A Dama De Nova York escrita por shhcarol


Capítulo 5
Love the way you lie


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo! Eu estava pensando sobre o título então resolvi dar o nome de uma música da Rihanna, já que ela participa desse capítulo! Espero que gostem, beijos!



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Naquele mesmo dia, logo após falar com Shannon, anunciei para todos a minha viagem. Disse a todos que faria bem um descanso de toda a correria da cidade e blábláblá. Me sinto culpada por mentir desse jeito para todos. O pior é que eu sei que vão me perdoar em um piscar de olhos quando isso tudo acabar, e isso faz com que eu me sinta ainda pior.

Logo depois de anunciar a viagem, liguei para um velho conhecido meu e encomendei uma identidade falsa. Minhas velhas amizades de Vegas podiam ser bem úteis às vezes.

Paguei uma nota preta para que as identidades ficassem prontas no mesmo dia, e me identifiquei como Elizabeth, para que ele não desse com a língua nos dentes para a imprensa. Até que era útil ter um segundo nome bem comum. Comprei também uma passagem de avião no meu nome verdadeiro para algum fim do mundo no interior do interior do interior dos Estados Unidos. E outra no nome de Elizabeth Collins com destino à Nova York. Coloquei um lenço na cabeça, óculos-escuros e fui para um grande shopping, que felizmente estava vazio. Meus seguranças ficaram escondidos em pontos estratégicos.

Comprei lentes de contato. Decidi que os olhos de Elizabeth Collins seriam castanho-escuros. Depois, entrei numa dessas lojas que vendem de tudo e arrumei uns vestidinhos bem normais, alguns casuais e alguns de festa, uns sapatos confortáveis e um kit de maquiagem. Quando estava indo pagar, encontrei uma revista com vários modelos de maquiagem. Comprei, afinal, eu precisaria me livrar do estilo Katy Perry se quisesse me disfarçar.

Assim que saí da loja, entrei no elevador e fui direto para uma parte especial do shopping. Era uma parte praticamente VIP, onde ficavam diversos salões de beleza e spas para gente podre rica. Eu já tinha marcado horário em um salão “individual”, onde as pessoas famosas vão. Lá, cada cliente é mantido em uma sala, e ninguém além dele, o cabelereiro, o assistente e o segurança pessoal do famoso (no caso, eu) podem vê-lo. Pedi sigilo máximo a todos que estavam lá, disse que seria uma coisa mais interiorana para minhas férias no campo. Ninguém falou nada, todos ali estavam acostumados com ricos excêntricos e suas maluquices.

Saí do salão com o tom mais comum de castanho que você conseguir imaginar. Aquele castanho que sua tia tem e que se parece muito com o tom que a sua melhor-amiga tinha antes de resolver pintar as madeixas. Aquele tom que se mistura com a paisagem de tão sem-graça que é. Corri para o banheiro mais próximo e coloquei a peruca de cabelos pretos, com o lenço por cima.

Cheguei em casa exausta, mas tive curiosidade de ver como eu ficaria pelos próximos meses. Coloquei as lentes, as roupas comuns, os sapatos e até mesmo a maquiagem. Tirei a peruca e logo me surpreendi, eu estava quase irreconhecível. Kitty Purry me olhou apavorada, como se eu tivesse acabado de dizer que todos os gatos são horríveis.

– Calma, Kitty, sou eu. Só que prestes a começar uma aventura. – eu disse, enquanto acariciava a barriga peluda dela enquanto ela ronronava. – Fique feliz pela mamãe! Você sabe, eu adoro uma aventura...

Eu ficaria a noite toda conversando com minha gatinha, mas de repente o interfone tocou.

– Senhora Perry? – disse o segurança. Ele parecia estranhamente apavorado. – Desculpe interromper, mas é que tem uma visita para a senhora.

– Essa hora? Quem é? – respondi, desconfiada pelo comportamento estranho dele. Steve é meu novo funcionário. Ele e mais alguns homens (que se revezam de acordo com os dias da semana) vigiam a entrada da minha casa. Uma espécie de porteiros, só que mais fortes. Bem mais fortes.

– É a senhorita Rihanna. – ele respondeu.

– Oh, certo. Peça para ela entrar! – respondi. O que Rihanna fez com esse pobre homem para que ele fique nesse estado de nervos?

Então me dei conta de que ainda estava com os trajes de férias. Corri para o meu quarto e coloquei minhas roupas normais (isto é, as anormais) e minha peruca bem a tempo de abrir a porta para Rihanna.

– Ei, Ri! O que faz aqui? – disse, cumprimentando-a. – Alguma festa aqui por perto?

– Quem me dera... Estou sem nada para fazer e vim me despedir de você. Soube que viaja amanhã. Pra onde vai? – ela disse, fazendo biquinho.

– Ah, eu vou para o interior, você sabe, um tempo no campo. – respondi, com muita convicção para alguém que planejava encher a cara em Nova York.

– E você acha que me engana, Perry? Hello, dá pra ver que você vai aprontar alguma! – o tom de voz dela era abafado, como se ela estivesse segurando o riso.

– Por que acha isso? Está tão na cara assim?

– Eu diria que está nos seus olhos – respondeu, apontando para o espelho.

Fitei meu reflexo. Merda, eu havia me esquecido de tirar as lentes de contato! Fiquei feliz por ter sido Rihanna a ver isso, ela ao menos entenderia.

– Ah, é uma longa história... Sente-se. – avisei. Mas não era necessário, porque quando me virei ela já estava estirada no sofá, com suas belas pernas esticadas sobre a mesinha de centro e uma cara de quem já viu de tudo na vida.



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Notas finais do capítulo

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