Gossip Jonas 2 escrita por maisa_gois


Capítulo 8
O Terraço


Notas iniciais do capítulo

Nada aqui me pertençe, apenas minha imaginação



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Narrador May Of’ / Narrador Nick On’

 

 Acordei enrolado nos lençóis e no corpo de May, ela se encolhia como uma concha em meu corpo. Toquei sua pele gelada, ela estava com frio, á cobri com o lençol e beijei sua bochecha, ela suspirou. Voltei a dormi com ela quando vi que ainda era de madrugada.

 - Acorda amor! – eu podia ouvir a voz de May bem longe vindo cada vez mais pra perto. – Acordou? – abri os olhos e lá estava ela tão linda e perfeita. Sorrindo com os cabelos bagunçados.

 - Dormiu bem? – perguntei colocando os braços atrás da cabeça.

 - Um pouco – respondeu. Notei uma falha na sua voz.

 - O que foi? – perguntei.

 - Esta incomodando um pouco – OO’

 - O que incomoda? – perguntei meio assustado.

 - Ah você sabe. Eu era vigem, então é meio estranho pra mim.

 - Ah sim. É acho que isso é normal mesmo. – Bateram na porta, May se assustou e virou-se rápido.

 - É só o serviço de quarto. – acalmei-a e fui até a porta. Peguei o carrinho com a comida e voltei a lado de May.

 Enquanto ela comia, eu tocava piano.

 - Você sempre gostou de piano? – ela comia rosquinha de chocolate, enrolada no lençol.

 - Sim, e você também toca não é? – perguntei.

 - Sim. – ela levantou-se e sentou do meu lado no banquinho. Com uma mão ela tocou uma pequena melodia de Natal. Quando terminou de comer sua outra mão tocou os teclados do piano e deslizaram entre eles, tocando uma melodia maravilhosa, era apenas a versão no piano, de Kenny G.

 - É Linda – sorri quando ela tocou a ultima nota e me olhou.

 - É sim! – beijei devagar seus lábios.

 Tomamos café juntos, como um casal dando um na boca do outro. Até que ela derramou iogurte na minha blusa. A olhei meio bravo e ela sorriu como uma criança. Continuamos a comer até que meu celular tocou, vi que era mamãe, não atendi, mas levantei na hora, ela devia estar preocupada.

 - Vamos mamãe esta nos procurando. – disse. Colocamos a roupa e saímos dali.

 

 

 Narrador Nick Of’ / Narrador Joe On’

 

 Eu não consegui dormi, alguma coisa em mim dizia que aquela noite não teria acabado ali. Eu sabia que mais cedo ou mais tarde eu e Nells iríamos nos ver de novo. E talvez algo que ela disse tenha razão: Eu nunca liguei pra ela depois que nós “terminamos”. Mas eu ainda não estava pronto pra ligar.

 Alguém batia na porta, eu odiava isso, essas pessoas que entra no meu quarto sem avisar, que já chegam batendo --‘. Levantei-me e olhei pelo olho mágico. Era mamãe, girei a chave e abri a porta.

 - Bom dia filho – ela me deu um beijo no rosto – dormiu bem?

 - Um pouco – respondi.

 - Bom, tome um banho e desça então todos prontos pra tomar café. – ela mexeu no meu braço e depois saiu.

 O Hotel que estavamos era quase um apartamento, nós tínhamos três andares só nossos, na primeira parte ficavam a cozinha, sala de TV, sala de estar, sala de jantar; no meio ficavam seis quartos e duas salas de jogos e em cima ficavam mais quatro quartos e uma piscina com churrasqueira ao ar livre. Tomei um banho tentando apagar as imagens da cabeça.

 Quando desci estavam apenas May e Daniella conversando.

 - Oi Joe – saudou-me Dany.

 - E ae Meninas – dei um tchauzinho.

 - Joe! – May gritou.

 - Sim – voltei virando pra ela.

 - Tem uma surpresa pra você na cozinha – ela sorriu.

 Me virei rápido pra cozinha e andei depressa.

 - Você acha que eu já não tentei fazer isso tia Dê? – era a voz de Nells, ela ficou seria quando entre. – Bom eu vou chamar o Nick e os outros pra comer – ela falou saindo.

 - Nells...? – minha mãe me impediu.

 - Deixe as coisas acontecerem naturalmente Joe, não force a barra com ela – minha mãe estava certa.

 - Okey – voltei e me sentei frente à mesa. Todos foram entrando e se sentado. May ao lado de Nick, Taylor ao seu lado, e Mamãe na ponta. Eu, Kevin, Danielle e Nells ao lado de Dany e papai na outra ponta. Rezamos agradecendo a comida e começamos! Todos conversavam animados exceto eu e Taylor. Ela me olhava triste como se estivesse decepcionada e eu decepcionado por estar tão longe de...

