Always escrita por hungerpotter


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Esse ainda não está maior do que o primeiro, mas está quase isso... Bom como sempre, eu queria agradecer a T-O-D-O-S vocês! Por lerem, acompanharem, favoritarem, recomendarem, e principalmente por que vocês comentam! Aqui está a entrevista no programa do Caesar! Espero que vocês gostem!



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Isso começava a me preocupar. Eu tinha que ser forte. Nunca tinha falado de verdade sobre a guerra e tudo mais. Apenas conversas curtas. Peeta me abraçou.

- Fica comigo – Perguntei sussurrando em seu ouvido?

- Sempre. - Ele me beijou. - Eu prometi que iria te proteger e não importa o que aconteça eu sempre vou voltar e cumprir com essa promessa para sempre.

Fomos de mãos dadas ate onde todos esperavam para entrar no palco. Ninguém falou nada sobre o ocorrido. Dava para perceber que estávamos bem.

Gale, Johanna, Beete, Annie, Peeta e eu ficamos conversando. Jogando conversa fora. Enobaria não estava ali. Johanna comentou alguma coisa que deu problema com seu vestido e ela não tinha como ir. Para mim, ela não iria fazer diferença.

- Vocês estão prontos? – Effie e Haymitch apareceram alguns minutos depois da gente.

- Como vamos fazer? Todos vão entrar de uma vez ou vamos fazer igual fazíamos antes de ir para a arena? – Johanna perguntou educadamente. Por incrível que pareça, ela estava de bom humor.

- Era para ter sete poltronas, mas pedimos para tirar a da Enobaria. – Effie explicava

- Para resumir – Haymitch interrompeu – vocês podem falar a verdade desde que não falem que vocês mentiram para eles no passado.

- Vocês vão responder as perguntas do Caesar e principalmente da platéia. Eu e Haymitch vamos ver se está tudo pronto. Não saiam da aí.

Deixei os dois se afastarem e depois comentei com Peeta:

- Percebeu como um completou a frase do outro?

- Vamos agilizar com o nosso casamento. – Ele disse brincando. – Ninguém vai poder se casar antes da gente!

- O que foi Gale? – Annie perguntava.

- É que... Eu não sou tributo. Eu não devia estar aqui. Eu não gosto muito disso.

Gale estava nervoso. Eu o conhecia. Apesar de tudo ele era meu amigo. Não sei se era meu melhor amigo, nossa relação estava bem complicada.

- Relaxa – Annie falava. – Vai dar tudo certo.

Será que Annie estava gostando de Gale? Não sei, ia ser legal ele encontrar alguém, outro alguém.

- Gale, - Peeta falava. – Obrigado.

Gale não respondeu. Apenas olhou para Peeta. Não era um olhar que demonstrava raiva, mas não era um olhar que falava que eles estavam se dando bem. Gale só queria me proteger, mas ainda sentia alguma coisa por mim, e Peeta sabia disso.

- Katniss e Gale – Beetee falava, - Vocês não podem esquecer que são primos. Eles não ficaram sabendo de nada. Primos entenderam?!

Concordamos. Beetee Annie e Gale começaram a falar sobre o sistema de registro de Panem. Johanna tentou participar da conversa, mas resolveu se juntar a mim e Peeta.

- Katniss, você está bem?

- To sim. Peeta está comigo.

Johanna encarou Peeta por um tempo e ele disse:

- Já volto, vou falar com Haymitch.

- Katniss, foi por causa da Jessie, não foi?

Acho que se eu ia contar para alguém, esse alguém era Johanna. Eu confiava nela.

- Mais ou menos. Fiquei brava com Peeta, gritei com ele e ele acabou tendo, bom você sabe... Lembranças. Nunca foi tão forte Johanna. Ele me machucou de verdade, Se Gale não tivesse aparecido acho que estaria morta. – Johanna não interrompeu. – Depois, quando ele saiu, pensei que ele nunca mais voltaria. A Capital estava me matando. Se Peeta não estiver comigo, a Capital me mata. Eu me descontrolei, eu não sabia o que fazer... Obrigada.

- Katniss, eu te entendo. Só acho que você não deve ficar com ciúmes.

- Sei lá... Ela da em cima dele o tempo inteiro. Não fomos eu e Peeta que demoramos a descer, assim que ela nos chamou, nós descemos. Acho que ela ficou olhando para ele. Não pude ver porque estava deitada.

- Ele não gosta da Jessie.

- Como você sabe disso? Ele não faz nada para impedir.

- Ele nunca faria isso mesmo, por que ele não percebe. Peeta não percebe que ela dá em cima dele, porque ele é apaixonado de mais por você. E você, bom... – Ela tava meio sem jeito. – E acho que você não percebe o quanto esse garoto te ama!

Será que é verdade tudo isso? Quer dizer eu amava Peeta, mas a partir do momento que fiquei com ciúmes parecia que não o amava. Acho que a burra dessa história fui eu, de pensar que Peeta poderia me trair.

Não demorou muito para Haymitch Effie e Peeta voltarem. Estava na hora.

- Vamos? – Peeta perguntou.

- Acho que sim.

