Take My Breath Away escrita por Rein


Capítulo 35
Quando o normal se torna estranho


Notas iniciais do capítulo

1000000000 perdões, sei que se está a tornar habitual estas grandes ausências, mas eu vou tentar melhorar e vir cá com mais ferqueencia e postar mais, espero que gostem do capitulo, se é que ainda há alguém a seguir a fiz :x beijinhos love's



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A sua mão pálida prendia a minha, impedindo o meu corpo suspenso de cair, queda essa que devido á minha distracção poderia ter sido fatal.

Os seus olhos prendiam o meu olhar, na sua boca não havia qualquer sorriso, e se não fosse o brilho imenso que lhe preenchia o olhar, não demonstrava qualquer tipo de emoção. Senti-me ser erguida no ar, ainda hoje me espantava como alguém com um aspecto tão frágil devido á palidez extrema, podia ser tão forte, mas tendo em conta de quem era filho, e o que era, não me devia surpreender, mas ele costumava ser tão doce para mim que me fazia esquecer toda a força concentrada nele, mesmo quando via a sua alma sabia que não a via na totalidade. Pois nem mesmo ele sabia ao certo o quão surpreendente o seu poder era.

Precisamente no momento em que os meus pés tocaram o edifício onde ainda nos encontrávamos, a sua mão que outrora prendia a minha, deslocou-se para a minha cintura, e a outra mão segurou-me as pernas, prendendo-me ao colo.

Eu estava sem reacção queria poder segura-o, perguntar o que se passava, o que estava ele ali a fazer, mas parecia que todo o meu corpo se encontrava dormente e não reagia.

Senti-o tomar impulso e saltar para o prédio do lado, mas em vez de aterrarmos neste, um skate materializou-se por baixo dos seus pés, fazendo-nos pairar cerca de 30 cm acima do alto edifício. Sem que desse conta começamos a mover-nos. Sentia o vento no meu cabelo, olhei para a sua face, tentando decifrar o que dizia aquele pálido rosto, mas foi em vãi, ele não me olhava, olhava em frente, podia apenas ver o seu maxilar contraído, como se fizesse um enorme esforço para nada dizer ou fazer. Olhei então á voltar, conhecia aquele caminho, dirigiamos-nos para minha casa, voltando a olha-lo, inspirei e encontrei por fim a coragem para algo dizer.

– Que fazes aqui!? – Questionei-o com uma voz trémula, percebi então que todo o meu corpo tremia, queria acreditar que era devido ao frio que se fazia sentir, ou devido às roupas encharcadas que molhavam o meu corpo, mas saia que era devido á proximidade entre nós. Querendo ou não Kid mexia demais comigo, e infelizmente não havia nada a fazer. Senti os seus braços apertarem o meu corpo contra o seu, calculei que me tentava proteger da noite gélida. Será que estava preocupado? Nah era impossível depois de tanta frieza.

– Pelos vistos, salvo-te a vida, sua destrambelhada! – O sei olhar encontrou o meu e nos seus lábios um pequeno sorriso formou-se, não era apenas um sorriso qualquer, era o seu sorriso, aquele sorriso. Não consegui evitar o meu coração de disparar, sentia-o bater tão depressa que quase parecia querer saltar do meu peito, tentei desviar o olhar do seu, impedir-me de lhe retribuir o sorriso mas foi em vão. O meu rosto já ostentava um sorriso enorme, as minhas bochechas encontravam-se ruborizadas e tinha a certeza que os meus olhos brilhavam intensamente.

Ali com ele, parecia que nada tinha acontecido, apenas existíamos nós no mundo, e não havia dor, eu não estava mais magoada, apenas feliz por ele estar ali. “ A sério?”. Ouvi uma pequena e baixa voz na minha cabeça “Vais perdoá-lo assim? Não importa o que fez, mais importante ainda, porque o fez?”. Tentei calar aquela voz chata, mas ela era extremamente persistente. Eu só queria aproveitar aquele momento, era assim tão errado? “Sim é!”. Respondeu-me aquela voz irritante e eu sabia, ela estava certa. A verdade era que eu me ia magoar, outra vez, mas sinceramente neste momento isso não importava, eu só queria estar um pouco com ele, sim amanha iria arrepender-me amargamente, muito provavelmente, seria extremamente doloroso vê-lo a ignorar-me, a comportar-se como se eu não fosse nada para ele, aliás já me o tinha dito, logo quem fazia figura de parva era eu, e era porque queria, mas eu não me conseguia importar neste, ou em qualquer outro momento em que me encontrasse nos seus braços.

“Ele está a brincar contigo” insistiu a vozinha chata. “Eu sei” respondi-lhe, e era verdade eu sabia, mas o facto era que havia uma sensação de que algo me escapava, se eu sentia tanta coisa por ele e se ele tinha as atitudes que tinha comigo, atitudes essas que até mostravam alguns sentimentos, era porque algo era real, certo? “Criança tola” Respondeu-me a voz irritante, “Não importa”, pensei, “Eu gosto o suficiente dele para suportar isto”. Engoli em seco ao constatar a dura verdade, eu era capaz de o suportar, mesmo que completamente desfeita enquanto ele me quisesse eu era dele, porque eu o amava e ainda não estava pronta para o deixar ir.

