Caçadores Scofield escrita por ErikaGuedes
Notas iniciais do capítulo
Bom espero que gostem >.
(Ronnie)
Logo entrei no carro, com os babacas do meu irmão e meu primo que já me esperavam.
- E aí, o que encontrou Ronnie? - perguntou Petter.
- Este é o problema! - parei por um instante à fitar suas faces confusas. - Não sei se tem algo à encontrar. Quer dizer, olhei os jornais, fiz algumas pesquisas com pessoas pela cidade, e não há alguma ligação entre as vítimas... à não ser a forma como morreram, lógico. - concluí frustrada.
- Como assim? Nada? Você não esqueceu nenhum detalhe mesmo? - insistiu Petter.
- Claro que eu tenho certeza! - soltei minhas palavras com convicção.
- Então quer dizer que o demônio está escolhendo vítimas aleatórias, certo? - continuou Petter perguntando retóricamente em meio aos seus pensamentos.
- Ao que parece até agora... - concluiu Joe.
- Demônio? - perguntei assustada. - E o que isso tudo, quer dizer realmente? - perguntei tentando organizar todas as informações em minha cabeça.
- Quer dizer, que não sabemos qual pode ser a próxima vítima do maldito! E muito menos o motivo disso tudo! - continuou Joe exaltado.
- E se... - hesitou Petter em continuar.
- "E se" o que? - perguntei.
- E se, for o mesmo demônio que matou meus pais? Quer dizer, lembra dos sinais? - perguntou ele meio que retóricamente. E eu apenas assenti.
- Mortes sem sentido, que só serviram pra chamar a atenção de nosso avô... e então mataram a família toda, só restando a gente - disse Joe, lembrando de tudo.
- Pode ser... - concordei.
- Só pode ser uma armadilha - concluiu Petter.
- E como vamos identificar essas coisas? - perguntou Joe.
- A gente pode tacar água benta na cara de cada cidadão - sorri em pensar como seria essa minha idéia idiota caso fosse colocada em prática.
- Ah, claro! Como não pensei nisso antes?! - concordou ironicamente Petter. - Sabe como é né, sempre tenho as melhores idéias - sorri irônica.
-Que tal vocês pararem um pouco com essas irônias, e pensarem em algo pra valer? - interrompeu-nos Joe sério.
-Bom, se é uma armadilha. Deixaremos que pensem que caímos direitinho nela. - sugeri, triunfante por ter tido realmente uma idéia boa.
- Isso! - concordou Petter rapidamente.
- Vamos logo cuidar disso - disse Joe convicto.
[...]
- Pelo que disseram, aqui é o lugar mais "pecador" da cidade, ou seja, um ótimo lugar para demônio. - comentou Petter enquanto olhava o bar no qual Joe havia acabado de estacionar em frente. - Eles têm que estar aí... - disse, mais como num pedido. - Bom, certamente eles devem estar em todo lugar, então é melhor estarmos bem previnidos - alertou-nos Petter.
- Pode deixar - assenti pegando mais uma arma e colocando do outro lado de minha cintura.
- Petter, faz o que combinamos... eu e a Ronn, vamos dar um jeito nesses demônios - disse Joe já saindo do carro.
- Ei Ronn - disse Petter segurando meu braço, enquanto eu já seguia Joe.
- Oi? - perguntei, o fitando.
- Toma muito cuidado viu - e me soltou.
- Pode deixar - sorri fracamente pra ele, e logo acompanhei Joe.
O bar estava enfestado principalmente de homens bêbados, caindo sobre prostitutas quase nuas. O cheiro horrível de tabaco em excesso já havia empreguinado em minhas narinas. A multidão se esfregando não facilitava nem um pouco o acesso ao balcão, mas continuei seguindo Joe, e logo havíamos conseguido chegar no mesmo.
- Não deveria ter deixado você entrar aqui - disse Joe baixo em meu ouvido como o irmão "super-protetor".
- Se toca Joe, e foca no trabalho - falei, dando de ombros e dando uma olhada em volta do local.
Senti meu celular vibrar, olhei o sms, e era Petter confirmando que já estava feito sua parte.
- Ei Joe... Joe? - procurei-o, mas não o encontrei.
- Ei, viu onde foi parar o rapaz que estava do meu lado? Agorinha? - perguntei à uma garçonete que limpava a bancada.
- Ah claro, aquele gostoso de olhos verdes? - perguntou a garçonete oferecida, certamente achando que ele fosse algo, se não meu irmão.
- É, esse mesmo? - concordei com a mesma, tentando ignorar o que ela estava fazendo. - Pra onde ele foi? - perguntei novamente, focando na pergunta.
- Parece que ele saiu com uma sonsa - despejou ela suas palavras.
- Sonsa? - perguntei, meio que retóricamente, tentando ajeitar as idéias em minha mente. - Bom, poderia me dizer o nome dela, ou, pra onde eles podem ter ido? - perguntei.
- Ah, Ashley Trunked. No mínimo deve ter o levado para casa de seus pais - informou-me a garçonete com mal-gosto expressado em sua cara.
- Poderia me passar o endereço? - perguntei novamente a garçonete com cara de vadia.
- Olha aqui garota, eu não trabalho de informante sacou? - disse a garçonete ignorante, que já se virava para ir atender algum cliente.
- Oi, poderia nos ajudar? - perguntou Petter chegando de repente, por de trás de mim. Certamente deveria ter estranhado nossa demora, e veio ver o que ocorrera.
- Claro senhor, está com ela? - perguntou a vadia que praticamente comia Petter com os olhos.
- Ah, ela? É apenas minha irmã sabe, e a gente tava procurando nosso irmão que não ´muito bom da cabeça... Será que você poderia nos passar o endereço? - perguntou ele, que parecia seduzir e tal garçonete. - Ah entendo. Claro graçinha [...] - passou o endereço da tal Trunked.
Saímos dali, e fomos direto para o carro atrás de Joe. Afinal, ele não retornava nenhuma de nossa ligações, o que significa que com certeza, algo deu muito errado.
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