She Will Be Loved escrita por Giiz Eleonora


Capítulo 4
"Brilha brilha, estrelinha"


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus queridos leitores! Então, vim com mais um capítulo.
Espero que gostem.
Beijos!



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Gaara corria apressado em direção ao hospital que Ino estava internada. Naruto estava no carona do carro, igualmente apreensivo. Hinata esta quietinha no banco de trás. Todos estavam preocupados com a saúde da amiga. Todos ocupados com seus próprios pensamentos.

Gaara estacionou o carro e todos partiram para dentro do hospital. Logo encontraram Inochi em estado deplorável, sentado no sofá de espera.

- Como ela está? - Perguntou Naruto, triste.

- Mal... - E Inochi não pôde mais controlar as lágrimas - Minha filhinha...deitada naquela cama.. morrendo. E eu não posso fazer nada! Sou um péssimo pai.

Hinata não se aguentou e sentou-se ao lado do senhor. Ele estava visivelmente acabado. Mesmo nõa o conhecendo, abraçou-o. 

Naruto se encantou com o gesto da morena. Ela embalava Inochi nos braços com uma doçura incrível.

Um rapaz moreno chegou perto do grupo. Sakura, menosprezada pelos demais, se aproximava do grupo, bebendo café.

- E aí, doutor Sasuke... qual foi o resultado? - Perguntou Inochi, com um brilho de esperança nos olhos. Talvez tudo aquilo não passasse de um engano e logo sua filhinha sairia daquele quarto, sorridente.

- Infelizmente, sinto em lhe informar que Ino fora diagnosticada com leucemia. O quadro dela é sério, o tipo de câncer dela nõa é normal em pessoas jovens e saudáveis como ela. Tudo indica que é uma forma de auto-agressão, da mesma forma que os cortes no braço dela. O senho sabia que sua filha se auto-mutilava? Bem, deveria saber, já que ela provavelmente fora levada a algum hospital... ela tinha pontos em alguns cortes.

- Não, eu nunca soube disso... - disse o senhor, pesaroso.

- Ela mesma que dava os pontos. Eu... eu vi ela fazendo isso. - Murmurou Hinata.

Sakura ainda estava calada. Juntando todos os pontos, uma ideia passou pela cabeça dela:  sua irmã havia desenvolvido câncer por sua causa?

- Tudo isso é por sua culpa - Naruto chegou bem próximo da rosada, irritado. - Sua irmã está morrendo por sua culpa. Satisfeita com isso? Oh, não acredito que eu estive tão iludido em relação a você. Eu era completamente apaixonado por você... e agora... eu tenho NOJO  de você, Sakura. NOJO!

Sakura estava em pânico. Nunca ligou para Naruto, mas ao vê-lo tratando-a daquela forma, com tanto escárnio, se sentiu muito mal. Gaara a olhava com a mesma forma.

- Não é minha culpa! Ela que é uma tonta que acredita em tudo que as pessoas falam com ela! - Tentou se justificar, perante os olhares acusadores de todos.

Inochi suspirou. Aonde havia errado com as filhas?

- Só gostaria de saber, minha filha, quando você se tornou essa pessoa tão diferente da doce Sakura que eu peguei no colo a quase 21 anos atrás, enquanto sua mãe sofria para por no mundo sua irmã.

- A errada da história é a Ino! Ela matou a mamãe! Ela é a culpada! Ela que deveria morrer, não a mamãe. -Gritou, mimada. Ao se dar conta do que falava, levou a mão a boca.

Seu pai a olhou com tanta dor que ela já nõa mais sustentou ficar naquele ambiente. Saiu correndo para fora do hospital, sem olhar para trás. 

Afinal, quando foi mesmo que se tornou aquele tipo de pessoa?

Olhou para o céu, vendo uma estrela muito brilhante. Se lembrou da infância, de coisas que ela se forçava a esquecer. 

 Sakura estava chorando, com medo. Os trovões estavam cada vez mais assustadores e ela estava sozinha. Quer dizer, estava com a irmã. Mas seu pai não estava lá.

- Sakura, você está chorando? - Perguntou Ino, baixinho. Estava preocupada com a irmã. Tinham 4 anos na época. - Não chora não. Daqui a pouco a chuva acaba! 

- Estou com medo, irmãzinha. - confessou Sakura, se aninhando nos bracinhos também pequenos da irmã.

