-Matheus Brown, nem chegue perto do meu pote de Nutella, mocinho. -Gritei, terminando de fazer os ovos mexidos e os bacons para nosso café da manhã.

-Ops. -Ele disse de boca cheia, fingindo ser sem querer. Ri, jogando um pouco de cereal que estava na mesa, no garoto. -Ai mãe, isso ai é crime viu, bater nos filhos.

-Crime nada moleque, eu nem te bati. -Mostrei a lingua, colocando a comida na mesa. - Vamos comer logo, hoje vai ficar a manhã toda no curso de italiano fazendo prova, e necessito tirar algumas fotos para a Vogue. - Engolimos tudo em 15 minutos, e peguei as chaves dos meus carros, jogando uma para ele. - Já tem permissão para dirigir com acompanhante maior de idade, certo? Qualquer coisa , se der problema, pega qualquer pessoa e enfia no carro. E sem nenhum arranhão nesse bebê, ou ele não vai ser seu.

-Mãe, você é maluca. -Ele riu, me abraçando.

-Vaai, vamos pirralhinho, tem 10 minutos pra chegar ao outro lado da cidade, não quero que se atrase. - Peguei-o gentilmente pelo cabelo - Matheus é ainda poucos centímetros menor que eu-, abraçando o menino e beijando sua testa. - Boa sorte, e sem colas.

O ouvi saindo da casa, cantando Beatles  Esse era o meu garoto.

Antes que achem estranho, sempre tive mania de tratá-lo assim. Sem tantas broncas, mais conversando mesmo, sabe? Até porque..Ele já tem responsabilidade por nós dois. Não que eu seja uma mãe desnaturada, pois eu dei duro para transformá-lo como é, chegar aonde estou, e cuidar o melhor possível dele...Mas, sou o tipo de mãe que nunca leva a sério nada, e á cada nota baixa, só dou uma bronca, dizendo que vai ficar sem carro até terminar a faculdade, mas logo o convido para assistir filme.

Saí de casa, cantando tranquilamente, quando milhares de paparazzis cercavam minha querida Starbucks. Me xinguei mentalmente, abrindo a porta do carro com força, segurando minha câmera.

Entrei no local, e paralisei.

Droga.

Era Harry.

O que ele fazia aqui? Passeando, talvez?

-Sim, sim, tenho paixão pelos Estados Unidos, um ótimo país, e as pessoas daqui, são perfeitas, nunca me decepcionaram. Bom, quase todas. -Ele deu um sorriso fraco, tentando continuar como se não tivesse indireta.  -Mas, nem todos são amantes da música, certo? 

-Sr.Styles. -Me ouvi chamando-o, e o homem se virou para mim, ficando boquiaberto. Tirei uma foto, disparando o flash no rosto dele.

-Sente-se aqui, Brown.

Merda, depois de tantos anos, ele ainda me reconhecia.

Bem, uma ruiva de olhos cinzas, fotógrafa, poderia não ser tão comum..Mas como ele me reconheceria assim?

Todos os paparazzis se foram, e irritantemente só estava nós dois ali..Droga, como ele fez isso? Como ali ficou tão..Normal, do nada?

Porra.

-E então..Tudo bem? - Puxei assunto, após minutos de silêncio.

-Depois de que me largou do nada, e fiquei horrível por anos, te procurando pelos EUA inteiro, até desistir sem esperanças á um tempo atrás..Sim, estou bem sim.

-Desculpe. - Sussurrei, envergonhada.

-Porque tinha feito aquilo?

-Eu..Estava grávida.Havia descoberto naqueles dois mêses em que estava fazendo a turnê e antes que voltasse, eu res.. -Meus olhos marejavam.

-Você havia me traído, ah. - Ele olhou para baixo. -Compreendi. Bom, tenho que ir, minha filha logo vai me ligar e tenho ensaio com a gravadora..Até outro dia, Brown.

