When I See Your Face. escrita por Demigod


Capítulo 1
Capítulo 1 - bye, only friend.


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo, lixo na certa, mas leiam gatinhos. Nos falamos láaaa embaixo, kisses ;*



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— ASSÁFIRA, ACORDAAAAA! PAPAI TÁ ESPERANDOOOOO, HELLOOOOO!!

Linda, gatinha, princesinha, amor da minha vida. Tudo que minha irmã, Juliett, não é. Posso parecer má por isso, e sou, mas eu não gosto dela.

Juliett é uma garotinha de seis anos mimada e chata, fruto de mais um dos casamentos frágeis do meu pai.

Bom, eu apelidei de "casamentos frágeis" os casamentos do meu pai que não duram e geram um novo ser inútil na minha vida. Pois é, mas todos esses seres inúteis que atrapalham minha vida moram com a mãe deles. Mas como a mãe da Juliett é parideira, essa peste ficou com meu pai, porque junto com a Elijiah, mãe da Juliett, estão mais quatro crianças. Escadinha. Seis, cinco, quatro e três anos. E meu pai, bom, contando comigo meu pai tem quatro filhos (Nikko, eu, Samanta e Juliett). É, pegador pra caralho, eu sei. Nikko é o cara com que eu mais me dou bem, de todos meus irmãos — ainda tem os três filhos da minha mãe —, sou rodeada de irmãos, mas trocaria todos, até Nikko, por um cupcake inacabável. Não gosto de vida social, passaria a minha vida com um computador, comida e cama. Mas meu pai inventou de me mandar para Bolívia, cara, pra quê? Estou tão bem aqui em Paris. Sim, eu moro em Paris. Muitas patricinhas sentiriam inveja de mim, mas cara, aqui a moda é música clássica, bolsas chiques e tudo que eu estou acostumada a fazer ao contrário. E quem vai me levar? Meu irmão, gatoso, Nikko. O atrapalhado. Tomara que aconteça algo por culpa dele e eu perca o voo.

Sai debaixo das cobertas, deixando Juliett embolada nos cobertores.

— Assáfira, boba lelé — "boba lelé" é o modo dela me chamar de filha da puta, acho. — ME TIRA DAQUIIIIIIIIII! — tão dêr que não sabe nem tirar um cobertor de cima do corpo. — Eu vou  contar pro papai!

— Foda-se você. Não vou te tirar daí.

Entrei no banheiro, fiz tudo que eu precisava — banho, higiene. E desci. Meu pai me esperava na cozinha com uma salada de frutas... com mamão e sem maçãs. Canso de falar pro meu pai que a fruta que eu gosto é maçã e aque eu não gosto é mamão. É difícil decorar? Sentei-me e peguei minha tigela de salada, separando o mamão.

— Bom dia, pai.

— Bom dia.

Sete minutos depois desce Juliett descabelada. Me limitei a guardar minha risada.

— Bom dia, dad, — ela está fazendo aula de inglês e não cansa de jogar isso na minha cara. — Bom dia, sister. Belo cobertor você tem.

— Boooooooooooooooom diiiiiiiiia, princesa linda! — meu pai a pegou no colo.

Sabe, o motivo de eu não gostar da Juliett deve ser ciúmes. Meu pai nunca me chamou de princesinha e me pegou no colo só pra dar "bom dia". Ele e minha mãe sempre foram secos comigo. Por isso cresci isolada.

— Vá, Assáf. Você vai se atrazar para a escola.

— Mas, pai, hoje? Eu não vou pra... Espanha?

— E VOCÊ ACHA QUE VAI FUGIR DAS RESPONSABILIDADES PARA IR SE DIVERTIR, ASSÁFIRA WINDFOL? — ele  já estava gritando.

— Pai, calma! Eu só achei que o avião era cedo. E eu vou me divertir lá? Que eu saiba você ia me mandar pra minha tia, pra se livrar de mim.

— Pra que eu iria "me livrar de você"?

— Pra trazer mais um daquelas putas pra casa! — ele tapou os ouvidos de Juliett — Você não consegue me fazer acreditar que são apenas colegas de trabalho. E, me poupe né. Vai aproveitar que a sua ÚNICA filha não sabe o que você faz com as mulheres. Agora, tchau, preciso ir para a escola. Vou direto para a casa da mãe de Nikko. Depois passo aqui pra pegar as malas.

Me senti estranhamente aliviada. Eu disse a verdade. Aquilo é verdade. Eu sabia que meu pai não me queria com ele, atrapalhando sua vida de cafetão. Ele queria outra mulher, e sabia que comigo lá eu não permitiria, e, hã, não deixaria mesmo. As lágrimas desceram do meu rosto quando eu me dei conta de que minha mãe também não me queria com ela. Ela morava na Califórnia com meus irmãos e seu novo marido, pra que iria me querer lá, pra estragar a vida perfeita dela, né?

Cheguei na casa de Taylor. Meu amigo, meu único amigo. O único que realmente se importa comigo. Contei à ele sobre minha viagem e a briga com meu pai, logo de manhã.

— Eu vou contigo! — disse ele, com um sorriso.

— Como, Tay? — falei, cabisbaixa.

— Eu falto hoje, ou chego atrasado, sei lá. Compro a passagem e a gente vai.

— Mas, T, o avião decola hoje.

— HOJE? VOCÊ VAI PRA ESPANHA HOJE?

— Sim, depois da aula. Ou no meio dela. Não sei.

Ele não disse nada, apenas me abraçou.

A aula passou normal. Tivemos Educação Física e algumas aulas vagas, típico da minha escola de vagabundos.


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Notas finais do capítulo

próximo capítulo a viagem u_U
acho que ficou curto, nem sei.
Entao, comentem mesmo se for 'ficou uma merda'
vlw s2



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