Back to Us escrita por The Sweet B


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Aaaaaaaaacho que vão gostar deste capítulo. Faísca de esperança para Ali e Bieber, será?



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Sam alisou, cacheou, prendeu e soltou meus cabelos. Me maquiou e testou em mim batom vermelho, rosa, coral e nude. Jogou todas as minhas roupas na cama e foi descartando até sobrar pelo menos 3 looks, me obrigando a provar cada um, até por a mão no queixo e dizer, pegando as chaves do carro dela "acho que tenho um sinto dourado que vai ficar perfeito aí lá em casa, já volto". Só íamos ao cinema, mas Sam não ia parar até eu ficar perfeita. Não reclamei porque fazia parte do trato que fiz com Sam, e também porque estava achando tudo aquilo divertido (menos quando ela puxava meu cabelo ou me mandava trocar novamente a roupa). Agora estava deitada na cama, em cima de uma montanha de roupas - que Thomas com toda a certeza surtaria quando descobrisse que teria que guardar tudo. Estava pensando se não estava tão animada assim para ir a esse encontro por causa de Justin. Essa noite sonhei com ele e, pode parecer ridiculo de minha parte, mas todos os outros homens no mundo parecem nada comparado a ele. Mesmo assim, nenhuma mensagem dele recebida. Por que ele demorava tanto? Aliás, ele estaria mesmo interessado em falar comigo de verdade?

- Querida? - bateu minha mãe na porta. - Ah você está linda!

Me levantei e ajeitei os cabelos. Não estava linda nada, pelo o que achava. 

- Nem estou pronta ainda.

- Mas você está. Tia Sarah ligou, está voltando do Caribe esta semana e quer que nos encontremos para um churrasco na casa dela. Desde que tia Sarah havia casado, deu-se inicio a uma, na minha opnião, lua de mel infinita. Ela e Joe estavam sempre viajando. Uma vez, Kevin veio dormir aqui em casa, mas ele tinha medo da minha avó e não gostava nem um pouco de Adam, assistente da minha avó. Ele preferia ficar em casa de amigo e acho que ele se divertia mais mesmo, porque ele não gostava das opções de filmes que eu colocava para ele assistir ou do fato que eu contava para Sam tudo o que ele fazia em tempo real.

- Você vai sair hoje com seus amigos e eu vou dar uma saidinha também, ok? Não me espere acordada - ela falou tão rapido que, se não conehecesse minha mãe, não saberia que ela teria um econtro.

-Mãe? A senhora está vendo alguem?

- Não! - ela ficou extremamente vermelha. - Não exatamente.

Eu ri mais do que eu podia e ela se sentiu ofendia. 

- O que? Não posso mais me divertir um pouco?

- Não, não é isso - tentei parar de rir. - Só que me deixou... impressionada.

- Bem... - ela estava obviamente constrangida.  - Acho que já está na hora de eu conhecer pessoas novas. Sabe, andar mais com gente da minha idade, além da minha filha adolescente.

Minha mãe, desde que meu pai morreu, havia se relacionado pouquissimas vezes com outros caras. Se é que você pode chamar de relacionamento. Ela geralmente encontrava alguem, achava que ele seria o homem de sua vida e, uma semana depois, ele havia se mudado, ou estava noivo ou não tinha pagado pela terceira vez seguida o encontro. Mesmo assim, só consigo me lembrar de ver minha mãe com alguem três vezes. E pelo menos duas dessas vezes ela não chegara nem a beijar o cara. No começo, eu sentia ciúmes, como qualquer garotinha da mamãe, mas aprendi a icentiva-la a medida que fui crescendo. E, bem, uma mulher também tem suas necessidades, por isso achava mais do que incrivel que ela estivesse vendo alguem. Por isso, dei todo meu apoio a minha mãe e a desejei boa sorte. Foi quando Sam chegou chacoalhando o sinto no alto.

Sexta a noite em São Francisco é um completo caos, simplesmente porque todos os adolescentes da cidade decidem sair, principalmente os da minha escola. Logo no começo da noite, já havia encontrado umas três pessoas do meu colégio antes mesmo de me encontrar com Kevin e o meu "pretendente". E alías, estava planejando ser extremamente chata nesta noite, falar o filme inteiro, reclamar da roupa dele e comer de boca aberta, só para tornar a noite um pouquinho mais divertida para mim. Assim, talvez, Sam desistia de mim. Embaixo do letreiro do cinema, como havíamos combinado, estava eu e Sam esperando.