- Não precisa ter medo não! Olha, olha para a janela. Vem ver, é bonito! - Falou Ino, tentando fazer com que o medo da irmã fosse embora. - Sabe, eu fiquei sabendo que, na verdade, são só os anjinhos fazendo bagunça lá em cima.

Sakura olhou para a irmã, receosa.

- É verdade isso?

- Sim sim.

- Maninha... será que a mamãe está lá, com eles, fazendo bagunça também? - perguntou Sakura, curiosa.

- Eu não sei, Sakura... eu acho que a mamãe nõa deve estar lá. Eu acho que a mamãe está nas estrelas.

- Por que você acha isso?

- Lembra daquele filme que papai assistiu outro dia, vendo mamãe dançar? - Sakura assentiu com a cabeça. Elas estavam olhando pela janela, enquanto brincavam no jardim - Então... eu acho que ela está dançando lá nas estrelas, assim como ela fazia naquele filme.

- Você acha que a mamãe virou uma estrela-cadente?

- Eu acho que sim. Oh, que tal a gente pedir pra ela aparecer para gente?

- Será que funciona, irmanzinha?

- A gente pode tentar!

E as duas deram as mãozinhas, olhando fortemente para a janela, pedindo em silêncio que a chuva passasse logo e que as estrelas voltassem a brilhar.

- Ino, Ino! Olha só! Tem uma estrela brilhando muito! E a chuva tá passando!

Ino sorriu para a irmanzinha. 

- Brilha brilha, estrelinha.... quer ver você brilhar! - Cantarolou a garotinha de cabelos rosas.

E Ino prometeu para a estrela naquele dia que sempre seria  forte o suficiente para sustentar a irmã e ela própria. 

Sentiu a bochecha molhada e despertou das memórias. Ino sempre esteve lá para ela. Por quê será que ela se tornou má para a irmã? Não se lembrava de nada que Ino pudesse ter feito contra ela.

Chorou mais um pouco e se assustou ao sentir uma mão fria em seu ombro.

- Sakura.

- Dr Sasuke... aconteceu algo? - Perguntou ela, preocupada realmente com a saúde da irmã. Parecia que todos aqueles anos de desprezo haviam passado e, de uma vez só, todo o amor que reprimia pela irmã, a atingira em cheio.

- Pelo que percebi vocês não se davam bem. Mas acho que você deve cair na real. A vida da sua irmã está em suas mãos. E creio que você não a odeie tanto a ponto de nõa querer que ela sobreviva.

Sakura olhava para o nada.

O que deveria fazer?

Bem, ela sabia o quee deveria fazer. Deveria fazer os exames que o hospital pedia e o mais rápido possível, entrar naquela sala de cirurgia e doar parte de sua medula óssea para a irmã.

Depois disso, seria somente rezar para que Ino sobrevivesse.

- E se... ela nunca me perdoar? - Perguntou, num suspiro muito baixo.

- Você pode se surpreender. Acredite, eu já estive em seu lugar antes e, diferente de você, eu tinha motivos reais para odiar meu irmão. No entanto, fiz o que você está pensando em fazer e não me arrependi. A vida tem disso, a gente leva esse tipo de baque para recolocar a vida nos trilhos certos.

Sakura olhou para o moreno.

- Já fiz minha escolha.

- Ótimo. Creio que irá conviver bem com ela. - E saiu andando.

Sakura olhou novamente para o céu. A estrela ainda estava lá.

-*-*-*-

Ino POV

Essa sensação de sair e voltar para o meu corpo está sendo péssima. E dolorosa.

Ah, mamãe. Como eu gostaria de ter te conhecido... e poder sair desse lugar estranho.

Olho a minha volta e não enxergo nada. 

- Olá, minha bonequinha. - Uma voz soou perto de mim

- Quem é você? E, aonde eu estou? - Perguntei, receosa.

- Sou eu, Ino. Sua mãe.

- Mamãe? Oh, porquê não posso te ver, mamãe? - Respondi, já com lágrimas nos olhos.

- Sou eu sim, minha pequena boneca. Você não pode me ver ainda, mas fique calma.

- Mãe, porquê? Eu estou morta?

- Tudo ficará bem. Agora, apenas durma.

- Não estou com sono, mãezinha. 

- Fique calma, logo, logo, voltaremos a nos falar.

E de novo aquela sensação de repuxo aconteceu. E nada mais aconteceu. É como se o tempo tivesse parado.


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Notas finais do capítulo

E agora? O que Sakura decidiu? ~suspense~