Nina, ou a doce punição de Loki escrita por Puella
Notas iniciais do capítulo
Apenas leiam. Comentários no final do texto.
Alfheim. Castelo de Freyr. Em mais um dia de trabalho, lá estava Loki descascando batatas para o banquete, tinha descascado tantas, já tinha até perdido a conta de quantas, mas quando olhava para o lado e via mais dois grandes sacos de batata para descascar, não tinha como se desanimar. E para piorar, ao lado do deus da trapaça havia um jovem elfo gordo que cantarolava em élfico alegre, descascando mais outras batatas:
- Ei vocês dois! Apressem logo aí! – reclamava um capataz.
- Esses homens não sabem esperar – o jovem elfo falou sem perder o bom humor e virou para Loki – não acha?
Loki estava concentrado demais no que fazia, ignorando completamente o elfo roliço.
- Você é Loki não é? Eu me chamo Melvim – ele falou alegremente, mas viu que Loki não lhe encarava, só descascava – sabe conversar ajuda há acelerar o tempo.
Loki fechou os olhos lentamente e olhou para elfo gordo.
- Melvim não é? – ele disse em um sorriso cínico, o elfo concordou sorridente – Eu ficaria agradecido se você pudesse fechar a droga da sua boca – disse agora visivelmente sério para o espanto do elfo que o olhou assustado – Obrigado – e voltou a descascar as batatas.
Alguns minutos depois.
- Sabe eu acho que você deveria cantar um pouco, espanta o mau humor. Além do mais é ruim ser um ser amargurado, minha mãe costumava diz...
- CALA ESSA BOCA! – Loki berrou irritado, segurando o elfo pelo colarinho – Aqui vai uma informação para você imbecil, eu odeio cantar, não queria está aqui, e o que diz respeito a mim é problema meu, e to pouco me lixando pro que sua mãe te diz! Cala essa boca ou então eu enfio batata abaixo pela sua goela – sibilou sombrio.
Melvim engoliu em seco, por pouco não havia perdido o controle de sua bexiga. Olhava para Loki horrorizado, um dos capatazes apareceu estranhando o barulho.
- O que houve aqui?
- Nada – Loki disse mudando sua expressão de raivosa para normal em questão de segundos e o capataz se retirou.
Melvim olhava para Loki ainda assustado.
- Mal humorado é pouco, eu sou mesmo é cruel – ele disse com um sorriso sardônico.
-
Nina voltava do trabalho segurando uma cesta com algumas frutas e verduras, no meio do caminho ela topou com um garoto que tinha por volta de uns oito anos, simpático chamado Alvim, os dois conversavam alegremente pelo caminho. O menino acabou por ajudá-la a carregar algumas coisas. Chegando a casa arvore Alvim ajudou Nina a colocar as coisas sobre a mesa.
- Obrigada Alvim – Nina disse com um meigo sorriso.
- Por nada – ele disse com suas bochechinhas coradas – na verdade, para ser sincero, apesar de não ser uma elfo a senhorita é muito bonita – a esta altura o garotinho estava roxo.
Nina riu, deixando o pequeno elfo sem graça.
- É muita gentileza sua – ela falou ao mesmo tempo em que arrumava os legumes, iria fazer uma sopa – Você mora aqui perto?
- Sim, na verdade, somos vizinhos!
- É mesmo! – disse Nina surpresa – Nunca o tinha o visto – ela falou agora cortando um talo de algo parecido com alho poro.
- Pois é. O que está fazendo?
- Vou fazer uma sopa, ah claro, já que você me ajudou hoje o que acha de jantar aqui?
- Não sei se devo - o menino falou desconfiado – podem falar...
- Quem? – Nina falou curiosa.
- A vizinhança – o menino continuo – sabe, eles dizem coisas... dizem coisas sobre você e o traidor de Asgard.
- Fala de Loki e eu. O quê que tem a gente?
- Você não vai ficar zangada comigo vai? – Alvim disse temeroso.
