– O que está acontecendo?
A voz de Zayn invadiu minha mente, fazendo com que me separasse de Harry. Olhei para ele, o rapaz se encontrava no mesmo estado que o meu – ofegante.
– Meu Deus! – Zayn falou abafando um grito – Vocês estão assim a quanto tempo?
– Três minutos e meio – Harry estava encostado na pia, olhando para o relógio – Aproximadamente.
~Peraê. Três minutos e meio? Eu estava beijando Harry há três minutos e meio e não percebi?~
Zayn revirou os olhos pegando os refrigerantes – agora quentes – e botando na geladeira para pegar outros. Ele apontou um dos refrigerantes para mim e para Harry “Isso vai morrer aqui. Se Lou descobrir ele tem um treco” disse, virando e descendo as escadas.
–-----/--/------
Eles ensaiaram mais uma música. “I’m yours” e logo escureceu. Recebi uma mensagem do meu pai me mandando ir para casa. Despedi-me de todos e fui andando sozinha, até sentir uma mão agarrando meu braço. Eu ia começar a gritar ajuda, até ver que era Louis, perguntando se eu queria companhia para ir para casa. Passamos boa parte do caminho em silêncio. Não fazia a mínima ideia do que Louis estava pensando, entretanto, algo me dizia que era sobre hoje. Então era verdade... Harry realmente queria ficar comigo. Mas e agora? Eu seria apenas um chiclete, usado por um tempo depois jogado fora quando acabou o gosto?
– Por que vocês demoraram tanto? – Louis perguntou, quebrando o silêncio. Suas mãos foram para o fundo de sua calça azul-marinho.
– Ah... Harry... As cocas estavam congeladas. Ficamos esperando derreter e ele me... Contou... Quer dizer... Cantou algumas músicas.
– Hum...- ele mordeu o lábio e olhou para frente. Seu olhar era triste.
– Lou?
– Sim?
– Você é gay?
– É O QUE? – ele gritou, tirando as mãos do bolso e parando na minha frente. – O que te fez pensar nisso?
– Sua voz... As roupas. Não que não ache os dois sexys, mas... Ah... Você entendeu – respondi.
Ele riu. Uma risada gostosa. Sua boca foi até minha orelha, mordiscando-a. Nós dois rimos, corados.
– Depois de hoje eu tenho certeza de que sou super hetéro. – ele sorriu e entrelaçou os dedos nos meus. Fomo andando voltando ao silêncio. Nossas mãos não se soltavam, por mais do suor. Era como se as duas tivessem sido coladas com super bonder. 

- Só não se apaixone por ele.