Bem, pedi a Bill para que prolongasse minha estadia nos Estados Unidos por mais duas semanas, eu e Nicholas precisávamos nos decidir e descobrirmos se iríamos ficar mesmo juntos ou dizer adeus aquilo que um dia chamamos de amor.
Enquanto eu desfazia minhas malas Bill adentrou o quarto.
- Sra. Delawil, o Sr. Jonas está lá embaixo lhe esperando para o passeio no Park – anunciou Bill. Nota: Bill é Frances então ele é muito culto e usa uma normal culta que às vezes irrita.
- Peça para que ele espere só mais alguns minutos e eu logo irei.
Ele afirmou a cabeça e saiu. Olhei-me no espelho, meus cabelos vermelhos estavam presos em um coque com cachos caindo nas costas. Coloquei uma blusinha branca simples, uma calça jeans azul clara e uma bota preta por cima e sai do quarto do hotel. Seria nosso décimo encontro desde que nos encontramos e nos decidimos dar mais uma chance. Nick estava na sala me esperando, estava lindo como sempre. De terno preto por cima de uma blusa quadriculada e uma calça jeans folgada, ele não usava mais aquelas que o deixava igualzinho o Zezé de Camargo.
- Oi – o cumprimentei.
- Você esta linda – seus olhos brilhavam – seus olhos parecem brilhar – nossos olhos brilharam. Sorri gentilmente e saímos em direção ao carro dele. Minha mão se pôs na maçaneta, mas antes que eu pudesse abrir a porta Nicholas já á estava abrindo-a. Entrei e caminhamos para o Park. O lugar estava vazio e as poucas pessoas que ali estavam conversavam baixinho, pois pareciam querer ouvir nossa conversa. Nossos passos iam calmos, minha mão estava no bolso da calça e os braços de Nick cruzados no peito.
- E como foi mudar-se para Tókio? Por que se mudou? – me perguntou
- Eu queria um lugar maior, conhecer pessoas diferentes. Depois que terminei The Last Song eu percebi que precisava de mais idéias, de mais conhecimento. Quando recebi á proposta de fazer um filme japonês de terror eu notei que poderia ser uma oportunidade diferente. Eu fui e fiz, o filme ficou muito conhecido e depois do lançamento dele no Japão, coréia, China, Brasil, Argentina e em toda Europa eu notei que ainda faltava algo. Fiz uma viagem breve para o Brasil e encontrei meu antigo professor de Teatro. Ele era tão sabia sabe... – os pássaros começaram a cantar. Nick indicou um banquinho de madeira de frente para o lago e nos sentamos – Bem, conversei com ele, e fiz uma aula com ele, queria voltar aos palcos e ver se era isso que eu queria, notei que sim, eu queria ser atriz pro resto da minha vida e foi incrível. Parece que minhas baterias recarregaram. Quando voltei para Tókio tive outras oportunidades, e fiz muitos testes, mas acabei indo parar na Inglaterra e fiz um filme com grandes atores lá, e notei que meu foco era os filmes de amor e guerra então acabei me focando nesses filmes e acabei ficando em Tókio, pois muitas filmagens do Filme eram lá, ou das series. No final do ano passado recebi um convite de fazer minha própria linha de roupas e achei ótimo, então era mais um motivo pra ficar por lá. Bom desde então estava na França gravando “Peace and War” e acredite não foi fácil – rimos. O sorriso dele me deu um brilho á mais, parecia que uma luzinha crescia no meu peito – Mas e você? Como foi voltar para Nova Jersey?
- Bom, meus irmãos não ficaram nem um pouco contentes sabe, o que seria dos “Jonas Brothers” sem o Nick Jonas? Seria estranho... Mas eles perceberam que era isso que eu queria. Voltei para Nova Jersey e fui para os palcos que muitas vezes ensaiei peças, e depois fui fazer um curso de Artes Cênicas por lá mesmo. Foi ótimo, sem a grande concentração de fotógrafos eu pude me concentrar mais no meu trabalho. E bem... Fui convidado para fazer o filme “The big boy” e adorei e acabei sendo indicado como Ator revelação logo de cara, me senti tão contente que você não tem noção.
A conversa ficou cada vez mais gostosa, ficávamos rindo o tempo todo e até quase nos beijamos, mas nossos olhos segaram com a quantidade de Flashs então decidimos irmos embora
- Queria te pedir uma coisa – ele disse parado na porta do Hotel dentro do carro ainda, sorri calma – amanhã será nosso ultimo encontro antes da sua viagem e eu queria te pedir ma única coisa.... – ele mexeu nos bolsos e tirou uma caixinha.
- Nick... – falei triste, não queria que fosse agora.
- Calma, é só mais uma letra – ele sorriu, seus lábios estavam mais carnudos do que antes, me segurei para não beijá-lo. – esta vendo essa letra? – ele mostrava um “O” dentro da caixinha de pelúcia. Amanhã no vou te levar á um restaurante, e quero que você esteja mais linda do que já é, será um jantar em família e quaro que você esteja lá – peguei á letra de dentro da caixa – e tem mais uma coisa, quero que você leve todas as letras que te dei. Tudo bem?
- Sim – respondi simpática. Mas acho que ainda falta uma letra, não? – arqueei a sobrancelha.
- Calma, amanhã saberás teu destino.

O dia no Park foi adorável, assim como o dia em um restaurante e outro na Disney, em que ficamos o tempo todo juntos e conversando. Ele estava sempre muito cavalheiro, e claro misterioso. Uma das coisas que Nick não tinha me dito era que Joe estava namorando e que tia Dê estava morrendo de saudades de mim e do meu “pão de queijo” achei fofo. Coloquei um vestido preto tomara que caia, até um pouco depois dos joelhos e um colar de prata com os cabelos ainda ruivos presos em um belo e elegante coque. Encaminhei-me para a saída do Hotel onde Nicholas já me esperava em outro carro. Um garro mais casual e elegante. Uma Mercedes acho.
- Parece que você fica cada vez mais linda sabia – ele disse sorrindo. Deu-me um beijo no rosto e abriu a porta para mim. A noite estava linda e calma. Nem fria nem quente gostosa.
- Não vai me entregar a ultima letra? – perguntei enquanto ele dirigia.
- Espera garota... Quer estragar minha surpresa? – ele estava divertido e confiante. Pela primeira vez depois de tempos me senti livre para fazer algo que adorava. No banco entre nós dois havia um porta-luvas de couro creme, que mais parecia uma almofada. A mão dele estava repousada lá, para onde a minha mão correu. À pousei em cima da dele e sorrimos um para o outro... era como se nada tivesse acontecido, como se nós tivéssemos dormido por todo esse tempo.
- Você é tudo pra mim... – arrisquei. Era o que eu sentia nesse momento. Meu coração pulsava tão rápido que acho que as palavras saíram automaticamente. Ele sorriu mais do que preciso e segurou minha mão.
- Você é mais do que tudo pra mim – ele aproveitou que estavamos parados no sinal e tocou meus lábios devagar, segurando meu rosto com a mão que antes estava ocupada segurando o volante. Sorrimos quando nossas bocas se afastaram e continuamos a caminhada até o nosso ultimo destino.