Meu Pacto com o Poder escrita por Red one


Capítulo 1
o inicio




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Já foi comprovado cientificamente que seres humanos comuns usam em média de 10 a 20 por cento da capacidade de seus cérebros. Muitos foram aqueles que pesquisaram e investiram na maximização do potencial deste órgão. Aparentemente nenhum obteve sucesso... apenas aparentemente.

 Como sei disso? Eu faço parte de uma dessas experiências. A maximização é possível, e eu sou a prova viva disso.

Tudo começou com meu nascimento. Não foi algo muito normal, admito, porque eu era uma espécie de “rato de laboratório”, começaram com incentivos simples, choques elétricos de baixa carga, manter-me conectado diretamente a um computador que me ensinava quase tudo, exercícios para desenvolvimento da coordenação motora e outros simples ajustes. Em dois meses eu já tinha a mesma experiência e coordenação motora de uma criança no segundo ano do ensino fundamental. Uma menina prodígio não acha? Aos dois anos de idade derrotei o campeão mundial de xadrez, aos cinco adquiri a capacidade de ler mentes e provocar dor sem tocar nas pessoas, aos oito já conseguia mover as coisas sem tocá-las.

E por ter tais habilidades, começaram a me treinar, pediam-me para ler a mente de alguém que estava atrás de uma chapa de chumbo, para mover objetos que estavam em outros lugares e treinar meu corpo.

É claro que hoje eu já tenho mais habilidades cerebrais do que tinha aos nove anos de idade, embora estas ainda continuem desconhecidas para mim, aliás, hoje estou com 15 anos, e dando muito trabalho.

- Projeto 1999kw, leia a mente de senhor atrás da parede. – Pedia o douto Lark

- Quantos metros de espessura têm essa parede de chumbo doutor?

- Um metro e cinquenta centímetros.

            Concentrei-me e focalizei às mentes ao redor, pude ler a mente do doutor Lark e dos outros cientistas que estavam com ele. Até que atingi uma diferente, pensava se sentiria dor caso eu a tocasse, ou até mesmo se o dono de tal mente conseguiria sentir que eu estava lendo-a.

- Doutor Lark.

- Sim Projeto 1999kw

- Primeiro, sua filha estudou para passar no vestibular, ela vai conseguir. E segundo, eu poderia falar com aquele senhor que vocês colocaram atrás desse chumbo todo?

- Claro, porque não. Fale o que quiser agora. – permitiu doutor Lark.

- Senhor, fique tranquilo! Já revistei sua mente, e você nem sentiu, confesso-te que eu ainda estou dentro dela.

- Mentira! – retrucou o Senhor.

- Então, como eu sabia que você estava com medo de sentir dor, e que a sua filha está hospitalizada e que precisa do dinheiro que eles ofereceram para que ela tenha como fazer uma cirurgia? Que é um homem casado e sério, que faz aniversário no dia primeiro de setembro, e que está ficando muito impressionado agora? E nem pense em falar: “não acredito nessa bobagem, vocês podem ter perguntado isso tudo a minha esposa”. Ah eu lamento muito por essa perda... Senhor Hill, Lamento mesmo. – eu disse realmente lamentando o fato.

- Chega. Projeto 1999kw. – Afirmou doutor Lark

Um Choque elétrico me atrapalhou a concentração e a parede de chumbo se trincou toda, explodindo os pisos sobre meus pés. Isto era o que acontecia quando eu perdia o controle, as coisas se quebravam ou explodiam com a minha força psíquica.

- Doutor, não me interrompa com descargas elétricas. Ainda estou meio fora de controle.

- Vamos voltar para o quarto querida? Disse alguém atrás de mim.

Segui a voz já conhecida, esta era de uma doutora que eu considerava minha mãe, jamais tive a petulância de invadir sua mente sem seu consentimento. E não o faria, salvo casos de emergência.

 - Setenta por cento de seu cérebro está ativo. – Afirmou minha mãe

- Isso é bom?

