Back to Us escrita por The Sweet B


Capítulo 1
Capitulo 1


Notas iniciais do capítulo

Já faz tempo, hein? Bem, então, como começo? Haha! Primeiramente, desculpas! Muito aconteceu nesses últimos anos, coisas que fizeram me afastar de Justin Bieber e todo seu universo. Acabei deixando de ser aquela fã que eu era e isso foi um dos motivos de eu ter abandonado a fic, mas estou aqui de volta. Respeito as Beliebers (até porque, no fundo, ainda sou uma) e respeito Justin mais que tudo. E essa história é para você, que assim como eu sonha ou já sonhou em ser a Alicia.



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As vezes me pego de volta ao tempo, tentando me encaixar novamente na história, lutando com a minha memória e sendo atacada pela nostalgia. Por exemplo, eu costumo deitar na cama e tentar me lembrar do meu pai. O cheiro ou a voz dele, qualquer coisa, nem que seja sua sombra ou algo relacionado a ele. As vezes eu visualizo uma caixa de cereal - descobri logo depois que era o que ele sempre comia no café da manhã. Ou de Justin. Eu sempre me lembro dele. Engraçado, não? Quando vou atravessar a rua, ou depois de comer macarronada, quando escuto o som de um piano ou até mesmo antes de dormir - sempre tem um segundo ou só uma fração em que ele passa em minha mente.

Já faz algum tempo que não nos falamos, mas as vezes, de tanto pensar nele, parece que conversamos todos os dias. Eu sei que já não é Justin que conversa comigo. É só o Justin da minha mente. As vezes o Justin da minha mente me manda parar de falar com ele, mas eu simplesmente não consigo. Ele é doce comigo e é engraçado, bem diferente do Justin que conheci na última vez que nos falamos. Aí sim, meus pesadelos e dores de cabeça começam. Quando a minha mente - em um golpe sujo e baixo - me lembra justamente aquela noite.

Pouco sei sobre ela, pra falar a verdade. Foi tudo tão rapido que acho que nem associei as coisas direito. Mas do rosto dele, do tom da sua voz, eu me lembro perfeitamente. Como foi que ele disse mesmo? "Não iremos mais nos ver", acho que foi isso. "Fomos rápidos demais", "ainda estou no início da carreira", "Usher não acha uma boa que eu tenha uma namorada agora" vinheram antes. E cada frase, cada palavra, cada letrinha sequer, me nocautearão no maxilar e estômago, até que eu estivesse bem fraca. E então, "acabou, Alicia" veio como um balde d'água fria que me deixa tremendo até hoje. Ele até mesmo tentou amenizar a situação, falando que o problema era ele, que eu era uma pessoa maravilhosa, que eu ia achar alguém melhor, mas eu não ouvi. Eu estava fora de órbita naquele momento, tentando buscar a Terra e pôr meus pés no chão. Isso, infelizmente, só consegui depois de muito tempo. Claro que senti raiva dele. Raiva de mim, por não conseguir parar de amá-lo. E eu fui esquecida rapidamente, não só por ele, como por suas fãs. Mas seis meses depois, nas primeira fotos de Jelena, eu alcancei o chão - e dessa vez cravei os pés nele -, deixei o amor de lado e me curei da Bieber Fever. Depois de um tempo, a raiva passou. Durou mais do que o normal, porque a cada dia que passava, Justin ficava mais famoso, e aí ligar a tv, a rádio ou até mesmo sair na rua virou tortura. Ele simplesmente estava em todos os lugares, fora e dentro de mim. Só que eu tinha que me lembrar bem de quem eu era. E eu era Alicia Harris.

