Back to Us escrita por The Sweet B


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oie! Então, spoiler: Quase não tem Justin neste capitulo, hehe. Não reclamem! Eu estou esperando para dar a Justin uma entrada triunfal, ok? u.u Af, acho que algumas vão até achar esse capitulo sem graça, mas espero de coração que gostem. E lembrando que todos - TODOS - que aparecerem nessa fic serão de extrema importância, então fiquem atentos.
Bem, eu vou dizer lá nas notas finais umas coisinhas e não precisa ler, mas eu agradeceria.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/256749/chapter/2

Foi no automático, simplesmente entrei no carro e dirigi para o colégio, só para ficar bem longe de casa. As mãos trêmulas que seguravam o volante continuavam trêmulas até agora e eu tentava dizer a mim mesma para me acalmar. Pensei, vou voltar para casa e ir tratar com ela sobre isso agora. Mas a coragem me escapou. Tudo o que veio a mim foi o medo de ter que lidar com isso. Nada sabia sobre câncer. Sabia que pessoas morriam disso o tempo todo. E perdiam os cabelos. Mas o câncer em questão agora não era os que eu via em filmes ou na TV. Era um câncer de verdade em uma pessoa muito próxima de mim e, de tão real, parecia mentira.

"O que é que você está fazendo aqui?" perguntaram da porta da classe e eu me assustei. Kevin entrou na sala e se dirigiu até a cadeira do meu lado. Ele tinha cortado o cabelo recentemente, o que deixava ele com cara de mais velho, com a testa a mostra e as sombrancelhas negras e grossas.

"Acordei cedo demais" minha voz saiu mais rouca do que esperado e, assim como temia, Kevin notou que havia algo errado. E uma vez que Kevin nota, ele não te deixa em paz.

"Tudo bem?"

Ativei a Alicia nada transparente e abri um sorriso enorme para ele. "Tudo ótimo. Mas me diga, por que tá aqui?"

"Decidir vim treinar um pouco mais antes da aula"

"O olheiro virá hoje?"

"Amanhã" Kevin juntou as mãos e olhou para os tênis. Ele estava trabalhando duro para conseguir uma bolsa de basquete na faculdade de São Francisco, porque, não era só o que Joe, o pai de Kevin, queria, mas sim também a única forma dele entrar na faculdade. Kevin havia se descuidado dos estudos nos ultimos dois anos e entrado em várias encrencas junto com Luke, o que piorava as coisas. A bolsa era a única esperança de Kevin e ele estava recebendo muita pressão ultimamente de todos os lados, tanto de seu pai, quanto do treinador. Então, como uma boa entendedora de Kevin, disse: "Querido, independente do que aconteça amanhã, nós vamos comer cheeseburguer no Hamburguer Heaven"

A manhã de aula passou normalmente e ultimamente eu estava me empanhando cada vez mais na escola. Como era meu último ano, a faculdade estava próxima e tudo o que eu tinha certeza da vida agora era que eu devia entrar em uma. Mas hoje não conseguir prestar atenção em nada. Dois professores me chamaram a atenção hoje e Sam me bateu com um livro quando sem querer a deixei falando sozinha na hora do almoço. E, finalmente, quando deu a hora da saída, eu ainda me extendi mais um pouco pelo colégio para não ir para casa. Quando não podia me demorar mais, entrei no carro e peguei o caminho mais longo para casa.

Na entrada na mansão, os portões se abriram e estacionei na garagem, mesmo assim, não sai do carro logo que desliguei os motores.

E agora?, pensei suspirando e apoiando a testa no volante. Vou para casa ou dirijo até o pier, passo o resto da vida me escondendo atrás dos carrinhos de linguiça empanada. E então, na voz do meu herói, algo me disse assim: Você vai fugir?

E eu respondi: Mas é claro que não.

Não é o que ta parecendo.Você devia ver você mesma. Parece uma galinha apavorada.

Hey!, gritei para o meu interior com o meu Justin imaginável.

A Alicia que eu conheci não costuma fugir.

E eu não, eu respondi, eu não fujo.

Então entre em casa.

Mas...

Ela é sua avó. E vai precisar muito de você. Entre em casa.



"Alicia, querida, passe o sal por favor?" Eu olhava para Abigail Harris, do outro lado da mesa, como se ela fosse um boneca de porcelana falante. Procurava qualquer sinal que mostrasse que ela estava doente, mas não encontrei nada. Ela estava perfeitamente normal. E sua expressão ficava cada vez mais irritada.

"Alicia... Alicia!", eu me assustei quando percebi que ela estava falando comigo e logo em seguida me senti idiota. "O sal, por favor"

"Sim, claro" eu lhe entreguei o sal por sobre a mesa longa (tive que me levantar para levar até ela) e voltei a, dessa vez, encarar meu prato da qual não tinha comido nada.

"Você nem tocou na comida" ela observou, cortando sua panqueca de tofu. "Por sinal, onde está a sua mãe? Eu não sou objetiva o bastante quando digo que prefiro que não se atrasem para o jantar?"

E no mesmo instante, minha mãe entrou na sala de jantar e tomou seu lugar na mesa.