- É meio que frustrante comparar seu crescimento cerebral do nascimento até os cinco com seu rendimento dos seis até os quinze, você só cresceu dez por cento desde então.

Olhei para ela, que me retribuiu o olhar, ficamos algum tempo assim apenas nos analisando. Uma lagrima discreta saiu pelo seu olho, um sorriso sem graça se formou em seus lábios, balbuciando as seguintes palavras:

- Leia-me.

Focalizei a sua mente e li, ela esteve em uma reunião juntamente com todos os outros doutores. Projetos fracassados. Rendimento fraco. Parou de crescer. Descartado... De repente um barulho, e em sua mente escuridão. Voltei ao mundo real, um homem apontava a arma para doutora, usava máscara e jaleco como todos os outros ali presentes; assassino, era isso que ele era, um maldito assassino.

Ele apontou a arma para mim e atirou. E a bala parou a poucos centímetros de mim. Com extremo ódio a fiz voltar acertando-lhe no ombro. Ele continuou com a pistola apontada na minha direção, dando mais dois tiros, sem sucesso, já que ambos voltaram acertando o estômago.

 Aproximei-me daquele ser vil e retirei sua máscara, mas ao olhar para o rosto do traidor notei que não tinha que ter preservado sua vida desprovida de dignidade.

- Ora doutor Lark que desagradável surpresa não acha?

- Você deve ser descartada.

- Por que você me acha um fiasco, um desperdício!? Apenas setenta porcento está abaixo do nível.

Ele ficou mudo, e eu estava ali prestes a matá-lo. De repente alarmes soaram as luzes ficaram em um tom mais avermelhado, pensei em matá-lo ali, mas o barulho de pessoas correndo era grande... decidi deixá-lo ali e começar a correr pelos corredores.

Passei pelo corpo de minha mãe e meus olhos ficaram marejados de lágrimas, mas não chorei devia me concentrar em escapar daquele lugar. O barulho de passos foi aumentando, e logo pude ouvir um tiro. Não demorou muito até que o barulho de tiros se multiplicasse. Olhei para trás e vi os soldados atirando, olhei para frente e havia o corredor uma porta a esquerda uma a direita e bem na frente uma janela. Continuei a correr e dei um pulo e atravessei a janela cacos de vidro me cortaram, balas passaram por mim, notei que o prédio não era pequeno abaixo tinha no mínimo mais um cinquenta andares e no chão e haviam três carros e um caminhão cheios de soldados, todos armados.

Fiz com minha força psíquica os veículos explodirem, mas eu ainda iria me machucar na queda o que faria me segurar na janela não era uma opção, cair também não... será que eu conseguiria controlar o ar como se fosse um objeto? Fechei os olhos e me concentrei e logo pude sentir a velocidade da queda diminuindo. Abri os olhos e estava parada no ar não havia nada abaixo de mim apenas eu e o ar.

            Sorri, agora eu podia voar!!! Fiz com que o ar me levasse estava indo muito rápido era maravilhoso! Precisava fugir daquele inferno o vôo adiantava em muito a viagem até que senti que mesmo, em tal velocidade, eu estava sendo seguida, olhei para trás e notei que haviam dois jatos me seguindo,  forcei a minha mente e testei a minha concentração o máximo que pude, mas estes pareciam muito mais velozes que eu... Então olhei para trás e para meu horror vi dois mísseis sendo atirados contra mim. O que fazer? Numa atitude desesperada me esquivei deles, meu esforço foi em vão eles pareciam me seguir. E ao notar tal fato com a minha mente, controlei os mísseis até seus respectivos jatos, no entanto havia um problema... Eu não podia me concentrar em duas coisas complexas ao mesmo tempo, isso gasta muito a força psíquica a ponto de me dar uma grande exaustão, com isso comecei a cair estava sem muito controle e num ultimo suspiro consegui flutuar sobre os ventos até o chão. Não foi dessa vez que eles conseguiram me matar... Olhei então ao redor para meu medo eu estava em um deserto.


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