– A senhorita está entregue. – Ouvi a sua voz, e acordei imediatamente dos meus devaneios. As suas mãos largaram o meu corpo pousando-me no chão.

No imediato momento em que os meus pés tocaram o chão uma enorme tontura invadiu o meu corpo fazendo-me cambalear em busca de abrigo, senti os seus braços agarrarem, firmemente o meu corpo. – Estás bem? – Questionou com as mãos nos meus ombros. Queria responder-lhe mas não encontrava a minha voz, sentia-o a chocalhar o meu corpo e ouvia a sua voz ao longe a chamar o meu nome. Com um enorme esforço coloquei uma mão sobre a dele e quase num suspiro disse. – Eu estou bem.

Sentia os seus olhos presos em mim, olhava-me de alto a baixo, avaliando o meu débil estado. Odiei-o naquele momento, sinceramente estava nojenta, as minhas pernas tinham montes de nódoas negras que se encontravam á vista devido á curta saia quadriculada, que se encontrava encharcada, bem como o resto da minha roupa, o meu cabelo para além de emaranhado estava molhado e de certeza que devido á tontura estava pálida como a cal. Olhei para o poste no fim da rua, para disfarçar a vergonha de estar naquele estado.

A sua mão tocou na minha testa, uma corrente eléctrica percorreu o meu corpo, olhei-o e pude ver as suas sobrancelhas franzidas e o seu olhar preso no meu rosto. – Estás gelada. – Disse acariciando a minha face. – Custa muito teres um pouco de cuidado? – Pude sentir um pouco de raiva na sua voz, inicialmente pensei que talvez estivesse genuinamente preocupado comigo, mas apenas calculei que fosse preocupação devido ao facto de eu ser quem era, e de ser uma arma a usar contra a mais recente ameaça. – Anda. – Sussurrou ele no meu ouvido enquanto colocava braço á minha volta e encaminhando-me para a porta de minha casa.

Abriu a porta com extrema facilidade, fazendo-me passar por esta primeiro, seguindo-me e depois fechando-a. Confesso que por muito que ele apenas me tivesse a dar atenção devido ao meu estado, fazia sentir-me bem, naquele momento podia fingir que ele realmente se preocupava comigo, podia viver na ilusão por uns minutos.

– Eu estou bem, a sério! – Disse fugindo dos seus braços.

– Parece que vais cair para o lado a qualquer momento. – Afirmou ele, arqueando uma sobrancelha.

– Deves saber como me sinto melhor que eu. – Murmurei entre dentes.

– Pelos vistos até sei. – Respondeu ele aproximando-se de mim.

– Não tens nenhum sítio para onde ir? Ou algo para fazer? – Questionei quando as suas mãos tocaram os meus braços, dirigindo-se de seguida á minha cintura enlaçando-a.

– Nope, por acaso tenho muito tempo livre. – Disse ele encostando a sua testa á minha. Inspirei o seu perfume e mil memórias invadiram a minha mente.

– Porque estás aqui? – Questionei-o enquanto a minha mão vagueava pelo seu cabelo.

– Tu precisas de cuidados, não te vou deixar sozinha. – Respondeu ele afastando a sua testa da minha e olhando-me nos olhos. – Queres que vá?

Engoli em seco, eu não queria que ele fosse, mas ao mesmo tempo sentia que se o deixasse ficar, quando partisse iria doer mais, mas aquilo parecia tão certo... Avancei um passo na sua direcção colando completamente os nossos corpos, com os lábios quase colados aos dele sussurrei “Quero”. As suas mãos apertaram a minha cintura pendendo-me contra o seu corpo, a sua boca dirigiu-se á minha orelha onde lentamente disse “Mentirosa”, arrepios percorreram todo o meu corpo ao sentir a sua respiração contra a minha pele, a sua boca começou a distribuir leves beijos e pequenas dentadas pelo meu pescoço, queixo e face, chegando á minha boca, onde os seus lábios se uniram aos meus, senti por momentos as minhas pernas franquearem.

A saudade, a necessidade presente naquele beijo fez me por momentos acreditar que ele tinha saudades minhas, que me queria tanto quanto eu o queria a ele, mas rapidamente me veio á mente o que se tinha passado nos últimos dias. Afastei-o e forçando um sorriso disse:

– Preciso de tomar banho. – Olhei-o pensando que se ia afastar e sair de casa, mas ele simplesmente inspirou algum ar, cerrou o maxilar e disse. “ Eu faço-te o jantar”, afastando-se em simultâneo de mim.

