Learn To Fly With Your Feet escrita por Laura


Capítulo 5
Parentes ?


Notas iniciais do capítulo

Sei que falei que ia postar amanha mas nao resisti... e se tiverem erros, ja sabem... estava no carro... beijos



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— ah. Oi meninas. Eu to aqui com a minha tia e com o meu primo.

Eu não acreditava. Estávamos trocando palavras com o lindo. Chegamos ao local da festa. Os meninos desceram e o namorado de ana também. Luis. Ele era bem educado. Alto, magro, cabelos grisalhos, olhos azuis e um sorriso largo.

Os rapazes nos ajudaram a sair do carro afinal nao queriamos estragar os vestidos. Precisavamos estar perfeitas. Ao descer do carro pude reparar melhor no modelo. Estava com um terno preto e a camisa rosa clara por dentro e uma gravata rosa choque. Sempre fui atraída por homens de rosa. O lindo estava com uma camisa branca e a gravata vermelha. Arrasaram.

Entramos no baile e mais do que instantaneamente ficamos boquiabertas.

— to sonhando. — disse camis me puxando pelo braço e pedindo que eu a beliscasse.

Nos sentamos a mesa reservada a ana. Serviram salada de entrada ei como tinha passado o dia sem comer tava falecendo e um pé de alface nao me deixaria satisfeita. Talvez tres fariam. Ri mentalmente do meu mau humor.

— alice, vamos dançar. — ali vi uma mao estendida. Olhei para cima e vi que o dono daquela mão era Guilherme. Sorri automaticamente.

— claro. — Respondi pegando a sua mao estendida.

Nos direcionamos para onde as pessoas estavam dançando. Ele me tomou pela cintura e colou o corpo no meu. Sua mão se posicionava relativamente baixa mas não chegava a ser indecente ainda. Posicionei meu rosto do lado do seu e levemente apoiei meu queixo em seu ombro. Ele conversava coisas distintas mas eu nao conseguia prestar atençao pois estava tendo uma conversa comigo mesma.

Será que ele está sentindo o meu coração acelerado e minha respiração descompassada. Minhas mãos encaixadas nas enormes mãos dele tremiam. Estava custando a manter minhas pernas firmes.

— Alice, Alice ?

Eu o olhei.

— Ah desculpa. Eu me envolvi em pensamentos. — sorri timidamente.

— você quer voltar pra mesa pra comer ou quer ir dar uma volta ?

— o que que eles serviram ?

— pato.

— o que ? — o olhei espantada. Ele riu da minha surpresa.

— to falando sério.

— vamos dar uma volta. —respondi.

Ele me tomou pela mão e saimos como dois fugitivos. Rindo bem baixo ainda. Quando olho para um canto do salão não acredito no que vejo. O lindo e camis totalmente agarrados.
Não conseguia saber onde começava um e terminava o outro. Cutuquei Guilherme para saber se estava delirando. Ele olhou para a mesma direção que eu estava olhando. Começou a rir comigo.

— vamos. — ele disse me puxando e rindo ainda.

O segui. Ele levantou um braço e um táxi parou na nossa frente. Ele apontou para dentro do carro me indicando a entrar. Entrei e ele se sentou ao meu lado. Nos olhamos rindo da situação de estarmos saindo como fugitivos e da cena que vimos da minha amiga irmã e o primo dele envolvidos. Parei buscando ar. E ele também. O taxista carrancudo nos olhou.

– Pra onde ?

– pra um outback. — respondeu meu companheiro de fuga.

Encostei no banco tentando recuperar o ar porque havíamos corrido. Chegamos ao Outback e descemos do carro. Ele pagou o taxista e seguimos rumo ao restaurante. Só quando comecei a andar e senti o meu vestido rastejar no chão que vi que estamos vestidos em trajes sociais completos. Levantei o meu vestido e olhei para ele. Ele sorriu e falou que não tinha importância. Entramos e não demorou muito para que todos os olhares se viraram para nós. Sentamos em uma mesa mais ao fundo com bancos almofadados. O garçom veio nos dar os cardápios. Olhamos e ele retornou. Fizemos os pedidos e nos olhamos. Houve um momento de silêncio. Nos olhávamos com intensidade. Nenhum dos dois ousava estragar aquele momento. Então meu amigo fez isso por nós.

— Alice ?? O que você faz aqui ? Olhei pra cima e vi meu amigo Matheus me olhando. Matheus era relativamente bonito. Tinha cabelos bem pretos. Tão pretos como a asa da graúna. Sim. José Alencar. Mas só pra terem uma pequena noção. E seu cabelo era cacheado. Mas muito cacheado. Assim como os do Guilherme. Cachos bem perfeito e modelados. Os olhos cor de mel que em alguns relances de luz pareciam verdes. E a pele relativamente branca rosada. E o olhar de Matheus era o mais intrigante. Passava conforto e dúvida. Ele tinha cílios grandes e que chegavam até a ponta do olho o que dava um certo olhar caído mas era vivo ao mesmo tempo. Gosto de dizer que ele tem olhos bipolares.

— Matt. Me levantei e o abracei por alguns segundos. Ele me olhou de cima a baixo e disse como eu estava linda. Eu e o Matheus já tivemos um certo rolo. Ouço um limpar de garganta e olho para a direçao do som.

