Bonnie Em New York escrita por BonnieFemme


Capítulo 5
Visita


Notas iniciais do capítulo

oi minhas flores, faz um tempao que eu nao postava aqui... mas é que eu estava mais focada na minha ouutra fic.... mas nao fique vcs pensando que eu havia me esquecido desta.
como eu ja havia prometido a algumas, aqui esta um novo cap, esta pequeno, mas é de coraçao.
bjs



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POV Bonnie


– Bem crianças, quero que se preparem para a visita que faremos na cozinha da UAN do restaurante Per Se ( n.a: para quem não sabem, UAN significa Unidade de Alimentação e Nutrição, eu outas palavras é uma cozinha que disponibiliza uma alimentação equilibrada e saudável se acordo com as necessidades do cliente). – A professora de Formação Nutricional falava alegremente. Pelo amor de Deus, “crianças”? Poxa, eu tenho 21 anos e é só olhar para os outros alunos para ver que não somos “crianças”. – Quero que quando chegarmos lá façam perguntas inteligentes sobre o estabelecimento e não esqueçam que vou querer um relatório sobre tudo. – Ela continuou.

– Pode ser em dupla? – Ouvi Caroline perguntar ao meu lado. Eu também queria saber se poderia ser em dupla, não me saio bem fazendo relatórios sozinha.

– O que? – A professora perguntou desentendida. Aff essa mulher é muito desligada mesmo.

– O relatório professora. – Caroline respondeu. ela virou-se pra mim revirando os olhos discretamente e sorri.

– Ah sim, sim... será em duplas. – O sinal soou avisando que a aula havia encerrado. – Tudo bem classe, até amanhã bem cedo. Lembrem-se, perguntas inteligentes.

– Bonniezinha meu amor. – Minha amiga loira chamou-me piscando os olhos.

– Sim. – Já sabia o que ela queria, mas fingi-me de desentendida.

– Nós duas né, amore?

– Mas é claro. – Pegamos nossas coisas e nos dirigimos a saída do campus.

– Eba, a dupla dinâmica ataca novamente. – Gargalhei com a ideia da “dupla dinâmica” que não tem ideia de como fazer um maldito relatório. Convenhamos, Caroline não é uma das melhores pessoas que sabem fazer um.

– Dupla dinâmica Caroline? Só se for em fugir de um trabalho desse. Nem uma de nós duas sabemos fazer esse “trambolho”.

– Trambolho? De onde tirou isso? – Ela arqueou as sobrancelhas.

– É uma gíria que minha avó usava. – Dei de ombro.

– Quem é você e o que fez com minha amiga? A Bonnie que eu conheço não usa gírias. – Caroline e seus ataques de exageros.

– Ei, eu também posso usa-las. – Fingi indignação. – Por acaso você as monopolizou?

– Tudo bem... não esta mais aqui quem falou. – Ela sorriu. – Pode usar suas gírias arcaicas.

– Tá dizendo que minha avó é uma arcaica? – Brinquei pondo as mãos na cintura.

– Você por acaso sabe o que uma coisa arcaica? – Ela também pôs as mãos na cintura.

– É claro que sei. – Ela me olhou com incredulidade. Está bem... Comecei a ficar com raiva, ela achava que eu não sabia o que significa essa expressão? – Significa sem graça. – Ela começou a gargalhar de mim. E quando eu digo gargalhar é por que ela gargalhou mesmo, chamando a atenção de todos que passavam por nós. Comecei a ficar vermelha.

– Bonnie, minha amiguinha do coração. Quando uma coisa é arcaica é por que a coisa é fora de moda. Halo! – Tudo bem, ta na cara que não sabemos o que essa expressão significa. É uma explicação mais sem logica que a outra. (n.a : é claro que a autora sabe o que significa arcaico: é uma coisa velha, antiga).

– Ei, minha avozinha não era fora de moda. Ela era bem chique. – Fiz biquinho. Elas nunca resistem.

– É eu sei. Por incrível que pareça ela ganhou o concurso miss Fell’s Church em 1901. Não é isso que você diz? – E era verdade, minha avó foi miss.