 - Joe? – papai me chamou.

 - Sim – respondi meio disperso.

 - Você não esta comendo nada – todos continuaram a conversar.

 - Não estou muito bem pai – respondi batendo a colher no prato.

 - Você comeu algo que não lhe fez bem ontem? – ele parecia preocupado, e eu não gostava de deixar meus pais assim.

 - Esta tudo bem pai, eu só não dormi muito bem. – dei outra resposta errada.

 - Bom espere todos comerem e vá dormi, hoje nós temos um dia pra passear, e mais tarde temos uma coletiva - se tinha uma coisa que eu não gostava era coletiva de imprensa, isso sempre dava muito cansaço e ficar respondendo sempre as mesmas perguntas também cansava.

 - Tudo bem – continuei sem comer.

 Todos já haviam terminado, mamãe nos liberou para que saíssemos da mesa. Eu meio que fiquei perdido em pensamentos até que me lembrei da musica “Leave me alone” Eu precisava ficar sozinho. Organizar meus pensamentos e decidir o que quero. Sai e subi até o ultimo andar, a vista era muito bonita, apesar de só haver prédios. São Paulo era uma espécie de Nova York, nunca para. Me encostei na parede que separava o chão do ar, o céu estava azul super claro, e o sol rachava,

 - Oi – me virei pra encarar a voz que eu conhecia bem.

 - Oi – Ela vinha caminhando pela outra ponta de onde eu estava – desculpa ter saído daquele jeito ontem, eu estava com raiva – ela não me olhava apenas admirava a paisagem.

 - Tudo bem – me virei também olhando os prédios.

 - E então eu encontrei meu bracelete – ela estava sorrindo fraco, o sol refletia forte seu rosto branco – estava guardado dentro de uma meia na sua mala. – OO’ – Calma eu não mexi na sua mala, sua mãe disse que achou ela lá quando foi ver o que você estava levando pra turnê. – respirei aliviado, o fato de pensar que mamãe sempre mexia em nossas malas me dava um certo constrangimento, mas eu levo isso como cuidados de mãe.

 - E a jaqueta? – perguntei.

 - Ela disse que esta em casa – ela ainda não me olhava, e mantinha a mesma distancia.

 - O que tinha escrito naquele bracelete? – perguntei curioso, Nells sempre teve um apego por ele, mas eu nunca li o que estava escrito nele.

 - Forever & always – aquilo tocou meio fundo meu coração – E você sabe por que? – ela agora olhava o helicóptero que pousava em cima de um prédio.

 - Por quê? – perguntei olhando pra ela.

 - Eu achava que iria durar pra sempre – ela se virou pra mim, o vento que fazia lá em cima fazia seus cabelos bagunçarem.

 - E pode não pode? – perguntei me aproximando dela. Mas seu rosto se virou de volto pros prédios.

 - Nada dura pra sempre Joe – ela falou friamente.

 - E se a gente tentasse de novo? – eu perguntei. Eu tinha um sentimento á mais agora por ela, eu estava sentindo falta dela durante o tempo que não nos vimos e ontem na festa eu tive a certeza de que gostava dela de verdade, não só como um corpo, mas como uma alma.

 - Não sei se daria certo – ele respirou fundo – Vamos deixar as coisas acontecerem sem cobranças. Vamos ser guiados pelos desejos – ela estava me olhando agora, com um olhar forte que me deu medo. Como uma criança tem medo de olhar o mostro do filme. Mas ela não era um mostro, mas sim o medo.

 - Tudo bem – eu não sorria, nem estava com cara triste, apenas tentando aceitar isso. – Então você vai com a gente pela turnê? – perguntei;

 - Nem todos os países, só os que derem pra eu ir, estou com alguns comerciais a serem gravados e um deles é aqui no Brasil. – ela sorria feliz.

 - Hum sobre o que? – quis saber.

 - Comercial da Havaianas. Uma nova linha com peças de Diamantes. – olhei impressionado.

 - Que bom, fico feliz por você – sorri. Ela se aproximou de mim devagar, continuei olhando em seus olhos, apesar do medo eu a encarava.

 - Feche os olhos – ela disse, os fechei – conte até dez e respire fundo – ela sussurrou em meu ouvido, colocando seu dedo indicador em minha boca e depois o tirando. Contei mentalmente até dez e abri meus olhos, mas ela não estava mais lá. Eu estava sozinho ali, com os olhos novamente com cara de bobo.

 


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Notas finais do capítulo

Fiquem frios, eu já escrevi bastante



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