- Não, Alvim. Pode me contar.
- Dizem que vocês são amantes.
Nina se engasgou, mas logo se desatou a rir.
- Eles dizem isso... – ela falou com a mão na barriga que começava a doer de tanto rir.
- É – disse Alvim desconfiado da atitude da menina – minha mãe mesmo falou um dia com meu pai que você era a concubina dele. Alias o que é uma concubina?
- É algo que não te diz respeito pivete – uma voz ao fundo assustou os dois.
- Loki! – Nina falou em tom de bronca.
- O traidor de Asgard – Alvim apontou para o moreno, que vinha em sua direção.
- Abaixe esse dedo pivete! Antes que eu o arranque fora!
O garoto se assustou indo para trás de Nina, segurando a barra da saia do vestido azul da jovem.
- Loki isso não são modos! Está assustando o garoto!
- De onde ele veio? O que esse energúmeno faz aqui?
- Eu estava ajudando a senhorita Nina!
- Ah faça-me o favor – Loki riu debochado – é melhor você desistir pivete, ela é muita areia pra você.
- Loki! Ele é só uma criança! Para com isso! Ele meu convidado, vai jantar conosco.
- Não. Não vai coisa nenhuma – ele falou rodeando Nina, ao mesmo tempo em que Alvim fugia dele, sem largar a barra do vestido – antes vou arrancar as suas orelhas hahahahahaha!
O menino soltou um grito de medo ficando mais agarrado a roupa de Nina.
- Loki pare com isso, se não vamos ficar mais falados do que estamos.
- Falados? Que ousadia! Mas é mesmo um bando de ociosos! Não sabem cuidar da própria vida não? – ele falou mais alto em direção à janela.
- Ele é louco – Alvim cochichou para Nina – como você consegue ser concubina dele?
- Na verdade eu não sou concubina dele – ela disse-lhe baixinho – sou uma amiga dele.
- Amiga? – Alvim disse com sua inocência – então você é solteira?
Nina riu, e Loki olhava para os dois, emburrado, não gostava do que via.
- Ela é solteira sim, mas não foi feita pro seu bico pivete!
- Eu não sou pivete! Meu nome Alvim, traidor de Asgard!
- Me chame assim de novo e eu lhe arranco fora o seu “amiginho” e você não servirá para mulher nenhuma...
- Loki! – Nina tapou as orelhas da criança – Não fale disso na frente dele! Ficou maluco!
- Não, mas provavelmente em breve eu perderei a minha sanidade! – ele saiu resmungando indo para o quarto. Fechou a porta com força.
- Credo – o menino falou – acho que é melhor eu ir.
Nina deu um suspiro triste.
- Tudo bem Alvim – ela se abaixou na altura do garoto – a gente combina em outro dia, eu prometo.
- Você é bem legal, não devia ficar aqui com ele.
- Não posso deixá-lo – ela falou – ele não tem a ninguém, por isso estou aqui. Ele não é mal como você pensa, eh que o Loki não gosta de mostrar pro outros que ele se senti triste, só isso.
- Ele me parece um cara mal.
- É meio complicado sabe – Nina disse olhando para o medalhão – um dia eu te conto melhor, aí você vai entendê-lo.
O menino se despediu deixando a vanir sozinha. Nina foi até o quarto de Loki, a porta estava aberta, ela entrou e o viu sentado, mirando a janela com uma expressão soturna.
- Satisfeito. O menino foi embora – ela falou seca.
- Ótimo – ele se jogou na cama - um elfo a menos para me irritar.
- Ele era só uma criança Loki.
- Bem atrevido e fofoqueiro.
Nina revirou os olhos.
- Você tem que ser assim tão difícil? Ah, esquece. Eu vou terminar o jantar – ela saiu de lá desanimada.
Durante a refeição os dois não trocaram uma palavra, aquilo começou a ficar incomodo para o deus da trapaça, ele queria ouvir a voz, o riso, as perguntas dela, mas nada e nada. De repente teve uma ideia, e jogou com maestria um pequeno pedaço de carne no cabelo da garota que assustou.
