Maddy Storie escrita por Mel-chan


Capítulo 19
Capítulo 19 - A criatura


Notas iniciais do capítulo

N/A: Criatura revelada ^^v



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Como um flash, lembrei de alguns meses antes, pouco antes de entrar na floresta. A noite estava gostosa, eu caminhava perto da entrada de uma cidade, quando fui abordado.

- Olá garoto...- uma voz doce e sedutora me chamava, virei automaticamente para ver quem era a dona desta voz. Uma garota apenas de camisola estava parada com a mão na cintura me olhando maliciosamente, tinha cabelos loiros caindo-lhe nos ombros, com alguns cachos nas pontas, seu corpo era escultural, parecia usar espartilho modelador por baixo da camisola, seus olhos eram negros.

- Olá senhorita, está perdida..? - falei um ar inocente, minha primeira investida, eu estava com fome, e não havia ninguém por perto, presa perfeita.

- Não...acabei de me encontrar...- ela falou divertidamente se aproximando.

- Se encontrar? Creio que queria companhia...não? - me aproximei da mesma forma.

Ela me laçou a cintura, e colou seu corpo ao meu, eu sorri, passei meu nariz em seu pescoço, fazendo-a se arrepiar, e soltar uma risada abafada. Não pensei duas vezes, afundei meus dentes em seu pescoço. Não teve tempo nem de gritar, ela caiu em meus braços e a soltei no chão.

- Estou ainda com fome...- limpei a boca, indiferente a mulher jogada ao chão.

Senti uma leve brisa soprando em meu rosto, levantei a cabeça e o cheiro veio, havia mais alguém alí. Meus instintos assumiram o controle, achei o intruso perto de uns arbustos. Era um homem, de brilhantes olhos verdes, que estavam aterrorizados. Ele vira, eu tinha certeza disso. Me aproximei com cautela, ele se afastou como pode, se arrastando no chão.

- Por favor, não me mate! - ele suplicou.

Me agachei para ficar ao mesmo nível dele.

- Não tenho escolha, entenda...- falei calmamente, isso era perfeito, eu ainda estava com fome.

- Eu tenho uma filha! Ela está sozinha! Por favor deixe-me ir.... - ele implorou.

- Todos dizem a mesma coisa...quando se vêem perto da morte, criam uma família, um amor que não pode abandonar...mas na verdade, isso tudo é o que a sociedade de hoje é...hipócrita.

Avancei sobre ele. Depois de beber seu sangue, percebi que perto de onde meus dentes afundaram em sua pele, tinha uma marca.

Voltei para realidade olhando fixamente a marca da garotinha. Seu pai não voltara, porque eu, o matei. Eu não tinha o direito de ficar ali, o que tudo isso significava, o destino queria brincar comigo? Me colocando no caminho essa garota, cujo o pai, eu matei. Virei o rosto.

- Tenho que ir...- me levantei. - antes que faça a mesma coisa que fiz com seu pai...- sussurrei para mim mesmo, eu não sabia o que havia me segurado até agora para não atacá-la.

- Não! Senhor Larium! Fica comigo até meu papai voltar! - ela levantou-se rapidamente pegando minha mão.

Aquilo me fez reagir, quando dei por mim, eu já tinha a garganta dela na minha mão. Ela estava tentando inutilmente se libertar, a soltei horrorizado. Ela se afastou assustada, chorando, enquanto o cachorro mordia minha perna com raiva. Chutei o cachorro para o lado, ele bateu na parede e desmaiou, Kate correu até ele chorando mais ainda. Ela me olhou da mesma forma que seu pai olhara, aterrorizada. Me encostei na porta, isso estava ficando demais para mim.

Matar pessoas, matar animais. Mesmo não querendo eu era um monstro. Corri o mais rápido que pude, voltei para a floresta, de onde eu nunca deveria ter saído. Me sentei na beira de um rio, olhando meu reflexo na água.

- Que monstro você se tornou Larium...- bati na água com raiva.

Senti um cheiro muito forte, chegava a feder. O que era aquilo? Me levantei, pude ouvir gritos, o que estava acontecendo? Tomado pela curiosidade, segui o fedor, que logo se misturava com cheiro de sangue a medida em que me aproximava, ao final da trilha, me deparei diante a cidade em que estava a poucos minutos. Tudo estava em chamas, haviam muitas pessoas mortas, um massacre. Sem muito pensar corri até a casa de Kate, que como as outras estava em chamas. Ouvi Sputt latir e rosnar desesperadamente. Entrei na casa, e lá estava.