— ah perdão. Sou distraída. Matt esse é o Guilherme filha da Ana Botafogo e Guilherme esse é Matheus meu melhor amigo.

Eles deram um aperto de mão e senti uma tensão no ar. Graças a Deus o garçom chegou bem nessa hora e interrompeu tudo. Matheus voltou pra sua mesa e eu e Guilherme começamos a conversar.

— Alice, o seu pai? Ele está aonde. — o fitei surpresa por tal assunto.

— Curitiba. Ele mora lá já faz alguns anos.

— e como é a relação de vocês ? — olhei para a mesa sem entender de onde vinham todas essas perguntas e toda curiosidade que era mostrada no olhar de Guilherme.

— ah. Já foi melhor. Temos alguns conflitos. Mas com a distancia acabam sendo minimizados.

–— entendo. E irmãos ? Você tem ?

Respondi que não com a cabeça. Toda aquela repentina curiosidade me deixou sem graça e sem reação certa. Para minha alegria e salvação nosso jantar chegou. Eu estava com tanta fome e pelo visto meu acompanhante também. Pois comíamos com sorriso no rosto e a mesa ficou em silencio. Silencio bom não pensemos diferente. Quando acabamos suspiramos em sincronia o que levou a risadas. Guilherme como da primeira vez não me deixou pagar a conta. Nos levantamos e fui me despedir do Matt o que não foi uma boa ideia pois quando cheguei na porta onde estava Guilherme ele me disse que não gostava do olhar de Matt para mim. Não entendi muito bem aquilo. Guilherme estava com ciúmes ? Falei que não tinha nada a ver e mudei o assunto.

— o que vamos fazer agora ? Voltar para o Baile ?

— eu tava pensando em atravessar a rua e andar um pouco ali na beira do mar.

O olhei e apontei para meu corpo querendo mostrar o vestido. Mas ele me olhou de cima a baixo com um olhar de malícia. Corei imediatamente. O que me fez virar o rosto para ele não perceber. Mas não adiantou muito.

— vamos lá bailarina. Você não é de frescurite. Depois você manda pra lavanderia.

Bufei e comecei a marchar até a praia o que provocou risadas no modelete.

Chegamos na praia e eu tirei minha sandália e comecei a caminhar para a beira do mar. Assim que senti meus pés tocarem a areia e o cheiro de maresia esqueci meu mau humor. Amarrei o cabelo que estava solto e cacheado devido ao penteado escolhido pelo cabeleireiro do ateliê. Levantei o vestido e comecei a caminhar mais lentamente até o mar esperando que meu modelo me alcanssace. Senti um braço passar pelo meu pescoço o que me provocou um calafrio interno. Acho que ele percebeu pois sorriu um sorriso de lado provocativo. Quando senti o mar molhar a ponta dos meus pés liberei um suspiro.

— Alice. — me chamou quase que em um cochicho.

Apenas o olhei. Ele tirou o braço de volta do meu pescoço virou seu corpo e o meu também. Ficamos de frente um para o outro. Engoli seco e apenas existiam os olhos dele para mim e era como se só existissem os meus para ele. Ele colocou a mão no meu rosto o que proporcionou um perfeito encaixe. Ele fechou os olhos. Levantou um pouco minha cabeça e me beijou a testa. Começou a enlaçar os dedos nos meus cabelos e a inclinar os seus lábios para perto dos meus. Eu me levantei na ponta dos pés e graças ao ballet foi possível manter o equilíbrio. Soltei minhas sandálias e o vestido. Coloquei minhas mãos no seu abdômen e fui lhe acariciando até as costas, onde o segurei firme. Ele finalmente encostou os seus lábios no meu. Levemente os roçando devagar. Finalmente sua língua encontrou a minha. E o movimento delas para minha incrível surpresa era sincronizado. Ele explorava cada canto da minha boca. Revezávamos o beijo entre mordiscas nos lábios que eram puxados e sugados. O que começou com um beijo doce se tornava intenso. Ele puxava mais os meus cabelos que já tinham sido soltos. E eu o apertava mais contra o meu corpo. Desejando que aquele momento nunca acabasse. As mãos enormes do meu modelo me percorriam as costas. E suas mãos começaram a descer. Puxei não permitindo uma certa indecência ali na praia. Não sou nenhuma puritana mas nenhuma indecente que permite tudo. Principalmente no primeiro beijo. Que foi diminuindo o ritmo e se tornando em selinhos. Abri meus olhos e o fitei. Ele estava ofegante e com um sorriso no rosto. Um sorriso de lado e irônico. Ele me olhou e me puxou pra perto dele. Ficamos ali abraçados sem falar nada apenas olhando o mar e sentindo aquele momento. Ele então pegou minhas mãos e começamos a andar de volta pra calçada.

— temos que ir porque já devem estar preocupados. — consenti com a cabeça.


Entramos em um táxi e nos dirigimos até o salão. No caminho fui tentando me arrumar. A boca do meu amigo fugitivo estava toda borrada de vermelho e a minha também. Meu vestido sujo de areia na barra e meu cabelo bagunçado e o dele também. Chegamos ao salão e a festa rolava. Ninguém parecia ter notado nossa ausência.



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Notas finais do capítulo

e ai ? gostaram ? preciso de uma resposta sobre as fotos dos personagens ? vao querer ? pq assim vou começar a procurar essa semana que tenho tempo ! beeeijos



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