- Marvel!- eu digo- MARV…- Tento completar, desesperada.

   NÃO!

   Cato tapa a minha boca e pressiona minha garganta, bloqueando minha voz.Mas eu ainda esperneio.Tenho uma faca em mãos, mas não sei porque Cato me prende, e me impede de atira-la.

   - Não!Clove, vamos sair daqui!- diz ele, preocupado.

   - Não- eu choramingo.Acho que Katniss não deve ter ouvido, pois estava preocupada com sua pequena aliada que eu saia que morreria dentro de instantes.

   - Não!Cato, me larga!- eu digo, esperneando, enquanto Cato me joga em seus ombros e me tira de perto da cena.

   - Marvel!- eu grito.Não, já estamos longe.Ninguém pode me ouvir.

   Eu esperneio e grito o nome de Marvel, enquanto cato me carrega em seu ombro e nos distanciamos, até atingir outra clareira, quando ele finalmente me Poe no chão.

   - Mas que droga, Cato!Por que você me tirou de lá?- digo, com lágrimas escorrendo do meu rosto.Eu estou brava.E desesperada.

   Levo as minhas mãos a cabeça, enquanto tento me acalmar.- Que droga, Cato!QUE DROGA!Por que você me tirou de lá?Porque não me deixou matar aquela vadia?

   - Porque… - ele teta dizer

   - Mas que DROGA!- eu grito, me afastando, e me recolhendo por m tempo.

   - Clove, eu…- ele tenta dizer, novamente.

   - Me deixa sozinha- eu choramingo.

   - E sinto muito pelo que aconteceu, mas…

   - Você não sabe Cato.Ele era meu melhor amigo.Eu gostava dele demais.E você simplesmente me tirou de lá.Era a minha melhor chance de matar aquela vaca, e você me tirou do caminho.Mas que droga.Por que você fez isso, Cato?- me descontrolo.

   - Porque eu estava com medo.

   Eu rio, em meio ás lágrimas.

   - Essa é boa.Você, com medo de quê?

   - Com medo de que você fosse atingida por uma flecha, também.Essa garota é muito boa de esquiva, Clove.Ela já desviou de um de suas facas, e até da lança do Marvel, que provocou sua morte.Eu não vou deixar isso acontecer com voce.Nunca.

   - Argh…- eu resmungo- Você não tinha esse direito!O Marvel, ele…

   - Ele não rira querer que voce morresse com ele.

   - Fala isso, o garoto que sempre sentiu ciúmes dele.

   - Na verdade, eu apenas fingia isso.

   E me viro para ele.

   - por que?

   - Porque voe fica linda nervosinha- ele brinca.Um sorriso surge em meus rosto, mas logo eu lembro de Marvel.

   - O que faremos agora?- eu suspiro.

   - Clove, olha, ele tá bem, tá legal?O Marvel tá bem, distante daqui, mas pelo menos, ele reencontrou quem ele amou.Não vamos imaginar o mundo sem ele, beleza?Vamos imagionar ele e a Glimm, bem distante deste lugar.

   Eu sorrio com a cena fliz que me surge na cabeça.É a primeira cena que passa pela minha cabeça que me dá paz, desde que fui escolhida na Colheita.

   Eu aninho minha cabeça no peito de Ctao, e ele me abraça forte, me consolando.

   É então a primeira vez que sinto uma morte de um tributo.Eu nunca sentira nada antes.Remorso ou pena.Ou falta.Ou saudades.Nunca tinha perdido um ente querido.Mas a perda de Marvel me fez sentir como se uma parte mim fosse embora para nunca mais voltar.Eu finalmente me dei conta de que é assim que as famílias de outros tributos que morreram nesta arena devem ter se sentido.Eu finalmente noto o quão cruel sãos estes jogos.A perda de alguém é algo que não deveria ser divertido.Muito menos assistir essa morte.

   Eu finalmente vejo o quanto estes jogos são doentis.

   -Sabe, eu estou até feliz por ele.Ele está longe daqui, conseguiu escapar desse lugar.- eu sussurro para Cato.

   - Essa é a minha baixinha.- ele me responde.