- Você é louco? – ela disse visivelmente irritada.
Loki ria de seu feito até ser atingido por uma bolota de comida, bem no meio da cara. Em dois toques o casal se atacava com a comida, e quando viram, estavam rindo um do outro, caçoando do “trágico” estrago em que se encontravam.
Depois é claro, Nina mandou Loki limpar a cozinha e a sala de jantar, mas ela o ajudou no fim das contas.
-
Nina caminhava de volta para casa após mais um dia de trabalho, ela estava sozinha e o sol já despontava no fim, andava tranquilamente até ouvir um estranho barulho. Ela olhou ao redor e não viu nada, mas ao olhar para frente foi surpreendida por um enorme ogro que lhe olhava como um pedaço de carne suculenta. O monstro avançou sobre a jovem que rapidamente se desviou saltando para longe dele, infelizmente não estava com seu arco e flecha em mãos, a única arma que tinha era uma pequena adaga que ela levava presa em uma de suas pernas. Estava em desvantagem.
O monstro foi para cima dela novamente, apesar de saber lutar, a garota não era forte o bastante para derrubar o monstro, tentou se defender mas acabou tento o braço a machucado quando ele a golpeou.
Nina caiu no chão zonza, sentiu o medo lhe invadir, ogro estava vindo para cima dela quando algo o atingiu, ou melhor, uma pedra.
- Por que não pega alguém do seu tamanho criatura tola!
Nina reconheceu a voz de Loki.
O deus avançou sobre o ogro lhe atingindo com um chute na cabeça, deixando o monstro desnorteado, em seguida deu uma rasteira nele derrubando-o. Ele correu até Nina e se encheu de fúria ao ver um filete de sangue escorrer do braço da menina, a ajudou a se levantar.
- Fuja!
- Loki... você não pode derrota-lo, não com esta forma mortal, ele pode te matar.
- Já lutei com coisa pior, ele não será páreo pra mim, agora fuja!
- Não!
- Anda logo! Você não pod... – de repente Loki se sentiu puxado por trás, o ogro o pegou com uma das mãos e o empurrou com tudo contra uma arvore grande que havia ali e depois o arremessou contra o chão, o asgardiano capotou até ficar imóvel, um filete de sangue escorria de sua cabeça. Os olhos de Nina se encheram de lágrimas, a jovem tentou correr em direção ao rapaz, mas o monstro veio a sua frente fazendo a garota se desequilibrar no chão, ela se rastejava enquanto monstro vinha na sua direção.
Porem um clarão forte surgiu em forma de uma enorme chama que atingiu o monstro que queimou por completo até virar cinzas. Nina olhava para aquilo sem entender até ver por trás de onde o monstro estava até vê Loki em pé com uma das mãos comum brilho estanho, ele estava com cortes pelo rosto, as vestes danificadas e com um pouco de sangue. Ele caiu duro no chão.
- LOKI!!!! – Nina correu desesperada em direção ao corpo inerte do trapaceiro, ela o pegou virando seu corpo para cima, ele estava terrivelmente pálido e com um pouco de sangue para fora da boca que se tornava cada vez mais sem cor.
- Aguenta firme... por favor – ela falou, lagrimas grossas saiam de seus olhos – não me deixe...
Ele abriu os olhos com dificuldade e fez uma careta de dor e depois fitou a jovem com os olhos marejados.
- Finalmente... o que eu... tanto queria... – ele disse com dificuldade – pena.. que só conhece você agora...
- Não, não Loki... não fale assim – Nina se desesperou ao ver ele fechando os olhos – não morra por favor...
- Eu... – e então ele perdeu os sentidos.
- NÃO!!!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Antes que você pensem em matar a autora,não. O Loki não morreu, é apenas um suspense... fiquem tranquilas com relação a isso. Este cap foi muito importante para a continuidade da história.
Bjs e até o proximo!
Quero reviews hein?!