Para falar a verdade, eu não tocaria novamente no nome de Justin, se algo não tivesse acontecido dois dias atrás. Por mais que eu pensasse todos os dias nele, eu nunca falava. Nem ao menos quando precisei falar. Mas há dois dias atrás, por volta das 16:30h, eu estava no andar de cima fazendo o dever de casa quando ouvi o barulho de um carro chegando. Logo depois, ouvi uma conversa entre minha mãe e Scooter Braun. Scooter Braun é, nada mais nada menos do que o empresário de Justin. Tem cabelos escuros, se diverte e se estressa rápido e, pelo que eu me lembre, fazia Justin parecer baixinho. Fazia anos que eu não o via, mas de repente ele estava ali, na minha cozinha, conversando com a minha mãe. Nem tentei ouvir o que eles estavam falando, apenas fui entrando e encarei as costas dele quando, depois que a minha mãe mandou um sinal, ele me percebeu. "Já faz tempo, garota" ele riu, mas eu não. Mesmo assim, não fui mau-educada.

"Faz sim. O que está fazendo aqui?" Mas quem respondeu foi a minha mãe: "Encontrei Scooter na rua e nós paramos para tomar um café"

"E então sua mãe me contou que parou de cantar e eu vim até aqui dizer novamente" ele enfatizou e olhou sorrindo para a minha mãe, que riu, "que isso não pode acontecer e que meu instinto de caça talentos não vai deixar. Judi, está aqui" ele entregou um cartãozinho branco para ela e pegou seu casaco em cima da bancada. "Eu já falei com eles, estão apenas esperando a sua ligação" De saída, Scooter passou por mim, mas parou alguns centrímentos antes. "Você fez falta, garota. Sabe, Justin e eu estávamos falando sobre você um dia desses. Não deviam ter perdido contato... Foi bom te ver" e foi embora.

Eu ainda tentei tirar mais informações sobre a visita inesperada de Scooter, mas minha mãe não teve nada de mais para me contar sobre isso ou sobre o cartão que ganhara, além de que iria pensar naquilo depois. Mas o fato que Justin esteve falando sobre mim recentemente embaralhou a minha cabeça de dúvidas. Por que? Sobre o que? Para mais quem? Selena sabe disso? Desde então, Justin se tornou mais presente nos meus pensamentos e eu tive que finalmente falar sobre ele.



"Por favor, por favor, vá!" Sam estava ajoelhada na minha cama me implorando.

"Eu não gosto de encontro as escuras"

"Você acha que eu ia te deixar numa fria? Eu não marcaria isso se eu não tivesse certeza de que você ia gostar dele."

"Sam" eu disse suspirando e me jogando em uma cadeira do outro lado do quarto. "Eu não tô com lá esses climas pra isso agora. O ano ta acabando, eu não resolvi as questões da faculdade, tem o clube do teatro, eu tenho que fazer umas fotos para a nova coleção outono/inverno pra minha avó, não sei se vai dar tempo".

"E quando é que você vai ter?! Quer saber, isso é só desculpa. Já tem mais de ano, Alicia, supera" eu podia jurar que ouvia Sam começar a ficar irritada. Deixei eu e ela ficarmos em silêncio por um ou dois minutos e então eu disse ok. "Ok?" ela abriu um sorriso.

"É, ok" dei de ombros e Sam correu para me abraçar.

"Vai ser divertido" ela jurou e esperei que sim. Não contei a Sam sobre Scooter porque não queria tocar no assunto Justin Bieber com ela, além do mais, Sam simplesmente o odiava agora e ela estava tão animada que eu não queria estragar isso. Sam não ficava tão ansiosa por algo assim fazia tempo, ao meu ver. Não que ela contasse mais muito coisa sobre seu namoro com Kevin - que por sinal já durava dois anos -, mas eu sabia identificar ela pelo simples fato de que Sam é completamente transparente. E por mais que eu ficasse chateada sabendo que ela estava passando por algo e escondendo de mim, me lembrei de que também não ando sendo 100% aberta com ela, então achei justo.