"Ah" vovó disse com tom de sarcasmo, "nos alegra saber que teremos a honra de sua companhia essa noite"

"Eu estava terminando uma ligação muito importante" ela explicou irritada para a sogra e depois virou para mim, abrindo um sorriso, "Boas notícias: vendi a casa no Brasil"

"Grande notícia, Judith, maior ainda porque você demorou dois anos para vender esta casa"

"Tive motivos" mamãe protestou

"Nos últimos dois anos, muitas vezes tive que voltar para o Brasil e, se não fosse pela casa, não teria onde ficar"

"Tudo bem, querida, mas o que pretende fazer agora que não tem mais emprego..." Abigail pausou para por na boca mais uma garfada. "... nem uma casa?"

"Está incinuando que não sou bem-vinda aqui?" mamãe falou dando início para um clima pesado.

"Longe disso"

"Porque, se é o caso, Alicia e eu podemos partir essa noite mesmo"

"Ora, por favor, Judith, se acalme"

"Estou calma, Abigail" mamãe disse com voz chorosa, jogando o guardanapo de pano na mesa.

"Ralmente não tive intenção de magoar"

"É claro que teve" e assim começou uma guerra de sotaques - britânico e latino - já rotineiro naquela casa entre as duas. E então, antes mesmo de eu pensar direito, as palavras simplesmente se jogaram para fora da minha boca: "Quando vai nos contar que você tem câncer?"



"Mas é benigno" foi o que resumiu uns quinze minutos de choque, surpresa e aí um relatório detalhado da sua visita ao médico. Eu não sabia se chorava, se sentia pena, se ficava aliviada por não ser maligno, se pedia desculpas ou ficava calada. Mamãe, pelo menos, ficou quietinha em seu lugar, olhando para a mesa de olhos arregalados e, pela primeira vez, pensei que ela de alguma forma sentiria saudades da ex-sogra, caso algo acontecesse com ela.

"Alicia?" Abigail me chamou cuidadosamente. "Ora, querida, eu vou ficar bem"

"Me promete?"

Ela, de início, ficou surpresa, mas depois - quando uma lágrima ameaçou cair pelo seu rosto - ela se levantou da mesa e, antes de nos deixar, disse: "Mas é claro que sim, pare com besteiras!"

"Estou sem palavras" foi tudo o que mamãe teve a dizer assim que ela saiu. "Câncer. De estômago. Meu Deus."

Eu soltei a respiração e me encostei na cadeira, me sentindo novamente cansada demais esta noite. "Vá para cama, querida"

"Eu só... eu só..." eu nem ao menos tinha o que dizer. Suspirei, me levantei da mesa e toquei no ombro da minha mãe, enquanto andava para fora da sala de jantar. "Até amanhã"

Mas não fui dormir logo. Ao invés disso, peguei meu notebook e o levei até a cama, depois ousei acessar uma pasta nos documentos que há meses não tinha coragem de acessar. Vídeos, coisa de dois anos atrás, preencheram a tela, todos meus com Justin. Alguns de 30 segundos outros de 20 minutos, com amigos e alguns apenas nós dois, sozinhos, se resumindo em piadas ou apenas risadas, beijos na bochechas e carinhos no cabelo um do outro. Foi assim que adormeci, querendo morrer em sonhos.

"Abaixe o queixo. Isso. Isso, muito bom. Agora eu quero que você coloque a mão na cintura. Não a outra mão. A outra mão. A outra mão!" ele quase atirou a câmera de suas mãos para longe quando gritou e me encarou irado. "A esquerda, eu quero a esquerda"

"Ok, desculpa! Só estou meio distante hoje"

"Então eu quero que você volte!" gritou novamente e, quando percebeu que tinha perdido a calma e exagerado, com as pontas dos dedos encostou nos olhos fechados. "Tudo bem, descance cinco minutos"

James Calder se retirou do estúdio, ainda segurando sua câmera, e me deixou ali, completamente paralisada e humilhada. Foi Sophie, a porta voz da Forever 21 e encarregada do photoshoot, que me consolou: "Esquece isso, ele deve está tendo um dia ruim... talvez não tinham frapuccino de caramelo na Starbucks" ela riu, mas eu não abri nem um sorriso, me sentindo agora com raiva demais.

"Como ele pode?"

"Ah Alicia," ela arrumou o vestido que eu estava usando, algo novo que sairia nas lojas em outubro, "ele se acha porque é bonito, tem um sotaque lindo e é super requisitado no que faz" ela se aproximou de mim como se fosse contar um segredo, "mas na verdade, ele é só um babaca"

Dessa vez eu ri e ele entrou na sala. "Sophie, pode nos dar um minuto, por favor?" Sophie nos deixou relutante, mas assim que ela saiu, ele apenas pegou a camera e bateu uma foto surpresa minha. Eu o olhei confusa, mas ele nada mais disse além de: "Vamos continuar"


"Aquele cara é louco, não sei porque você trabalha com isso. Você nem gosta de ser modelo" Sam abriu a porta do Hamburguer Heaven e foi logo se dirigindo a uma mesa qualquer. Eu a segui enquanto ela falava: "sabe qual o seu problema? Você faz coisas que você não gosta o tempo todo"

"O que?" perguntei confusa.

