Meu Pacto com o Poder escrita por Red one


Capítulo 3
nascido para matar


Notas iniciais do capítulo

Depois de milênios uma atualização...



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Olhei para Sarah, vi em seus olhos o momento de felicidade em seus olhos. Só de ver aquele brilho, aquele pequeno brilho de felicidade em seus olhos me amaldiçoei pelo resto da minha vida, olhei em volta e para mim o tempo havia parado, não havia nem som nem sensação nenhuma, pela primeira vêz eu não sabia o que fazer. Então Sarah me tirou dos meus devaneios, ela me balnçava violentamente, com terror nos olhos. Tinha uma pistola pequenina na mão direita e parte de sua túnica estava rasgada. Esta gritava comigo me mandava me mover enquanto disparos vinham para nós. Foi nesse momento que senti um arrepio na espinha, e foi nesse momento que meus olhos se demoraram na parte rasgada da tunica de Sarah que resolvi o que iria fazer. Ergui os olhos e olhei para o céu ouvi algo do tipo"o que você está fazendo" vindo de Sarah eu não conseguia responder tinha que me controlar.

Soltei uma gargalhada alta e sombria e me virei para onde vinham o tiros. E para a surpresa dos soldados, vestidos de farda cor de areia, foi que a areia aos seus pés reagiam a minha gargalhada como se estivesse rindo comigo também. Foi então que a areia tomou vida e engoliu todos os soldados, como areia movediça, eles morreiriam por falta de respiração, mas como ainda podia ouvir suas mentes podres em minha cabeça sorri cruelmente para o nada. Foi como se toda a areia reagisse a isso também, e aos poucos fosse esmagando-os e logo podia ouvir o silencio ou simplesmente não ouvir.

- O que diabos você fez? - perguntou Sarah

- Nada eu só tive uma crise de riso - menti para ela - é algo comum não é?

- Claro, claro muito comum principalmente quando se está no meio de um tiroteio.

Sorri ela era hilária mas não era hora para outra crise de risos. Era a hora de algo realmente importante, ela se sentou em direção ao por do sol e eu me sentei ao seu lado... peguei em seu braço esquerdo olhando o corte em sua túnica e o enorme arranhão em seu braço. Olhei para o corte por alguns instantes e ele foi se fechando e aos pouco até a sua túnica foi se reparando aos poucos. Ela me olhou um pouco vermelha e realmente maravilhada com o aquilo que eu havia acabado de fazer.

- Eu não sabia que você podia curar. - disse ela desviando o olhar.

- Eu não sou um monstro que só sabe destruir.- disse eu.

- Obrigada.

- Não tem problema.

O silencio reinou, ouvi alguma coisa muito leve cair na areia. Olhei para Sarah e ela estava, chorando.

- Você vai embora não é? - disse ela

- Sim vou...

- Pode me fazer te esquecer?

- Esse era o plano...

Ela me olhou incrédula, mas eu tinha que ser sincera.

- Estou indo para um lugar onde eu não possa machucar ninguém. - disse.

- Calada.

Olhei para ela por alguns instantes.

- Estou tentando me esquecer de você por conta própria. - continuo ela por fim

- Sabe que não vai conseguir. - respondi triste.

- Você é muito convencida.

- Eu entendo o funcionamento do cerébro, eu sei que sempre vou estar ai em algum lugar.

Ela sorriu, eu sorri de volta.

- Você sabe que eu tenho que fazer isso... Vai ser melhor para você... Eles vão te torturar... vão fazer coisas horríveis... - falei.

- Acho que posso suportar... até porque para me torturar eles vão ter que me achar e esse deserto é muito grande... e você foi minha unica amiga desde que fui embora... de casa. - ela respondeu.

A última parte ela sofreu para falar como se fosse algo realmente doloroso... Sorri para ela e ela me sorriu de volta, me levantei e comecei a andar meus pés afundavam na areia como se esta também quisesse me afundar como os soldados... e sem mais hesitar controlei os ventos e voei rápido e para longe daquele deserto... Como que fugindo de meu unico amigo real nesse mundo.


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