Fizemos uma fila. Todos estariam no palco na mesma hora, mas Caesar iria nos apresentar. Beetee era o primeiro seguido por Annie, Gale, Johanna e por ultimo Peeta e eu.

Quando Gale entrou caiu a ficha de onde eu estava. Dei um abraço em Johanna e sussurrei um “obrigada” antes dela entrar.

Apertei mais forte a mão de Peeta.

- Calma. – Ele falava. – Estamos juntos não estamos?! Então, tudo vai dar certo.

- Peeta eu não sei se consigo, eu não sei se...

Ele me interrompeu com um beijo, mas tivemos que parar, pois escutamos Caesar dizendo:

- E finalmente, o casal com a história mais linda de Panem, Katniss Everdeen e Peeta Mellark!

Entramos. Não soltei a mão de Peeta, pelo ao contrário, apertei mais forte. A plateia estava super animada.  Quando chegamos ao centro do palco soltei um pouco nossas mãos. Dei um abraço no Caesar e ele apertou a mão de Peeta. Ele indicou as duas poltronas mais perto da dele para sentarmos.

Assim que sentamos, procurei imediatamente pela mão de Peeta. Assim que encontrei relaxei um pouco. A platéia percebeu pelo som que fizeram.

 Caesar começou perguntando o que cada um fazia. Beetee falou que estava refazendo o sistema de comunicação entre os distritos. Annie, explicou que como mãe solteira era difícil ter um tempo livre, e quando tinha ajudava no hospital.

Gale, era novato nisso tudo, mas estava se saindo muito bem. Como sempre, Caesar ajudava-o como podia. Gale explicou sobre o programa de registro dos cidadãos meio atrapalhado, mas de um jeito que todos conseguiram entender.

Johanna continuava odiando o pessoal da Capital então ela pouco disse o que fazia no distrito 7. Agora ela não precisava de patrocinadores, só precisava ser ela mesma e ela gostava disso, todos nós gostávamos.

Fechei os olhos por um momento e tentei imaginar Cinna na plateia. Estava na nossa vez.

Quando Peeta começou a falar é claro que todos ficaram em silencio. Ainda não estava aberto para perguntas então eu não tive que falar muito, mas o pouco que falei imaginei que estava conversando com Cinna.Peeta como sempre,foi quem mais falou. Ele falou que morávamos juntos e que a gente estava reconstruindo nossa vida aos poucos. Caesar sabia sobre meu problema de falar em publico então não fez muita questão de insistir. Assim que Peeta terminou Caesar disse:

- Então, nos temos alguns ajudantes na plateia, para levar os microfones até vocês. Quem vai começar?

As perguntas foram as de mais variados tipos. Perguntaram para Beetee se o telefone estaria disponível para todos, ele explicou que não sabia ainda, seria um grande avanço. Annie respondeu ao um homem alto que pensava em abrir uma filial do hospital com seu dinheiro. Apenas para ajudar outros distritos.

Na vez de Gale apenas moças fizeram perguntas. Elas perguntaram sobre família, namoradas, futuro. Gale ficou super sem jeito. As vezes ele olhava para Annie, outras vezes ele olhava para a plateia. Sempre para a mesma direção, bem no meio, mas eu não achava ninguém. Ele respondeu que estava incerto seu futuro e algumas meninas sorriram.

Na nossa vez foi o maior número de perguntas. Eu tive que responder algumas.

- Vocês não querem mais ter filhos? – Uma mulher baixinha com cabelo ruivo perguntou.

- Isso não sou eu que decido – brincou Peeta.

Eu pensei por um momento como iria responder.

- Eu não sei. Não estou pronta pra isso ainda.

- Muitas coisas aconteceram – falava Caesar, pois ele percebeu que não estávamos nos sentindo a vontade. – Ainda mais depois do que aconteceu no Massacre Quartenário.

Todos sabiam do que ele estava falando. Para a Capital eu já tinha ficado grávida uma vez, e por causa dos Jogos tinha perdido meu bebe. Melhor assim, tinha uma desculpa para pensar nisso só lá para frente.

As outras perguntas foram fáceis de serem respondidas. Perguntaram sobre a padaria, Peeta deixou um mistério no ar. Perguntaram se a gente ia morar no 12 e essa eu respondi na hora que sim. Perguntaram sobre minha mãe também. Falei que ela tinha muito que fazer no quatro então por hora ela iria ficar por lá.

Na última pergunta, uma menina alta, com uns 23 anos, morena falou:

- Posso fazer duas perguntas?

- Pode sim – respondeu Caesar.

- Primeira – ela falou sem tirar os olhos de mim. – Katniss por que seu anel de noivado está na mão direita?

Eu não lembrava o que eu tinha combinado com Peeta, qual seria mesmo a desculpa? Eu sabia que ele não poderia responder essa. Era alguma coisa sobre a “doença mental”.

- É que... – eu comecei incerta. – Eu e Peeta passamos por muitas coisas. Coisas fortes, marcantes para nossa vida. Então depois que tudo acabou, resolvemos recomeçar. Decidimos que faríamos tudo desde o começo. Primeiro encontro, conversas, namoro e então Peeta me pediu em casamento (de novo) e aceitei.