– Tudo bem, vamos deixar a minha avó pra lá e vamos tratar do assunto importante. – Não que minha avó não fosse importante, mas o trabalho estava me tirando dos nervos, e precisamos tratar logo dele. – As perguntas inteligentes que faremos amanhã.

– Vamos pro apartamento seu e das meninas e tentamos elaborar as perguntas por lá. – De repente ela deu um gritinho e pulou de animação dando-me um susto. – Ah, nem acredito que vou conhecer Per Se (lembrem-se, é o nome do restaurante... não foi inventado por mim, ele realmente existe, e por acaso é bem chique e fica em NY).


[...]


Fui acordada com um barulho infernal ao meu lado... Mas que porcaria. O que diabos é isso? – Pensei. O barulho vinha do criado mudo ao lado da cama. Eu não estava enxergando nada. Estava tudo escuro, comecei a me desesperar, eu não estava enxergando completamente nada. E por que o maldito do despertador estava tocando – isso mesmo, descobri que o barulho era o despertador – se ainda estava escuro?

Tateei o criado mudo e depois de derrubar tudo que havia nele, achei a fonte do barulho e o desliguei. Levantei-me segurando pelas paredes para não cair.

– Meu deus, será que eu fiquei sega? – Perguntei pra mim mesma. – Calma Bonnie, vai dar tudo certo. – Tentava me acalmar sem muito sucesso. Fui andando calmamente e tentei chegar ao banheiro. De repente senti uma dor absurda na minha perna. Logo percebi que havia me batido em alguma coisa.

– AIIIII... QUE DROGA. – Gritei pondo as mãos na perna machucada.

– Bonnie, você esta bem? – Ouvi Meredith perguntando com preocupação.

– O que aconteceu? – Agora foi Elena que perguntou.

– Eu me bati em alguma coisa. – Choraminguei.

– Mas por quê? – Elena perguntou.

– Não está na cara que eu não estou enxergando nada. Poxa, eu estou cega. - Falei o que era o obvio.

– Er... Bonnie, você já experimentou tirar a mascara dos olhos? – Meredith perguntou. Como assim mascara dos olhos? Desde quando uso mascara para olhos?

– Mascara? – Perguntei.

– Sim. – Elena respondeu. Pus as mãos nos olhos e vi que tinha algo neles. Provavelmente a mascara mesmo. E a retirei. Ufa, que alivio, eu não estava cega.

– Não acredito que você me fez acordar 7 horas da manha de um sábado por causa de uma mascara. – Elena estava com raiva por ter acordando tão cedo.

– Desculpa, eu não sou acostumada a dormir com máscara de olhos. Por que eu fui dormir com isso?

– E eu que vou saber. – Elena se virou e saiu do meu quarto, tenho impressão de que foi voltar a dormir. Ela não fica de muito bom humor quando acorda cedo. Dei de ombros.

– Você não tinha que ir pra Columbia hoje não? – Meredith me perguntou. Puts eu havia me esquecido completamente da visita ao restaurante.

Voei para o banheiro e fiz minha higiene pessoal. Fui ora cozinha e bebi um copo de leite e corri pra Universidade. Chegando lá encontrei Caroline batendo os pés no chão impaciente, provavelmente me esperando.

– Até que em fim. Achei que não viria mais. – ela gritou comigo.

– Bom dia pra você também. Sim, dormi bem e você? – Ionizei. Ela me fuzilou com os olhos. Suspirei. – Tive uns probleminhas quando acordei. Na verdade nem me lembrava dessa visita.

– Qual o seu problema Bonnie? Esta muito dispersa atualmente. – Ela me falou enquanto entravamos no ônibus.

– Eu não tô com problema. – na verdade eu estava sim com um problema. Um problema chamado Damon Salvatore. Ele não saia dos meus sonhos, aqueles olhos, aquele sorriso sedutor. Eu preciso tirar ele da cabeça. De onde já se viu, eu nem o conheço. Tudo o que sei é que ele é o supervisor da Elena. Eu não encontrei nem uma qualidade naquele ser. Poxa, ele é um arrogante, prepotente e cínico. O que eu vi nele?

