Amora ordenou que Kurse orientasse os elfos para se preparar para o ataque, não demorou muito para que milhares de elfos ficassem a posto na frente do enorme castelo negro, uma coisa interessante sobre eles era que, os elfos negros não eram lá muito espertos, embora excelentes difundires da magia negra, eles eram suscetíveis a uma fácil manipulação e falta de propósito. Malekith por exemplo queria meter tudo em trevas o que mataria todo mundo, tão insano ou mais insano que Loki, já este queria tirar vantagem da situação ao invés de se ferrar com todo mundo. Mas, voltando a batalha, ao longe os dois filhos de Odin, Lady Sif e os três guerreiros caminhavam em direção aquela multidão de elfos e naves negras. Quem olhasse aquilo diria que era uma missão quase, ou melhor completamente suicida.

Mas não era suicida quando se tinha alguém tão maluco quanto Loki com estrategista.

– Estou pensando seriamente em voltar para casa – disse Frandal.

– Já está com medo? – Loki deu um meio sorriso.

– Não foi isso que eu quis dizer – disse o loiro.

– Acho bom que não seja mesmo – retrucou o moreno – Heimdall traga o javali!

Sif e os três guerreiros dirigiram um olhar curioso para o deus das travessuras. Loki deu um risinho inocente.

– Era a senha.

De repente um brilho colorido preencheu o céu de Svartalfheim. Naves similares aos dos elfos negros foram chegando e de dentro dela saíram vários guerreiros asgardianos que não tinham apenas espadas como também as armas similares as dos elfos – com aperfeiçoamentos da engenharia de Asgard. Amora que observava o cenário de longe apenas entortou os lábios.

– Típico, mas eu é quem tenho o éter – disse a loira.

Já do lado de fora os elfos se postaram ao ataque da mesma forma que os asgardianos. Loki então pediu a atenção de todos.

– Ainda tem mais uma coisa – disse o caçula de Odin com um sorrisinho. Thor que sabia o que era riu também.

– O que mais falta? – dessa vez foi Sif quem perguntou.

– Faltou mais uma nave. Heimdall..... faltou o gelo do hidromel!

Da Bifrost o guardião apenas ajustou uma válvula que dizia “conexão” e ele apenas colocou Jotunheim-Asgard-Svartalfheim na alavanca e ativou com sua espada.

– Saindo um gelinho para Svartalfheim – disse com seu rosto sem expressão.

– Gelinho? – indagou Hogun assim que o céu se encheu novamente com a forte luz, de onde uma enorme nave negra pousou abrindo a porta, tirando Thor e Loki, restante ficou pasmo.

A nave estava repleta de gigantes de gelo.

– O que eles estão fazendo aqui? – disse Sif com alarde.

– Shhhhh! – Loki fez um gesto para a jovem se calar – São nossos aliados por um dia! Este será o dia em que jotuns e aesires lutarão pela mesma causa, e além do que – Loki deu um riso doentio – os elfos negros morrem de medo deles – falou com se estivesse revelando um segredo.

– Por isso meus amigos – disse Thor – esqueçam toda a raiva entre nossos povos e unam-se como irmãos – e nisso agarrou Loki pelos ombros – pois com união não há força maléfica que resista.

– Em outras palavras – disse Loki desfazendo o abraço – vamos lá quebrar tudo.

Foi dado um grito coletivo, do outro lado, os elfos encaram aquela cena sem entender o que se acontecia – eles ainda não tinham visto os jotuns. Ao longe então o chão tremeu e o exercito de Asgard avançou sobre o solo dos elfos, e logo atrás deles...

– Oh! Aquilo são gigantes de gelo? – um elfo perguntou para o outro.

–

Odin fitava o horizonte, já imaginava que a luta acontecia, até que percebeu Frigga ao seu lado, ela parecia agitada.

– O que há Frigga?

– Não encontro Sigyn em canto algum?

O velho arqueou as sobrancelhas.

– Como assim?

Antes que ela disse algo, passos aligeirados de uma criança chamaram a atenção do casal.

– Não consigo encontrar a Nina... alguém viu ela?

Odin fechou o único olho dando um longo suspiro....

–

A luta finalmente havia começado. Asgardianos e gigantes de gelo lado a lado enfrentando os elfos negros. Thor e Loki avançavam em meio aquele emaranhado de explosões de bombas, espadas e tiros, rumo em direção ao castelo de Malekith enquanto Thor fazia o chão tremer com Mjonir, Loki destruía vários morteiros com sua espada no ataque da “lamina da serpente flamejante” em que Leavanteinn assumia uma forma alongada repleta de fogo.

Loki derrubou mais alguns soldados e incinerou a enorme porta do castelo, os dois irmãos foram recepcionados por Kurse.

– Loki! Cuide de Melakith, eu darei um jeito nesse aqui!

O mais novo apenas anuiu e subindo as escadas. Kurse e Thor se encararam.

– Eu vou lhe deixar em pedaços asgardiano – disse o elfo deformado.

– Antes que o faça eu já terei feito você engolir a fúria de Mjonir!

–

Loki entrou em um salão grande, não havia luz no local. A penumbra do lugar o fez se manter em posição de alerta. Passos ecoavam dentro do local.

– A forma como se reergueu muito me surpreendeu – disse a voz feminina.

Em meio a penumbra, as formas de Amoram foram surgindo na frente do trapaceiro que deu um leve sobressalto ao ver a feiticeira com uma aparência uma pouco diferente do que costumava ter. Se antes ela já tinha algo de maligno, agora ela o tinha da mesma forma, porém bem, bem mais exposto.

– Amora?

– Gostou? – a jovem deu uma volta – Tenho que admitir que o éter fez maravilhas ao meu corpo.... mas imagino que você deve saber do imenso poder que ele tem não?

Loki juntou dois e dois e chegou à conclusão de que Malekith estava morto e ardendo no inferno de Nifelheim, um a menos, agora tudo que ele precisava era derrotar Amora, extrair éter e aprisiona-lo e, de quebra, mandar Amora para umas férias eternas ao lado de Hella.

– Aproveite o pouco tempo que você vai ter com ele, porque eu estou louco para acabar com a sua festa vadia!

Amora soltou uma sonora risada, macabra até.

– Você pode ter dado um jeito de trazer o exército de Odin, gigantes de gelo, enfim – ela deus os ombros – mas tudo isso ainda é pouco para mim, eu sou indestrutível!

Os dois se encaram ferozmente e deram início a uma ferrenha luta.