como você pode comer essa coisa nojenta? – Jasper perguntou franzindo o nariz.

- Não é nojento para mim. – falei tranquilamente e mordi uma maçã.

- Então, você come comida humana? – Emmett perguntou lentamente, os olhos dele brilhavam com o que eu imaginei ser alguma idéia brilhante que ele tinha acabado de ter.

- Eu posso comer, mas não me satisfaz.

Emmett ia dizer mais alguma coisa, mas a porta do refeitório se abriu e então todos nós fomos atingidos pelo cheiro de outro vampiro.

Fiquei tensa imediatamente, pensando no que outro vampiro poderia querer por aqui. Mas um segundo depois reconheci o cheiro.

Virei-me para ver o vampiro com cabelo loiro escuro e olhos dourados caminhar em direção a nossa mesa com um imenso sorriso nos lábios.

Um sorriso se formou lentamente em meus lábios enquanto eu o observava. Eu realmente não poderia ficar mais feliz do que agora. Thierry estava aqui.


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Notas finais do capítulo

Ei, gostaram do capítulo? Comentem muito *---*
Bom, não deixei isso bem claro no capítulo porque esqueci, mas a Alice NÃO viu o que a Bella contou pro Edward, da história dela, do James e tal... Ela NÃO viu nada!
Bom, estou esperando meus reviews e minhas recomendações! :D
Beijos *---*