O caminho ao restaurante foi bem tranquilo, Caroline não ficou mais implicando comigo. Na verdade, ela estava bem animada com essa visita. Ela dizia que o filho do dono, que por acaso se chama Thomas Keller, é incrivelmente lindo. Essa minha amiga não muda nunca. Mas eu gosto dela do jeito que ela é.

Per Se é um restaurante lindíssimo e com uma vista linda para o Central Park... Coisa boa disso? Simples, fica pertinho da minha casa. Mas também tem uma coisa ruim, ele é muito, muito cara, isso implica dizer nem nos mês sonhos eu irei saborear das delicias gastronômicas do lugar.

– Querem saber curiosidades sobre o restaurante? – A professora perguntou toda animada em frente ao estabelecimento. Ninguém respondeu. logo se vê a animação das pessoas. Não nos culpe, quem gostaria de ser acordado as 7 horas da manhã do sábado? – É um dos restaurantes mais chiques de NY. A experiência culinária que se tem no Per Se está realmente num nível acima dos outros restaurantes da cidade. As criações do chef Thomas Keller mereceram estrelas no guia.

– Bom dia. – Um homem charmoso de cabelos grisalhos e que aparentava ter 52 anos no máximo nos cumprimentou. – Sejam bem vindos, eu sou Thomas Keller. – A professora suspirou auto. Parecia até que era apaixonada por ele.

– Bom dia Sr. Keller. – A prof cumprimentou de volta.

– Por favor me chame de Tom. – Era impressão minha ou ele estava flertando com a Sra. Travely? (sobrenome da prof) Ela corou. – Bem crianças, entrem. – Não acredito, mais um chamando a gente de crianças.

Thomas Keller, ou melhor, Tom, nos levou direto a cozinha, afinal nosso foco era esse, e começou a dar explicações de como as coisas funcionavam por lá. Mostrou-nos o cardápio, a forma de preparação, como os produtos eram armazenados.

– Alguma pergunta crianças? – Ele perguntou.

– Por que o senhor não para de chamar a gente de crianças? – Um cara perguntou deixando o pobre do Tom mais vermelho que um pimentão.

– Bom, er... Desculpe. Como prefere que os chame? – Perguntou sem graça. Cheguei a ficar com pena dele.

– “Caras” seria bem legal. – A mesma pessoa respondeu.

– Mais alguma pergunta? – Dessa vez foi a Sra. Travely que perguntou. Ela também estava muito sem graça.

– Por que seu restaurante é tão caro? – Pelo visto os alunos não atenderam ao pedido da professora quando ela disse perguntas inteligentes.

– Não “tá” na cara? É por que quanto mais rico, mais gananciosos ficam. – Uma menina respondeu. meu Deus, que situação. Resolvi salvar o pobre Tom dessa. Levantei a mão e fiz uma pergunta. A Professora olhou pra mim esperançosa.

– Sr. Keller, o senhor mostrou como é a forma de estocagem dos alimentos, como são preparados, mas como é a forma de higienização dos utensílios depois de usados? – A professora suspirou aliviada.

– Qual seu nome? – Ele quis saber também aliviado.

– Bonnie McCullough.

– Boa pergunta Srat. McCullough. Os matérias são todos autoclavados (autoclave é uma câmara onde se esteriliza utensílios da indústria alimentícia ou de outros locais como utensílios médicos). Bom, mas agora quero que provem de uma de minhas especialidades gastronômicas "GLACE À LA VANILLE" – Ele disse todo animado.

http://www.delices-defrance.com/delicesmanager/images/redim/x258-glace-vanille-c3186.jpg

– Caroline eu vou ao banheiro. Você vem? – Perguntei a minha amiga que ficou com água na boca quando ele disse sobre o Glace.

– Não, vou ficar e separar uma mesa para a gente.

– Ok. – Fui ao banheiro lavar as mãos e quando sai abri a porta de uma vez fazendo-a bater em alguém. Ai meu Deus, só eu mesmo pra fazer isso.