Avancei em direcção ao meu quarto indo buscar o pijama e uma muda de roupa interior, pousei-as por cima da mesa-de-cabeceira, indo buscar de seguida á casa de banho pentear o cabelo, olhei-me ao espelho vendo que tinha um golpe no queixo, peguei no álcool que estava dentro do móvel e num pouco de algodão e pousei-os sobre o bordo da banheira.

Comecei a despir a roupa ensopada que me cobria o corpo, pousei a mão no meu pescoço que doía, estava enferrujada, não podia voltar a estar tanto tempo parada, era perigoso. Olhei de relance para a sanita e percebi que tinha deixado a roupa lavada no quarto, comecei a pensar: eu ainda estava de roupa interior e Kid estava na cozinha, eu demoraria menos de um minuto a ir ao meu quarto buscar as peças de roupa e voltar.

Abri a porta devagarinho tentando não fazer barulho, corri até ao quarto, olhei á volta e vi o pijama por cima da mesa-de-cabeceira, tal e qual o tinha deixado, corri silenciosamente até ele pegando-o, e regressando á porta da casa de banho da mesma forma, respirando fundo ao alcançar a maçaneta desta. Ouvi pigarrear por trás de mim e senti o sangue subir-me á cara.

– Ia Perguntar-te se preferias arroz ou massa. – Ouvi-o dizer.

Virei-me lentamente á espera de encontrar um rapaz atabalhoado, mas não, Kid estava parado á porta do corredor, com uma colher de pau na mão a olhar fixamente para o meu corpo que se encontrava praticamente nu. – Tanto faz. – Respondi-lhe envergonhada, virando-me para reentrar na divisão de onde nunca deveria ter saído.

– Estás mais magra. – Ouvi-o dizer atrás de mim, queria responder, mas simplesmente ignorei entrando na casa de banho e fechando a porta atrás de mim.

Encostei-me á porta fechada deslizando até estar sentada no chão frio, sentia-o fugir-me. Como era possível? Ele estava tão diferente e ao mesmo tempo igual. Levantei-me sentindo as pernas tremulas, como podia um simples acontecimento mexer tanto comigo?

Despi as ultimas peças de roupa que me cobriam o corpo e liguei o chuveiro na agua quente, entrando de seguida na banheira, deixei a agua correr lavando a minha pele suja e ferida, abri a embalagem de shampoo despejando um pouco na minha mão, lavando o cabelo em seguida. Enquanto massajava o meu coro cabeludo fazendo montes de espuma, pensava em como era estranho esta situação, como podia eu reagir normalmente a uma presença que outrora me era tão familiar e agora me parecia tão estranha? Teria pelo menos de tentar não é?

“ Sim, eu vou dar uma ultima oportunidade a este sentimento e se não resultar ao menos saberei o que deu errado” pensei enquanto pegava no chuveiro, tirando a espuma do cabelo.

P!nk Ft Nate Ruess - Just Give Me A Reason

Right from the start
You were a thief, you stole my heart
And I, your willing victim
I let you see the parts of me
That weren't all that pretty
And with every touch
You fixed them

Now you've been talking in your sleep, oh, oh
Things you never say to me, oh, oh
Tell me that you've had enough
Of our love
Our love

Just give me a reason
Just a little bit's enough
Just a second, we're not broken, just bent
And we can learn to love again
It's in the stars
It's been written in the scars on our hearts
We're not broken, just bent
And we can learn to love again

I'm sorry, I don't understand
Where all of this is coming from
I thought that we were fine (oh, we had everything)
Your head is running wild again
My dear, we still have everythin'
And it's all in your mind (Yeah, but this is happenin')

You've been havin' real bad dreams, oh, oh
You used to lie so close to me oh oh
There's nothing more than empty sheets
Between our love, our love
Oh, our love, our love

Just give me a reason
Just a little bit's enough
Just a second, we're not broken just bent
And we can learn to love again
I never stopped
You're still written in the scars on my heart
You're not broken, just bent
And we can learn to love again

Oh, tear ducts and rust
I'll fix it for us
We're collecting dust
But our love's enough
You're holding it in
You're pouring a drink
No, nothing is as bad as it seems
We'll come clean

Just give me a reason
Just a little bit's enough
Just a second, we're not broken, just bent
And we can learn to love again
It's in the stars
It's been written in the scars on our hearts
We're not broken, just bent
And we can learn to love again

Just give me a reason
Just a little bit's enough
Just a second, we're not broken, just bent
And we can learn to love again
It's in the stars
It's been written in the scars on our hearts
We're not broken, just bent
And we can learn to love again

Oh, we can learn to love again
Oh, we can learn to love again
Oh, that we're not broken, just bent
And we can learn to love again


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Notas finais do capítulo

E ai que tal? Please se ainda tenho leitores comentem e digam o que acharam a serio porque sinto que já não gostam da fic, e se ninguém a ler talvez esteja na altura de parar de escrever..
Se alguém leu..espero que tenham gostado.. beijinhos



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