"É verdade. Você só faz o que te pedem, principalmente aquela sua avó lá"

"Não é verdade". Sam virou pra mim e me encarou até eu admitir. "Ta, ta bom" leivei as mãos para o alto, "Mas o que posso fazer? Não sei dizer não"

"Ta, então vamos treinar" Já estávamos sentadas na mesa, quando Sam pegou o cardápio e o analisou "Ali, pode me pagar um Big Bacon?"

"Certo"

"Errado" ela me bateu com a garrafa de ketchup. "Aprenda a dizer não!"

"Ok, eu não estava prestando atenção, tenta de novo" Mas demorou cinco minutos até que Sam tenta-se novamente.

"A gente pode dividir a batata? Eu não sinto como se quisesse comer muito"

"Não" eu disse na cara dela na frente da garçonete, mas Sam fez uma cara de confusa/triste/irritada. "Eu tô falando serio, Ali"

"Ah! Ah, desculpa. É claro que eu divido" Sam me atacou novamente com a garrafa de ketchup. "O que foi que eu falei?"

"Você disse que estava falando serio!"

"Não se deixe levar por mim! Faça o que eu disse" ela pôs o ketchup de volta depois disse para a garçoneta - completamente espantada pela nossa infatilidade, obviamente - "e é claro que eu vou querer uma batata inteira só pra mim, estou quase roendo as unhas de nervoso"

E, falando nisso, Kevin chegou acompanhado de alguns dos garotos do time de basquete. O jogo ocorreu na quadra da escola e qualquer um podia ir, mas eu tive o ensaio fotográfico e Sam teve uma prova de cálculo. De qualquer forma, Kevin não lhe mandou mensagem depois do jogo como combinado, o que deixou Sam mais nervosa ainda.

"E então, como foi o jogo?" Sam perguntou preocupada, ao julgar que nenhum dos garotos com ele pareciam animados. Eu também estava extremamente preocupada. Kevin era meu melhor amigo e eu não podia acreditar que meu melhor amigo não iria para a faculdade.

"Anda, conta logo" ela implorou. Sam era do tipo chorona, então ela estava quase chorando. Kevin abriu a boca algumas vezes, mas nenhum som saiu de sua garganta e, só quando Sam o empurrou, ele disse.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pra começar, essa semana foi bem corridinha: dentista, provas, ensaios da festa de 15 anos de uma amiga, prova de vestido, enfim... quase não tive tempo, então me desculpem. Não posso prometer que isso não vai voltar a se repetir, afinal, daqui a duas semanas começar minhas avaliações de unidade (que é tipo um preparatório pra vestibular na minha escola) e minhas notas - haha, novidade - tão lá em baixo, então já viu né. Estudar. Mas não se preocupem, não vou demorar tanto assim. É que meu objetivo era ter um dia certinho pra postar sempre, sabe? Quem sabe depois. Também vou trocar a foto da capa (atualização: já mudei!), colocar uma mais elaboradinha e tal, vai ficar legal, só falta tempo e paciência. Ah, tem uma coisa que eu estava a fim de falar (eu não ia falar não, mas acho melhor esclarecer logo): a todos que julgam que eu nunca fui belieber e tal, queria que soubessem que eu fui sim uma grande fã, só que fã até demais. O que eu era não era nem um pouco saudável e de repente eu me vi perdendo toda a minha vida e tempo em uma ilusão que eu alimentava. Chorava o tempo inteiro, ficava alimentando esperanças de uns sonhos absurdos, estava entrando em depreção, ficava desesperada, ansiosa, com raiva, tudo muito rapido, por conta de coisas relacionadas a Justin. Depois coisas muito ruins aconteceram comigo, outras coisas que não foram ruins, mas todas me fizerem amadurecer talvez até demais e enxergar certas coisas de outra forma. Sabe, Justin Bieber é um cara legal, engraçado, talentoso, lindo, mas você só conhece o cara que vê na TV, que ouve nas radios, no palco. Tem mais além disso e a ultima coisa que eu quero é destruir os sonhos de uma garota como eu, mas Justin não vai namorar todas as Beliebers. Nem todas podem ser a Alicia. E pra aqueles que podem chegar a dizer falar "oh, ela então 'deixou de ser fã' porque finalmente descobriu que nunca ia casa com o Justin Bieber", não tem nada haver, ok? Primeiro porque não deixei de ser fã coisa alguma, só que dessa vez estou indo de uma maneira mais moderada e dando mais preferências a minha vida, meus amigos, minha família. Eu tô pegando leve na Bieber Fever (desculpem quando disse que talvez houvesse uma cura para Bieber Fever, eu não quis dizer isso, realmente saiu completamente errado e entendo porque tenham me levado a mal), pra não voltar a ser como era. Espero sinceramente que tenham entendido. Não estou falando nada disso pra ninguem, só esclarecendo para geral. Afinal, adoro todos vocês e quero ser amiga de vocês. Beijos ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Back to Us" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.