Um animal, muito grande para ser um simples lobo, tinha longos pelos cinzas, arrepiados, olhos vermelhos sedentos por sangue, dentes pontudos e afiados, pingando sangue das pessoas que matou em poucos minutos. Aquilo era, um lobisomem? Bom, se eu sou um vampiro então, lobisomem existe também. Isso me surpreendeu, por mais que eu tenha vagado por anos e anos, nunca esperei encontrar até mesmo um outro vampiro, quem me diria encontrar um lobisomem. Ele estava tão concentrado encarando a menina, que não percebeu minha chegada. Ficou em posição de ataque, era só questão de segundos para a pequena ser morta. Não podia permitir! Me lancei na frente dela, ele pareceu surpreso, mas não se mexeu um milímetro sequer, ele rosnou, e eu rosnei para ele.

- Kate, fuja! - gritei.

Ouvi a porta cair, o fogo já havia tomado conta de quase toda casa. Não sabia ao certo o que fazer, então fui o mais rápido que pude, peguei-a no colo, segurando-a contra meu peito, protegendo-a, sem ao certo saber o porque disso tudo, eu não deveria me importar. Pulei para fora da casa, pela janela em chamas. Aquele lobisomem me seguiu, coloquei-a no chão, e me virei para ele que nos rondava, preste a atacar. Me posicionei da mesma forma.

Ficamos nos encarando por alguns segundos, ele virou para o lado, vendo Sputt sair com dificuldades da casa, ele avançou no pobre cachorro, rasgando-o ao meio.

- S...s...s...- a menina não conseguia falar nada, só soluçava chorando.

Eu estava tão compenetrado em não perder o foco do animal, que quando percebi, Kate já havia saído de trás de mim, e estava indo na direção dele. Estiquei minha mão, para pegá-la, mas fui lento, foi inútil, só pude sentir os dedos quentes dela relarem os meus. Aquela criatura havia pego-a. Corri o mais rápido que podia para alcança-los, ao me aproximar um pouco, saltei caindo na frente dele. Já estávamos do outro lado da cidade, eu e ele eramos muito rápidos. Ele jogou para o lado o corpo da menina morta. Por poucos segundos, fiquei olhando Kate, morta diante a mim, eu não deveria sentir o que senti, mas aquilo me enfureceu, se eu que sou vampiro, consegui me conter, porque... Encontrei aqueles olhos vermelhos novamente, me olhando com raiva, ódio, fome. Olhei-o com a mesma intensidade, mostrando minha ira. Ele rosnou para mim, como se me mandasse sair da frente, eu fiz a mesma coisa.

Ele pulou na minha direção, e eu na direção dele, colidimos no ar. Senti suas garras afiadas em minhas costas, enquanto eu, o mordi, pude sentir sua pele grossa, aquele sangue era nojento, diferente de qualquer tipo de sangue que eu já tivesse provado, tinha um gosto horrível, ele urrou de dor, enquanto tentava se soltar de mim, desesperadamente. Ele me jogou contra uma parede, me olhou por alguns segundos, enquanto eu me levantava para matá-lo. Pude sentir o um cheiro familiar, um cheiro que eu nunca esqueceria, o mesmo cheiro daquele que me deixou desta forma. O lobisomem também deve ter sentido, ele fugiu, e antes que eu pudesse ir atrás dele e matá-lo, eles apareceram.


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Notas finais do capítulo

N/A: Gentiii, desculpa o erro da ultima vez...¬¬" é a segunda vez que isso acontece comigo. A primeira vez aconteceu na minha outra fic, sei lá o que acontece com meu Ctrl+V, ele fica doido...O___O outra coisa é que não consigo copiar pra cá direto do word, não sei se isso acontece com todos mas enfim o/ desculpaaaa ^^"
Espero que estejam gostando, e para quem tá com saudadi da Maddy, no próximo capítulo ela já aparece, eu acho O.o" ainda na visão do Larium, mas já tá perto de voltar para ótica da Maddy o/ Comenteeemmmm por favorrrr!!!!^^-



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