Era algo que eu gostaria de ser, transparente. Mas sempre que eu estava triste, acho que sabia fingir muito bem, porque eu simplesmente agia o oposto de como eu estava. Justin terminou comigo e eu preparei uma festa surpresa para Sam eu fui fazer compras com tia Sarah (algo complicado, já que ela tem um gosto bastante peculiar e é dificil achar roupas do seu tamanho). Minha avó paterna (a quem só vim a conhecer com 15 anos) se esqueceu da estréia do meu primeiro musical na escola e eu fiz a ela torta de morangos com um sorriso no rosto. Eu tirei zero em matemática e dei 25 dólares para um mendigo na rua. As vezes é bom não ficar demonstrando o que a gente sente, mas as vezes eu quero que as pessoas notem que não estou bem e me deem um abraço.

Descancei na minha cama, me sentindo cansada de mais para qualquer coisa hoje. Acordei as 2h da manhã com um pesadelo e a cabeça doendo por conta do coque no cabelo. Sonhei que Justin estacionava o carro na frente de casa e, de óculos escuro e jaqueta de couro, me pedia para entrar no carro com uma piscadela. Eu, logicamente, o obedecia e pulava dentro do carro como a mesma garotinha de 15 anos apaixonada que eu costumava a ser. "Justin," eu dizia no sonho "você não tem ideia do quanto eu senti sua falta". Ele não retirou os óculos escuros nem uma vez e, me olhando de relance, ele falava "eu também". Aquilo fez meu coração parar e voltar a bater duas vezes mais rápido, principalmente quando ele se inclinou para me beijar. E, quase tocando os meus lábios, Justin sussurrou: "mas lembre-se: você é só mais uma fã iludida"

Eu não consegui dormir desde então, mas apesar disso a madrugada passou rápido depois de um banho quente e um livro que não consegui prestar atenção necessária para ler, e as 7h, eu estava pronta para o colégio e decendo para tomar café da manhã.

"Bom dia, srta. Alicia" Thomas, o jovem governante da casa e incrivelmente leal a minha avó - e que não gostava muito de mim também, diga-se de passagem -, me recebeu como sempre: esnobe, mas ao mesmo tempo inevitavelmente educado, do jeito que eu achava graça. "Ovos para o café?"

"Sim, por favor" pedi com um sorriso que ele não retribuiu. "Minha avó e minha mãe já acordaram?" "

A sra. Bernardes não, mas a sra. Abigail já está de pé e não descerá para o café" ele respondeu e eu, de alguma forma, esperei mais.

"Ela disse por que?" perguntei quando percebi que ele não falaria, mas tudo o que ele me respondeu foi "eu não me meto nos assuntos da madame" e se retirou. Já era de se esperar e, depois de algum tempo, você se acostuma com ele, mas achei estranho a minha avó não querer descer para o café hoje. Fui até a biblioteca para passar o tempo e vi, em cima da poltrona de couro branco, sua bolsa Chanel preta. Pensei que não havia desculpa melhor para visitá-la do que lhe entregar a bolsa e eu faria isso, se não fosse pelo amarrotado de papéis que cairam de dentro dela. Contas, cartas, papeis de estacionamento e nada que eu iria bisbilhotar, se não fosse pelo resultado de um exame médico que se destacou entre as demais. Olhei mais por preocupação do que curiosidade, mas deixei todos os papéis cairem novamente ao chão quando terminei de ler. E estava ali, digitado e carimbado, e no meio de tantas palavras complicadas e sem importância, como se não tivesse importância também: diagnótico de tumor confirmado.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham notado que muita emoção vai acontecer a partir de agora. Alicia teve o seu momento de contos de fadas, mas agora ela vai ter que enfrentar a realidade. E não é só ela. Mas não se preocupem, tudo vai correr bem haha! Onde está o Justin, hein? Vamos torcer pra que ele reapareça no próximo capítulo? Continuem acompanhando.
Beijos ♥
Ps.: sempre tiveram curiosidade de saber como era a cara da Alicia? haha é a Samantha Boscarino, mas se quiser, considere como se fosse você (:



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