After You are Gone escrita por Jennifer Borges, Tayla Zafir


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

desculpe pela demora...



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Entramos no carro e Harry dirigia sem rumo. Ele não gostava de dizer aonde íamos, o motivo? Ah, ele achava engraçado a minha cara de curiosa. Mas naquele momento, não me importava para onde estava sendo levada. 
Todas as lembranças haviam voltado e era basicamente impossível parar de lembrar do Logan. Ao observar a janela, mesmo que não quisesse, algo em mim tentava encontrá-lo em qualquer cantinho que fosse... Mesmo que em um simples gesto de um outro alguém...

Olhei um casal sentado em um banquinho sorridente. Ao seu lado um outro casal de velhinhos com uma garotinha. Uma lágrima escorreu e eu rapidamente a limpei. Harry estacionou o carro em uma rua mais afastada. Havia outros carros na mesma, mas eram todos escuros e as pessoas não estavam muito bem apresentáveis. Descemos e Harry segurou minha mão. Era impossível ter algum paparazzi ali, mas eu não o repreendi. Entramos em uma portinha e logo vi um bar enorme. Parecia antigo. A aparência não combinava com quem estava lá dentro. Harry puxou-me para o balcão e nos sentamos junto ao mesmo.

– Duas doses de tequila, por favor. - Harry disse para o barman.

– Sabe... Eu não lido muito bem com bebida, achei que você soubesse muito bem disto. - Disse confusa olhando-o.

– Fica calma, eu lido e estou aqui com você. - Harry disse me fitando e o barman colocou as doses a nossa frente. - E também bebida nos afasta de lembranças indesejadas.

Harry pegou sua bebida e eu a minha. Viramos e ele sorriu. Eu não fazia ideia de quais lembranças indesejadas Harry queria se afastar... Mas das minhas eu fazia.

– Mais duas doses, por favor. - Pedi ao barman e Harry me fitou sorrindo.

– Pensei que não fosse beber. - Harry disse me olhando nos olhos.

– Te deixar beber sozinho? Nunca. - Disse sorrindo e logo viramos a outra dose de tequila.

Começou assim. No final tínhamos tomado nove doses de tequila cada um, umas sete doses de uísque e drinks à base de vodka. Saímos do bar e entramos no carro de Harry. À noite já caira sobre Londres e a única iluminação daquela rua deserta, era um poste na esquina.

– Nós estamos parecendo dois bêbados suicidas agora. - Harry disse rindo.

– Pois é, nem nos divertimos como você falou que iríamos. - Disse fitando o final da rua.

– Bom, podemos nos divertir agora. - Harry disse sorrindo e ligando o carro.

– Eu acho que você não está em condições de dirigir. - Disse o fitando.

– Eu acho que consigo chegar aonde quero ir, não é muito longe daqui. - Harry disse acelerando o carro.

Harry dirigia rapidamente. Às vezes o carro deslizava um pouco e nós riamos. Freadas bruscas em esquinas, nos faziam gargalhar. Estávamos realmente bêbados. Chegamos a uma balada. Harry parou o carro e descemos.

– Nós vamos entrar ai com essas roupas? - Questionei o fitando incrédula.

–Vamos. - Harry disse me puxando para dentro da balada.

Entramos e eu vi uma enorme pista de dança, puxei Harry para o meio dela imediatamente. Começamos a dançar e a rir bastante. Logo compramos mais doses de uísque e tomamos. No meio de toda agitação eu fitava Harry dançando lindamente na pista. Ele sorria dançando e quando me viu parada o observando me puxou pelo braço me balançando. Então começamos a dançar muito próximo. Eu sentia a respiração ofegante de Harry no meu ouvido. Nós estávamos um pouco descontrolados demais, mas eu gostava daquela sensação, me trazia adrenalina.

– Acho melhor irmos embora. - Harry disse no meu ouvido.

– É, também acho. - Disse e fomos em direção a saída.

Enquanto caminhava, mais tropeçava do que tudo. Harry rindo da minha situação, passou o braço pela minha cintura me dando apoio. Ele também não conseguia andar direito, estava tropeçando em seus próprios pés e gargalhando. Paramos em uma parte do estacionamento e avistamos um táxi. Apenas dei sinal. O táxi parou e entramos. Joguei-me em um canto e me aconcheguei. Harry estava rindo e o motorista tentava pedir o endereço. Depois de um tempo fazendo cara de pensativo, Harry respondeu algo que eu não entendi muito bem. Ri de sua expressão e ele me olhou, me fazendo rir mais ainda. Harry sentou-se mais perto de mim e eu apoiei minha cabeça em seu ombro.

– Eu já estava me esquecendo de como você fica bonita quando bêbada. - Harry brincou e nós rimos.

– Ai, minha cabeça dói. - Disse levantando um pouco e fazendo-me ficar cara a cara com ele.

– Sério? - Harry perguntou sarcástico e nós rimos. - Sua ressaca começa muito cedo.

–Na verdade... - Tentei me defender, mas o carro freou bruscamente.

Eu bati de frente com Harry e nossos lábios se encostaram. Meu coração disparou no mesmo instante. Os olhos de Harry estavam abertos e fitando os meus assustados. Então o vi fechando os olhos e começando a me beijar de verdade. De imediato, correspondi o beijo, foi involuntário. Senti as mãos de Harry na minha cintura puxando-me para mais perto. O beijo não era como os outros. Tinha mais... Desejo. Harry mordeu levemente meu lábio inferior e eu sorri entre o beijo. Começamos a ficar ofegantes e Harry parou o beijo.

– Chegamos. - O taxista disse pigarreando e Harry riu.

Envergonhada desci do carro rapidamente. Harry pagou o motorista e logo desceu. Não reconheci o lugar, mas era melhor do que ficar encarando o taxista. Eu estava muito envergonhada. Harry então andou até a porta da casa e eu o segui. Ele lutava para abrir a porta e eu comecei a rir descontroladamente da situação.

– Me deixa tentar. - Disse rindo e pegando a chave de sua mão.

Tentei algumas vezes, Harry ria ao meu lado, mas logo consegui. Entramos rindo e eu definitivamente não sabia onde estava. Estava escuro e então tropecei em alguns degraus e cai.

– Ai. - Disse rindo e sentando-me aonde caira.

– Deixa eu te ajudar. - Harry disse, mas no escuro ele acabou tropeçando também e caindo em cima de mim.

– Ai, seu idiota. - Disse rindo e batendo levemente em seu ombro.

– Acho que eu deveria ter ligado a luz antes. - Harry disse e eu ri.- Mas agora eu nem sei mais aonde que liga.

– Meu Deus, estamos presos no escuro. - Disse rindo da situação.

Uma luz fraca de farol de carros iluminou por um instante o lugar onde estávamos. Não consegui observar o lugar, as luzes que viam de fora, iluminaram os olhos de Harry. Perdi-me em seus olhos e em tal proximidade que nos encontrávamos agora. Senti o olhar dele descer para a minha boca e ele se aproximar lentamente.

Beijamo-nos novamente, só que com mais desejo. A última coisa de que me lembro, era de Harry tropeçando ao subir as escadas.


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