-Não, Harry, espera. -Ordenei. Mas ele, cabeça dura, somente se retirou. Ele e dois seguranças de dar medo.

Bem..Era só fingir que nada aconteceu, certo?

Tomei um café, e logo depois fui tirar algumas fotos. Todas, como sempre, magníficas. Mas, não estava com bom humor hoje.

O tempo passara rápido, então logo voltei para casa. Nossa empregada já havia feito o almoço.

-Mary, huuuuun, macarrão? - Senti o cheiro no ar. O macarrão de Mary era o melhor. A mesa estava colocada na mesa. - Venha almoçar, querida, logo Matheus também chega.

-Sim, senhora. -Ela sorriu. Logo em seguida, ouvimos a porta da casa ser aberta.

-Mãe, Mary, boooooom dia. -Matheus sorria, alegre.

-Aconteceu alguma coisa? - Perguntei curiosa, sorrindo com a felicidade dele.

-Lembra a Alice?

-A Lice? A pequenininha que era sua amiga desdo jardim de infância? De cabelo castanho, olho verde, que dormia aqui em casa sempre?

-É mãe, essa mesmo. -Ele riu. Não via a menina fazia aproximadamente uns 6 meses.

-Claro que sim, aquela garota é um amor. - Sorri, comendo um pouco do macarrão.

-Bom, primeira impressão na sogra foi boa então, raridade. - Engasguei imediatamente, o olhando com dúvida.

-Mas e a Lola? A Jennifer? A Ashley? Joanne? Porque a Alicinha? Não ouse magoar ela, Lice é a minha protegida u.u

-Mãe, como você mesmo dizia, eram putas.

-Ei, olha a boca! - Mary o repreendeu.

-Desculpe, Mary. Enfim..Elas não prestavam, e era só pra chamar atenção da Lice.

-Awn, que fofinho. Meu bebê tá apaixonadinho. -Falei, apertando sua bochecha.

-Mãe, fala sério. -Ele revirou os olhos.

-Eu quero conhecer ela *-------------*

-Você já conh..- Matheus desistiu no meio da frase, rindo da minha euforia. - Então mãe..A gente tá namorando, faz seis meses. - Ele corou. - E ela queria que você fosse jantar com a gente na casa do pai dela, nessa sexta.

-Claro, meu bebêzinho apaixonado :3

-Ah, para mãe, que saco. -Matheus ria.

-Quietinho, volte a almoçar u.u

-Dona Lorena. -Mary se levantava da mesa, sorrindo. - Terminarei de arrumar os quartos, quando acabarem de almoçar, chamem-me para arrumar aqui e lavar a louça.

-Claro querida, pode ir. - Sorri, voltando á olhar para Matheus. Ele corava fortemente, com um sorriso bobo. Idêntico ao pai. -Está parecendo uma garotinha de 12 anos apaixonada pela primeira vez., bebê. - Ele riu de si mesmo.

-Mãe, é que ela é tão..Minha, sabe?

-Awwwwn *-* -Suspirei. - Continue q

-Mãe! -Matheus me repreendeu, mostrando a língua, e continuou a falar: - Eu..Eu acho que amo ela.

-AAAAAAAAAWNT, MEU BEBÊ TÁ CRESCENDO *-* - Gritei histéricamente, pulando nele. - Vou contar pra sua madrinha que o meu bebê cresceu *---------*

-Ah, a tia Anne me mandou mensagem dizendo que a prima Lily vem pra cá dia 1º de Setembro, quando voltar as aulas. Vou na casa da Lice, e de noite eu volto ok gordinha?

-Gorda é a sua mãe. -Brinquei, fingindo brava. - Vai lá pirralho, vou falar com o povo do editorial da Vogue ás 3, mas depois disso estarei aqui em casa, qualquer coisa me ligue.

-Te amo mãe.

-Também te amo Har..Bebê. -Me corrigi apressadamente. Ás vezes, ele me lembrava tanto Styles que eu acabava chamando-o pelo nome do mesmo.