– Ai. – A pessoa reclamou com a mão no nariz.

– Ai meu Deus, me perdoe. Eu não tinha te visto. – Eu tentei me aproximar do homem (isso era um homem, muito bem arrumado por sinal. Vestia calças e alfaiataria de cor cinza, coletes xadrez claro, era incrivelmente lindo, mesmo com a mão cobrindo metade do rosto), mas ele só se afastava de mim.

http://www.iguatemiportoalegre.com.br/blog/wp-content/uploads/2010/05/esporte

– Não se aproxime. – Ele gritava. E aquela voz era familiar. – Deus como dói. – Homens, tão exagerados. – Como é que você abre a porta sem nem olhar se tem gente por perto?

– Por favor, eu há pedi desculpa. Deixa-me dar uma olhada nisso. – Pedi. Ele tinha razão, eu não podia ter feito isso... eu e minhas maias desastrosas. Ele olhou pra mim pela primeira vez desde que abri a porta e deu uma risada alta, mas sensual ao mesmo tempo. O olhei confusa.

– Só podia ser você mesmo. – Ele retirou a mão do nariz, que por sinal não estava sangrando, mas estava vermelho, e percebi que o homem era Damon Salvatore. Mas o que ele estava fazendo aqui? Olhei pra baixo envergonhada. Isso só acontecia comigo mesmo. Dois micos com a mesma pessoa. Cadê um buraco quando precisamos dele?

– Desculpa. – Pedi humildemente.

– Desculpo por você ser tão desastrada menina. – Ele falou olhando o nariz no espelho. Bufei. Menina? – Você quebrou o meu nariz. – Mas que cara exagerado.

– Mas que exagero. Não ta quebrado não.

– É claro que esta, olha aqui. Ah, não, não... Não chega perto, vai que você resolve quebrar minhas pernas. – Era isso mesmo ou ele estava tirando onda com a minha cara? Irritei-me logo.

– Escuta, eu não bati no seu precioso nariz porque queria. Foi um acidente. E você fala como se eu já tivesse feito isso outra vez. – Eu tentava não me alterar.

– Minha nossa, arranhou. E agora como eu vou seduzir as mulheres? – Ele falava como se eu nem estivesse aqui. Abri minha boca indignada. Ele parecia uma mulherzinha dizendo que tinha uma espinha na testa. Aff.

– Você é o ser mais superficial que eu conheci. – Falei baixinho, mas ele ouviu e se virou pra mim.

– Superficial? Quem você acha que é pra falar assim comigo garota? – Ele pegou meu braço segurando-o com força. – Não fale do que não sabe ruivinha. – Ele sussurrou no meu ouvido fazendo com que uma descarga elétrica percorresse meu corpo.

– Me solta, esta me machucando Salvatore. – Estava começando a ficar com medo dele. Ele deu aquele sorriso de novo.

– Estou te machucando? – Acho que não há pessoa mais irônica que ele. Ele apertou mais ainda. – Você na sabe o que é machucado.

– Damon, me solta, por favor. – Pedi implorando a ele que atendeu ao meu pedido. Tenho certeza de que ficará vermelho. Mas a estranha sensação das mãos dele ali não me fazia ter repulsa por ele e sim uma atração. Masoquismo? Eu não sei, mas estava cada vez mais atraída por Damon. Mas ao mesmo tempo eu comecei a sentir mais raiva dele. Ele olhou-me nos olhos profundamente e saiu. Deixando-me extasiada.

– Bonnie. – Senti alguém me sacudindo. – Bonnie, acorda. – Caroline pediu e olhei pra ela. – O que aconteceu?

– Nada.

– Conta outra, você esta por aqui a quase meia hora. Alguma coisa aconteceu. – Ela pedia satisfação.

– Damon Salvatore aconteceu.

– Como assim?

– Depois eu te explico. – E fomos a nossa mesa comer o Glace, que por sinal estava uma delicia.


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Notas finais do capítulo

ate´o proximo cap