- Eles estão atrasados. - Sam beteu o pé freneticamente.

- Pra mim já basta, não quero sair com alguem que me deixe plantada logo no primeiro encontro.

- Não, deve ser alguma coisa séria! - Sam implorou. - Eles devem ter uma desculpa, você vai ver.

Tudo bem, eu poderia esperar mais um pouco. Decedi ir pegar refrigerantes para preencher o tempo.

- Vou pegar algo para beber, ja volto tudo bem? - disse a Sam e fui até a lanchonete do cinema.

Pedi duas coca-colas ao mesmo tempo em que meu telefone tocou. Número desconhecido.

- Alô?

- Ali, oi.

Por mais que eu suspeitasse quem era, não quis acreditar. Talvez porque eu ainda era a menina de 15 anos sonhadora e eu não podia ser mais ela.

- Quem é?

- Sou eu, Justin. Onde você está?

Parei de dar sentido as palavras depois de "Sou eu, Justin". Gaguejei, enrolei a língua e esqueci como pensar.

- E-eu não estou em casa, mas por que?

- Queria te convidar para sair.

- Você ainda está aqui em São Francisco?

- Você está livre essa noite? - ele perguntou, ignorando minha outra pergunta. Sem nem pensar, menti que sim. - Quero te convidar para jantar. Onde você está agora?

Dei o endereço, omitindo que se tratava do cinema.

- Ok, fique onde está, tá bem? Em cinco minutos, um carro preto vai se aproxima de você. Quem está lá dentro é um dos meus seguranças, ele vai te levar até mim.

Concordei antes mesmo dele terminar a frase, liguei para Sam dizendo que aconteceu uma coisa, não era nada grave, mas que eu precisava ir e que explicava depois. De confusa, Sam me ligou mais algumas vezes, o que me fez ter que desligar o celular. Teria que pensar em algo grande para me desculpar com Sam depois. E em, não cinco, mas seis minutos, o carro que Justin havia dito parou bem na minha frente.

No caminho, não perguntei muito para o segurança, só confiei em Justin. Imagine minha surpresa quando descobri que estávamos seguindo para o aeroporto de São Francisco.

- O que estamos fazendo aqui?

- O Sr. Bieber tem uma surpresa para você.

- Vamos viajar? O que?! Eles está maluco? Eu não posso simplesmente pegar um avião assim, do nada. Tenho que está em casa as 23h e nem trouxe a identidade comigo - eu estava completamente desesperada. Era inacreditavel como Justin achou que poderia me ligar depois de anos e me fazer entrar em um avião. De certa forma, estava irritada sim.

- Não se preocupe, senhorita.

- Eu quero falar com Justin agora. Pode me levar até ele?

- É claro.

Mas ao invés disso, entramos pela pista dos aviões e ele estacionou perto de um avião de pequeno porte, sem sinal de Justin por perto.

O segui quando ele desceu do carro e não entendi nada quando ele apontou para o jatinho.

- Vamos?

- O que? Não, eu pedi que me levasse até Justin.

- É exatamente isto que estou fazendo. Vamos? - ele sorria como se nada estivesse errado. Como se eu não estivesse surtando e não estivesse me convidando para entrar em um jatinho para ir sabe-se lá Deus onde. Mas eu? Entrei no avião, mesmo a minha consciência gritando para eu não entrar.

- Aceita um copo d'água? - perguntou a aeromoça quando me sentei, ainda desconfiada, na poltrona e ataquei o sinto.

- Não, mas pode me dizer para onde estou indo?

- Los Angeles.

Los. Angeles. Parecia que cada palavrinha desse nome descia arranhando pela minha garganta, enquanto eu engolia o que estava acontecendo.

- A previsão de chegada é de uma hora e dez minutos - ela disse, me deixando paralisada, chocada, abismada e tudo mais com meus pensamentos por uma hora inteira sozinha.

Nunca havia entrado em um jatinho antes. Nunca viajei de uma cidade a outra só para um jantar e principalmente, nunca havia entrado em um avião sem autorização da minha mãe. Devia está acostuma com surpresas de um astro famoso, mas acho que já faz muito tempo... Não, não faz não. Porque a cada minuto que se passava, eu sentia aquela velha ansiedade de ver o sorriso dele de novo e isso me deixava nas nuvens. Literalmente.