Acho que tinha ido muito bem. Pelo menos ninguém precisou me ajudar. Pareceu a verdade.

- A minha segunda pergunta – a menina continuou – é meio que para todos. Toda Guerra é sombria, mas não existe trevas sem existir luz. – O que ela queria dizer com isso? Depois de um segundo ela continuou. – Quero dizer, qual foi a luz que vocês acharam no meio de uma treva tão... sombria?!  

Essa pergunta, com certeza, foi planejada para a gente lembrar de tudo que passamos.

- Eu acho – Johanna começou falando, no seu tom grosso. – Que a gente aprendeu muitas coisas DURANTE a guerra... mas principalmente foi onde a gente viu quem realmente eram os nossos amigos.

- Mais do que isso – Annie falava. – Apesar de muitas perdas, nos fizemos amizades que serão para sempre.

- E a gente não precisa ter medo, por que esses amigos é que vão nos ajudar quando precisarmos.

Por incrível que pareça foi Beetee que terminou. Ele entendeu que as meninas estavam tentando evitar esses assuntos.

- E vocês? – Caesar perguntava para mim, Peeta e Gale.

- Tivemos muitas perdas – Gale falava olhando para aquele mesmo lugar na plateia. – Não só mortes, falo de perdas diferentes...

Dava para ele mandar uma indireta menos direta? Ela estava falando que me perdeu, e realmente tinha. Como ele queria que eu continuasse sendo amiga dele, se ele me amava?

- Vidas inocentes foram tiradas, crianças morreram. Coisas que vocês nunca entenderão, por que vocês não passaram pelo o que a gente passou.

Prim. Minha patinha. Minha irmãzinha, a primeira pessoa que amei, e nunca vou deixar de amar. Ela era tão pequena. Tão frágil. Não podiam ter feito isso com ela. Não podiam. Por que não me mataram? Ela era só uma criança tentando ajudar. Sempre tão bondosa, com todos até com aquele gato nojento. Ela podia não ser forte, para ir caçar, mas não fugia quando chegava alguém ensanguentado em nossa cozinha. Eu nunca entendi por que uma pessoa tão boa como ela morreu, e eu que causei tantas mortes e destruição continuo viva.

- E você, Katniss?

Quando Caesar me chamou, uma lagrima escorreu do meu rosto. Todos olhavam para mim, mas eu não olhava para ninguém. Apertei mais forte a mão de Peeta e resolvi olhar para ele. Foi em seu olhar que achei o conforto, e a coragem de falar.

- Acho que a vida nunca é boa o suficiente para as pessoas. Elas sempre estão reclamando de algo que elas queriam. Sempre mais e mais. Quando você se depara em uma situação como aquela, como já falaram antes, você realmente descobre quem são seus verdadeiros amigos. Durante minha vida, tive mais trevas do que luz, mas, eu não sabia antes de tudo acontecer, que sempre tive sorte de ter alguém do meu lado que me amava. No final de tudo, descobri que mesmo perdendo algumas pessoas – mais uma lagrima  escorria em meu rosto – que eu amava muito eu descobri uma nova forma de amar. E hoje sei que não saberia viver sem amor.

Resolvi olhar para a plateia. Não sei se pareceu grosso de minha parte ficar olhando o tempo inteiro para Peeta, mas eu não iria conseguir falar olhando para “eles”.

Ninguém falou nada sobre minha resposta. Acho que Peeta já tinha falado, pois depois de uns segundos de silencio, Caesar começou a interagir com Johanna, Gale, Annie e Beete. Ele percebeu que eu precisava de um momento e Peeta ficou ali. Eu estava só segurando sua mão, mas isso já me ajudava muito..

O resto da entrevista foi a mesma coisa do começo. Caesar fez umas brincadeiras sobre nossas habilidades e sempre me ajudava quando fazia alguma pergunta para mim.  Depois da pergunta da moça da plateia, pareceu que a entrevista passou bem mais rápida.

- Muito obrigado pela presença de vocês – Caesar falava – e espero que vocês tenham um futuro brilhante.

Os aplausos começaram. Caesar falou nossos nomes, mas antes da gente sair do palco Johanna falou.

- Vocês foram bem gentis com a gente, mas certas coisas na vida, as pessoas nunca esquecem.

Saímos do palco. Eu sabia do que Johanna estava falando. Acho que nos seis sabíamos. Concordava com ela. Eu nunca iria esquecer de tudo que eles fizeram para a gente.


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Notas finais do capítulo

Quem assiste TheXFactor, sabe aquele Will Jones, que quando cantou ele virou de costas se agachou e não acreditava que todas aquelas pessoas em pé eram pra ele? Eu até hoje não acredito que esses números são para a minha história. E isso só está sendo possível por causa de vocês. Eu to falando sério que o agradecimento vai ser enorme... Vou parar de falar, antes que essa nota fique maior do que o capítulo!
Não sei quando vem o próximo capítulo, pode ser durante a semana ou no final de semana.. Depende do meu humor!
Obrigada por tudo!
Comentem por favor...
Beijos
@hunger_potter