Até que uma hora passou rápido com tanta ansiedade. Assim que desci do jatinho, outro carro estava me esperando para me levar a um lugar entre o aeroporto e a cidade de Los Angeles. Se tratava de um prédio de 28 andares onde uma mesa de jantar estava posta na cobertura.

- Pode assinar aqui, por favor? - um dos assistentes de Justin, eu supus, me entregou um papel.

Cláusula de Sigilo, era o título da página, esperando pela minha assinatura. Aquele papel tornou tudo tão frio, tão profissional, estragando o mini conto de fadas que eu estava formando na cabeça. Eu devia assinar uma cláusula que me impedia de comentar com qualquer um sobre esta noite, como se ela não existisse. Era como se eu e Justin estivéssemos dispostos a fazer algo errado. Estávamos? Quando eu assinei, me deixaram prosseguir. Sentei a mesa e olhei ao redor. Era tudo lindo e inacreditável, da forma que se alguem me contasse dois dias trás que estaria aqui esta noite jantando com o meu ex-namorado, não acreditaria. Duas mãos taparam a minha vista e Justin, rindo, me surpreendeu pela milésima vez esta noite.

- Você não tem jeito! - eu ri e o abracei, como se fóssemos melhores amigos. De alguma forma, estávamos mais próximos do que da ultima vez que nos vimos.- Como pode? Como sabia que eu ia topa entrar no avião?

- Eu não sabia - ele deu de ombros. - Cruzei os dedos para isso.

Sorri. O tempo era curto para nós dois, acabara de de dar 19:40h e eu deveria voltar para São Francisco as 21h. Mesmo assim, deu para rir e conversar. Como qualquer ocasião especial, bebemos bebida champanhe. Entre a entrada e o prato principal, Justin me contou todos os seus planos para a carreira, como estava a sua mãe e irmãos e o significado de todas as suas tatuagens novas. Não falamos de Selena. Eu ouvi tudo encantada, estava simplesmente sendo atualizada de tudo o que estava acontecendo na vida dele por ele, parecia que eu estava dentro do seu mundo de novo, mas na hora da sobremesa, Justin pediu que eu contasse sobre mim. E, como quem desabava com um amigo, eu desabafei com ele. Contei sobre tia Sarah, Joe, Kevin, Sam. Sobre o grupo de teatro, a peça que estava ensaiando, a pressão que estavamos recebendo para a faculdade. Contei tudo, menos sobre o câncer da minha avó. Talvez porque aquele papo não se encaixaria aqui, esta noite.

- Queria ver essa peça que você tanto fala.

- Ah, será incrível. Ensaiamos três vezes por semana e estamos trabalhando duro para isso, sabe? Eu também queria que você pudesse ir a estréia.

- Infelizmente, tenho que fazer um show esta noite. Mas, quem sabe um dia, você possa interpretar para mim.

Considerei como algo que se diz da boca para fora, por educação. Porque é se ele tivesse tempo de me ver interpretar. Se ele encontrasse outra maneira de escapar de tudo e todos, até sua namorada, para me encontrar ou me colocar em um jatinho particular novamente em uma noite qualquer. Se eu concordar em assinar outro contrato forçando meu silêncio.

Já na hora de voltar para o aeroporto, Justin me deu um abraço, um beijo na bochecha e disse que queria muito mesmo ser meu amigo. Amigos, eu pensei, não precisam de cláusulas de silêncio. Ah, mas eu queria ser amiga dele, queria sim. Melhor do que nada.

Voei para casa em silêncio pelo céu noturno da California, depois cruzei os dedos para que não tivesse transito do aeroporto de volta a cidade. De volta a mansão, apesar das luzes acesas que indicavam que alguns empregados estavam ainda acordados, minha avó já estava dormindo - pensei que talvez a doença já estivesse a deixando cansada - e ninguem sabia me dizer se minha mãe já havia chegado. Foi fácil convensar a cozinheira e arrumadeira de não contar a ninguem a que horas eu havia chegado. Thomas, graças a Deus, já tinha se recolhido. Quando deitei na cama, achei que pegar no sono seria difícil depois desta noite cheia de surpresas, mas foi mais fácil do que eu pensei.


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Notas finais do capítulo

Comecei a distribuir os diálogos com os tracinhos, perceberam? Me digam se gostam desta forma. Tenham uma ótima semana!



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